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ARTIGO Pedagogia 2018

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15
 
A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
DA SILVA GARCIA, Jéssica1
765958
FREITAG DOS SANTOS, Neli Maria2
RESUMO
Este Artigo pretende ressaltar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil. Destaca-se que a criança está em uma constante fase de crescimento, agindo, interagindo e transformando o mundo. A infância é grande aliada para que aprenda a brincar, pois é através do brincar que a criança desenvolve, constrói pensamentos e seu próprio jeito de ver o mundo, aprendendo a interagir e se socializar. Esse artigo tem como objetivo conhecer o real significado do brincar, conceituar o ato de brincar, compreender a ludicidade, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e também, os benefícios que o brincar proporciona no ensino e aprendizagem na educação infantil. Ainda esse estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras como influenciam na socialização das crianças. Portanto, para melhor elaboração desse artigo foi realizado pesquisas bibliográficas, leituras de livros, artigos e sites, bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, acredita-se que os objetivos foram alcançados, pois percebeu que é no ato de brincar que nos tornamos um ser humano melhor.
Palavras-chave: brincar, crianças, educação infantil.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho vai ao encontro de ressaltar a importância do Brincar como uma ferramenta importantíssima na comunicação das crianças, pois é através dele que ela reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar desenvolve a aprendizagem da criança, estimulando a socialização, a partilhar, cooperação, comunicação, a noção de respeito por si e pelo outro, bem como sua autoimagem e autoestima.
Maluf (2005, p.01) diz que as atividades lúdicas possibilitam que crianças e adolescentes desenvolvam capacidades físicas, verbais e intelectuais, tornando-se capazes de se comunicar e de se encontrar tanto seu “caminho” no mundo quanto a si mesmos.
É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula para enriquecer suas aulas. O lúdico é um método que contribui para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança descobre, inventa, aprende regras, experimenta, relaxa e desenvolve habilidades. Com esta pesquisa irá também reafirmar ao educador a respeito da importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem.
Através dos jogos lúdicos, do brinquedo e da brincadeira, a criança desenvolve a criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no desenvolvimento motor e cognitivo, dessa forma se faz necessário conscientizar os pais e sociedade em geral sobre a importância da ludicidade, que o brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem que precisamos vivenciar na infância. 
Neste sentido, o objetivo central deste artigo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil, pois, segundo os autores pesquisados, essa é uma fase importantíssima para a criança a respeito do seu desenvolvimento e aprendizagem.
2. A IMPORTANCIA DO BRINCAR
2.1 Brincar na Educação Infantil
O Brincar é divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, ou seja, brincar é algo natural e muito presente nas nossas vidas, pois no verdadeiro brincar, acordam, despertam e vivem forças de fantasias que ajudam na formação e estruturação do pensamento da criança. 
	Dallabona e Mendes ressaltam em seu artigo O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar:
“O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade” (DALLABONA, MENDES).
	
Assim o brincar acrescenta na percepção infantil, direcionando seu pensar de maneira cada vez mais equilibrada, favorecendo aprendizagem em seu crescimento, desenvolvendo também suas potencialidades, interagindo, enfrentando suas dificuldades tomando decisões nas situações de conflitos. 
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. ”
Por causas econômicas as crianças estão ingressando cada vez mais cedo no ambiente escolar, tendo pouco conviveu com seus pais, fato que rouba uma boa parte da infância, as brincadeiras em família que também é essencial.
A criança é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem características próprias e para se tornar um adulto, precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família, posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola. (FERREIRA, 2008).
O brincar é coisa séria não só para as crianças, pois é através das brincadeiras que ela absorve estímulos do mundo e constrói seu próprio pensamento. No entanto a maioria dos professores desconhece os verdadeiros benefícios da utilização das brincadeiras para o desenvolvimento dos alunos no ambiente escolar. 
As brincadeiras fazem parte da cultura da infância, porém está ficando cada dia mais distante da realidade. As escolas de educação infantil cobram muito dos seus alunos visando apenas à formação escolar e pais colocam cargas de responsabilidade sobre seus filhos, preparando para a vida adulta e o futuro mercado de trabalho, onde crianças se tornaram vítimas das transformações econômicas, sociais, tornando-se adultos em miniatura, perdendo sua infância.
A criança ao brincar, desenvolve-se, aceita regras e cumpre com prazer as situações propostas, como nos diz Vygotsky:
 ... a criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança pré-escolar em relação as restrições situcionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unindo o prazer e, ao mesmo tempo, ela aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se às regras e, por conseguinte, renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regra e a renúncia à ação impulsiva constitui o caminho para o prazer no brinquedo. Enfim, no jogo ela age de maneira contrária à que gostaria de agir, o maior ato da criança acontece na situação do brinquedo. (1984, p. 55)
A maioria dos pais também desconhecem os benefícios das brincadeiras, principalmente nos dias atuais onde a correria do dia a dia faz abandonar velhos costumes, não tendo mais tempo para brincar com seus filhos, ficando a escola responsável pelo brincar e cuidar.
Para Piaget (apud KISHIMOTO, 1998), a brincadeira é um elemento crucial do desenvolvimento moral para criança, pois por intermédio dela a mesma consegue internalizar as regras solicitadas pelo jogo. 
2.2. Jogos, brincadeiras e brinquedos
O ato de brincar é a própria essência da infância, é uma das principais atividades que ajudam no desenvolvimento da criança. A liberdade para brincar, a naturalidade de divertir-se em atividades a serem aprendidas e desenvolvidas ajudando na sua formação da identidade, da autonomia, da memória e imaginação, que é um dos elementos fundamentais para aaprendizagem das relações pessoais, pois durante uma brincadeira as crianças aprendem novos conceitos e se preparam para o mundo. 
Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia a dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados no desenrolar da sua vida. 
Os jogos e os brinquedos são uma preparação para a vida, pois as crianças desenvolvem um raciocínio rápido, relacionamentos diferentes, aprender a dividir tarefas e a conhecer regras.
Para Antunes (2000, p. 38) os jogos e brinquedos tem caráter lúdico.
Jogos ou brinquedos pedagógicos são desenvolvidos com a intenção explicita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e, principalmente, despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória [...] aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica, que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.
Ao jogar, a criança se expressa, participa, se desenvolve. Cabe ao educador propiciar estes momentos. O educador precisa conhecer o processo de evolução das crianças, para assim poder propor os jogos que melhor se enquadrem a sua faixa etária.
Alguns benéficos na utilização dos jogos pedagógicos no desenvolvimento infantil:
Cognitivo: exploração das percepções e no desenvolvimento da imaginação;
Motor: potenciando o aperfeiçoamento das capacidades motoras;
Sócio afetivo: libertando emoções e valorizando a cooperação entre grupo;
Social: desenvolvendo a solidariedade entre grupo.
Cognitivamente: potência a operabilidade e o raciocínio;
Afetivamente: convive com as frustrações e alegrias e aceita as suas atitudes e a dos outros;
Estimula os processos mentais e a capacidade de processar informação;
Permite a estruturação da linguagem e estimula a imaginação;
 Ao utilizar os jogos o educador deve mediar intervindo quando a criança está jogando, pois há objetivos especifico daquele jogo sendo o educador o mediador entre crianças e objetos propiciando as situações de aprendizagem articulando os conhecimentos trazidos pela criança àqueles que se deseja transmitir.
Como afirma Piaget (1976, p. 24):
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbólico, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.
Desta maneira, o jogo pode ser considerado uma atividade muito importante, pois através dele a criança cria uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não amadureceram, mas que se encontram em processo de maturação, ou seja, o que a criança irá alcançar em um futuro próximo. 
A infância é a idade das brincadeiras. Por meio delas, as crianças satisfazem grande parte de seus desejos e interesses particulares. “O aprendizado da brincadeira, pela criança, propicia a liberação de energias, a expansão da criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho” (Garcia e Marques 1990, p. 11).
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
As brincadeiras também são aliadas no desenvolvimento da criança, proporcionando experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. 
Como podemos perceber, as brincadeiras são fontes infinitas no seu desenvolvimento, esses são alguns benefícios das brincadeiras:
Estimulam o desenvolvimento: por meio das brincadeiras, as crianças desenvolvem os aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. São as habilidades apreendidas durante a infância que acompanharão os indivíduos durante toda a sua vida. 
Boa saúde: além de auxiliar no desenvolvimento, as brincadeiras fazem com que os pequenos gastem energia, concentrem-se nas atividades e também se exercitem. Crianças que ficam por muito tempo na frente da televisão, do computador, celular e videogame podem se tornar sedentárias e ansiosas.
Deixam as crianças mais tranquilas: algumas brincadeiras fazem com que os pequenos fiquem mais calmos, pois teriam que seguir regras e ter paciência para esperando sua vez e a do colega.
Estimulam a criatividade: o brincar transporta as crianças para um mundo de faz-de-conta, repleto de fantasias. Assim, as atividades também incentivam a criatividade.
Permitem que as crianças se expressem: as brincadeiras são a maneira que as crianças encontram para se expressar. Muitas vezes, no vocabulário usado, no tipo de atividade escolhida para divertir, e nas atitudes do próprio brincar é possível identificar como o filho entende o mundo e as situações que vive.
Incentivam a socialização: são as brincadeiras que permitem que as crianças entrem em contato com outras crianças e até mesmo com os adultos. Isso é muito importante porque, além de divertir, apreendem as noções de convivência que são necessárias para viver em sociedade.
Refletem a maneira como os pequenos entendem o mundo: por meio das brincadeiras, as crianças aprendem que normas são importantes para que as pessoas possam conviver em harmonia. De maneira lúdica, o ato de brincar faz com que regras sejam entendidas, seguidas e até mesmo construídas.
Por tanto as brincadeiras precisam ser mais oferecidas dentro das escolas, tanto para conquistar o aluno ou para a construção de conhecimentos, ou mesmo para o simples brincar, o que não podemos é deixar que se acabe, pois, criança tem que ser criança, não sentadas em suas carteiras absorvendo conhecimentos e mais conhecimentos sem direito de ser quem realmente são: ativas brincando, jogando, criando, imaginando e transformando o mundo.
O brinquedo é o fornecedor da brincadeira, ele é a fonte de imagens a ser manipulada, traduzindo o universo real ou imaginário. Essas imaginações fazem parte da infância, ela pode transformar criar e recriar suas próprias fantasias. Nas brincadeiras a criança é estimulada, é possível observar a relação com o brinquedo, expressando-se seu caráter ativo, no seu próprio desenvolvimento.
De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz de conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.
O brinquedo é o objeto que dá vida a brincadeira, liberta a imaginação, não apenas aquele industrializado, qualquer caixa de papelão ou garrafa pet pode se transformar em uma casa, avião, fogão ou caminhão. Por meio do brinquedo a criança cria as reproduções do cotidiano, os objetivos do brinquedo é estimular a imaginação.
Vygotsky (1998, p.127) relata que 
“ No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.”
Os educadores são responsáveis por grande parte do desenvolvimentoinfantil, proporcionamos inúmeras experiências, tendo o compromisso de planejar atividades pedagógicas lúdicas estimulando suas capacidades cognitivas. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e compartilhando sua alegria, precisando ser estimuladas para expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos.
Segundo Rojas (2002, p.01):
A formação de professores é, hoje, uma preocupação constante para aqueles que acreditam na necessidade de transformar o quadro educacional presente, pois da forma como ele se apresenta fica evidente que não condiz com as reais necessidades dos que procuram a escola com o intuito de aprender o saber, para que, de posse dele, tenham condição de reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na sociedade. 
Dessa maneira o jogo, brincadeira e brinquedos favorece tanto o desenvolvimento individual da criança como em grupo, ajuda a entender normas e regras, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social. 
2.3. O Desenvolvimento do Brincar
Na Educação Infantil o brincar é importante na aprendizagem, pois permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem na prática educacional, através do conhecimento do mundo. 
Aprendizagem e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela frequentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências.
A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O brincar proporciona essa estabilidade, pois a ludicidade em parceria com educador-aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino e aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias com as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando. Enfim brincadeiras adequadas para idade, com objetivo de proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos em todos os aspectos.
Será abordado 10 brincadeiras simples e fáceis que estimulam o desenvolvimento das crianças.
1. Ciranda: as crianças ficam em roda cantando e obedecendo aos comandos da música, ao final da canção uma criança entra na roda e deve dizer um verso, depois todos voltam a cantar a música até que todas entrem na roda.
Esta brincadeira, além de trabalhar a imaginação para escolher a frase, estimula as crianças a terem mais noção de espaço, além do equilíbrio.
2. Pula corda: com uma corda duas crianças devem bater a corda cantando, enquanto a outra pula. 
A brincadeira traz diversos benefícios para a saúde e ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio, velocidade e agilidade.
3. Esconde-esconde: a brincadeira funciona da seguinte forma: uma pessoa fica de olhos fechados contando até determinado número (exemplo 10), enquanto as outras se escondem. Quando ela termina de contar, vai procurar as outras crianças escondidas.
Essa brincadeira ajuda a trabalhar a coordenação motora e a agilidade, além de outros benefícios como pensamento estratégico.
4. Amarelinha: desenha-se a tradicional amarelinha no chão.
A brincadeira ajuda a trabalhar o equilíbrio, fortalecer os músculos das pernas e na percepção de espaço.
5. Arranca-Rabo: a turma é dividida em dois grupos, os integrantes de um grupo penduram um pedaço de fita na parte de trás da calça ou bermuda, eles serão fugitivos. Ao sinal, os fugitivos correm tentando impedir com que os pegadores (grupo adversário) peguem suas fitas, quando todos os rabos forem arrancados, os grupos trocam os papéis, quem era pegador vira fugitivo.
A brincadeira estimula o trabalho em grupo, coordenação motora, agilidade, atenção e percepção de espaço e tempo.
6. Cabra-cega: a brincar de cabra-cega, coloca-se uma venda nos olhos e encontrar os colegas. 
Essa brincadeira estimula a atenção, os sentidos (olfato e audição), equilíbrio e a noção de espaço.
7. Siga o mestre: a brincadeira é basicamente escolher uma pessoa que será o mestre e as outras terão que imitar todos os movimentos do mestre.
A brincadeira estimular a liderança, imaginação e criatividade.
8. Bolinha de sabão: um potinho de fazer bolhas de sabão, as crianças vão correr atrás da bolha para estourá-la.
Essa brincadeira simples e mágica que estimula a criatividade, coordenação motoras, agilidade e percepção de espaço e tempo.
9. Bobinho: é uma brincadeira de bola. As crianças vão jogando a bola um para o outro, e um fica ao meio tentará roupar a bola. Se conseguir, quem jogou a bola pela última vez será o novo bobinho. Pode ser brincado com os pés ou com as mãos.
Essa brincadeira estimula a coordenação motora, agilidade, atenção e raciocínio logico.
10. Caça ao tesouro: uma criança esconder o tesouro em algum lugar e dar dicas para as outras crianças encontrarem. 
Essa brincadeira estimula a agilidade, atenção, concentração, raciocínio lógico, cooperação e estratégia. 
As brincadeiras recreativas ao ar livre são de grande importância para a educação infantil, além de ser divertidas, auxiliam no aprendizado e no desenvolvimento. Dentro das brincadeiras o brincar é fundamental para a criança, assim ela vivencia outra realidade, enxerga o mundo de maneira diferente, pensa de forma mais concreta e o emocional vai se transformando e fortalecendo a criança.
ROJAS (2002, p.11.) diz que o jogo e a brincadeira estão presente em todos as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. 
Segundo as teorias de Jean Piaget (1982) existem quatro estágios no desenvolvimento humano. Depois de observar muitas crianças, Piaget concluiu que o progresso delas passa por quatro estágios e que todas passam por eles na mesma ordem.
1º Estágio sensório-motor (até 2 anos) - nesse estágio o desenvolvimento, o campo da inteligência da criança aplica-se a situações e ações concretas. Esse período em que há o desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações. É também o período da diferenciação entre os objetos e o próprio corpo.
2º Estágio pré-operatório (dos 2 aos 6/7 anos) - este estágio é o que mais teve atenção de Piaget. É caracterizado pela explosão linguística e a utilização de símbolos. Na capacidade da linguagem, os esquemas de ação são interiorizados (esquemas representativos ou simbólicos), nota-se ainda a ausência de esquemas conceituais, assim como o predomínio da tendência lúdica. Prevalece nesta fase a transdução, modelo primitivo de raciocínio, que se orienta de particular para particular.
3º Estágio operatório concreto (dos 6/7 aos 11/12 anos) - Nessa fase as crianças são capazes de aceitar o ponto de vista do outro, levando em conta mais de uma perspectiva. Representa transformações, assim como situações estáticas. Têm capacidade de classificação, agrupamento, reversibilidade e conseguem realizar atividades concretas, que não exigem abstração.
4º Estágio das operações formais (dos 11/12 até a vida adulta) - É a fase de transição para o modo adulto de pensar. É durante essa fase que se forma a capacidade de raciocinar sobre hipóteses e ideias abstratas. 
O desenvolvimento infantil é um processo pelo qual todas as crianças passam, desenvolve suas habilidades específicas que garantem a autossuficiência da criança. Esse processo está caracterizado por certos comportamentos esperados das crianças na sua faixa etária.
O educador é a peça fundamental nesse processo, pois educar não se limita em repassar informações, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. 
Finalizando Gonzaga (2009, p. 39), aponta:
(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejarmetas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica.
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na escola de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, na função de propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável de experiências educativas e sociais.
Nessa perspectiva, segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30, v.01): Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno.
2.4 Metodologia
A pesquisa trata-se de uma análise bibliográfica qualitativa sobre a importância do brincar na educação infantil, baseada em autores citados nessa pesquisa de grande importância para a descrever a mesma, conceituando o ato do brincar, a ludicidade, os jogos, brinquedos e brincadeiras e seus benefícios. 
Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266): 
“...a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. ”
O brincar é uma coisa natural, simples na vida de uma criança. Essa atividade lúdica desenvolve seu psicológico, intelectual, emocional e social. O jogo, o brinquedo e a brincadeira desempenham um papel fundamental na aprendizagem e na socialização das crianças. 
O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, em relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, com os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças.
A partir da leitura desses autores podemos verificar que os jogos, as brincadeiras e os brinquedos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o presente estudo, podemos afirmar que a criança aprende enquanto brinca; de alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento. 
Os objetivos desse artigo foram alcançados, através das experiências vivencias foi possível conhecer a importância do brincar para criança. Com isso aprendeu-se que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as suas potencialidades, assim o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.
 	A pesquisa foi de grande importância para aquisição de conhecimento e formação de opinião, enquanto futuros profissionais críticos e reflexivos. Através da introdução de jogos, brinquedos e brincadeiras no cotidiano escolar é muito importante, e que as crianças estejam envolvidas emocionalmente na ação, tornando assim mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
A partir desse estudo pode-se afirmar que o lúdico proporciona para as crianças aprendizagem e desenvolvimento nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, os profissionais na área da educação infantil devem considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo sempre em seus planejamentos escolares, pois é um importante aliado no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso: Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. 11ªEd. Vozes 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.
CAMPOS, M. C. R. M. A importância do jogo no processo de aprendizagem.
Disponível em:<http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista.asp?entrID
Acesso no dia 20 de Fevereiro de 2018.
DALLABONA, Sandra Regina. MENDES, Sueli Maria Schmitt. Artigo: o lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. 2004.
FERREIRA, R. G. A Importância de Brincar na Educação Infantil. Publicado em 27 de novembro de 2008. Disponível em:http://www.webartigos.com/artigos. Acesso em: 25 fevereiro. 2018.
GOZAGA, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Conteúdo: v. 1. Simbolismo e jogo. Porto Alegre: Prodil, 2005.
KISCHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 1996
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades recreativas para divertir e ensinar. 2005.
______, Angela Cristina Munhoz. Brincar na Escola. Disponível na Internet via: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=270. Arquivo capturado 03 de março 2018.
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 389 p.
_______, J.. Seis estudos de psicologia. São Paulo. Forense Universitária LTDA. 17 ed., 1990.
PIAGET, Jean(1976). Brincadeiras e atividades lúdicas. http://dsceducacao.blogspot.com.br/2009/06/definicao-de-atividade-ludica-por.html. Acesso em fer/2018.
ROJAS, Juciara. O Lúdico na construção interdisciplinar da aprendizagem: uma pedagogia do afeto e da criatividade na escola. 2002.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
__________, L.S; LURIA, A.R. & LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1994.
ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.
1 Aluna do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 04- 2018.
2 Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER

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