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APOSTILA DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0081/3/18-Gil 
CONCURSO: CARREIRAS POLICIAIS 
 
ASSUNTO: Conceitos e Fontes do Direito Administrativo 
 
MODULO I- DIREITO ADMINISTRATIVO- 
1. Conceito e Fontes do Direito Administrativo 
 
NOÇÕES PRELIMINARES 
 
 FUNÇÃO 
TÍPICA 
FUNÇÃO 
ATÍPICA 
PODER 
EXECUTIVO 
ADMINISTRAR ART. 62, CF. 
Lei infranconstitucional* 
PODER 
LEGISLATIVO 
LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
ART. 52, CF 
ART. 37, XXI, CF 
PODER 
JUDICIÁRIO 
JULGAR ART 96,I, a. CF 
ART 96,I, f. CF 
 
 
 
 
 
 
- CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a 
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da 
Administração Pública. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
LEI 
É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a 
Constituição até os regulamentos executivos**. 
DOUTRINA 
É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios 
aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a 
disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e 
não contenciosas. 
JURISPRUDÊNCIA 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a 
construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais 
prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. 
COSTUMES 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a 
lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. 
 
* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. 
** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. 
 
 
 
ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
GOVERNO 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
2 
 
OS: 0081/3/18-Gil 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
- A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos 
integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. 
 
- Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas 
exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
POLÍTICAS 
 
ADMINISTRATIVAS 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE 
 NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
 
EM SENTIDO SUBJETIVO, 
FORMAL OU ORGÂNICO 
EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL 
OU FUNCIONAL 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
 -INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE 
 NO DOM. ECONOM. 
AGENTES PÚBLICOS 
UNIÃO 
ESTADO, DF 
MUNICÍPIO 
AUTARQUIA 
FUND. PUB. 
SOC.ECON.MISTA 
EMP. PÚBLICA 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0081/3/18-Gil 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO 
-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 
 
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou 
por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou 
preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS E DF 
MUNICÍPIOS 
CENTRALIZADA 
OUTORGA 
AUTARQUIAS 
FUND. PÚB 
SOC. ECON. MISTA 
EMP. PÚBLICA 
DELEGAÇÃO 
CONCESSIONÁRIAS 
PERMISSIONÁRIAS 
AUTORIZATÁRIAS 
DESCENTRALIZADA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS 
E DF* 
MUNICÍPIOS 
EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA 
LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS 
JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. 
MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. 
DPU 
TCU 
 
EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO 
LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA 
DPE 
TCE  (OBS.: EM 3 ESTADOS DO PAÍS (PA, BA E GO) 
EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE 
É ÓRGAO ESTADUAL. 
EXEC- PREFEITURA 
LEG- CAMARA MUNICIPAL 
(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. 
CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM 
CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO 
MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. 
INDIRETA 
AUTARQUIA 
FUNDAÇÃO PUBLICA 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0081/3/18-Gil 
2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e 
condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo . Ex: 
fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de bens, interdição de 
estabelecimentos etc. 
 
 
 
 
3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante 
benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, 
entre outros instrumentos de estímulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) INTERVENÇÃO: 
 
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos 
incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. 
 
4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza 
privada e na atuação direta do Estado no domínioeconômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de 
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0081/3/18-Gil 
 
 
 
Princípios Gerais Características 
Legalidade 
 na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na 
Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador 
está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei. 
Impessoalidade 
 o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções com 
base em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser praticada tendo 
em vista a finalidade pública. 
Moralidade 
 o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir 
substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. 
Publicidade 
 requisito de eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos 
da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e 
controle. 
Eficiência 
 é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, 
na Adm. Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o 
controle de meios. 
Supremacia do Interesse Público 
 o interesse público têm SUPREMACIA sobre o interesse individual; Mas essa 
supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos são atendidos. 
Indisponibilidade do 
Interesse Público 
 limita a supremacia, o interesse público não pode ser livremente disposto pelo 
administrador que, necessariamente, deve atuar nos limites da lei. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
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OS: 0081/3/18-Gil 
Presunção de Legitimidade 
 os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário 
(presunção relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova 
contrária.) 
Finalidade 
 toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e 
garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da 
Administração Indireta. 
Autotutela 
 a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e 
eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole SOBRE SEUS ATOS. 
Continuidade do Serviço Público 
 o serviço público destina-se a atender necessidades sociais. É com fundamento 
nesse princípio que nos contratos administrativos não se permite que seja invocada, 
pelo particular, a exceção do contrato não cumprido. Os serviços não podem parar ! 
Razoabilidade 
 os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida 
necessária ao atendimento do interesse coletivo, SEM EXAGEROS. 
 
 ESTUDO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – ESCOLAS 
1º - Legalista, exegético, 
empírico, caótico, ou francês 
Para os seus defensores o Direito Administrativo tem por objeto a interpretação das 
normas jurídicas administrativas e atos complementares (leia-se: direito positivo). Assim, 
estruturou-se a partir da interpretação de textos legais, proporcionada pelos Tribunais 
Administrativos. 
2º - Do Poder Executivo ou 
Italiano 
Segundo seus defensores o Direito Administrativo é conjunto de princípios regentes da 
organização e das atividades do Poder Executivo, incluídas as entidades da Administração 
Indireta (autarquias e fundações, por exemplo). 
3º - Relações jurídicas 
Para seus defensores, o Direito Administrativo é responsável pelo relacionamento da 
Administração Pública com os administrados. O critério é válido, porém, não é imune de 
críticas. O que fazer com o Direito Tributário, Penal, Eleitoral, Processual, e outros, que 
mantêm relação com os administrados? Enfim, não é o Direito Administrativo o único, 
entre os ramos, a manter relação com os administrados. 
4º - Do serviço público 
Para seus defensores, o Direito Administrativo regula a instituição, a organização, e o 
funcionamento dos serviços públicos, bem como a prestação aos administrados. A 
definição do que é serviço público encontrou terreno árido, especialmente na França do 
séc. XIX, tendo tal critério contado com fortes defensores, entre eles: Leon Duguit e 
Gaston Jèze. 
5º - Teleológico 
Também chamado de finalista, segundo o qual o Direito Administrativo é um conjunto 
harmônico de princípios que disciplinam a atividade do Estado para o alcance de seus 
fins. 
6º - Residual 
Também denominado de negativista. As funções do Estado são em número de três: 
judicial, legislativa, e administrativa. Assim, o que não é judicial, não é legislativo, só pode 
ser (por sobra, residualmente) administrativo. Com outras palavras, o Direito 
Administrativo é ramo do direito público que disciplina todas as atividades estatais que 
não sejam judiciais ou legislativas. 
7º - Da Administração Pública 
De acordo com esse critério, o Direito Administrativo constitui o ramo do direito que rege 
a Administração Pública como forma de atividade; define suas pessoas administrativas, 
organização e agentes; regula, enfim, os seus direitos e obrigações, umas com as outras e 
com os particulares, por ocasião do desempenho da atividade administrativa. Hoje, é o 
mais aceito pela doutrina, utilizado por autores de peso para traçar a definição de Direito 
Administrativo. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
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OS: 0081/3/18-Gil 
 
LEGISLAÇÃO 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 18. A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos 
termos desta Constituição. 
Art. 31, § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou 
órgãos de Contas Municipais. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia 
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade 
de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo oude orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade, bem como os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza 
conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da 
República as leis que: 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de 
lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente 
da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional. 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das 
garantias processuais das partes, dispondo sobre a 
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou 
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua 
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou 
cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, 
de 2006). 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, 
a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só 
será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, 
conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção 
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, 
dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade 
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções 
de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este 
determinante para o setor público e indicativo para o setor 
privado. 
 
LEI Nº 9.503/1997- CTB 
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os 
seguintes órgãos e entidades: 
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, 
coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e 
consultivo; 
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o 
Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0081/3/18-Gil 
órgãos normativos, consultivos e coordenadores; 
 III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 V - a Polícia Rodoviária Federal; 
 VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e 
 VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - 
JARI. 
(...) 
 Art. 17. Compete às JARI: 
 I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; 
 II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e 
executivos rodoviários informações complementares 
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da 
situação recorrida; 
 III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de 
trânsito e executivos rodoviários informações sobre 
problemas observados nas autuações e apontados em 
recursos, e que se repitam sistematicamente. 
 
LEI Nº 9.784/99 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura 
da Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica; 
 III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de 
poder de decisão. 
 
 JURISPRUDÊNCIA SOBRE PRINCÍPIOS 
 
1) STF- SÚMULA Nº 339 
 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO 
LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES 
PÚBLICOS SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
 
2) SÚMULA VINCULANTE 37 
 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO 
LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES 
PÚBLICOS SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
 
 
3) Necessidade de Observância ao Princípio da Publicidade 
STJ - AGRESP 200701330243- AGRESP - AGRAVO 
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - 959999 
Relator(a): NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO 
Órgão julgador: QUINTA TURMA 
Fonte: DJE DATA:11/05/2009 
Ementa 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CONCURSO 
PÚBLICO. AGENTE DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA. 
CONVOCAÇÃO DOS CANDIDATOS HABILITADOS PARA A 
SEGUNDA FASE NOVE ANOS APÓS O RESULTADO. PRAZO 
DECADENCIAL CONTADO DA CIÊNCIA DO INDEFERIMENTO 
DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. PUBLICAÇÃO 
EXCLUSIVAMENTE NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO. 
AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO EDITAL DO CONCURSO. NÃO 
OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE E DA 
RAZOABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. A fluência do 
prazo decadencial só se inicia na data em que o ato a ser 
impugnado se torna operante ou exequível, a dizer, capaz 
de produzir lesão ao direito vindicado, que, no caso em tela, 
deu-se com o indeferimento do requerimento 
administrativo do candidato pela Administração Pública. 2. 
De acordo com o princípio da publicidade, expressamente 
previsto no texto constitucional (art. 37, caput da CF), os 
atos da Administração devem ser providos da mais ampla 
divulgação possível a todos os administrados e, ainda com 
maior razão, aos sujeitos individualmente afetados. 3. Se 
não está previsto no Edital do concurso, que é a lei do 
certame, a forma como se daria a convocação dos 
habilitados para a realização de sua segunda etapa, referido 
ato não pode se dar exclusivamente por intermédio do 
Diário Oficial, que não possui o mesmo alcance que outros 
meios de comunicação, sob pena de violação ao princípio da 
publicidade. 4. Recurso desprovido. 
 
4) Princípio da Impessoalidade Vincula as Divulgações dos 
Atos de Governo 
STF- RE N. 191.668-RS 
RELATOR: MIN. MENEZES DIREITO 
 
EMENTA 
Publicidade de atos governamentais. Princípio da 
impessoalidade. Art. 37, parágrafo 1º, da Constituição 
Federal. 
1. O caput e o parágrafo 1º do artigo 37 da Constituição 
Federal impedem que haja qualquer tipo de identificação 
entre a publicidade e os titulares dos cargos alcançando os 
partidos políticos a que pertençam. O rigor do dispositivo 
constitucionalque assegura o princípio da impessoalidade 
vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou 
de orientação social é incompatível com a menção de 
nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que 
caracterizem promoção pessoal ou de servidores públicos. A 
possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com 
o partido político a que pertença o titular do cargo público 
mancha o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter 
educativo, informativo ou de orientação que constam do 
comando posto pelo constituinte dos oitenta. 
2. Recurso extraordinário desprovido.

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