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1 Centro Universitário Augusto Motta Centro de Ciências da Saúde Farmacologia Bases Farmacológicas A 1 Prof.Dr.Sergio Silva FCM / UERJ 2 Farmacologia Bases Farmacológicas 2 ► Farmacologia A farmacologia (do grego : fármacon ("droga"), e lógos ("palavra", “estudo"), é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. Se as substâncias tem propriedades medicinais , elas são referidas como "substâncias farmacêuticas". O campo abrange a composição de medicamentos, propriedades, interações, toxicologia e efeitos desejáveis que podem ser usados no tratamento de doenças. Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso terapêutico ou não. 3 Farmacologia Bases Farmacológicas 3 4 Farmacologia Bases Farmacológicas 4 ► Farmacologia A farmacologia (do grego : fármacon ("droga"), e lógos ("palavra", “estudo"), é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. Se as substâncias tem propriedades medicinais , elas são referidas como "substâncias farmacêuticas". O campo abrange a composição de medicamentos, propriedades, interações, toxicologia e efeitos desejáveis que podem ser usados no tratamento de doenças. Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção, biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso terapêutico ou não. √ Farmacocinética : É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação, mas sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Uma vez que se introduza a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão apenas de caráter didático. 5 Farmacologia Bases Farmacológicas 5 ►Farmacocinética. √ Absorção . Para chegar na circulação sanguínea o fármaco deve passar por alguma barreira dada pela via de administração, que pode ser: cutânea, subcutânea, respiratória, oral, retal, muscular. Ou pode ser inoculada diretamente na circulação pela via intravenosa, sendo que neste caso não ocorre absorção, pois não transpassa nenhuma barreira, caindo diretamente na circulação. A absorção (nos casos que existe barreira) do fármaco, é fundamental para seu efeito no organismo. A maioria dos fármacos é absorvida no intestino, e poucos fármacos no estômago, os fármacos são melhor absorvidos quando estiverem em sua forma não ionizada, então os fármacos que são ácidos fracos serão absorvidos melhor no estômago que tem pH ácido, Exemplo(Àcido Acetil Salicilico), já os fármacos que são bases fracas, serão absorvidos principlamente no intestino, sendo que esse tem um pH mais básico que o do estômago. Os fármacos na forma de comprimido, passam por diversas fases de quebra, até ficarem na forma de pó e assim serem solubilizados e absorvidos, já os fármacos em soluções, não necessitam sofrer todo esse processo, pois já estão na forma solúvel, e podem ser rapidamente absorvidos. A ordem de tempo de absorção, para várias formas farmacêuticas: Comprimido>Cápsula>Suspensão>Solução. 6 Farmacologia Bases Farmacológicas 6 ►Farmacocinética. √ Absorção . ● Vias de administração: Tópica: efeito local, aplicada no local de ação. Enteral: efeito sistêmico ou local, via TGI. Parenteral: efeito sistêmico; por outra forma que não pelo TGI. ● Biodisponibilidade Segundo a FDA, biodisponibilidade é: “Taxa e grau com que a preparação terapêutica é absorvida e torna-se disponível no local de ação do fármaco”. É a fração do fármaco administrado que atinge a circulação sistêmica e esta disponível no organismo para utilização. Absorção adequada não garante biodisponibilidade, devido alguns fármacos serem biotransformados, no fígado, antes de atingirem a circulação geral.(Metabolismo de primeira passagem). ● Metabolismo de primeira passagem. É a metabolização do fármaco pelo fígado ( sistema microssomal) e pela microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas a esse efeito são: Via Oral e Via Retal (em proporções bem reduzidas). 7 Farmacologia Bases Farmacológicas 7 ►Farmacocinética. √ Absorção: Vias de administração. 1.Via Enteral :Oral,Sublingual e Retal. ● Administração Oral. É a principal via de administração de fármacos, possui muitas vantagens, entretanto em determinados casos é impossível de ser utilizada. A) Principais Vantagens: segurança , economia e conveniência. B) Principais Desvantagens: enzimas , pH do TGI , interação com alimentos , metabolismo de primeira passagem , característica química de certos fármacos. C) Fatores que Influenciam na Absorção: motilidade gastrintestinal ,estase gástrica , fluxo sanguíneo esplâncnico, formulação ,interações fármaco-fármaco e fármaco-alimento. ● Administração Sublingual. É a via de administração na qual ocorre a absorção diretamente na cavidade oral. Boa para medicamentos que devam ter uma ação rápida , que sejam instáveis no TGI ou rapidamente inativados pelo metabolismo hepático ;além não sofrerem metabolismo de primeira passagem. A) Principais Vantagens: rapidez de absorção e não sofrem metabolismo de primeira passagem. B) Principais Desvantagens: poucos fármacos disponíveis e sabor dos fármacos. ● Administração Retal. É uma via de administração para fármacos de ação local ou ação sistêmica. Essa via pode ser muito útil em pacientes que apresentam vômito constante e quando o acesso intravenoso se faz muito difícil ou apresenta complicações. A) Principais Vantagens: em pacientes que apresentam vômito constante e sofrem pouco metabolismo de primeira passagem. B) Principal Desvantagem: absorção irregular 8 Farmacologia Bases Farmacológicas 8 ►Farmacocinética. √ Absorção: Vias de administração. 2.Administração em Superfícies Epiteliais / TÓPICAS. Aplicação Nasal ,Pele , Ouvido e Ocular. A grande maioria dos fármacos assim administrados exercem ação local, entretanto há outros que atuam sistemicamente. A)Principais Vantagens: previne inativação pelo trato gastrintestinal e praticidade B)Principais Desvantagens: poucos fármacos de ação sistêmica por essa via os sistêmicos, transdérmicos, têm o custo elevado. 3.Administração por Inalação. São utilizados fármacos voláteis ou administrados como aerossóis via pulmonar. A ação pode ser local ou sistêmica. A) Principais Vantagens: ação rápida e possibilidade de administrar macromoléculas B) Principais Desvantagens: poucos fármacos de ação sistêmica por essa via. 9 Farmacologia Bases Farmacológicas 9 ►Farmacocinética. √ Absorção: Vias de administração. 4.Administração Parenteral. Aplicação Intravenosa ,Intramuscular ,Intradérmica ,Intra-arterial, Intratecal , Intraperitoneal e Subcutânea. ● Administração Intravenosa (IV) A aplicação ocorre na veia, diretamente na corrente sanguínea. É a via mais rápida e certa de aplicação de drogas. ● Administração Intramuscular (IM) O fármaco é injetado no músculo, normalmente no glúteo ou deltóide. A ação é mais rápida que a via enteral, e relativamente igual à subcutânea em estados de repouso. ● Administração Subcutânea (SC) A injeção é feita sob a pele (derme), na região superior externa dos braços, anteriordas pernas, abdome, e região superior do dorso. Vias Especiais. Intra Cardíaca ,Intra Adiposa e Intra óssea. 10 Farmacologia Bases Farmacológicas 10 ►Farmacocinética. √ Distribuição . Etapa em que a droga é distribuída no corpo através da circulação. Uma vez na corrente sanguínea o fármaco, por suas características de tamanho e peso molecular, carga elétrica, pH, solubilidade e a capacidade de união a proteínas se distribui pelos distintos compartimentos corporais. A droga chega primeiro nos órgãos mais vascularizados (como SNC , Pulmão e Coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos menos irrigados (tecido adiposo). É nessa etapa que a droga vai chegar ao local onde vai atuar. Interferem ainda nessa etapa baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição , hepatite e cirrose , que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue. Translocação das moléculas 1. Transferência por fluxo de massa pela corrente sanguínea. 2. Transferência por difusão direta através dos lipídios combinação com proteína transportadora 3. Fatores relacionados à cinética dos fármacos: A. Polaridade do fármaco ; velocidade de absorção intestinal ; passagem pela barreira hematoencefálica e velocidade de eliminação por via renal. B. pH e ionização : formas ionizadas e não ionizadas , equilíbrio dinâmico em locais com diferentes pH C. Ligação a proteínas plasmáticas: a albumina é a mais importante , a fração não ligada é a fração ativa 11 Farmacologia Bases Farmacológicas 11 ►Farmacocinética. √ Biotransformação. A metabolização das drogas ocorre predominantemente no fígado(enzimas do sistema citocromo) e em menor grau no plasma, pulmão e intestino. Nesta fase a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para atuação e posterior excreção. A metabolização é dividida em reações de fase I e fase II. Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise Fase 2: conjugação . A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. O resultado do metabolismo pode ser a inativação completa ou parcial dos efeitos do fármaco ou pode ativar a droga . Alguns fatores alteram a velocidade da biotransformação, tais como, inibição enzimática , indução enzimática, tolerância farmacológica, idade, doenças , diferenças de idade, sexo e espécie e e claro uso de outras drogas concomitantemente. Metabolismo de primeira passagem ou pré-sistêmico. Certos fármacos apresentam um rápido metabolismo de primeira passagem, e por conseguinte baixa biodisponibilidade por via oral. Variações individuais acentuadas no metabolismo de primeira passagem podem resultar em situações imprevisíveis quando determinados fármacos são administrados por via oral. 12 Farmacologia Bases Farmacológicas 12 ►Farmacocinética. √ EXCREÇÃO A excreção dos fármacos se dá comumente por via renal,mas eles podem ainda ser eliminados por via biliar , fezes e e pulmonar. Mais raramente pelo suor , lágrimas , saliva e leite materno. 1. Excreção Renal A velocidade pode variar muito de um fármaco para outro, e são três os principais responsáveis: filtração glomerular , secreção ou reabsorção tubulares ativas e difusão passiva através do epitélio tubular. Assim como no metabolismo, os fármacos também podem competir pelos mesmos mecanismos de eliminação, o que certamente acarretará em um aumento da meia vida plasmática. Os fármacos com alta lipossolubilidade são facilmente reabsorvidos pelo epitélio tubular, isso consequentemente faz com que demorem mais tempo para serem excretados. Depuração renal (renal clearance) É o volume de plasma que contém a quantidade da substância que é removida pelo rim por unidade de tempo. Vale ainda ressaltar a importância desse conceito para drogas que não sofrem metabolização, ou são eliminadas em grande parte na urina de forma inalterada. 13 Farmacologia Bases Farmacológicas 13 ►FARMACODINÂMICA. A farmacodinâmica estuda a inter-relação da concentração de uma droga e a estrutura alvo, bem como o respectivo mecanismo de ação. √ I-ALVOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS 1. Receptores São proteínas ou glicoproteínas, localizadas na membrana plasmática ou no citoplasma , que se unem a sinalizadores específicos para ativar, desativar ou modular determinada ação. Exemplos: opiáceo (receptor μ) agonista ► morfina histamina (receptor H2) antagonista ► ranitidina 2. Canais Iônicos São proteínas da membrana celular que possuem uma estrutura característica formando um canal que possibilita a passagem de íons através da membrana. Há canais associados a receptores que só se abrem quanto ativados por um agonista. 3. Enzimas São proteínas que possuem atividade catalítica. Com maior freqüência o fármaco é um inibidor competitivo da enzima,atuando de modo reversível ou irreversível. Ex: acetilcolinesterase ciclooxigenase inibidor reversível ► neostigmina inibidor irreversível ► AAS 14 Farmacologia Bases Farmacológicas 14 ►FARMACODINÂMICA. √ I-ALVOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS 4.Moléculas Transportadoras São proteínas que executam o transporte ativo de íons e moléculas mais polares pela membrana plasmática. Exemplos: recaptação da noradrenalina inibidores ► antidepressivos tricíclicos recaptação da noradrenalina substrato falso ► anfetaminas bomba de Na+/K+ inibidores ► heterosídeos cardiotônicos 15 15 16 Farmacologia Bases Farmacológicas 16 ►FARMACODINÂMICA. √ II. ESPECIFICIDADE Não há droga totalmente específica. Pode-se dizer, em linhas gerais, que quanto menor sua potência, maior a dose necessária da droga. Isso aumenta a probabilidade de sítios de ligação secundários serem ativados, gerando efeitos colaterais. Exemplo: receptores H1 antieméticos ► dimenidrinato, cinarizina. anti-histamínicos ► prometazina, loratadina √ III. INTERAÇÕES DROGA-RECEPTOR 1. Agonismo e Antagonismo Drogas que atuam sobre receptores podem ser classificadas como agonistas ou antagonistas. Os agonistas provocam alteração da função celular, já os antagonistas se ligam aos receptores sem provocar tal alteração. Exemplo: agonista (b2 adrenérgico) salbutamol ► relaxamento da musculatura lisa causando broncodilatação. Exemplo: antagonista (colinérgico) ipratrópio ► inibição do efeito broncoconstritor da acetilcolina. 17 Farmacologia Bases Farmacológicas 17 ►FARMACODINÂMICA. √ III. INTERAÇÕES DROGA-RECEPTOR 2. Agonistas e Antagonistas A) Para efeitos práticos os agonistas são classificados como: agonistas totais exercem a ação com um efeito máximo agonistas parciais exercem a atividade com menor intensidade B) Os antagonistas por sua vez são assim classificados: antagonistacompetitivo liga-se ao local de ação do agonista impedindo-o de exercer sua atividade antagonista não competitivo bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos iniciada por um agonista 18 Farmacologia Bases Farmacológicas 18 ►FARMACODINÂMICA. √ 3. Dessensibilização ou Taquifilaxia Refere-se à situação na qual o efeito de um fármaco pode diminuir gradativamente quando esse fármaco é administrado de maneira contínua. Os mecanismos que a originam são vários. A) Alteração nos receptores relaciona-se a uma lenta alteração na conformação do receptor resultando em uma ligação ineficiente com um agonista ou a uma não ligação com um antagonista. B) Perda de receptores a exposição a um agonista por longos períodos pode resultar em uma redução gradual do número de receptores. C) Exaustão de mediadores está associada à depleção de um intermediário essencial para o efeito fisiológico. D) Aumento da degradação metabólica aumenta a velocidade de metabolização da droga ocasionando concentrações plasmáticas mais baixas. E) Adaptação fisiológica ocorre uma compensação fisiológica contrária ao efeito do fármaco. 19 Farmacologia Bases Farmacológicas 19 ►FARMACODINÂMICA. √ IV. FATORES QUE ALTERAM O EFEITO DOS FÁRMACOS A variação individual da resposta orgânica às drogas pode ser dividida em: farmacocinéticas são variações referentes a diferenças na absorção, distribuição, metabolização e excreção. farmacodinâmicas na maior parte dos casos a variação é quantitativa, produzindo a droga maior efeito. idiossincráticas é uma variação qualitativa, relacionada a diferenças genéticas ou imunológicas por exemplo. Os mais importantes fatores responsáveis por essas variações individuais são: 1) Efeitos da Idade O principal motivo reside no fato de o metabolismo e a função renal dos recém-nascidos e idosos serem mais lentos. Mas existem outros fatores como maior percentual de gordura alterando o volume de distribuição, o aumento do potencial de interações medicamentosas nos idosos e a variação na sensibilidade às drogas. 2) Fatores Genéticos São uma importante fonte de variação farmacocinética, embora fatores farmacodinâmicos também exerçam influência. Há exemplos de polimorfismo genético que alteram a velocidade de matabolização de várias drogas, bem como diferenças étnicas. 20 Farmacologia Bases Farmacológicas 20 ►FARMACODINÂMICA. √ 3) Reações Idiossincráticas Ocorrem em uma minoria, entretanto as reações não são menos perigosas por isso. Fatores genéticos podem ser os responsáveis. Podemos citar como exemplo a depressão da medula óssea pelo uso de cloranfenicol (1:50000) e a hemólise causada por primaquina em 5 a 10% de homens afro-caribenhos. 4) Efeitos das Doenças Diversas doenças afetam o efeito dos fármacos, essas ações podem ser farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. A) Alterações Farmacocinéticas 1-absorção: exemplos: estase gástrica e esteatorréia 2-distribuição: exemplo: ligação com proteínas plasmáticas 3-metabolismo exemplos: cirrose hepática e hipotermia 4-excreção exemplo: insuficiência renal 21 Farmacologia Bases Farmacológicas 21 ►FARMACODINÂMICA. √ V. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 1) Interações físico-químicas As interações físico-químicas ocorrem fora do paciente pois, entre drogas diferentes podem ocorrer numerosas incompatibilidades, que levam a reações quando estas são misturadas em infusão intravenosa, frascos ou seringas, podendo ocasionar a inativação dos fármacos em questão. Um exemplo é a precipitação da anfotericina B quando colocada em solução fisiológica 2) Interações terapêuticas As interações terapêuticas ocorrem dentro do paciente, após a administração do medicamento e podem ser farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. As interações farmacocinéticas ocorrem durante os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. Por exemplo a cimetidina (antihistamínico H2), que inibe a biotransformação de acetaminofeno. As interações farmacodinâmicas ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos farmacológicos se processam. Este processo pode ser de dois tipos: interações farmacodinâmicas sinérgicas (como ocorre com a ação analgésica de AAS e codeína) ou antagônicas (antitussígeno com um xarope expectorante). 22 Farmacologia Bases Farmacológicas 22 ►FARMACODINÂMICA. √ V. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Exemplos: • O uso de tetraciclinas com leite promove a formação de um sal insolúvel, que precipita o fármaco impedindo sua absorção. • Os IMAO causam hipertensão, podendo ser potencializada pela tiramina, presente nos chocolates, queijos e outros alimentos. • O hidróxido de magnésio que reduz a absorção estomacal do pentobarbital. • Anticoagulantes orais tem seu efeito reduzido por barbitúricos e rifampicina pois estes últimos estimulam enzimas microssomais hepáticas relacionadas a biotransformação dos anticoagulantes. • A cimetidina, inibe a biotransformação do paracetamol e dos beta-bloqueadores. • A digoxina tem sua concentração plasmática aumentada em quase 2x quando é administrada simultaneamente com o verapamil e amiodarona. • A vitamina K inibe a resposta dos anticoagulantes orais. • O álcool aumenta a ação antiagregante plaquetária da aspirina. • Aumento do potencial para ototoxicidade,nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular no uso concomitante de aminoglicosídeos e furosemida, vancomicina, anfotericina B. • Antiácidos contendo Al+3, Ca+2, Mg+2 reduzem a absorção de fluorquinolonas. 23 Farmacologia Bases Farmacológicas 23 ► Sistema Nervoso O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). 24 Farmacologia Bases Farmacológicas 24 ► Sistema Nervoso Central. A transmissão sináptica no SNC é essencialmente semelhante àquela que ocorre na periferia. - Neurotransmissores , Neuromoduladores e Fatores neurotrópicos Local de Ação das Drogas no SNC. Canais iônicos , Receptores , Enzimas e Proteínas transportadoras. √ Mediadores. Glutamato, aspartato, GABA, glicina , Noradrenalina , Dopamina , 5-hidroxitriptamina ( Serotonina ) , Acetilcolina , Histamina , Melatonina , Óxido nítrico e Ácido Araquidônico. 25 Farmacologia Bases Farmacológicas 25 ► Sistema Nervoso √ O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo. NERVO é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou de dendritos. As fibras nervosas, formadas pelos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios, organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo. Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por prolongamentos de neurônios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes, feixe de axônios de neurônios motores (centrífugos). Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; Quando partem da medula espinhal denominam-se raquidianos. 26 Farmacologia Bases Farmacológicas 26 ► Sistema Nervoso √ Sistema Nervoso Periférico - O conjunto de nervos cranianose raquidianos forma o sistema nervoso periférico. -Sistema nervoso periférico pode ainda subdividir-se em: - sistema nervoso somático - sistema nervoso autônomo ou de vida vegetativa. As ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já as ações involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral. O SNP Voluntário ou Somático tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos. O corpo celular de uma fibra motora do SNP voluntário fica localizado dentro do SNC e o axônio vai diretamente do encéfalo ou da medula até o órgão que inerva. Toda a sensibilidade do corpo e todos os movimentos dos músculos esqueléticos estão sob controle deste sistema. Dor , Calor , Frio , Andar , Falar , Ver , etc. 27 Farmacologia Bases Farmacológicas 27 ► Sistema Nervoso √ Sistema Nervoso Periférico O SNP Autônomo ou Visceral, funciona independentemente de nossa vontade e tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a atividade dos sistemas digestório, cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração. Um nervo motor do SNP autônomo difere de um nervo motor do SNP voluntário pelo fato de conter dois tipos de neurônios, um neurônio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. O corpo celular do neurônio pré-ganglionar fica localizado dentro do SNC e seu axônio vai até um gânglio, onde o impulso nervoso é transmitido sinapticamente ao neurônio pós-ganglionar. O corpo celular do neurônio pós-ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e seu axônio conduz o estímulo nervoso até o órgão efetuador, que pode ser um músculo liso ou cardíaco. SNA SIMPÁTICO E SNA PARASIMPÁTICO 28 Farmacologia Bases Farmacológicas 28 ► Sistema Nervoso √ Sistema Nervoso Periférico: SN Autônomo SIMPÁTICO E SNA PARASIMPÁTICO 29 Farmacologia Bases Farmacológicas 29 ► Sistema Nervoso 30 Farmacologia Bases Farmacológicas 30 ►Farmacologia das Psicopatologias 31 Farmacologia Bases Farmacológicas 31 ►Farmacologia das Psicopatologias 32 Farmacologia Bases Farmacológicas 32 ►Farmacologia das Psicopatologias 33 Farmacologia Bases Farmacológicas 33 ►Farmacologia das Psicopatologias 34 Farmacologia Bases Farmacológicas 34 ►Farmacologia das Psicopatologias 35 Farmacologia Bases Farmacológicas 35 ►Farmacologia das Psicopatologias 36 Farmacologia Bases Farmacológicas 36 ►Farmacologia das Psicopatologias 37 Farmacologia Bases Farmacológicas 37 ►Farmacologia das Psicopatologias 38 Farmacologia Bases Farmacológicas 38 ►Farmacologia das Psicopatologias Ansiolíticos e Hipinóticos 39 39 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . √ Ansiolíticos são fármacos utilizados para o tratamento da ansiedade que inclui a ansiedade fóbica e o distúrbio do pânico, já os hipnóticos são indicados para o tratamento da insônia. Classificação. 1. Benzodiazepínicos é o grupo mais importante, formado por agentes ansiolíticos e hipnóticos. Ex: clordiazepóxido, clonazepam, alprazolam, lorazepam, bromazepan. 2. Zolpidem hipnótico do grupo das imidazopiridinas que ao contrário dos benzodiazepínicos tem muito pouca atividade miorrelaxante e sobre a aquisição de memória. Ex: Stylnox 3. Agonistas 5-HT1A fármacos mais recentes, possuem atividade ansiolítica e fracamente sedativa. Ex: buspirona. 4. Barbitúricos em grande parte obsoletos, substituídos pelos benzodiazepínicos; hoje o seu uso limita-se à anestesia e epilepsia. Ex: fenobarbital, tiopental. 5. Antagonistas b-adrenérgicos utilizados para minimizar os sintomas físicos da ansiedade como: tremor, taquicardia e sudorese. Ex: propranolol. Farmacologia Bases Farmacológicas 40 40 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . √ Ansiolíticos . Benzodiazepínicos • Efeitos farmacológicos: Redução da ansiedade e da agressão , sedação e indução ao sono , redução do tônus muscular e da coordenação e efeito anticonvulsivante. • Mecanismo de Ação (agonistas indiretos dos RGABAA) Atuam seletivamente no sítio regulador dos receptores GABAA e não no receptor em si, potencializando a resposta ao GABA, facilitando a abertura dos canais de cloreto. • Farmacocinética São bem absorvidos por via oral e atingem concentração plasmática máxima em aproximadamente uma hora. Podem ser administrados por IV e IM, sendo esta última de absorção lenta. São metabolizados e eliminados na urina na forma de glicuronídio. O efeito tende a aumentar com a idade pela diminuição da velocidade de metabolização. Farmacologia Bases Farmacológicas 41 41 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . √ Ansiolíticos . Benzodiazepínicos • Efeitos Indesejáveis A toxicidade aguda é pouco nociva pois, embora a superdosagem provoque sono prolongado, não deprime gravemente a respiração ou função cardiovascular. Pode ser potencialmente fatal quando associado a outros depressores centrais como o álcool. Os principais efeitos colaterais são sonolência, confusão mental,amnésia e comprometimento da coordenação. Ocorre o desenvolvimento não muito intenso tanto de tolerância quanto de dependência. √ Antagonista dos Benzodiazepínicos O flumazenil (Lanexat) apresenta atividade ansiogênica e próconvulsivante. Utilizado em superdosagens ou para reverter a ação sedativa dos benzodiazepínicos durante a anestesia. Farmacologia Bases Farmacológicas 42 42 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . Zolpidem É um agonista específico GABA-ÔMEGA que modula a abertura dos canais de cloreto. Hipnótico de ação curta que não interfere na estrutura normal do sono. Ao contrário dos benzodiazepínicos, revelou ter muito pouca atividade como miorrelaxante e pouco efeito sobre os processos de aquisição da memória Ex: Stylnox Buspirona É um potente agonista dos receptores 5-HT1A, utilizada no tratamento da ansiedade. Liga-se também aos receptores de dopamina. O mecanismo de ação não está elucidado, é possível que atuem em receptores pré-sinápticos reduzindo a liberação de 5-HT1A e outros mediadores. É ineficaz no controle do pânico e seus efeitos colaterais não envolvem sedação e descoordenação, mas sim náusea, vertigens, cefaléia e inquietação. Ex:Buspar Farmacologia Bases Farmacológicas 43 43 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . Barbitúricos Foram substituídos pelos benzodiazepínicos a partir da década de 60 como ansiolíticos e sedativos, pois deprimem o SNC e provocam depressão respiratória e cardíaca em altas doses, induzem a um elevado grau de tolerância e dependência, além ativar a síntese do citocromo P450 aumentando a velocidade de degradação de diversas drogas. Os fármacos utilizados são o fenobarbital pela atividade anticonvulsivante e o tiopental como anestésico intravenoso. São menos específicos que os benzodiazepínicos, mas também atuam potencializando a ação do GABA, embora se liguem a sítio diferente. FarmacologiaBases Farmacológicas 44 Farmacologia Bases Farmacológicas 44 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . 45 Farmacologia Bases Farmacológicas 45 ►Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos . 46 Farmacologia Bases Farmacológicas 46 ►Farmacologia dos Antipsicóticos √ Os antipsicóticos se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso, além de se constituírem como os fármacos preferencialmente usados no tratamento sintomático das psicoses, principalmente a esquizofrenia. Muitas vezes, podem-se utilizar também antidepressivos. Atuam como antagonistas da dopamina embora sua ação também se estenda sobre os receptores 5-HT. Os tipos mais importantes de psicose são: esquizofrenia, distúrbios afetivos (depressão e mania, por exemplo) e psicoses orgânicas (causados por traumatismo encefálico, alcoolismo, etc). Os neurolépticos, foram os primeiros fármacos desenvolvidos para o tratamento de sintomas positivos da psicoses (alucinações e delírios), por isto são também conhecidos como antipsicóticos típicos. Seus efeitos adversos são caracterizados por um conjunto de sintomas conhecido vulgarmente como impregnação ou efeitos extrapiramidais. 47 Farmacologia Bases Farmacológicas 47 ►Farmacologia dos Antipsicóticos √ Os neurolépticos passaram a ser utilizados em psiquiatria a partir da descoberta de Delay e Deniker, no início da década de 50, de que a clorpromazina (Amplictil) , além de produzir sedação, diminuía a intensidade de sintomas psicóticos. Posteriormente foram introduzidos outros medicamentos derivados da clorpromazina ; as fenotiazinas, as butirofenonas (haloperidol) e mais modernas substâncias: risperidona e quetiapina. ESQUIZOFRENIA Atinge aproximadamente 1% da população, com forte componente hereditário, mas não invariável. É caracterizada por delírios, alucinações e distúrbio do pensamento (sintomas positivos), juntamente com isolamento social e diminuição emocional (sintomas negativos). A evidência farmacológica é compatível com a hipótese da hiperatividade da dopamina. Observa-se um aumento dos receptores de dopamina no sistema límbico, particularmente no hemisfério esquerdo. Há ainda evidências do envolvimento de outros mediadores como a 5-HT e o glutamato. 48 Farmacologia Bases Farmacológicas 48 ►Farmacologia dos Antipsicóticos √ Os antipsicóticos se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso, além de se constituírem como os fármacos preferencialmente usados no tratamento sintomático das psicoses, principalmente a esquizofrenia. Os antipsicóticos são classificados em : típicos (primeira geração) e atípicos (segunda geração ) . Esta divisão está relacionada com seu mecanismo de ação : nos típicos , predominantemente bloqueio de receptores da dopamina e nos atípicos bloqueio dos receptores dopaminérgicos e serotonérgicos (5HT). Isto acarreta um diferente perfil de efeitos colaterais, em geral melhor tolerados no grupo dos atípicos . Antipsicóticos típicos (neurolépticos): Haloperidol (Haldol®), Clorpromazina (Amplictil®) ,Levomepromazina (Neozine®) Antipsicóticos atípicos. Risperidona (Risperdal®), Quetiapina (Seroquel®). 49 Farmacologia Bases Farmacológicas 49 ►Farmacologia dos Antipsicóticos √ Efeitos colaterais e reações adversas Dentre os efeitos colaterais dos antipsicóticos destacam-se os efeitos extrapiramidais: acatisia, distonias e discinesias nos tradicionais. Devem-se ao bloqueio dos receptores no sistema nigro-estriatal e são comuns durante o uso dos antipsicóticos tradicionais especialmente os de alta potência. Clorpromazina (Amplictil) Aumento da prolactina , Hipotermia , Icterícia. Haloperidol (Haldol) Iguais aos anteriores, mas não causa icterícia . Risperidona (Risperdal) Aumento do peso em altas doses . Quetiapina (Seroquel) Taquicardia , Agitação e Boca seca. 50 Farmacologia Bases Farmacológicas 50 ►Anestesia e Anestésicos. ► ANESTÉSICOS Os anestésicos dividem-se em anestésicos gerais,administrados sistemicamente e que atuam predominantemente sobre o SNC, e anestésicos locais, que atuam bloqueando a condução de impulsos dos nervos sensoriais periféricos. Exemplos: • gerais: óxido nitroso, sevoflurano, tiopental, propofol • locais: procaína, lidocaína, bupivacaína, benzocaína ► ANESTESIA Este estado, para fins clínicos, pode ser dividido em três:perda da consciência, analgesia e relaxamento muscular, que na prática são alcançados normalmente com uma combinação de agentes, e não por um único fármaco. • Anestesia Local :consiste na interferência do potencial de membrana, através do controle exercido sobre os canais de Na+ e em teoria sobre os canais de K+ regulados por voltagem que participam ativamente na despolarização e repolarização dos neurônios. Realizada com a infiltração do anestésico em uma determinada área do corpo, sem que ocorra bloqueio de um nervo específico. A anestesia limita-se à área infiltrada, por exemplo: pq cirurgias plásticas e dermatológicas, extração de corpo estranho superficial,cirurgias odontológicas. 51 Farmacologia Bases Farmacológicas 51 ►Anestesia e Anestésicos. ►Anestesia regional Administração de medicamentos em apenas algumas áreas do corpo. • Anestesia Raquidiana. Realizada com anestesia local, nas costas, com deposição do anestésico no líquor. O paciente fica com os membros inferiores e parte do abdome completamente anestesiados e imóveis. • Anestesia Peridural. Realizada pela adição de anestésicos locais nas costas próximos aos nervos que transmitem a sensibilidade dolorosa. Neste caso é possível se realizar o bloqueio de apenas algumas raízes nervosas. As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada. • Bloqueios de nervos periféricos. Este tipo de anestesia o anestésico é administrado apenas ao redor dos nervos que inervam o local da cirurgia. Por exemplo, cirurgias sobre um dedo da mão podem ser realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão. 52 Farmacologia Bases Farmacológicas 52 ►Anestesia e Anestésicos. • Alguns fatores aumentam o risco da anestesia: - Alergia - Operações de grande porte e prolongadas; - Condição clínica ruim do paciente; - Emergência e ausência de preparo pré-anestésico. ► ANESTESIA GERAL Estado controlado e reversível de perda da sensibilidade e da consciência, induzida por fármacos. • Objetivos: Perda da consciência; Analgesia; Amnésia; Relaxamento muscular; Supressão dos reflexos (somáticos, autônomos e endócrinos) e Estabilidade hemodinâmica. ► ANESTÉSICOS GERAIS. Os anestésicos gerais são compostos muito simples, não reativos e que provocam efeitos narcóticos. Podem ser divididos em anestésicos inalatórios e anestésicos intravenosos. Em nível celular, seu efeito consiste principalmente em inibir a transmissão sináptica. Sua potência está diretamente relacionada à lipossolubilidade e não à estrutura molecular em si. Esses medicamentos, mesmo em baixas concentrações,provocam amnésia a curto prazo, embora o indivíduo permaneça responsivo no momento. 53 Farmacologia Bases Farmacológicas 53 ►Anestesia e Anestésicos. ►ANESTÉSICOS GERAIS. CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS • ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Gasosos: Óxido Nitroso; Xenônio. Voláteis: Halotano; Enflurano; Isoflurano;Desflurano; Sevoflurano. • ANESTÉSICOS PARENTERAIS (IV) Barbitúricos: Tiopentalsódico; Tiamilal; Metoexital. Outros: Etomidato; Propofol; Ketamina. 54 54 55 55 56 Farmacologia Bases Farmacológicas 56 ►Anestesia e Anestésicos. ► ANESTÉSICOS LOCAIS Os anestésicos locais são bloqueadores dos canais de Na+,penetrando pela bainha do nervo na forma não ionizada. Sua atividade anestésica depende acentuadamente do pH, pois são moléculas alcalinas. Sua ação é muito precária em pH ácido devido à ionização das moléculas que devem atravessar a membrana axônica para alcançar a extremidade interna do canal de sódio, onde exercem sua ação. O principal efeito colateral é a estimulação paradoxal do SNC com agitação e tremor e convulsões, seguida de depressão, com depressão respiratória. A ação inotrópica negativa é comum. •ÉSTERES – Cocaína , Procaína , Tetracaína , Benzocaína • AMIDAS – Bupivacaína , Lidocaína , Mepivacaína ,Etidocaína. 57 57 58 Farmacologia Bases Farmacológicas 58 ► ANALGÉSICOS Os agentes que induzem à analgesia podem ser classificados em: opióides, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), fármacos não opióides de ação central. Exemplos: opióides ► morfina, codeína, metadona, tramadol AINES ► AAS, diclofenaco, nimesulida, coxibs Outros ► amitriptilina, carbamazepina, ergotamina √ DOR A dor, em condições normais está associada à atividade de neurônios aferentes nociceptivos, ativados por estímulos de intensidade nociva, que podem provocar lesão tecidual. Há entretanto dores classificadas como neuropáticas, cuja origem é uma doença neurológica, ou lesão do próprio nervo periférico (neuropatia diabética, herpes zoster). Atribui-se a esse caso específico uma atividade espontânea dos neurônios sensoriais, estimulada ainda mais pelo SNS, pois os neurônios lesados podem expressar receptores a- adrenérgicos e serem estimulados por NA, o que não é normal. 59 Farmacologia Bases Farmacológicas 59 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Metamizol Metamizol sódico ou dipirona sódica é um medicamento que é utilizado principalmente como analgésico e antitérmico . Sua utilização, no entanto, se encontra restrita a alguns paises, sendo extremamente popular no Brasil onde efetivamente é um dos analgésicos mais populares, ao lado do ácido acetil salicílico . O metamizol ou dipirona ou ainda metilmelubrina, pode ser ligado ao sódio ou magnésio , originando a dipirona magnésica. Comercialmente, conhece-se pelos nomes Dipidor®, Novalgina®, Neosaldina®, Lisador®, Nolotil® entre outros, até também pelo próprio nome Dipirona®. O metamizol foi sintetizado pela primeira vez na Alemanha em 1920 pela companhia Hoechst AG, e em 1922 foi iniciada sua produção em massa. A droga permaneceu disponível mundialmente até a década de 70 quando foi descoberto que havia risco de causar agranulocitose - uma doença muito perigosa e potencialmente fatal. 60 Farmacologia Bases Farmacológicas 60 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Metamizol O metamizol foi banido da Suécia em 1974 e dos EUA em 1977 , mais de trinta países incluindo Japão , Austrália e a maioria dos países da U.E. tomaram a mesma decisão. Nesses países a droga ainda é utilizada como medicamento veterinário. Algumas companhias farmacêuticas, particularmente Hoechst e Merck, continuam a desenvolver drogas que contenham o metamizol e as comercializam em alguns países. No resto do mundo O metamizol ainda se encontra largamente disponível e continua sendo considerado um dos mais populares analgésicos. Mecanismo de ação. A dipirona ou metamizol tem como ação primaria anti-piretica e secundaria analgesica e anti-inflamatoria. Após administração, o metamizol é completamente hidrolisado em sua porção ativa. É um inibidor seletivo da prostaglandina F2-alfa. 61 Farmacologia Bases Farmacológicas 61 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Metamizol Absorção e administração: via oral e parenteral. Metabolismo: Hepático Excreção: Renal Meia vida plasmática (4 em 4 horas) Dose Máxima Diária: 4 g / dia. Reações alérgicas e anafiláticas graves. Calor, eritema , edema , prurido , dispnéia , edema , broncoespasmo , arritmia cardíaca , hipotensão arterial , choque e PCR. Síndrome de Stevens- Johnson. 62 Farmacologia Bases Farmacológicas 62 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Paracetamol Paracetamol ou acetaminofeno é um fármaco com propriedades analgésicas , mas sem propriedades antiinflamatória clinicamente significativas. Atua por inibição da cascata do ácido araquidónico , impedindo a síntese das prostaglandinas , mediadores celulares pró-inflamatórios, responsáveis pelas várias manifestações da inflamação, como o aparecimento da dor , tem também efeitos antipirético. Atualmente é um dos analgésicos mais utilizados, porém é altamente perigoso para o fígado devido ao seu alto potencial hepatotóxico, não devendo ser utilizadas mais que 4000 mg diárias (8 comprimidos de 500mg). Na dose correta , o paracetamol não afeta a mucosa gástrica , não altera a coagulação sanguínea e não causa nefropatia. Difere dos analgésicos opiódes , porque não provoca euforia nem altera o estado de humor do doente e não causa problemas de dependência , tolerância e síndrome de abstinência. 63 Farmacologia Bases Farmacológicas 63 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Paracetamol Mecanismo de ação. Existem evidências de que o paracetamol inibe uma variante da enzima COX, que é diferente das variantes COX-1 e COX-2, denominada agora de Cox-3. Seu mecanismo exato de ação ainda não é totalmente conhecido em todos os seus detalhes. O paracetamol é metabolizado principalmente no fígado , local onde grande quantidade desta substância converte-se em compostos inativos , sendo posteriormente excretado pelos rins. Os efeitos hepatotóxicos do paracetamol são devidos a um metabolito alquilado menor (a imina N-acetil-p-benzoquinona) e não ao próprio paracetamol. O paracetamol não deve ser tomado quando se consome bebidas alcoólicas, já que ao metabolizar o álcool , não pode metabolizar simultaneamente o paracetamol, aumentando, portanto, o risco de hepatotoxicidade. 64 Farmacologia Bases Farmacológicas 64 ► ANALGÉSICOS ESPECIAIS √ Paracetamol Mecanismo de ação. Embora seja permitido o uso de paracetamol durante a gravidez e amamentação , sua administração deve ser restrita aos casos necessários e por curto período. Alguns antibióticos, como a rifampicina, usada para tuberculose, e também alguns antibióticos da linha do cipro podem se associar ao paracetamol e provocar lesão hepática. O paracetamol tomado concomitantemente com domperidona (Motilium) ou com metoclopramida (Plasil) , tem a sua absorção aumentada. Os anticoagulantes têm o seu efeito aumentado quando o paciente toma regularmente paracetamol. 65 Farmacologia Bases Farmacológicas 65 ► ANALGÉSICOS √ 1. Opióides O termo opióide relaciona-se às substâncias, endógenas ou não, que produzem efeito semelhante ao da morfina, e que são bloqueados por antagonistas como a naloxona. Os opióides incluem substâncias estruturalmente relacionadas à morfina e compostos sintéticos com estruturas diferentes, mas com efeitos farmacológicos semelhantes. A) Mecanismo de Ação Atuam em receptores opióides μ,d e k, entretanto, tanto sua ação, quanto seus efeitos colaterais relacionam-se predominantemente aos receptores μ. Os receptores são acoplados à proteína G, inibem a adenilato ciclase, reduzindo assim o conteúdointracelular de cAMP. Promovem ainda a abertura dos canais de K+ e inibem a abertura dos canais de Ca+2 dependentes de voltagem. B) Efeitos Colaterais Os efeitos indesejáveis mais importantes são a redução da motilidade do TGI causando constipação, e liberação de histamina causando broncoconstrição e hipotensão. Mas ainda são sentidos: euforia e sedação, depressão respiratória e sedação da tosse, náusea e vômito, constrição pupilar. A superdosagem produz coma e depressão respiratória. 66 Farmacologia Bases Farmacológicas 66 ► ANALGÉSICOS √ 1. Opióides C) Tolerância e Dependência A tolerância surge rapidamente acompanhada de síndrome de abstinência. Atribui-se a dependência aos agonistas dos receptores μ e a síndrome de abstinência aos antagonistas. Os agonistas fracos e de longa duração, como a metadona,podem ser utilizados para aliviar os sintomas de abstinência. Certos analgésicos opióides, como a codeína por exemplo,têm menor probabilidade de causar dependência física ou psicológica. 67 67 68 Farmacologia Bases Farmacológicas 68 ► ANALGÉSICOS √ 2. Anti-inflamatórios não Esteroidais (AINEs) O efeito analgésico dos AINEs é particularmente eficaz no processo doloroso associado à inflamação ou à lesão tecidual, embora existam relatos de que alguns (ex: indometacina,naproxeno) deles sejam eficazes no controle de dor intensa não relacionada a processos inflamatórios. Em combinação aos opióides diminuem a dor pós-operatória,reduzindo em até um terço a necessidade destes. O alívio da cefaléia parece estar relacionado à abolição do efeito dilatador das prostaglandinas nos vasos cerebrais. A) Mecanismo de Ação Atuam inibindo as ciclooxigenases (COX-1 e COX-2), que transforma o ácido araquidônico em prostaglandinas e tromboxanos. Diminuem então a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores a mediadores inflamatórios como a bradicinina . B) Efeitos Colaterais O principal efeito gastrintestinal é a lesão gástrica, mediada pela inibição de COX-1, que diminui a produção de suco gástrico e possui ação protetora sobre a mucosa. Outros efeitos são dispepsia, náusea, vômito, diarréia e eventualmente constipação. Reações cutâneas são efeito comum principalmente com o uso do ácido mefenâmico (10 a 15%). Mais comumente incluem afecções, erupções, urticária e fotossensibilidade. 69 Farmacologia Bases Farmacológicas 69 ► ANALGÉSICOS √ Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINES) • A maior parte desses medicamentos não apresenta seletividade para COX-2, nos últimos anos surgiram os coxibs,que atuam seletivamente. • AINES são analgésicos para a dor de origem inflamatória • Efeito Antipirético A temperatura corporal é controlada no hipotálamo. Quando endotoxinas estimulam a liberação de um pirógeno, a interleucina-1 (IL-1), pelos macrófagos, é estimulada a produção de PGE no hipotálamo, que eleva o ponto de ajuste da temperatura. • Efeito Analgésico Os AINEs são particularmente eficazes contra a dor associada á inflamação ou lesão tecidual pois, inibem a síntese de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores a mediadores inflamatórios, como a bradicinina. • Efeito Anti-inflamatório Reduzem componentes da resposta inflamatória e imune como a vasodilatação, o edema e a dor, que se relacionados aos produtos de ação da COX. 70 Farmacologia Bases Farmacológicas 70 ► ANALGÉSICOS √ Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINES) • AINES Aspirina , Diclofenaco ,Bufferin , Nimesulida ,Indometacina , Piroxican EFEITOS ADVERSOS AINES: • Dano GI podendo levar a úlcera hemorrágica • Bloqueio agregação plaquetária (aumenta o tempo de sangramento) X Tratamento em Idosos • Inibição mobilidade uterina (aumenta o tempo de gestação) • Toxidez renal (PGE2 controla o fluxo sangüíneo renal) • Pode haver reações de hipersensibilidade (asmáticos) • HIPERALGESIA 71 71 72 72 73 Farmacologia Bases Farmacológicas 73 ► Antiinflamatórios Esteroidais (Corticóides) Produtos de síntese do córtex adrenal são hormônios esteróides denominados: • Adrenocorticosteróides • Corticosteróides • Corticóides Os corticosteróides constituem três grupos ou famílias de hormônios: • Glicocorticóides: cortisol ou hidrocortisona • Mineralocorticóides: aldosterona • Esteróides Sexuais: andrógenos (DHEA) e estrógenos 74 Farmacologia Bases Farmacológicas 74 ► Antiinflamatórios Esteroidais (Corticóides) • Corticosteróides ligam-se a receptores específicos glico (GC) ou mineralocorticóides (MC). • Ação GC ou MC do corticosteróide depende da afinidade maior ou menor por estes receptores. • Ação antiinflamatória: Inibidores da Fosfolipase A2 • Efeito terapêutico ideal de um corticosteróide: máxima atividade antiinflamatória, antialérgica e imunossupressora mínima atividade retentora de sódio e flúidos • Indicações Clínicas asma ,inflamações cutânea, nos olhos, ouvidos, nariz em estados de hipersensibilidade , doenças auto-imunes e inflamatórias ,rejeição de tecidos transplantados , em alguns tipos de neoplasias. • Efeitos Indesejáveis Esses efeitos tendem a ser observados com o uso de doses elevadas ou em tratamentos longos .Os principais são: supressão da resposta à infecção ou lesão, supressão da capacidade do paciente sintetizar corticosteróides e efeitos metabólicos. • A TERAPIA COM CORTICOSTERÓIDES É RESERVADA PARA CASOS DE COMPROVADA EFICÁCIA OU EM CASOS DE FALHA TERAPÊUTICA COM AGENTES MAIS INÓCUOS. 75 75 76 Farmacologia Bases Farmacológicas 76 ► Antiinflamatórios Esteroidais (Corticóides) √ Efeitos do tratamento prolongado • Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) • Obesidade centrípeta • Hipertensão arterial, alcalose hipocalêmica,intolerância a carboidratos, diabetes mellitus,hiperlipidemia, cálculose renal • Disfunção hipofisária-gonadal:Alterações menstruais, diminuição da libido, impotência,hipotiroidismo, interrupção do crescimento e nanismo (crianças) • Estrias purpúreas, pletora, hiperpigmentação,hirsutismo ou hipertricose, acne, equimoses • Irritabilidade, euforia (labilidade emocional), insônia, psicoses, “dependência aos glicocorticóides • Osteoporose e fraturas espontâneas • Aumento da pressão intraocular e Glaucoma • Distúrbios do sono e Insônia • Euforia , Depressão , Mania e Psicose • “Dependência aos Glicocorticóides” • Supressão da hipersensibilidade tardia - Inflamação Supressão da resposta antigênica primária Supressão da função dos linfócitos T . 77 77 78 Farmacologia Bases Farmacológicas 78 ► Antiinflamatórios Esteroidais (Corticóides) •Efeitos do tratamento prolongado A suspensão repentina do tratamento com glicocorticóides pode resultar em: Quadro de insuficiência adrenocortical “Síndrome da retirada ou deprivação de corticosteróides” Suspensão abrupta de terapia com GC pode resultar em “crise adrenal aguda”: Hipotensão e choque Hipertermia Desidratação Taquicardia Náusea e vômito Anorexia Fraqueza e apatia Hipoglicemia Confusão mental Desorientação 79 Farmacologia Bases Farmacológicas 79 ►Histamina e Anti Histaminicos • Definição – amina básica ( 2-(4-imidazolil - etilamina), formada a partir da histidina. • Hidrofílica. • Localização – maioria dos tecidos corporais; pele, pulmão e TGI Celular – mastócitos (tecidos)e basófilos (sangue). • Liberação da histamina – Liberada dos mastócitos por exocitose nas reações inflamatórias ou alérgicas. Armazenada em grânulos. • Principais causas: frio, toxinas bacterianas, venenos de inseto,lesão traumática, reações alérgicas e anafiláticas, drogas histaminoliberadoras (morfina,codeína,tubocurarina, alguns contrastes radiológicos) • Mecanismo de Ação: Estímulo ► Liberação de Histamina ► Receptores H1 e H2 • Efeitos da Histamina • Hipersensibilidade Mediadores: histamina, serotonina,leucotrienos e fator quimiotáxico da anafilaxia para eosinófilos. Reação alérgica localizada: liberação lenta e em pequena quantidade de histamina. Reação anafilática: liberação rápida e em grande quantidade de histamina. 80 Farmacologia Bases Farmacológicas 80 81 Farmacologia Bases Farmacológicas 81 ►Anti Histaminicos •Classificação – Bloqueadores H1 – não interferem no aumento da secreção gástrica. – Bloqueadores H2 – Diminuem secreção gástrica. ► BLOQUEADORES H1 • Não interferem com a síntese ou liberação de histamina • Atuam bloqueando competitivamente o receptor. • Bloqueiam também : receptores colinérgicos, adrenérgicos,serotoninérgicos. • Uso terapêutico : – Estados alérgicos: alergias mediadas por antígenos ( IgE)- rinite alérgica e urticária – Não serve para asma brônquica. – Prurido: Dermatite de contato • Reações Adversas : – Sedação , zumbido, fadiga, tontura, desânimo,tremores, vertigem, visão turva e xerostomia. – Superdosagem: alucinações, excitação, convulsões até colapso do sistema cardiorespiratório. 82 Farmacologia Bases Farmacológicas ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H1 Fenergan (prometazina) Fenergan® é indicado no tratamento sintomático de todos os distúrbios incluídos no grupo das reações anafiláticas e alérgicas. Graças à sua atividade antiemética, é utilizado também na prevenção de vômitos do pós-operatório e dos enjôos de viagens. Pode ser utilizado, ainda, na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à sua ação sedativa. CONTRA-INDICAÇÕES Fenergan® não deve ser administrado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à prometazina , assim como aos portadores de discrasias sangüíneas , em pacientes com risco de retenção urinária ligado a distúrbios uretroprostáticos, associação ao álcool , em mulheres durante Gravidez e Lactação . 82 83 Farmacologia Bases Farmacológicas ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H1 Fenergan (prometazina) Advertências: A prometazina não deve ser utilizada em crianças menores de dois anos devido ao risco de depressão respiratória fatal. Fenergan® deve ser usado com precaução em pacientes que estejam em tratamento com tranqüilizantes ou barbitúricos, pois poderá ocorrer potencialização da atividade sedativa. A vigilância clínica deve ser reforçada em pacientes epilépticos devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptogênico dos fenotiazínicos. Fenergan® deve ser utilizado com cautela nos idosos com sensibilidade aumentada à sedação, à hipotensão ortostática, e às vertigens; em pacientes com constipação crônica por causa do risco de íleo paralítico; em eventual hipertrofia prostática. Como as demais drogas sedativas ou depressoras do SNC, Fenergan® deve ser evitado em pacientes com história de apnéia noturna. Bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool devem ser evitados durante tratamento com Fenergan®. 83 84 Farmacologia Bases Farmacológicas ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H1 Fenergan (prometazina) Advertências: DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE NÃO DEVE DIRIGIR VEÍCULOS OU OPERAR MÁQUINAS, POIS SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS. ASSOCIAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS A ação sedativa da prometazina é aditiva aos efeitos de outros depressores do SNC, como derivados morfínicos , metadona, sedativos, hipnóticos, antidepressivos tricíclicos e tranqüilizantes. (HALDOL). 84 85 Farmacologia Bases Farmacológicas ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H1 Fenergan (prometazina) Reações adversas / Efeitos colaterais. Efeitos neurovegetativos: - Sedação ou sonolência, mais acentuada no início do tratamento. - Efeitos anticolinérgicos do tipo secura da boca e de outras mucosas, constipação, alterações da acomodação visual, midríase, palpitações, risco de retenção urinária. - Alterações do equilíbrio, vertigens, diminuição de memória ou da concentração. - Sintomas extrapiramidais. Falta de coordenação motora, tremores (mais freqüentemente no indivíduo idoso). - Raramente foram descritos casos de discinesia tardia após administração prolongada de certos anti-histamínicos. - Tontura. Confusão mental e alucinações. - Mais raramente, efeitos do tipo de excitação: agitação, nervosismo, insônia. - Raramente náuseas e vômitos. 85 86 Farmacologia Bases Farmacológicas 86 ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H1 • Cetirizina A cetirizina é uma droga anti-histamínica dotada de alta afinidade e seletividade para os receptores H1 da histamina , sem apresentar efeitos anticolinérgicos e ausência de efeitos antiserotonínicos de importância. Comercializada pelos nomes de Zyrtec, Zetir e Zyna. É completamente absorvida no trato digestivo, e atinge seu pico plasmático em 1 ou 2 horas, o que, somado à sua extensa meia-vida (10 horas),permite a administração em 1 única dose diária. Indicações. Afecções alérgicas em geral. Dermatite, prurido, alergia rinosinusal, urticária, dermatoses alérgicas e picadas de insetos. Reações adversas. Cefaléia, enjôos, secura na boca e distúrbios gastrintestinais. Precauções Insuficiência renal, gravidez, crianças menores de 2 anos. Contra-indicações Hipersensibilidade ao fármaco. Lactação. 87 Farmacologia Bases Farmacológicas 87 ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H2 •Uso terapêutico : Mudaram a historia natural da Ulcera Gastrica. Tratamento de úlcera gástrica , Esofagites de refluxo e Prevenção de hemorragias digestivas. Reações Adversas: Cefaléia, tonturas, diarréia, dores musculares e reações cutâneas. Ginecomastia. 88 Farmacologia Bases Farmacológicas 88 ►Anti Histaminicos ► BLOQUEADORES H2 •Omeprazol é um medicamento da classe dos inibidores da bomba de prótons , usado como antiulceroso. Os inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol e tenatoprazol) suprimem a secreção de ácido gástrico por meio da inibição específica da enzima H+/K+-ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica. Todos os representantes dessa classe são similares entre si, reduzindo em até 95% a produção diária de ácido gástrico. Tenatoprazol – o mais novo representante – tem meia-vida significativamente mais longa, podendo inibir a secreção ácida durante a noite. Indicações. Esofagite de refluxo ,Erradicação do Helicobacter pylori e Lesões gástricas provocadas por drogas antiinflamatórias não esteroidais (AINE). Interações. Este medicamento possui interação com o cetoconazol podendo reduzir o efeito destas drogas. Pode ainda, aumentar a ação dos medicamentos: diazepan , varfarina , fenitoína e carbamazepina. Misoprostol – aumenta o mecanismo de proteção gástrica e duodenal – cicatrização rápida das úlceras. 89 Farmacologia Bases Farmacológicas 89 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Fisiopatologia do Broncoespasmo. 90 Farmacologia Bases Farmacológicas 90 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Mucolíticose Expectorantes • Secreção Brônquica: -Produção 100 ml em 24 horas -Composição:mucopolissacarídeos, mucoproteínas, água e eletrólitos • Depuração mucociliar (FATORES QUE FAVORECEM): - Broncodilatação - Drenagem postural - Hidratação adequada para evitar ressecamento das secreções - Nebulizações com soro fisiológico ? - Mucolíticos/Expectorantes ?? ► Iodeto de Potássio O íodeto age como irritante das terminações parassimpáticas gástricas, estimulando o reflexo da tosse e ao mesmo tempo aumenta o volume de secreções brônquicas, salivares, lacrimais, nasal Doses: 300 mg 3 a 4 vezes por dia Efeitos colaterais: - Náuseas, vômitos, anorexia - Rinite, lacrimejamento, conjuntivite - Aumento de volume das glds salivares (caxumba iódica) - Alergia: erupção urticariforme até reações bolhosas graves, com febre - Suprime função tireoideia (utilizada no pré-operatório de cirurgias de tireóide) 91 Farmacologia Bases Farmacológicas 91 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Mucolíticos e Expectorantes ► Guaiacolato de glicerila - Mecanismo de ação semelhante aos iodetos - Encontrado em associações - Diminui adesividade plaquetária ► Bromexina e Ambroxol -O ambroxol é derivado da bromexina - Mecanismo de ação: liberação de enzimas lisossômicas que degradam os muco polissacarídeos ► N-acetilcisteina. (Aires) - Mecanismo de ação: grupos sulfidrílas rompem pontes dissulfetos das mucoproteinas - Vias de administração: oral, inalatória e injetável - Efeito antioxidante Outras indicações: - intoxicação pelo paracetamol - prevenção da nefrotoxidade de contrastes radiológicos (discutível ?) 92 Farmacologia Bases Farmacológicas 92 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Antitussígenos (sedativos da tosse) • Fisiologia da Tosse:reflexo protetor que visa eliminar corpos estranhos da árvore traqueo-brônquica. O uso de antitussígenos SÓ está indicado em casos excepcionais, em que a tosse é muito incômoda e não haja prejuízo em sedá-la. ► Codeina - 3 metil-éter da morfina ; - Eleva o limiar do centro da tosse. - Analgésico e sedativo (fraco). Dose: 5- 20 mg VO ou SC até 3/3 h ;Dose analgésica: 30 mg ou mais. Efeitos colaterais: - sedação, sonolência, náuseas e vômitos, tonturas, constipação e xerostomia e Dependência . ► Dextrometafano - Antitussígeno não narcótico. - Sem efeito analgésico ou sedativo ; - Não causa dependência. - Metabolizado pelo fígado, devendo ser evitado em hepatopatas. - Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos, diarréia. - Doses elevadas: euforia, torpor, incoordenação da marcha. - Dose usual: 15-30 mg ,3-4 vezes/dia. 93 Farmacologia Bases Farmacológicas 93 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos , Agonistas b2-adrenérgicos •Efeitos terapêuticos: - Relaxamento da musculatura brônquica - Reduz reação inflamatório brônquica - Ocorre taquifilaxia - Reduz contratilidade uterina - Provoca entrada de K para o espaço intracelular. • Efeitos colaterais: - Tremores , Taquicardia e Ansiedade • De Ação curta: terbutalino, salbutamol. • De Ação longa: salmeterol, formoterol . • Só via oral: bambuterol. 94 Farmacologia Bases Farmacológicas 94 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação curta Utilizados preferencialmente por via inalatória. Uso dos dispositivos dosimetrados é melhor que o uso em nebulizadores. Uso via oral: menos efetivo e com maior freqüência de efeitos colaterais. Uso parenteral (terbutaliana, salbutamol – vias subcutâneo/EV) – em situações especiais. Ação curta: terbutalina, salbutamol ►Salbutamol ( Aerolin) ou albuterol (USAN) É um β2-agonista dos receptores adrenérgicos de curta duração utilizado para o alívio do broncoespasmo em condições como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O salbutamol é indicado especialmente para as seguintes condições: Asma Aguda Broncoespasmo Enfisema Bronquite Crônica Proteção contra asma induzida por exercício. Estimulo Cardíaco quando existe bradiarritmia.(E.V) (M.P) 95 Farmacologia Bases Farmacológicas 95 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação curta ►Salbutamol ( Aerolin) Pode ser aerosolizado por um nebulizador , juntamente com o brometo de ipratrópio (Atrovent). O sulfato de salbutamol geralmente é administrado por via inalatória para o efeito direto sobre a musculatura lisa brônquica. Isto é geralmente é conseguido através de um nebulizador. Nesta forma de distribuição, o efeito máximo do Salbutamol fica dentro de cinco a vinte minutos após a administração. O salbutamol também pode ser administrado por via oral como um inalante ou por via intravenosa. • Como agonista β2, o salbutamol é usado também em obstetrícia. A injeção intravenosa de salbutamol pode ser usado como um tocolítico, relaxando o músculo liso uterino para atrasar o parto prematuro. Embora esse seu papel tenha sido largamente substituído pelo ritodrine , terbutalina e nifedipina (um bloqueador dos canais de cálcio), que é mais eficaz, melhor tolerada e administrado por via oral. 96 Farmacologia Bases Farmacológicas 96 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação curta ►Salbutamol ( Aerolin) • Os efeitos secundários mais comuns são tremores, nervosismo, dor de cabeça, cãibras musculares e palpitações. Além disso podem ser identificadas taquicardia , arritmias, rubor, isquemia do miocárdio, e distúrbios do sono e do comportamento. Raramente, mas de importância, pode causar paradoxalmente broncoespasmo nas reações alérgicas, urticária, angioedema, hipotensão e colapso, enquanto que doses altas podem causar hipocalemia (baixos níveis de potássio no sangue) . 97 Farmacologia Bases Farmacológicas 97 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação curta ► bromidrato de fenoterol (BEROTEC) é um agente simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os receptores beta2 em doses terapêuticas. A estimulação dos receptores beta1 ocorre em dose mais alta. A ocupação de um receptor beta2 relaxa a musculatura lisa bronquial e vascular e previne contra estímulos broncoconstritores tais como indução por esforço, histamina, ar frio e exposição a alérgenos (fase precoce). Após administração a liberação de mediadores broncoconstritores e pró-inflamatórios dos mastócitos é inibida. • Os efeitos beta-adrenérgicos no coração, tais como aumento do ritmo cardíaco e da contratilidade, são causados pelos efeitos vasculares do fenoterol, pela estimulação do receptor beta 2 cardíaco e, em doses supraterapêuticas, pelo estímulo do receptor beta1. Tremor é o efeito dos beta-agonistas mais freqüentemente observado. Diferentemente dos efeitos na musculatura lisa bronquial, os efeitos sistêmicos dos beta-agonistas estão sujeitos ao desenvolvimento de tolerância. 98 Farmacologia Bases Farmacológicas 98 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação curta ► bromidrato de fenoterol (BEROTEC) • A ação de BEROTEC por inalação, em doenças pulmonares obstrutivas, inicia-se poucos minutos após a administração e perdura por 3 a 5 horas. • Indicações Tratamento sintomático de crises agudas de asma. Profilaxia da asma induzida por exercício. Doença PulmonarObstrutiva Crônica (DPOC) O uso sob demanda deve ser preferível ao uso regular. • Contra-indicações Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, taquiarritmia, hipersensibilidade ao bromidrato de fenoterol . • Interações medicamentosas O efeito de BEROTEC pode ser potenciado por beta-adrenérgicos, anticolinérgicos e derivados da xantina. A administração concomitante de outros beta-miméticos, anticolinérgicos de absorção sistêmica e derivados da xantina (p. ex. teofilina) pode aumentar os efeitos colaterais. • Reações adversas Efeitos indesejáveis são leves tremores dos músculos esqueléticos, nervosismo, cefaléia, tontura, taquicardia e palpitações. Podem ocorrer fadiga,cãibras musculares ou mialgia, náusea, vômito e sudorese. 99 Farmacologia Bases Farmacológicas 99 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Betamiméticos de ação longa ►O formoterol (Foradil) apresenta inicio de ação imediata, podendo ser utilizado na terapêutica da crise. São mais eficazes que os de ação curta no tratamento a longo prazo, mas são mais onerosos. • A combinação com corticóide inalatório pode ser mais eficaz no tratamento da asma e DPOC. Trata-se de um agonista b 2-adrenérgico que estimula os receptores b- adrenérgicos localizados na musculatura lisa brônquica e produz broncodilatação. O efeito broncodilatador é manifestado rapidamente (1 a 3 minutos) após a inalação do fármaco. A duração média do efeito de uma única dose é de 12 horas. • Após a inalação, o formoterol é absorvido rapidamente, e cerca de 50% do fármaco liga-se a proteínas plasmáticas. O metabolismo é realizado principalmente no fígado e a eliminação é feita por via renal; apenas cerca de 6 a 10% do fármaco são eliminados sem metabolização. • Indicações. Asma brônquica. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Bronquites: espasmódica, asmática, alérgica. • 100 Farmacologia Bases Farmacológicas 100 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Anticolinérgicos Efeitos muito variáveis na asma, desde efeito comparável aos beta2 miméticos até efeito desprezível. Utilidade maior no DPOC. Pode e frequentemente ser utilizado em associação aos beta2 miméticos. ► brometo de ipratrópio (Atrovent). É um medicamento anticolinérgico derivado da atropina e administrado por via de inalação como coadjuvante na broncodilatação para o tratamento de asma , bronquite e DPOC. • Mecanismo de Ação O ipratrópio atua bloqueando os receptores muscarínicos no pulmão, inibindo a broncoconstrição e a produção de muco nas vias aéreas. É um bloqueador muscarínico não seletivo e não se difunde no sangue, o que previne a aparição de efeitos colaterais sistêmicos. • O ipratrópio pode ser combinado com o salbutamol para o tratamento da asma ou outras doenças obstrutivas, especialmente em indivíduos que deixaram de responder a um só medicamento. Seus efeitos secundários são semelhantes aos outros anticolinérgicos. 101 Farmacologia Bases Farmacológicas 101 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Metilxantinas Mecanismos de ação: Inibição da fosfodiesterase, aumentando os níveis de AMP cíclico. Antagonismo dos receptores da adenosina. Aumento da liberação de Ca intracelular. Aumento liberação de catecolaminas. Melhora contratilidade diafragmática. Efeito antiinflamatório. Metabolização hepática. Níveis plasmáticos mais elevados em: idosos, portadores de ICC, hepatopatas. Interações medicamentosas Elevam níveis plasmáticos das xantinas:Eritromicina, ciprofloxacino, alopurinol, cetoconazol, cimetidina Reduzem níveis plasmáticos das xantinas: Fumo , fenobarbital e ,fenitoina Efeitos colaterais: Digestivos: náuses, vômitos, refluxo gastroesofágico , Tremores;Taquicardia e taquiarritmias (fibrilação atrial);Convulsões. ► Teofilina , Aminofilina, Bamifilina e Acebrofilina 102 Farmacologia Bases Farmacológicas 102 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Metilxantinas ►Aminofilina. Aminofilina é um broncodilatador, que deriva-se do teofilinato de etilenodiamina , que pode ser utilizado por via oral e por via endovenosa. Efeito equivalente a 80% da dose da teofilina. Ele aumenta o AMP cíclico intracelular e inibe a fosfodiesterase . Indicações Asma brônquica , Asma de exercício ,Bronquite crônica , Doença pulmonar obstrutiva crônica e Enfisema Pulmonar . Efeitos Colaterais Diarreia; vômito; náusea; tontura; dor de cabeça; insônia; tremor; irritabilidade; inquietude; urina excessiva. Contra Indicações Gravidez ; amamentação; crianças com menos de 6 meses de idade. Doses: - 300-600 mg/dia. 103 Farmacologia Bases Farmacológicas 103 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Corticóides •Corticóides sistêmicos: Hidrocortisona; Metilprednisolona , Prednisona e Prednisolona. ► Hidrocortisona: Utiliza-se apenas quando não for possível a via oral e o uso da metilprednisolona. Efeito mineralocorticóide importante. Doses: 100 mg a cada 8-12h , Via EV. ► Prednisona: É o corticosteróide mais utilizado. Menor efeito mineralocorticóide que a hidrocortisona. Efeito antiinflamatório 4 x maior que o da hidrocortisona. Doses: 60 a 240 mg/dia (inicial) com redução a seguir. Prednisolona – metabólito ativo da prednisona 104 Farmacologia Bases Farmacológicas 104 ►Farmacologia do Sistema Respiratório √ Corticóides •Corticóides Tópicos Utiliza-se em associação a agonista b 2-adrenérgico . Menor efeito mineralocorticóide e efeito antiinflamatório . Efeitos colaterais: rouquidão e candidíase oral. Tanto a rouquidão, a candidíase e os efeitos sistêmicos decorrentes da absorção do corticóide tópico que foi deglutico são reduzidos se o paciente for instruido a “enxaguar” a cavidade oral após o uso. 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