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Nutricao.Parenteral.e.Enteral

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UNINOVAFAPI
Enfermagem
Disciplina: Nutrição Geral
Profª Andréa Fernanda Lopes
NUTRIÇÃO ENTERAL
 “Consiste na administração de alimentos 
liquidificados ou de nutrientes através de soluções 
nutritivas com fórmulas quimicamente definidas, 
por infusão direta no estômago ou intestino, 
através de sondas”
Teixeira Neto, 2003
NUTRIÇÃO ENTERAL
 “TNE – Terapia de Nutrição Enteral – é um 
conjunto de procedimentos terapeuticos 
empregados para a manutenção ou recuperação do 
estado nutricional por meio de Nutrição Enteral”
Waitzberg,2000
NUTRIÇÃO ENTERAL- Resolução RCD nº 63 da 
ANVISA do Ministério da Saúde de 06/07/00
“Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de
nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição
definida ou estimada , especialmente formulada e elaborada
para uso por sondas ou via oral , industrializada ou não,
utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou
complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou
não, conforme suas Necessidades Calóricas, em regime
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção
dos tecidos, órgãos ou sistemas desnutridos ou não, conforme
suas Necessidades Calóricas, em regime ambulatorial ou
domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos
ou sistemas.”
NUTRIÇÃO ENTERAL
 “NE está indicada em pacientes com NC 
aumentadas ou normais, cuja ingestão por via oral 
está impedida ou ineficaz, mas que tenha o 
restante do TGI anatomofuncionalmente normal.”
VIAS DE ACESSO - SONDAS
 . Em NE:Sonda Nasoenteral - SNE
-Estômago – nasogástrica
-Duodeno – nasoduodenal
- Jejuno nasojejunal
 Pacientes com NE por curto tempo – SNE
 Pacientes em NE por longa data – Gastrostomia e 
Jejunostomia
SONDAS
-Material: Borrachas de silicone, poliuretano ou 
outros polímeros.São flexíveis, de fino calibre, 
diminuindo os riscos impostos por sondas 
rígidas.Resistentes às secreções digestivas e de 
alta tolerabilidade por parte dos pacientes.
-Fio-Guia:Possuem um fio guia de aço inoxidável 
flexível que ajuda na passagem da sonda no 
trajeto nasogástrico. 
SONDAS
-Radiopacas: Facilita a visualização radiológica 
dando segurança ao profissional.
- Cápsulas de Mercúrio ou Tungstênio: Na 
extremidade distal(introduzida no estômago 
facilita sua progressão até a porção inicial do 
jejuno)
- Comprimento: Varia de 50 a 91 cm – crianças
- 91 a110 cm - adultos
SONDAS
- Calibre : French (Fr): 6-8 Fr – crianças
8-12 Fr – adultos
Gastro e Jejunostomias – calibres especiais.
- Introdução da Sonda: Paciente sentado ou 
cabeceira elevada, lubrifica a extremidade distal 
da sonda – enfermagem
SONDAS
SONDAS
SONDAS
- Colocação da Sonda – verificação da correta 
localização dentro do estômago (aspiração do 
conteúdo gástrico / ausculta / RHA / RX simples)
SONDAS – VIAS DE ACESSO
 Gastrostomia 
 Jejunostomia
- Ato cirúrgico convencional (cirurgia aberta), 
videolaparoscopia, ou técnicas percutâneas via 
endoscópica.
POSICIONAMENTO DA SONDA
-GÁSTRICO
- Vantagens:
. Mais fisiológico
. Mais fácil acesso
. Maior tolerância quanto tipo de dieta e 
administração em bolus.
. Permite progressão mais rápida de volume 
da dieta. 
GASTROSTOMIA
POSICIONAMENTO DA SONDA -
GÁSTRICO
GÁSTRICO:
- Desvantagens:
- Maior risco de saída acidental da 
sonda por tosse, soluço ou vômitos.
- Maior risco de refluxo e aspiração 
pulmonar.
POSICIONAMENTO DA SONDA –
DUODENO - JEJUNAL
VANTAGENS:
.Menor risco de saída acidental da sonda.
.Menor risco de refluxo com aspiração pulmonar.
.É o local de escolha quando o estômago não pode 
ser utilizado.
POSICIONAMENTO DA SONDA –
DUODENO-JEJUNAL
DESVANTAGENS:
. Local menos fisiológico.
. Local de mais difícil acesso.
. Grande intolerância à dietas 
hiperosmolares.
. Menor tolerância a administração em bolus
. Exige progressão mais lenta do volume da 
dieta.
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO –
EM BOLOS – “em bolus”
1. Injeção com seringa, 50-100-350 ml de dieta no 
estômago, de 2 a 6 horas. Ex: 200 ml 3/3 h
1. Precedida e seguida por irrigação da sonda enteral 
com 20 a 30 ml de água.
2. Considerada administração intermitente, pois tem 
horários fracionados.ex: 3/3 horas.
3. Muito utilizada em domicílio
4. Tem baixo custo.
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO DA 
DIETA - INTERMITENTE
1. A dieta é administrada em horários fracionados. Ex: 
3/3 horas.
2. Gravitacional: utiliza a força da gravidade, a dieta é 
colocada em um frasco apropriado e posicionado de 
modo que “escorra” pela sonda sendo controlada por 
gotejamento.
3. Volume; 50 a 500 ml, precedida e seguida por 
irrigação da sonda com água potável.
4. Permite que o paciente se locomova,assim como na 
administração em bolos.
5. Apresentam maior número de complicações 
gastrointestinais(náusea, vômito, distenção ..)
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO – CONTÍNUA
1. Características: A dieta é administrada em 
períodos de até 24 horas.Pode ser feita por 
gotejamento gravitacional contínuo ou por 
bomba de infusão.
2. Na bomba de infusão: 25 a 150 ml/hora, por 
24 horas;dieta administrada no estômago, 
duodeno, jejuno e interrompida para 
irrigação da sonda com água.
3. 25 a 30 ml/hora/dia, aumentar 
gradativamente de 100 a 150 ml/hora.
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO
 Equipe – bomba de infusão
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO - CONTÍNUA
-Vantagens: Melhora a tolerância para dietas 
hiperosmolares no estômago.
-Diminui a incidência de complicações 
gastrointestinais.
- Pode ser feita no estômago, duodeno ou jejuno
-Desvantagens: Dificulta a locomoção do 
paciente por haver necessidade de estar 
conectado à bomba
- Tem alto custo
INDICAÇÕES DA NUTRIÇÃO ENTERAL
 -TODAS AS VEZES QUE O PACIENTE NÃO 
PODE, NÃO CONSEGUE COMER OU O FAZ DE 
MANEIRA INSUFICIENTE .
VANTAGENS DA NE COMPARADA COM A NP 
– NUTRIÇÃO PARENTERAL
 A presença de alimentos no trato digestivo 
estimula o trofismo intestinal.
 Estimula a atividade imunológica intestinal, 
reforçando a barreira da mucosa intestinal, 
aumentando a proteção contra a translocação 
bacteriana
 Metodologia mais simples.
 Menor índice de riscos e complicações.
VANTAGENS DA NE COMPARADA 
COM A NP
 Tem menor custo.
 Modalidade terapeutica nutricional mais 
próxima da alimentação fisiológica normal
 Deve ser prioridade absoluta sobre a NP, 
sempre que possível, em todos os candidatos ao 
suporte Nutricional especializado
 Mantém PH e flora intestinal normal.
INDICAÇÕES DA NE
1- QUANDO O PACIENTE NÃO PODE COMER:
-Coma, lesões do SNC, debilidade acentuada, 
traumatismo buco-maxilofacial.
2 – QUANDO O PACIENTE NÃO DEVE COMER:
- Fístulas digestivas, DII (formas graves), 
síndromes disabsortivas, diarréias rebeldes, 
intestino curto
3 – QUANDO PACIENTE NÃO QUER COMER:
- Anorexia Nervosa, estados depressivos, 
caquexia cardíaca, desnutrição
INDICAÇÕES DA NE
4 – QUANDO O PACIENTE NÃO CONSEGUE 
COMER O SUFICIENTE OU 
ADEQUADAMENTE:
- Estados hipermetabólicos: politrauma, 
queimadura
- Distúrbios da deglutição
- Ventilação mecânica prolongada
- Insuficiência respiratória, cardíaca, renal e 
hepática.
INDICAÇÕES DA NE EM PEDIATRIA
 Incapacidade de sucção e /ou deglutição
 Anomalias congênitas (fissura do palato, fístula 
traqueo-esofágica)
 Necessidade de alimentação noturna
 Desnutrição Grave
 Doença do Refluxo gastro-esofágico - DRGE
CONTRA INDICAÇÕES DA NE
 Disfunção do TGI ou condições que requeiram 
repouso intestinal
 Obstrução mecânica do TGI
 RGE intenso
 Íleo paralítico
 Hemorragia GI severa
 Vômitos e diarréia severa
Pancreatite aguda e grave
COMPLICAÇÕES DA NE
1. MECÂNICAS:
- Erosão nasal e necrose
- Abcesso septo-nasal
- Sinusite, rouquidão, otite, faringite
- Esofagite
- Obstrução da sonda
- Saída ou migração acidental da sonda
COMPLICAÇÕES DA NE
1. GASTROINTESTINAS E INFECCIOSAS:
- Náuseas, Vômitos, Refluxos, Distenção 
abdominal.
- Cólicas, flatulência, Diarréia, obstipação, 
- Gastroenterocolite por contaminação
COMPLICAÇÕES DA NE
1. METABÓLICAS:
- Hiperhidratação / Desidratação
- Hiperglicemia / Hipoglicemia
- Alterações da função hepática
- Anormalidades de eletrólitos
COMPLICAÇÕES DA NE
1. PSICOLÓGICAS:
- Ansiedade
- Depressão
- Falta de estímulo ao paladar
- Monotonia alimentar
- Insociabilidade
- Inatividade
DIETAS ENTERAIS
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS:
1 – Quanto ao Preparo:
. Dieta Artesanal: Tipo de dieta preparada à 
base de alimentos “in natura” ou ainda com 
mesclas de produtos naturais e 
industrializados
2 – Dietas Industrializadas: Dieta enteral 
preparada industrialmente.
DIETA INDUSTRIALIZADA: em pó, liquida 
semi-pronta e pronta para uso
1. Em pó para reconstituição: embaladas em 
pacotes hermeticamente fechados em porções 
de 60 a 100 g ou em latas de 400 a 800 g.
2. Liquida semi-pronta para uso:reconstituidas 
industrialmente, em frascos ou latas.
3. Pronta para uso: acondicionadas em frascos 
ou bolsas próprias, podendo ser acopladas 
diretamente no equipo
DIETAS ENTERAIS
 Dieta em pó
Dieta Liquida
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao valor nutricional:
 Nutricionalmente completa: Fornece quantidade 
de calorias suficientes para atender as 
necessidades do indivíduo.
 Suplemento Nutricional: Não atinge as 
necessidades calóricas do indivíduos.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à Indicação:
1. Dieta Padrão: São dietas que atendem as 
necessidades nutricionais do paciente, para 
uso geral.
2. Dieta Especializada: São dietas que suprem 
as necessidades nutricionais do paciente dos 
pacientes e ainda estão indicadas em 
patologias específicas.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a complexidade de nutrientes:
1. Dieta Elementar: Os macronutrientes estão 
em sua foram totalmente hidrolisada: aa, 
glicose e TCM
2. Dieta Oligomérica: Os macronutrientes estão 
parcialmente hidrolisados.
3. Dieta Polimérica: Os macronutrientes estão 
em sua forma intacta.
DIETA ENTERAL – COMPOSIÇÃO FÍSICA DAS 
FÓRMULAS
 DENSIDADE CALÓRICA: Quantidade de calorias 
vs volume da dieta.Ex: 1000 kcal/1000 ml = 1,0 
kcal/ml
-Hipocalórica: 0,6-0,8 kcal/ml
-Normocalórica:0,9-1,2 Kcal/ml
-Hipercalórica: 1,3-1,5 kcal/ml
-Acentuadamente hipercalórica: >1,5 kcal/ml
DIETA ENTERAL – COMPOSIÇÃO FÍSICA DAS 
FÓRMULAS
 OSMOLARIDADE OU OSMOLALIDADE:Nº de 
miliosmoles por litro ou por quilo de água, 
respectivamente.Demonstram as particulas 
osmoticamente ativas da solução cujos valores estão 
associados com a tolerância digestiva.
-Hipotônica: < 300 Mosm/kg água
-Isotônica: 300 a 350 Mosm/kg água
-Levemente Hipertônica: 350 A 550 Mosm/kg água
-Hipertônica: 550 a 750 Mosm/kg água
COMPOSIÇÃO DAS FÓRMULAS 
ENTERAIS
-Proteínas: Perfil de aa ( 40% de aa essenciais)
Fonte: soja, caseína, leite, clara do ovo
-Carboidratos: Amido, polímeros de glicose, 
dissacarídeos(sacarose lactose, maltose) e 
monossacarídeos: glicose e frutose: glicose e 
frutose pura.
-Lipídeos: TCM (óleo de coco ou extraido 
industrialmente) e AG Poliinsaturados (óleo 
de soja, girassol, açafrão e gordura láctea)
COMPOSIÇÃO DAS FÓRMULAS 
ENTERAIS
FIBRAS: -Conteúdo: 5 a 14g/litro
-Recomendação: 20-25 g/dia
-Fontes:Solúvel:pectinas, mucilagens e 
goma-guar
Insolúvel:Celulose, hemicelulose e 
ligninas
-Polissacarídeos da soja:solúvel+insoluvel –
têm melhor palatabilidade- boas solubilidade e 
constituem principal fonte de fibras das formulações
NUTRIÇÃO PARENTERAL
“Solução estéril de nutrientes infundida por via 
intravenosa por meio de acesso venoso periférico 
ou central, de forma que o trato digestivo é 
completamente excluído do processo”.
- NPT – Nutrição Parenteral Total
. Central
. Periférica
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NPP – Nutrição Parenteral Periférica
- Indicada para períodos curtos: 7-10 dias
- Não atinge as necessidades calóricas do 
paciente.
- VCT (valor calórico total):1000 a 1500 
kcal
- Osmolaridade: 900 Mosm/l para evitar 
flebite
NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
- Indicada para periodos superiores a 7-10 dias
- Oferece aporte energético e protéico total a um 
paciente que não possa tolerar ingestão Via 
Oral(V.O.) ou enteral
- Osmolaridade: > 1000 mOsm/l
NUTRIÇÃO PARENTERAL
 Manipulação da NP
INDICAÇÕES DA NUTRIÇÃO 
PARENTERAL
- TGI não funcionante, obstruído ou inacessível.
- Vômitos intratáveis: Hiperemese gravídica
- Diarréia Grave: DII – doença inflamatória 
intestinal, Síndrome de má absorção
- Ileo: grandes cirurgias abdominais, trauma 
grave
- Repouso intestinal: fístulas enteroentéricas
- Pré-operatório: desnutrição grave
NUTRIÇÃO PARENTERAL
1. Cateter Venoso Central: veia cava superior ou 
inferior.
2. Cateteres de duplo e triplo lúmen podem ser 
utilizados se uma via for somente para NP.
3. Sítios de inserção: Veia subclávia, jugular 
interna, axilar (pediatria), femoral
COMPLICAÇÕES DA NP
1. Mecânicas (relacionadas ao catéter): 
pneumotórax, lesão vascular.
2. Infecciosas: sepse relacionada ao catéter
3. Metabólicas: hiperglicemia, disfunção hepática, 
síndrome da realimentação....
COMPONENTES DA SOLUÇÃO DE 
NP
-Glicose: -Dextrose – 25%,50%,70%
-Quantidade mínima:200 g/dia
-Aminoácidos: -Solução Padrão: 8,5-15%, é 
diluída em glicose – concentração final de 3,5 
– 5%
-Emulsão Lipídica: -Isotônicos – veias 
periféricas e utilizados como fonte de 
energia na concentração de 10% e 20%
-Aditivos : Insulina (diabéticos)
Heparina e hidrocortisona (diminui 
risco de flebite)
-Oligoelementos: Zinco, Cobre, Selênio, Iodo
GLICOSE
 A GLICOSE COMO COMPONENTE PRINCIPAL DA 
SOLUÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
 Custo
 Manipulacao
 Metabolismo central - fonte energetica
 Mais comercializada

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