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Projeto2017 LessaLL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS CAMPO MOURÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
LEONARDO LIDIO LESSA 
 
 
 
 
 
 
O SIMPLES NACIONAL E AS ATUALIZAÇÕES PARA 2018: 
UMA APLICAÇÃO PRÁTICA NUMA EMPRESA NO SEGMENTO COMÉRCIO 
VAREJISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO MOURÃO 
2017 
1 
 
LEONARDO LIDIO LESSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SIMPLES NACIONAL E AS ATUALIZAÇÕES PARA 2018: 
UMA APLICAÇÃO PRÁTICA NUMA EMPRESA NO SEGMENTO COMÉRCIO 
VAREJISTA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC 
apresentado ao Colegiado de Ciências 
Contábeis da Universidade Estadual do Paraná 
– UNESPAR campus Campo Mourão, como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Orientador: Professor Tiago Martins da Silva. 
 
 
 
 
CAMPO MOURÃO 
2017 
2 
 
RESUMO 
 
As empresas de pequeno porte e as microempresas representam um setor da economia 
nacional bastante expressivo sob a ótica das possibilidades de desenvolvimento, da geração de 
renda e emprego e da inclusão social. A Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 
2006 criou o Simples Nacional, um novo regime simplificado, favorecido e diferenciado de 
apuração e pagamento de tributos por parte das empresas de pequeno porte e das 
microempresas. Para 2018 haverá grandes inovações, instituída pela Lei Complementar nº 
155, de 27 de outubro de 2016, com intuito de reorganizar e simplificar a metodologia de 
apuração de impostos devidos pelo Simples Nacional. Entre as principais mudanças, o novo 
teto de faturamento, novas alíquotas e anexos. Em relação ao objetivo, a pesquisa se enquadra 
como exploratória sendo utilizados procedimentos bibliográficos e documentais, que abordou 
os principais conceitos e particularidades do Simples Nacional elencados na Lei 
Complementar nº 123, 14 de outubro de 2006 e também esclareceu os principais pontos e as 
alterações que a Lei Complementar nº 155, 27 de outubro de 2016. Quanto ao tipo de 
pesquisa realizou-se uma aplicação, utilizando como objeto de estudo uma empresa de 
pequeno porte, no segmento comércio, tributada pelo anexo I. No que se refere ao enfoque do 
problema, trata-se de uma abordagem qualitativa. No comparativo realizado da lei 
complementar nº 123, com a nova lei complementar nº 155 que entrará em vigor no ano de 
2018, ficou evidenciado um aumento de tributação de 11,34%, esse percentual indica um 
impacto financeiro de R$ 16.754,80 ao ano. 
 
Palavras-chave: Simples Nacionais; Empresa de pequeno porte e microempresas; Lei 
Complementar nº 155. 
 
3 
 
ABSTRACT 
 
Small enterprises and microenterprises represent a very significant sector of the national 
economy from the perspective of development possibilities, income generation and 
employment, and social inclusion. Complementary Law n. 123, dated December 14, 2006, 
created the Simples Nacional, a new simplified, favored and differentiated system for 
calculating and paying taxes by small companies and micro-enterprises. For 2018 there will 
be great innovations, instituted by Complementary Law No. 155, dated October 27, 2016, 
with the purpose of reorganizing and simplifying the methodology for calculating taxes owed 
by Simples Nacional. Among the major changes, the new billing ceiling, new rates and 
attachments. In relation to the objective, the research is classified as exploratory, using 
bibliographical and documentary procedures, which addressed the main concepts and 
particularities of the National Simples listed in Complementary Law 123, October 14, 2006 
and also clarified the main points and the changes that Complementary Law no. 155, October 
27, 2016. Regarding the type of research, an application was made, using as object of study a 
small business, in the commerce segment, taxed by Annex I. With regard to the focus of the 
problem, it is a qualitative approach. In the comparison made of supplementary law no. 123, 
with the new supplementary law no. 155 that will take effect in 2018, an increase of 11.34% 
in taxation was evidenced, this percentage indicates a financial impact of R $ 16,754.80 per 
year. 
 
Keywords: Simple Nationals; Small enterprises and micro-enterprises; Complementary Law 
155. 
 
4 
 
LISTAS DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Tributos compreendidos no simples nacional ............................................... 23 
Quadro 2 - Limites proporcionais no início da atividade ................................................ 30 
Quadro 3 - Faturamento dos últimos 12 meses ............................................................... 43 
Quadro 4 - Faturamento dos últimos 12 meses ............................................................... 45 
 
 
5 
 
LISTAS DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Evolução das receitas ................................................................................... 44 
Gráfico 2 – Comparativo dos anos de 2017 e 2018 referente ao valor do imposto ........ 46 
 
6 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
ADI Ato Declaratório Interpretativo 
CANAE Classificação Nacional de Atividade Econômica 
CF Constituição da República Federativa do Brasil 
CGSN Comitê Gestor de Tributação do Simples Nacional 
CIDE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 
CNPJ Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas 
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira 
CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
CTN Código Tributário Nacional 
DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional 
DF Distrito Federal 
EC Emenda Constitucional 
ECD Escrituração Contábil Digital 
EPP Empresas de Pequeno Porte 
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ICMS Imposto sobre operações relativas à circulação de 
 mercadorias e sobre prestações de serviço de transporte 
 interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
IE Imposto de Exportação 
IGF Imposto sobre Grandes Fortunas 
II Imposto de Importação 
IMF Imposto sobre Movimentações Financeiras 
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social. 
IOF Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou 
 Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários 
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados 
IPTU Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana 
IPVA Imposto sobrea a Propriedade de Veículos Automotores 
IRPF Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza 
 das PessoasFísicas 
7 
 
IRPJ Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza 
 das Pessoas Jurídicas 
ISS Imposto sobre a Prestação de Serviços 
ITBI Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis 
ITCD Imposto sobre Transmissão de Bens Causa Mortis e 
 Doações 
ITOBI Imposto sobre Transmissão Onerosa de Bens Imóveis 
ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 
IVA Imposto sobre o Valor Agregado 
LC Lei Complementar 
ME Microempresas 
MEI Microempreendedor Individual 
AOB Ordem dos Advogados do Brasil 
PEC Proposta de Emenda Constitucional 
PGDAS Programa Gerador do Documento de Arrecadação do 
 Simples 
PGFN Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
PIB Produto Interno Bruto Nacional 
PIS/PASEP Contribuição para o Programa de Integração Social e 
 Formação do Patrimônio do Servidor 
PJ Pessoa Jurídica 
RFB Secretaria da Receita Federal do Brasil 
SEBRRAE Serviço Brasileirode Apoio às Micro e Pequenas 
 Empresas 
SENAC Serviço Nacional do Comércio 
SENAI Serviço Nacional de Apoio à Indústria 
SERPRO Serviço Federal de Processamento de Dados 
SESC Serviço Social do Comércio 
SESI Serviço Social da Indústria 
SIMEI Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos 
 Tributos abrangido pelo Simples Nacional 
SIMPLES NACIONAL Regime único simplificado de apuração e arrecadação dos 
 impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
 Distrito Federal e dos Municípios.
8 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 
2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................... 11 
2.1 Tema e Delimitação do Tema .............................................................................. 11 
2.2 Problema da pesquisa .......................................................................................... 11 
2.3 Justificativas ........................................................................................................ 11 
2.4 Objetivos .............................................................................................................. 12 
2.4.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 12 
2.4.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 12 
3 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 13 
3.1 Legislação tributária ............................................................................................ 13 
3.1.1 Vigência .............................................................................................................. 13 
3.1.2 Aplicação ............................................................................................................ 13 
3.1.3 Principios constitucionais do sistema tributário nacional ................................... 13 
3.1.4 Forma de tributação ............................................................................................ 15 
3.2 Simples nacional ................................................................................................. 16 
3.2.1 Histórico ............................................................................................................. 16 
3.2.2 Vedações de ingresso no simples nacional ......................................................... 16 
3.2.3 Definições de ME/EPP ....................................................................................... 17 
3.2.4 Vedações ao estatuto ........................................................................................... 18 
3.2.5 Vedações específicas .......................................................................................... 19 
3.2.6 O agendamento da opção pelo simples nacional ................................................ 21 
3.2.7 Inicio das atividades ........................................................................................... 22 
3.2.8 Tributos compreendidos ..................................................................................... 22 
3.2.9 Tributos não compreendidos ............................................................................... 29 
3.2.10 Limites proporcionais no inicio da atividade ...................................................... 30 
3.2.11 Cálculo dos tributos devidos ............................................................................... 31 
3.2.12 Segregação das receitas ...................................................................................... 32 
3.2.13 Devolução de mercadoria em período posterior ao da venda ............................. 33 
3.2.14 Identificação das alíquotas .................................................................................. 33 
3.2.15 Exclusão do simples nacional ............................................................................. 34 
3.2.16 Exclusão por opção do contribuinte ................................................................... 34 
3.2.17 Exclusão por impedimento legal ........................................................................ 35 
9 
 
3.2.18 Exclusão de ofício ............................................................................................... 35 
3.2.19 Exclusão por existência de débitos com a fazenda pública ................................ 36 
3.2.20 Tributação a partir do início dos efeitos da exclusão ......................................... 37 
3.3 Alterações para 2018 no simples nacional .......................................................... 37 
3.3.1 Redução de faixas e novas alíquotas .................................................................. 37 
3.3.2 Redução no número de tabelas ........................................................................... 38 
3.3.3 Atividades autorizadas a ingressar no simples nacional ..................................... 39 
3.3.4 Parcelamento ....................................................................................................... 40 
3.3.5 Investidor - anjo .................................................................................................. 40 
3.3.6 Empresa simples de crédito ................................................................................ 41 
3.3.7 Regras de transição ............................................................................................. 41 
4 MÉTODOS DE PESQUISA ............................................................................. 42 
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 43 
5.1 Descrição da empresa estudada ........................................................................... 43 
5.2 Lei complementar nº 123/06 - cálculo vigente 2017 ........................................... 43 
5.3 Lei complementar nº 155/16 - nova regra de cálculo .......................................... 45 
5.4 Considerações finais ........................................................................................... 47 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 48 
ANEXO 1 – Anexos lei complementar nº 123/2006. ....................................... 50 
ANEXO 2 - Anexos da lei complementar nº 155/2016 .................................... 56 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte, também conhecido como Simples 
Nacional, foi instituído pela Lei Complementar n° 123/2006 (artigos 12 a 41), conforme 
disposto no artigo 146, inciso III e parágrafo único, da Constituição Federal de 1988. 
A Lei Complementar n° 123 de 14 de dezembro de 2006, ao instituir o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, estabeleceu um amplo conjunto 
de tratamentos favorecidos a tais empresas, não só na esfera tributária, mas também em 
relação a obrigações trabalhistas, registro empresarial, acesso à justiça, sendo que o regime 
diferenciado de tributação do Simples Nacional é apenas um dos benefícios. 
Por ser um regime opcional, uma empresa pode ser considerada microempresa e 
empresa de pequeno porte e não estar enquadrada no regime Simples Nacional. No entanto, a 
recíproca não é verdadeira, ou seja, para enquadramento no Simples Nacional, a empresa, 
obrigatoriamente, deverá ser uma microempresa ou empresa de pequeno porte. 
Para 2018 o novo simples nacional terá novo formato, inicialmente foi aprovado pela 
câmara dos deputados em setembro de2015, passou pelo senado federal em junho de 2016, 
como sofreu modificações, foi novamente apreciado pelos deputados, sendo a sua versão final 
aprovada por unanimidade em 4 de outubro de 2016. 
A lei complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016 começa a vigorar a partir de 1º 
de janeiro de 2018 e tem como objetivo reorganizar e simplificar a metodologia de apuração 
do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional. Essa nova lei introduz uma série de 
mudanças, entre elas, novo limite máximo de receita bruta anual para que pequenas empresas 
participem do regime especial de tributação. A ampliação do teto, passando de R$ 3,6 milhões 
para R$ 4,8 milhões, equivale a uma média mensal de faturamento de R$ 400 mil. 
As mudanças incluem novas alíquotas, por faixa de enquadramento e o novo cálculo 
que leva em consideração a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores, com valores 
diferenciados por faixas de faturamento. As tabelas serão resumidas em cinco anexos, sendo 
três para serviços, um para comércio e outro para indústria, também a quantidade de faixas de 
faturamento caiu de vinte para seis, além de prever o parcelamento de débitos e a entrada do 
investidor anjo em 2017. 
. 
 
11 
 
2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
2.1 Tema e Delimitação do Tema 
 
A Lei complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016 institui uma reorganização na 
forma de tributação para empresa optantes do simples nacional, dessa forma este trabalho teve 
como objetivo esclarecer as principais mudança para 2018 e realizou uma aplicação prática, 
utilizando como objeto de estudo um empresa de pequeno porte, localizada em Boa Esperança 
Paraná, foi usado como dados para aplicaçãoos ultimos 12 meses de faturamento de outubro 
de 2016 a setembro de 2017. 
 
2.2 Problema da Pesquisa 
 
Quais implicações financeiras ocorrerão com as medidas da lei complementar nº 155, 
de 27 de outubro de 2016, previstas para 2018, em uma empresa do segmento comercio 
varejista, optante pelo simples nacional ? 
 
2.3 Justificativas 
 
Segundo dados estatísticos do ano de 2017 extraídos pelo portal do Simples Nacional 
o Brasil tem atualmente 12 milhões de empresas optantes pelo Simples Nacional, no Paraná 
são mais de 821 mil, em Campo Mourão e região são 7.959 empresas. 
Levando em consideração os dados expostos acima e de considerar os efeitos que as 
empresas do simples influenciam sobre a economia do nosso país. Infelizmente estamos 
passando por uma realidade tributária e legislativa visivelmente complexa, existem uma 
grande quantidade de leis, tributos, taxas e contribuições. Essa demasiada complicação 
inviabiliza a continuidade de determinados produtos e serviços a um preço compativil a 
mercado consumidor. 
Os profissionais da contabilidade e osempresáriospara conseguir acompanhar todas as 
mudança tributárias, legais e normas técnicas, precisam ler muitas horas. Ainda existem 
obrigações acessórias, arquivos digitais, declarações, formulários, livros e guias que uma 
empresa deve cumprir para consegurir atender o fisco em dia. Desta forma, o grande volume 
de informações e sua contínua complexidade acabam dificultando a aplicação as rotinas e 
planejamentos. Além do maisas pessoas responsáveis pela empresa dispõem de pouco tempo 
12 
 
para dedicar ao estudo das legislações pertinentes, resignando-se ao cumprimento das rotinas 
e recolhimento dos tributos, às vezes de forma imprecisa ou incorreta. 
Tais mudanças tributárias e lesgislativas afetam diretamente a economia e 
proporcionalmente as micro e pequenas empresas, que são responsáveis por boa parte da 
arrecadação de tributos em nosso país. 
Dessa forma este trabalho teve, como objetivo de facilitar o entendimento da Lei 
Complementar nº 155, de outubro de 2016, que entrará em vigor a partir de 2018 e preparar os 
empresários e os profissionais da contabilidade para a real necessidade do mercado. 
 
2.4 Objetivo 
 
Abordou os principais conceitos e particularidades do Simples Nacional elencados na 
Lei Complementar nº 123/2006 eesclareceu os principais pontos de alterações que a Lei 
Complementar nº 155/2016 efetuou no regime do simples nacional e demonstrou os cálculos 
dos impostos do segmento comércio, tributado pelo anexo I. 
 
2.5 Objetivo Geral 
 
Analisar as implicações financeiras que a Lei complementar nº 155, de 27 de outubro 
de 2016 causou a uma empresa do segmento comercio varejista, optante pelo simples 
nacional. 
 
2.6 Objetivos Especificos 
 
• Efetuar um estudo sobre a lei complemenatar nº 123 /2006. 
• Demonstrar as principais mudanças no simples nacional para 2018. 
• Executar uma aplicação práticalevando em consideração as mudanças efeuatadas pela 
lei complementar 155/2016. 
 
13 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
 
3.1 Legislação Tributária 
 
A legislação tributária se refere às leis referentes à definição de tributos, atribuição de 
responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as 
penalidades para quem não cumpre a lei. 
Segundo Art. 96/CTN “A expressão legislação tributária compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, 
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”. 
Conforme exposto acima, percebe-se que a Legislação Tributária indica os atos que 
constituem as fontes normativas do Direito Tributário no sistema positivo brasileiro. 
 
3.1.1 Vigência 
 
A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas 
disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o 
previsto neste Capítulo, Art. 101/CTN. 
 
Segundo Harada (2006, p/ 474) a “vigência é qualidade daquilo que está em vigor, isto 
é, diz respeito á validade formal da lei.” 
Assim sendo, entende-se que uma lei para que seja legalmente aplicada, deve estar em 
vigor. E no que diz respeito ao tempo, a lei entra em vigor 45 dias depois da sua publicação 
oficial, exceto se estiver estipulado o contrário. 
As disposições legais aplicáveis ás normas jurídicas em geral estão estabelecidas na 
Lei de Introdução ao Código Civil Lei 4.657/1942 que estabelece em seu art. 1º: “... salvo 
disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada”. 
 
3.1.2 Aplicação 
 
Art. 105/CTN “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores 
futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não 
esteja completa nos termos do artigo 116.” 
14 
 
De acordo com o artigo citado acima, entende-se que iniciada a concretização do fato 
gerador aplica-se a norma que então vigorava, mesmo que no curso deste venha ocorrer 
alteração da lei. Não se admite no âmbito tributário que o contribuinte seja surpreendido por 
uma tributação que não tinha conhecimento. 
 
3.1.3 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário Nacional 
 
O Sistema Constitucional Tributário está sujeito a uma série de Princípios 
constitucionais: 
Princípio da Legalidade: O texto do referido art. 150, I da CF/88 estabelece que "é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo 
sem lei que o estabeleça". Esse princípio limita a atuação do poder tributante em prol da 
justiça e da segurança jurídica dos contribuintes. 
Princípio da Igualdade: Segundo art.150, II, CF/88, este princípio proíbe distinção 
arbitrária, entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes. Visa a garantia do 
indivíduo, evitando perseguições e favoritismos. "Nem pode o aplicador,diante da lei, 
discriminar, nem se autoriza o legislador, ao ditar a lei a fazer discriminações". 
Princípio da Irretroatividade: De acordo com art. 150, III, “a”, CF/88, este princípio 
proíbe a lei de retroagir: ou seja, não podem ser exigidos tributos sobre fatos geradores 
ocorridos antes do início da vigência da lei que instituiu ou aumentou algum tributo. 
Princípio da Anterioridade: Segundo art. 150, III, “b”, CF/88, este princípio estabelece 
que os entes tributantes não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que 
estes foram criados ou majorados. Sendo que o mesmo não se aplica aos seguintes tributos: 
Empréstimo compulsório para atender despesas extraordinárias, IPI, IOF, II, IE, que poderão 
ter alteradas suas regras, inclusive com aumento da carga tributária, no próprio exercício 
financeiro. 
Princípio do Não Confisco: De acordo com art. 150, IV, CF/88, este princípio visa 
estabelecer uma limitação á atividade tributária do Estado, estabelecendo que o valor do 
tributo não poderá ter alíquota tão elevada a pontode representar a perda do bem ou 
mercadoria sobre o qual esteja incidindo. A cobrança não poderá significar a perda do bem, 
pois se assim fosse, estaríamos diante da possibilidade de negar vigência do princípio da 
garantia da propriedade privada. 
 
15 
 
3.1.4 Forma de Tributação 
 
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das 
seguintes formas: 
 
a) Lucro Real 
 
b) Lucro Presumido. 
 
c) Lucro Arbitrado. 
 
d) Simples Nacional 
 
Segundo Pinto (2007, p.49) determina da seguinte forma a tributação do imposto de 
renda: 
 
A partir do ano-calendário de 1997, o Imposto de Renda das pessoas 
jurídicas passou a ser determinado com base no lucro real, presumido, ou 
arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de 
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário. 
 
Conforme art. 43/ CTN dispõe da seguinte forma o fato gerador do IR: 
 
Art. 43/CTN - O imposto, de competência da União, sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da 
disponibilidade econômica ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital,do trabalho ou da 
combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
§ 1ºA incidência do imposto independe da denominação da receita ou do 
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da 
origem e da forma de percepção. 
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei 
estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua 
disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste 
artigo. 
 
16 
 
3.2 Simples Nacional 
 
3.2.1 Histórico 
 
O art. 179 da Constituição Federal estabelece que a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim 
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação 
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela 
eliminação ou redução destas por meio de lei. 
Baseado nisso foi editada a Lei Complementar nº123/06, publicada no DOU de 15, de 
dezembro de 2006, instituindo o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno 
Porte, estabelecendo normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às ME e EPP no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, especialmente no que se refere: 
a) à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive 
obrigações acessórias, denominado de simples nacional; 
b) ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações 
acessórias; 
c) ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de 
bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de 
inclusão. 
 
3.2.2 Vedações de ingresso no simples nacional 
 
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, destinado exclusivamente às 
micro e pequenas empresas. Além do porte do contribuinte, a legislação ainda estabelece 
diversas restrições que impedem a opção pelo regime. 
A Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e 
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se 
refere: 
17 
 
a) - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive 
obrigações acessórias; 
b) - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações 
acessórias; 
c) - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de 
bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de 
inclusão. 
d) - ao cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014). 
Toda nova obrigação que atinja as microempresas e empresas de pequeno porte deverá 
apresentar, no instrumento que a instituiu (Contrato Social), especificação do tratamento 
diferenciado, simplificado e favorecido para cumprimento do estatuto da ME/EPP. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014). 
O contribuinte estará impedido de usufruir de qualquer benefício previsto na Lei 
Complementar nº 123/2006. Caso se encaixe nas vedações do Estatuto da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte; A vedação será restrita ao regime tributário Simples Nacional se o 
contribuinte verificar que não incorre em nenhuma das vedações estatuto , e que apenas não 
pode fazer a opção pelo regime tributário por não ser interessante ou pelo CNAE esta 
impeditivo, todavia o contribuinte poderá aproveitar os demais benefícios previstos no 
Estatuto das Micro e Pequenas Empresas, como os societários, trabalhistas, mercadológicos e 
outros. 
 
3.2.3 Definição de ME/EPP 
 
Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, 
a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que 
se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 
conforme o caso, e a sociedade de advogados registrada na forma do art. 15 da Lei nº 8.906, 
de 4 de julho de 1994 “registrados na OAB” , desde que: 
a) No caso das microempresas, aufira, em cada ano calendário, receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00; 
18 
 
b) no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada ano calendário, receita 
bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 em vigor até 
31/12/2017. 
b.1) no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada ano calendário, receita 
bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 em vigor a partir de 
01/01/2018, Alterado pela LC 155/2016. 
 
3.2.4 Vedações ao estatuto 
 
Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto no Estatuto da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, incluído o Simples Nacional, para nenhum 
efeito legal, a microempresa ou empresa de pequeno porte: 
a) de cujo capital participeoutra pessoa jurídica; 
b) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com 
sede no exterior; 
c) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja 
sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado desde que a receita bruta 
global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 no ano calendário 2016, e R$ 4.800.000,00 a 
partir de 2018; 
d) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra 
empresa não beneficiada pelo Estatuto, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de 
R$ 3.600.000,00 no ano calendário2016, e R$ 4.800.000,00 a partir de 2018; 
e) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com 
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 no ano 
calendário 2016, e R$ 4.800.000,00 a partir de 2018; 
f) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
g) que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
h) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, 
de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito 
imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de 
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência 
complementar; 
i) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento 
de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos calendário anteriores; 
19 
 
j) constituída sob a forma de sociedade por ações; 
k) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, 
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.(incluída pela Lei Complementar 
147/2014). (Base Legal:art. 3º, § 4º da Lei Complementar nº 123/2006, alterada pela Lei 
Complementar nº 147/2014;art. 15, I a XI,e § 1º da Resolução CGSN nº 94/2011). 
 
3.2.5 Vedações específicas 
 
Para ingresso ao Simples Nacional, além de não poder incorrer nas vedações ao 
Estatuto, as micro e pequenas empresas não poderão se enquadrar ainda nas vedações de 
caráter específico ao regime unificado. Caso se insiram em uma das vedações específicas ao 
Simples Nacional, não será possível a opção ou permanência no regime unificado. Será 
admitida, no entanto, a fruição dos demais benefícios do Estatuto Nacional. 
As vedações estão divididas em três grupos: 
1º grupo - Restrições relativas ao quadro societário 
a) sócio domiciliado no exterior; 
b) participação no capital social de entidade da administração pública, direta ou 
indireta, federal, estadual ou municipal. 
2º grupo - Restrições relativas às atividades exercidas 
Por ser um regime especial e preferencial que, em tese, consiste em uma redução da 
carga tributária, o legislador elencou diversas atividades que não poderão optar pelo regime. 
Pode-se considerar que essas vedações decorrem do fato de que determinadas atividades não 
necessitam desse incentivo ou que não é de interesse do legislador apoiá-las. Para fins de 
opção ao regime, a pessoa jurídica não pode exercer nenhuma das atividades vedadas, mesmo 
que esta represente um pequeno percentual diante das demais atividades admitidas. 
As vedações em relação à atividade exercida são: 
a) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de 
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de 
ativos, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação 
de serviços (factoring); 
b) geração, transmissão, distribuição ou comercialização de energia elétrica; 
c) importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 
d) importação de combustíveis; 
e) produção ou venda no atacado de: 
20 
 
f) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e 
pólvoras, explosivos e detonantes; 
g) cessão ou locação de mão de obra; 
h) loteamento e incorporação de imóveis. 
k) locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços 
tributados pelo ISS. 
3º grupo - Restrições em decorrência da existência de débitos 
Não poderá optar pelo Simples Nacional a pessoa jurídica que possua débito com o 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual 
ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. Para um débito ser inscrito na PGFN há 
um longo caminho, todavia, a existência de débitos em um único mês, seja com a União, os 
Estados ou Municípios, já pode impedir a opção ao Simples Nacional. 
Outra questão relevante à presente vedação refere-se à abrangência do conceito de 
débitos. A Lei Complementar estabelece que a vedação refere-se à existência de débito com 
qualquer uma das Fazendas Públicas. Incluindo, por exemplo, o IPTU e o IPVA, Multa de 
Transito no nome da PJ. OBS: O Comitê Gestor considera até mesmo a ausência ou 
irregularidade na inscrição municipal ou estadual como impeditiva à opção pelo Simples 
Nacional, conforme dispões art. 17, XVI, LC 123/2006. 
Não obstante o exposto, observa-se um avanço em relação aos interesses dos 
contribuintes. O sistema anterior vedava a opção ao regime unificado em relação à pessoa 
jurídica cujo titular, ou sócio que participasse com mais de 10% (dez por cento), estivesse 
inscrito na Dívida Ativa da União ou do INSS (Art. 9º, XVI, da Lei nº 9.317/1996). Ou seja, a 
existência de débitos no Simples Federal alcançava inclusive o titular ou sócios da pessoa 
jurídica. No Simples Nacional, por falta de previsão legal, essa vedação alcança somente aos 
débitos da própria pessoa jurídica interessada na opção ao regime unificado, ou seja, os 
débitos ligados a pessoa física do sócio não impede a empresa dele se optar pelo simples 
nacional. Faz-se importante observar que se a empresa tiver débitos cuja exigibilidade esteja 
suspensa conforme a letra “f” abaixo, podem optar pelo Simples Nacional sem nenhum 
problema. O Código Tributário Nacional diz que (Lei nº 5.172/1972), suspendem a 
exigibilidade do crédito tributário: 
a) moratória; 
b) o depósito do seu montante integral; 
c) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; 
21 
 
d) a concessão de medida liminar em mandado de segurança; 
e) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial; 
f) o parcelamento. 
 
3.2.6 O agendamento da opção pelo simples nacional 
 
O agendamento é um serviço que objetiva facilitar o processo de ingresso no Simples 
Nacional, possibilitando ao contribuinte manifestar o seu interesse pela opção para o ano 
subsequente, antecipando as verificações de pendências impeditivas ao ingresso no Regime. 
Assim, o contribuinte poderá dispor de mais tempo para regularizar as pendências porventura 
identificadas. 
Não havendo pendências, o agendamento para a opção será confirmado. No primeiro 
dia subsequente ano do agendamento, será gerado o registro da opção pelo Simples Nacional, 
automaticamente. Para confirmar o ingresso no regime, recomenda-se acessar o portal do 
Simples Nacional, serviço Consulta Optantes, no início de janeiro. 
Caso sejam identificadas pendências, o agendamento não será aceito. O contribuinte 
poderá regularizar essas pendências e proceder a um novo agendamento até o ultimo dia do 
ano de pedido. Após este prazo, a empresa ainda poderá solicitar a opção pelo Simples 
Nacional para o subsequente até o último dia útil do mês de janeiro. 
No mesmo período do agendamento, é possível o cancelamento do agendamento da 
opção por meio deaplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional. 
• Não haverá agendamento para opção pelo SIMEI. 
• Não haverá agendamento para empresas em início de atividade. 
No momento da opção, o contribuinte deverá prestar declaração quanto ao não 
enquadramento nas vedações ao Simples Nacional (art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011) 
independentemente das verificações efetuadas pelos entes federados. 
Receita Federal do Brasil disponibilizará aos Estados, Distrito Federal e Municípios 
relação dos contribuintes para verificação quanto à regularidade para a opção pelo Simples 
Nacional, e, posteriormente, a relação dos contribuintes que tiveram a sua opção deferida. 
 
 
 
22 
 
3.2.7 Início das atividades 
 
No caso de início de atividade da ME ou EPP no ano calendário da opção, deverá ser 
observado o seguinte: É importante prezar pela agilidade, porque não podem ter se passado 
180 dias corridos após a inscrição no CNPJ. Por isso, o ideal é fazer as inscrições estadual e 
municipal logo em seguida do CNPJ. Se o prazo estiver ultrapassado, o empresário só vai 
poder se cadastrar no programa em janeiro do ano seguinte. 
No caso de início de atividade da ME ou EPP no ano-calendário da opção, deverá ser 
observado o seguinte: A ME ou EPP, após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter a sua 
inscrição municipal e, caso exigível, a estadual, terá o prazo de até 30 (trinta) dias, contados 
do último deferimento de inscrição, para efetuar a opção pelo Simples Nacional desde que não 
ultrapasse da inscrição do CNPJ. 
A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de sistema de comunicação 
eletrônica, a ser disponibilizado no Portal do Simples Nacional, destinado, dentre outras 
finalidades, a: 
a) cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os 
relativos ao indeferimento de opção; 
b) encaminhar notificações e intimações; e 
c) expedir avisos em geral. 
 
3.2.8 Tributos compreendidos 
 
O Simples Nacional compreende, com algumas restrições e exceções, o recolhimento 
mensal e conjunto, em um único documento de arrecadação, dos seguintes tributos, de acordo 
com o artigo 13 da Lei Complementar n° 123/2006: 
 
 
23 
 
 Quadro 1: Tributos compreendidos no simples nacional 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) 
Federal 
- Imposto de Renda 
relativo aos rendimentos 
ou ganhos líquidos 
auferidos em aplicações de 
renda fixa ou variável, 
sendo ela considerada 
definitiva; 
Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) 
Federal 
IPI incidente na 
importação de bens e 
serviços. 
Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido (CSLL) 
Federal 
Contribuição para o 
Financiamento da 
Seguridade Social 
(COFINS) 
Federal 
COFINS incidente na 
importação de bens e 
serviços. 
Programas de Integração 
Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor 
Público (PIS/PASEP) 
Federal 
PIS/PASEP incidente na 
importação de bens e 
serviços. 
Contribuição Patronal 
Previdenciária (CPP) para 
a Seguridade Social 
Obs.: será incidente a 
cargo da pessoa jurídica, 
de que trata o artigo 22 da 
Lei n° 8.212, de 24 de 
julho de 1991, exceto no 
Federal 
- CPP relativa ao 
trabalhador; 
- CPP relativa à pessoa do 
empresário, na qualidade 
de contribuinte individual. 
 Continua 
24 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
caso da microempresa e da 
empresa de pequeno porte 
que se dediquem às 
atividades de prestação de 
serviços de construção de 
imóveis e obras de 
engenharia em geral, 
inclusive sob a forma de 
sub-empreitada, execução 
de projetos e serviços de 
paisagismo, bem como 
decoração de interiores; 
serviço de vigilância, 
limpeza ou conservação e 
serviços advocatícios. 
 
Imposto sobre Operações 
Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre 
Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS) 
Estadual 
O Comitê Gestor do 
Simples Nacional 
disciplinará a forma e as 
condições em que será 
atribuída à microempresa 
ou empresa de pequeno 
porte optante pelo Simples 
Nacional a qualidade de 
substituta tributária, 
inclusive sobre a forma e 
as condições em que será 
estabelecido o regime de 
antecipação do ICMS nas 
operações com bens ou 
 Continua 
25 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
 
mercadorias sujeitas ao 
regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, 
nas aquisições em outros 
Estados e Distrito 
Federal(Lei Complementar 
n° 123/2006, artigo 13, § 6°, 
inciso I e II). 
A partir de 01.01.2016, o 
recolhimento do ICMS será 
disciplinado por convênio 
celebrado pelos Estados e 
pelo Distrito Federal, 
ouvidos o CGSNe os 
representantes dos 
segmentoseconômicosenvol
vidos, nas seguintes 
condições: 
- Nas operações ou 
prestações sujeitas ao 
regime de substituição 
tributária; 
- Por terceiro, a que o 
contribuinte se ache 
obrigado, por força da 
legislação estadual ou 
distrital vigente; 
- Na entrada, no território 
do Estado ou do Distrito, 
 Continua 
26 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
 
de petróleo, inclusive 
lubrificantes e 
combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, 
bem como energia elétrica, 
quando não destinados à 
comercialização ou 
industrialização; 
- Por ocasião do 
desembaraço aduaneiro; 
- Na aquisição ou 
manutenção em estoque de 
mercadoria desacobertada 
de documento fiscal; 
- Na operação ou prestação 
desacobertada de 
documento fiscal; 
Nas operações com bens 
ou mercadorias sujeitas ao 
regime deantecipaçãodo 
recolhimento do imposto, 
nas aquisições em outros 
Estados e Distrito Federal, 
que será calculado 
tomando por base as 
alíquotas aplicáveis às 
pessoas jurídicas não 
optantes pelo Simples 
Nacional 
 Continua 
27 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
 
(Lei Complementar n° 
123/2006, artigo 13, § 5°): 
a) com encerramento da 
tributação, analisando os 
serviços dispostos nos §§ 
5°-C a 5°-F e 5°-I, artigo 
18 da Lei Complementar 
n° 123/2006; 
b) sem encerramento da 
tributação, hipótese em 
que será cobrada a 
diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual, 
sendo vedada a agregação 
de qualquer valor. Nas 
aquisições em outros 
Estados e no Distrito 
Federal de bens ou 
mercadorias, não sujeitas 
ao regime de antecipação 
do recolhimento do 
imposto, relativo à 
diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual. 
Será calculado tomando 
por base as alíquotas 
aplicáveis às pessoas 
jurídicas não optantes pelo 
Simples Nacional.Continua 
28 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
 
(Lei Complementar n° 
123/2006, artigo 13, § 5°). 
- Será disciplinado por 
convênio relativamente às 
bebidas não alcóolicas, 
massas alimentícias, 
produtos lácteos, carnes e 
suas preparações, 
preparações à base de 
cereais, chocolates, 
produtos de padaria e da 
indústria de bolachas e 
biscoitos, preparações para 
molhos e molhos 
preparados, preparações de 
produtos vegetais, telhas e 
outros produtos cerâmicos 
para construção 
edetergentes nas 
operações, preparações à 
base de cereais, 
chocolates, produtos de 
padaria e da indústria de 
bolachas e biscoitos, 
preparações para molhos e 
molhos preparados, 
preparações de produtos 
vegetais, telhas e outros 
 Continua 
 
29 
 
TRIBUTOS COMPETÊNCIA 
EXCEÇÕES 
(TRIBUTOS 
RECOLHIDO A 
PARTE) 
 
produtos cerâmicos para 
construção edetergentes 
nas operações ou 
prestações sujeitas ao 
regime de substituição 
tributária fabricados em 
escala industrial (Lei 
Complementar n° 
123/2006, artigo 13, § 8°). 
Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza (ISS) 
Municipal 
ISS em relação aos 
serviços sujeitos à 
substituição tributária ou 
retenção na fonte e na 
importação de serviços. 
 Fonte: Lei complementar nº 123/2006: artigo 13 
 
3.2.9 Tributos não compreendidos 
 
O recolhimento unificado não exclui a incidência dos impostos ou contribuições 
relacionados a seguir, quando a pessoa jurídica estiver na condição de contribuinte ou 
responsável pelo recolhimento (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 13, § 1°): 
a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores 
Mobiliários (IOF); 
b) Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II); 
c) Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados 
(IE); 
d) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); 
e) Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e 
Direitos de Natureza Financeira (CPMF); 
f) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 
30 
 
Caso haja demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios não descritos anteriormente, o mesmo deverá ser recolhido (Lei 
Complementar n° 123/2006, artigo 13, inciso XV). As microempresas e empresas de pequeno 
porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais 
contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de 
serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o artigo 
240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo (Lei 
Complementar n° 123/2006, artigo 13, § 3°). 
 
3.2.10 Limites proporcionais no inicio da atividade 
 
Quando o estabelecimento estiver em início de atividade, as empresas não terão como 
acumular as receitas auferidas nos últimos 12 meses ou anteriores, conforme determina o 
artigo 18 da Lei Complementar n° 123/2006, que determina as faixas de receita bruta das 
tabelas de alíquotas serão proporcionalizadas em função do número de meses de atividade do 
período, sendo necessária a adoção de cálculo em separado para determinação da alíquota e 
faixa correspondente. 
 
Quadro 2: Limites proporcionais no inicio da atividade 
Meses de 
Atividade 
Meses de Atividade 
Limite anual ÷ 12 x meses em 
atividade 
Meses de Atividade 
Limite anual ÷ 12 x meses 
em atividade 
1 R$30.000,00 R$ 300.000,00 
2 R$60.000,00 R$ 600.000,00 
3 R$90.000,00 R$ 900.000,00 
4 R$ 120.000,00 R$1.200.000,00 
5 R$ 150.000,00 R$1.500.000,00 
6 R$ 180.000,00 R$1.800.000,00 
7 R$ 210.000,00 R$2.100.000,00 
8 R$ 240.000,00 R$2.400.000,00 
9 R$ 270.000,00 R$2.700.000,00 
10 R$ 300.000,00 R$3.000.000,00 
11 R$ 330.000,00 R$3.300.000,00 
12 R$ 360.000,00 R$3.600.000,00 
Fonte: Lei complementar nº 123/2006: Artigo 18 
 
31 
 
3.2.11 Cálculo dos tributos devidos 
 
O cálculo dos tributos devidos pelo contribuinte optante Simples Nacional será 
efetuado considerando a receita bruta mensal. 
A legislação federal conceitua receita bruta como sendo o resultado das atividades 
constantes dos objetivos sociais da empresa, que abrange o produto da venda de bens e 
serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e oresultado nas 
operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais 
concedidos. 
Nos termos do artigo 3°, § 1°, da Lei Complementar n° 123/2006, considera-se receita 
bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos 
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
As receitas decorrentes da venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços devem 
ser reconhecidas quando do faturamento, da entrega do bem ou do direito ou à proporção em 
que os serviços são efetivamente prestados, o que primeiro ocorrer. Esta regra aplica-se aos 
valores recebidos adiantadamente, ainda que no regime de caixa, e às vendas para entrega 
futura. 
Compõem também a receita bruta: 
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços 
ou destacado no documento fiscal; 
b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; 
c) os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou 
gozo; 
d) as verbas de patrocínio. 
No cálculo dos tributos integrantes do Simples Nacional, não deverão ser consideradas 
as demais receitas auferidas pela empresa, não originárias de atividade comercial (venda de 
mercadorias ou prestação de serviços), como é o caso das receitas de aplicações financeiras, 
ganhos obtidos em bolsa de valores, no mercado de balcão ou de mercadorias, juros 
recebidos, descontos auferidos, etc. 
Empresa que deseja auferir novas receitas, deve, inicialmente, alterar o objeto social do 
contrato de constituição para incluir as novas atividades econômicas, além do cadastro CNPJ 
da RFB e demais órgãos envolvidos. 
Não compõem a receita bruta: 
32 
 
a) a venda de bens do ativo imobilizado, (ativo tangível utilizado para uso na produção 
ou fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento, ou para 
fins administrativos; e cuja desincorporação ocorra somente a partir do 2° ano subsequente ao 
da respectiva entrada); 
b) os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência 
do atraso no pagamento de operações ou prestações; 
c) a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja 
incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário; 
d) a remessa de amostra grátis; 
e) os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde 
que não corresponda à parte executada do contrato. 
 
3.2.12 Segregação das receitas 
 
As empresas que possuem uma única atividade em conformidade com os objetivos 
sociais deverão somar os valores do faturamento mensal e acumular a soma com o total 
auferido durante o ano. Já para empresas que possuem mais de uma atividade, deverão ser 
mantidos controles distintos para cada tipo de receita, em razão da incidência tributáriaser 
diferenciada por atividade. 
No Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS-
D), os tributos sujeitos ao regime de substituição tributária não serão incluídos no Simples 
Nacional, sendo recolhidos separadamente pelo contribuinte na condição de substituto (ou 
seja, aquele que sofre o ônus do tributo, ou fonte pagadora) ao ente federado, observadas as 
definições para cada tributo, nos termos da Resolução CGSN n° 94/2011. 
Quanto às empresas enquadradas na condição de substituídas, hipótese em que o 
imposto já foi recolhido anteriormente, não poderão sofrer nova tributação. Para tanto, será 
efetuada a segregação, de forma a excluir o imposto que já foi recolhido por outro 
contribuinte na condição de substituto. 
A mesma segregação será observada e aplicada para as receitas de exportação de bens 
ou serviços, que são isentas de PIS, COFINS, ICMS do ISS. 
33 
 
3.2.13 Devolução de mercadoria em período posterior ao da venda 
Nos termos do artigo 17 da Resolução CGSN n° 94/2011, na hipótese de devolução de 
mercadoria vendida por empresa optante pelo Simples Nacional, em período de apuração 
posterior ao da venda, deverá ser observado o seguinte: 
a) o valor da mercadoria devolvida deve ser deduzido da receita bruta total, no período 
de apuração do mês da devolução, segregada pelas regras vigentes no Simples Nacional nesse 
mês; 
b) caso o valor da mercadoria devolvida seja superior ao da receita bruta total ou das 
receitas segregadas relativas ao mês da devolução, o saldo remanescente deverá ser deduzido 
nos meses subsequentes, até ser integralmente deduzido. 
Para a empresa optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de 
apuração de receitas pelo Regime de Caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor 
efetivamente devolvido ao adquirente. 
O cancelamento de documento fiscal, nas situações autorizadas pelo respectivo ente 
federado, o valor do documento cancelado deverá ser deduzido no período de apuração no 
qual tenha havido a tributação originária, quando o cancelamento se der em período posterior. 
Na emissão de novo documento fiscal em substituição ao cancelado, o valor 
correspondente deve ser oferecido à tributação no período de apuração relativo ao da operação 
ou prestação originária. 
Para os optantes pelo Regime de Caixa, o valor a ser deduzido está limitado ao valor 
efetivamente devolvido ao adquirente ou tomador. 
 
3.2.14 Identificação das alíquotas 
 
Para determinação das alíquotas a serem aplicadas sobre a base de cálculo pelo optante 
Simples Nacional, caberá ao contribuinte acumular o total das receitas auferidas nos 12 meses 
anteriores ao mês de tributação, devendo comparar com as faixas de receita bruta da 
respectiva tabela de incidência, a fim de identificar a alíquota a ser aplicada sobre a receita 
bruta daquele mês. 
A Lei Complementar n° 123/2006 e a Resolução CGSN n° 94/2011 contemplam 6 
tabelas de alíquotas básicas a serem utilizadas no cálculo do imposto devido pelo Simples 
Nacional, sendo aplicadas para microempresas ou empresas de pequeno porte, em 
conformidade com a atividade do estabelecimento ou CNAE (Código Nacional de Atividade). 
34 
 
O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte, optante 
pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das alíquotas constantes das 
tabelas a seguir sobre a base de cálculo. 
 
3.2.15 Exclusão do simples nacional 
 
A exclusão do Simples Nacional poderá ser efetuada mediante comunicação da própria 
empresa, caso o contribuinte não deseje mais fazer parte do regime ou quando a empresa 
incorrer em situações que vedam sua permanência no Simples Nacional. 
A empresa poderá ser excluída de ofício pelas autoridades fiscais, nas hipóteses 
previstas na legislação. 
 
3.2.16 Exclusão por opção do contribuinte 
 
A exclusão por opção do contribuinte, mediante comunicação voluntária, poderá ser 
comunicada a qualquer tempo, produzindo efeitos: 
a) a partir de 1° de janeiro do ano-calendário, se comunicada no próprio mês de janeiro; 
b) a partir de 1° de janeiro do ano-calendário subsequente, se comunicada nos demais 
meses. 
A comunicação será efetuada através de solicitação no Portal do Simples Nacional na 
Internet. 
 
3.2.17 Exclusão por impedimento legal 
 
Quando a empresa incorrer nas situações que vedam sua permanência no Simples 
Nacional, relacionadas no artigo 73, inciso II, da Resolução CSGN n° 94/2011, deve efetuar a 
comunicação solicitando sua exclusão do regime Simples Nacional. A comunicação será 
efetuada através de solicitação no Portal do Simples Nacional na Internet. 
 
35 
 
3.2.18 Exclusão de ofício 
 
A competência para exclusão, de ofício, de microempresas e empresas de pequeno 
porte do regime Simples Nacional é da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de 
Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento. 
Tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a 
competência será também do respectivo Município. 
Segundo previsto no artigo 29 da Lei Complementar n° 123/2006, é cabível a exclusão 
de ofício das empresas do Simples Nacional nas seguintes hipóteses: 
a) quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
b) quando for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não 
justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não 
fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que 
estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de 
auxílio da força pública; 
c) quando for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso 
ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas 
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 
d) quando a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
e) quando tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei 
Complementar; 
f) quando a empresa for declarada inapta, na forma dos artigos 81 e 82 da Lei n° 
9.430/96; 
g) quando a empresa comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
h) quando houver falta de escrituração do livro-caixa ou não seja possível a 
identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; 
i) quando for constatado que, durante o ano-calendário, o valor das despesas pagas 
supera em 20% o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início 
de atividade; 
j) quando for constatado que, durante o ano-calendário, o valor das aquisições de 
mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de 
aumento de estoque, for superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, 
excluído o ano de início de atividade; 
36 
 
k) quando houver descumprimento reiterado da obrigação de emitir documento fiscal 
de venda ou prestação de serviço, prevista no artigo 26, inciso I, da Lei Complementar n° 
123/2006; 
l) quando a empresa omitir, de forma reiterada, da folha de pagamento da empresa ou 
de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, 
segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço. 
Na hipótese prevista no item "a", quando verificada a falta de comunicação de exclusão 
obrigatória, o efeito da exclusão será definido de acordo com o motivo que enseja a exclusão, 
observado o disposto no artigo 30, incisos II, III, e IV e § 2°, da Lei Complementar n° 
123/2006.Para os demais itens, a exclusão produzirá efeitos a partir do próprio mês em que 
ocorridas, impedindo a opção pelo Simples Nacional pelos próximos 3 anos-calendário 
seguintes. O prazo de 3 anos-calendário será elevado para 10 anos caso seja constatada a 
utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a 
fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável 
segundo o regime especial previsto na Lei Complementar n° 123/2006. 
 
3.2.19 Exclusão por existência de débitos com a fazenda pública 
 
No caso da exclusão do Simples Nacional por existência de débitos com a Fazenda 
Pública, o contribuinte recebe um Ato Declaratório de Exclusão (ADE), enviado pela Receita 
Federal, identificando que os débitos relacionados no referido ADE devem ser regularizados 
por parcelamento ou pagamento a vista dentro do prazo de trinta dias contados do 
recebimento. 
Para o contribuinte que procede a regularização de todos os débitos dentro do prazo 
estabelecido pela Receita Federal, ocorre o cancelamento automático da exclusão do Simples 
Nacional, não havendo necessidade da pessoa jurídica adotar qualquer procedimento 
adicional. 
Entretanto, quando não ocorre a regularização de todos os débitos dentro do prazo 
mencionado, haverá exclusão de ofício do Simples Nacional, com efeitos a partir de janeiro 
do ano subsequente (Resolução CGSN n° 94/2011, artigo 76, inciso VI). 
 
37 
 
3.2.20 Tributação a partir do início dos efeitos da exclusão 
 
A ME ou EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do período em que 
se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas 
jurídicas. O sujeito passivo poderá, assim, optar pelo recolhimento do imposto de renda e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido na forma do lucro presumido, lucro real trimestral 
ou anual. Nesse caso, nas hipóteses de excesso de receita bruta no ano de início de atividade, 
a ME ou EPP excluída do Simples Nacional ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou 
diferença dos respectivos tributos, devidos de conformidade com as normas gerais de 
incidência, acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de 
procedimento de ofício, ressalvada a hipótese do desenquadramento retroativo. 
 
3.3 Alterações para 2018 no simples nacional 
 
Foi publicada no dia 28, de outubro de 2016, a Lei Complementar nº 155, que altera o 
simples nacional instituído pela lei complementar nº 123, 14 de dezembro de 2006. O limite 
máximo de receita bruta anual para pequenas empresas optantes pelo regime de tributação 
Simples Nacional vai subir de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões. O valor equivale a uma 
média mensal de R$ 400 mil de receita. Microempresas poderão faturar até R$ 360 mil ao ano 
e as Empresas de Pequeno Porte, R$ 4,8 milhões ao ano. 
Novo teto não contempla o ICMS e o ISS, de acordo com a lei complementar nº 155, 
27 de outubro de 2016, quando a empresa optante pelo Simples Nacional exceder a receita 
bruta acumulada (12 meses) de R$ 3,6 milhões, deverá pagar separadamente do DAS o ICMS 
e o ISS. Isto porque o novo teto de R$ 4,8 milhões não contempla estes impostos. 
Microempreendedor Individual também sofreu alteraçãoo limite para enquadramento 
do Microempreendedor Individual – MEI será elevado de R$ 60 mil para R$ 81 mil. 
 
3.3.1 Redução de faixas e novas alíquotas 
 
Na tabela anterior tínhamos 20 faixas diferentes de alíquotas onde aplicávamos 
diretamente o faturamento sobre a alíquota, ou seja, se sua empresa tivesse no anexo I – 
Comércio e tivesse faturado nos últimos 12 meses 1 milhão de reais você pagaria 8.28% de 
impostos sobre o faturamento do mês. 
38 
 
No novo formato do Simples Nacional duas coisas mudam; a primeira é o número de 
faixas que cai de 20 para 6 (vide tabelas no final trabalho) e a formula de calculo que deixa de 
ser uma multiplicação simples do faturamento pela alíquota para a aplicação da seguinte 
formula: 
 
Onde: 
RBT 12 X Aliq – PD 
RBT 12 
RBT12 = Receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração; 
Aliq = Alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
PD = Parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar. 
 
A tributação de acordo com o novo texto do projeto de lei, as atividades abaixo 
passarão a apurar o Simples com base nas alíquotas do Anexo III (tributação mais favorável). 
Estas atividades atualmente apuram o Simples com base nas tabelas do Anexo VI. Para tanto, 
a despesa com folha de salários deve representar pelo menos 28% da receita bruta. 
Vale ressaltar que o Anexo VI da Lei Complementar nº 123/2006 será extinto. As 
atividades atualmente tributadas pelo anexo VI serão tributadas pelas alíquotas do Anexo III, 
se o valor de despesa representar pelo menos 28% da receita bruta, caso não representem será 
então tributada no anexo V pois o anexo VI não existirá mais a partir de 01/01/2018. 
Atividades incluídas no Anexo III: 
• Arquitetura e urbanismo; 
• Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; 
• Odontologia e prótese dentária; e 
• Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, 
podologia,fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite. 
Estas receitas serão tributadas com base nas alíquotas do Anexo III somente se o valor 
da folha de salários representar pelo menos 28% (Fator "r") da receita bruta. 
 
3.3.2 Redução no número de tabelas 
As tabelas do Simples Nacional deixam de ser resumidas em seis anexos para cinco 
anexos, sendo um para comércio, um para indústria e três para serviços. 
39 
 
• Anexo 1 – Comércio 
• Anexo 2 – Indústria 
• Anexo 3 – Locação de bens móveis, e de prestação de serviços não relacionados 
no § 5o-C do art. 18 da lei complementar 25-I/07. 
• Anexo 4 – Prestação de serviços relacionados no § 5o-C do art. 18 da lei 
complementar 25-I/07. 
• Anexo 5 – Prestação de serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 da lei 
complementar 25-I/07. 
 
3.3.3 Atividades autorizadas a ingressar no simples nacional 
 
O Simples Nacional agora passa a contemplar muitas categorias que antes não eram 
permitidas, tais como: 
• Indústria ou comércio de bebidas alcoólicas como: micro e pequenas cervejarias; 
micro e pequenas vinícolas; produtores de licores e micro e pequenas destilarias desde 
que não produzam ou comercializem no atacado. 
• Serviços médicos como a própria atividade de medicina, inclusive laboratorial e 
enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia 
ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de 
vacinação e bancos de leite. 
• Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e 
serviços de terceiros; 
• Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 
• Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de 
serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou 
não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da Lei 
Complementar 123/2006. 
• Organizações da sociedade civil (Oscips), com exceção de sindicatos, 
associações de classe ou de representação profissional e os partidos; 
• Sociedades cooperativas; 
• Sociedades integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade 
pessoal ou social; 
40 
 
• Organizações religiosas que se dediquem a atividades de cunho social. 
• A permissão para o empreendedor da área rural,com atividades de 
industrialização, comercialização ou prestação de serviços no enquadramento como 
MEI. 
 
3.3.4 Parcelamento 
 
A Lei Complementar nº 155 prevê que os débitos vencidos até competência maio de 
2016, poderão ser parcelados em até 120 meses, porém o valor mínimo da parcela permanece 
em R$ 300 reais para a micro e pequena empresa, e R$ 150 reais para o Microempreendedor 
Individual. 
 
3.3.5 Investidor-anjo 
 
Ainda segundo a Lei Complementar nº 155 o investidor-anjo é uma pessoa física ou 
jurídica que poderá investir na ME ou EPP aportando capital, ou seja, fornecendo recursos 
para que a empresa se desenvolva e, com isso, depois ele recebe de volta esse investimento 
realizado. 
A grande vantagem para a empresa é que esse dinheiro que o "investidor-anjo" irá 
repassar não integrará o capital social da empresa e não será considerado como receita da 
sociedade. Assim, ela terá mais recursos para trabalhar sem que seja necessário sair do 
Simples. Para a ME ou EPP investida, os valores de capital aportado não são considerados 
receitas da sociedade. 
As principais características são que o investidor anjo não será considerado sócio, não 
terá direito a gerência ou voto, não responderá por qualquer divida da empresa, será 
remunerado por seu aportes, tem preferência em caso de venda, e resgate do aporte será 
efetuado no mínimo em 2 anos. 
Conforme Resolução CGSN 131/2016, a partir de 2017, a ME ou EPP optante pelo 
Simples Nacional que receber aporte de investidor-anjo estará obrigada a manter a ECD – 
Escrituração Contábil Digital. A falta de ECD para a ME e EPP que receber aporte de capital 
acima descrito implicará na exclusão de ofício da opção pelo simples nacional. 
 
41 
 
3.3.6 Empresa simples de crédito 
Outra novidade é a inclusão das atividades de crédito de fomento mercantil como a 
realização de operações de empréstimo, financiamento e desconto de títulos de crédito perante 
pessoas jurídicas, exclusivamente com recursos próprios. 
Importante frisar que as atividades deste tipo de empresa devem se restringir ao seu 
município sede e municípios limítrofes. 
 
3.3.7 Regras de transição 
 
Regras de transição para a empresa de pequeno porte (EPP) que, em 2017, faturar entre 
R$ 3.600.000,01 e R$ 4.320.000,00 (ultrapassou o limite em ATÉ 20%): 
• A EPP não precisará comunicar sua exclusão. Pela LC 123/2006, a exclusão 
deveria ocorrer em janeiro/2018, mas não será necessária porque já estarão vigentes os 
novos limites. 
• No entanto, se a empresa comunicar sua exclusão, precisará fazer novo pedido 
de opção em janeiro/2018. 
Regras de transição para a empresa de pequeno porte (EPP) que, em 2017, faturar entre 
R$ 4.320.000,01 e R$ 4.800.000,00 (ultrapassou o limite em MAIS de 20%): 
• A EPP deverá comunicar sua exclusão no Portal do Simples Nacional quando a 
receita acumulada ultrapassar R$ 4.320.000,00, com efeitos para o mês seguinte ao da 
ocorrência do excesso. Se desejar, poderá fazer novo pedido de opção em 
Janeiro/2018. 
• Se o excesso ocorrer em dezembro/2017 a EPP não precisará fazer sua exclusão 
e novo pedido. A exclusão ocorreria em janeiro/2018, mas não será necessária porque 
já estarão vigentes os novos limites. No entanto, se comunicar sua exclusão, precisará 
fazer novo pedido de opção em janeiro/2018. 
No caso de início de atividade em 2017, o limite de R$ 3.600.000,00 deverá ser 
proporcionalizado pelo número de meses em atividade. 
Uma vez ultrapassado o limite proporcional em MAIS de 20%, a EPP deverá 
comunicar a exclusão com efeitos retroativos à data de abertura do CNPJ. Neste caso, não 
será optante pelo Simples Nacional em 2017.Poderá solicitar opção em Janeiro/2018, caso o 
novo limite proporcional não tenha sido ultrapassado. 
 
42 
 
4 METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
Conforme Andrade (2003, p. 129) “Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos 
que são percorridos na busca do conhecimento”. 
Almeida (2011, p. 19) afirma que “corresponde a um conjunto de procedimentos 
adotados em estudos aos quais se atribui a confiabilidade do rigor científico”. 
De acordo com a literatura metodológica, esta pesquisa é qualitativa. Conforme Junior 
(2009, p. 132) descreve que pesquisa qualitativa “é a descrição dos dados obtidos através dos 
instrumentos de coleta de dados. Consiste em buscar a compreensão particular daquilo que se 
está investigando”. 
Para coleta de dados utilizou a pesquisa documental, que para Gil (2002, p. 46) 
“assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na 
natureza das fontes enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das 
contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se 
de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser 
reelaborados de acordo como os objetos da pesquisa”. 
A análise se deu com auxílio da pesquisa bibliográfica. Para Almeida (2011, p. 33) “a 
pesquisa bibliográfica tem como objeto apenas livros e artigos científicos, tendo normalmente 
a finalidade de buscar relações entre conceitos, características e idéias ”. 
Sendo assim, este trabalho abordou os principais conceitos e particularidades do 
Simples Nacional elencados na Lei Complementar nº 123, de 14 de outubro de 2006 e 
também esclarecer os principais pontos e as alterações que a Lei Complementar nº 155, 27 de 
outubro de 2016 erealizou uma aplicação prática, utilizando como objeto de estudo uma 
empresa de pequeno porte no segmento comércio, localizada em Boa Esperança Paraná, 
usando como dados os ultimos 12 meses de faturamento, de outubro de 2016 a setembro de 
2017. 
 
43 
 
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
5.1 Descrição da empresa estudada 
 
A Empresa foi criada em junho de 2001, instalada em Boa Esperança Paraná, com 
objetivo de satisfazer a demanda local, atuando na venda de mercadorias alimentícias ligada 
diretamente ao consumidor final ou aqueles que compram para atacado em varejo. A sua 
forma jurídica é constituída como firma individual, onde uma pessoa física responde pela 
empresa com seu patrimônio pessoal, levando o nome de empresário individual, tributada 
pelo simples nacional e considerada uma empresa de pequeno porte. 
 
5.2 Lei complementar nº 123/06– cálculo vigente 2017 
 
Foi considerado para análise o faturamento acumulado dos últimos 12 meses,dos 
períodos de outubro de 2016 a setembro de 2017. Os cálculos demonstrados abaixo teve como 
base legal a lei complementar nº 123, 15 de dezembro de 2006. Para efeito da determinação 
da alíquota foi considerado o acumulado dos doze meses anteriores. O valor devido mensal do 
imposto será determinado mediante aplicação das alíquotas constantes do Anexo I.Todas as 
receitas são decorrentes da revenda de mercadorias não sujeitas a substituição tributária. 
Formula matemática para cálculo do tributo: 
 
Receita Trib. X Alíquota = Valor do imposto 
 
 Quadro3: Faturamento dos ultimos 12 meses 
MÊS ACUMULADO 12 
MESES 
RECEITA ALÍQ. VALOR DO IMPOSTO 
10/2016 1.316.406,83 122.789,02 7,65 % 9.393,36 
11/2016 1.330.634,23 123.053,79 7,65 % 9.413,61 
12/2016 1.368.792,42 145.318,95 7,65% 11.116,90 
01/2017 1.396.213,47 115.098,49 7,65 % 8.805,04 
02/2017 1.429.634,18 119.959,37 7,65 % 9.176,89 
03/2017 1.468.411,03 130.595,47 8,23 % 10.748,01 
04/2017 1.545.008,42 107.473,03 8,23 % 8.845,03 
 Continua 
44 
 
05/2017 1.540.598,63 152.821,68 8,23 % 12.577,22 
06/2017 1.584.220,28

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