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Prescrição Penal

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Prescrição, decadência e perempção
Resumo
O presente estudo versa sobre o meio pelo qual o Estado perde o poder de punir, através da prescrição. Será analisado também os demais institutos que tratam da perda de algum direito face o decurso do prazo. Para tanto, será analisado os institutos da prescrição, decadência e perempção, apontando a distinção entre estes. Mais profundamente, será analisado o instituto da prescrição penal, discorrendo sobre as espécies e hipóteses que dão causa a aplicação do mesmo, bem como sua natureza jurídica e as causas de suspensão e interrupção deste.
1 Introdução
A fim de se criar um meio para limitar o poder de punir destinado ao Estado, instituiu-se a prescrição, uma forma de extinção da punibilidade do suposto autor do fato decorrente do decurso do prazo para o Estado agir. Tal instituto divide-se em prescrição da pretensão punitiva (em abstrato, superveniente, retroativa ou antecipada) e prescrição da pretensão executória.
O trabalho ora apresentado, tem como finalidade analisar tal instituto, as espécies e hipóteses para a sua aplicação, sua natureza jurídica, as causas de suspensão e interrupção bem como as diferenças entre ele e os institutos da decadência e perempção.
2 Desenvolvimento
2.1 Breve Histórico
	A primeira legislação a disciplinar a prescrição foi o Código de Processo Criminal de 1832. Após a legislação sobre o assunto foi se aperfeiçoando, analisando os delitos por grau de gravidade, bem como dividindo a prescrição entre a punitiva (antes da sentença) e a executória (após o transito em julgado).
	O atual Código Penal permaneceu com estas distinções, bem como a análise do prazo prescricional em virtude da gravidade do delito.
	
2.2. Artigo 107, IV do Código Penal
	O artigo 107, IV do Código Penal Brasileiro estabeleceu, como forma de extinção de punibilidade do suposto autor do fato, alguns meios, dentre eles, tem-se a prescrição, decadência e perempção.
2.3. Hipóteses de prescrição
	Todo crime prescreve, em regra. Entretanto a Constituição da Republica trouxe duas exceções para esta regra, sendo uma a pratica de racismo (XLII) e a segunda é a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (XLIV).
2.4 Diferença dos institutos
	A prescrição, como já mencionado, ocorre quando o Estado perde o direito de punir o infrator em virtude do decurso do prazo, podendo ser definida como “a renúncia do Estado a punir a infração, em face do decurso do tempo” (BASILEU GARCIA).
	Já na decadência, o sujeito que perde o direito da ação penal é o privado, ocorrendo a decadência para os crimes que necessitam de queixa ou representação.
	Por último, a perempção é uma sanção disciplinar para aqueles que, por omissão ou inatividade, deixaram decorrer o prazo estabelecido sem atender ao determinado, perdendo o direito em renovar a propositura da mesma ação.
2.5 Natureza jurídica da prescrição
	Embora a doutrina se divide acerca da natureza jurídica da prescrição, o entendimento majoritário é de que o instituto pertence a natureza do direito material (penal), tendo em vista que sua regulamentação encontra-se no Código Penal, assim como a contagem do prazo.
	Outra parte entende que, por interromper ou suspender a prescrição, a natureza deste instituto seria do direito processual. Entretanto, estes efeitos são meros efeitos da perda do direito de punir.	
2.6 Espécies de prescrição
	Destaca-se que existe duas formas de ocorrer a prescrição, uma é a prescrição punitiva, com a ocorrência anterior ao transito em julgado, apagando qualquer efeito da sentença. Tal prescrição se subdivide em:
PRESCRIÇÃO EM ABSTRATO – com previsão no CP em seu artigo 109, diz respeito àquela que leva em consideração a pena em abstrato, podendo ocorrer entre a consumação do crime e o recebimento da denúncia, ou até a sentença;
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE – leva em consideração a pena aplicada na sentença, a pena em concreto, conta-se o prazo da publicação da sentença findando-se com o trânsito em julgado;
PRESCRIÇÃO RETROATIVA – apenas ocorre quando houver transito em julgado ou quando o recurso tenha sido improvido, considerando-se a pena fixada em sentença;
PRESCRIÇÃO ANTECIPADA, VIRTUAL – não tem previsão legal e não é aceita nos Tribunais, pois defende que a prescrição deveria ser analisada ainda no inquérito judicial, levando em consideração a possível pena que o juiz aplicaria.
	A outra forma da prescrição é a executória, impossibilitando o Estado em aplicar a sanção penal tendo em vista o decurso do prazo estabelecido., por obvio, está ocorre após o trânsito em julgado da decisão condenatória. Embora o Estado não tenha perdido o direito de punir, este perdeu o direito em aplicar a punição aplicada.
2.7 Causas de suspensão e interrupção da prescrição
	Quando houver alguma questão prejudicial, haverá a suspensão da prescrição, levando a paralização do processo já em curso. O artigo 116 do Código Penal trouxe os casos em que ocorrerá a suspensão, quais sejam: enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime (artigo 116, inciso I); b) enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro (artigo 116, inciso II).
	Já quando se diz em interrupção da prescrição haverá uma nova contagem do prazo prescricional, desprezando-se aquele já decorrido. As causas estão em um rol taxativo disposto no artigo 117 do Código Penal, que são: pelo recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronúncia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; pelo início ou continuação do cumprimento da pena; pela reincidência.
3 Considerações Finais
	Em virtude de tudo o que foi analisado, ficou demonstrado, através da demonstração das hipóteses e espécies de prescrição penal, quando o Estado perde o direito de punir determinado sujeito pelo cometimento de um crime, gerando assim a extinção da punibilidade. Ficou demonstrado que o instituto da prescrição tem natureza de direito material.
	Demonstrou-se a diferença entre a prescrição e outros dois institutos, quais sejam, a decadência e a perempção. Analisando também as causas de suspensão e interrupção da prescrição, dispostas no Código Penal. 
 	
	
Referências
BRASIL. Decreto lei 2848/40: Código penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm >. Acesso em: 18 de agosto de 2017.
GARCIA, Basileu. Instituições de direito penal. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, v. 1, tomo II.
SIENA, David Pimentel Barbosa de. Breves apontamentos sobre a prescrição penal. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9460>. Acesso em 18 de agosto de 2017.

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