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FENÔMENO JURÍDICO CONTEMPORÂNEO/A TEORIA PURA DO DIREITO/NORMA/NORMA JURÍDICA Direito Romano: arte do bom e do justo (Digesto: solução para cada caso concreto, a partir da essência das coisas) Direito Grego: especulações filosóficas sobre justiça. MUNDO CONTEMPORÂNEO: organização estatal capitalista (direito como instrumento garantidor do capitalismo) DIREITO: passa a ser visto como mero entendimento técnico. Dominação técnica: contratos. Dominação ideológica: todos são iguais perante a lei. Dominação técnica. Garantia do contrato. Da propriedade privada. Da mais valia. Direito que deve ser estudado através da HISTÓRIA, através do concurso de todas as ciências humanas (sociologia, filosofia, economia, psicologia, etc). Inexorável influência da ideologia, no que concerne a perspectiva do que seja direito. Quanto mais compreendemos as ideologias em jogo, e os conflitos sociais na história (aquilo que esta por trás do Estado, como os interesses econômicos, as classes sociais, a hegemonia cultural = dialética), mais entenderemos o que se deve entender por direito. Análise histórica e contribuição de outros saberes, como a economia, a política, a sociologia, a filosofia, etc, unificados a partir de uma visa crítica (dialética). Estudo científico do direito: reducionista, pois não dá conta de todos os fenômenos envolvidos no próprio direito. Zetética: se preocupa com os fundamentos do seu próprio objeto Dogmática: as técnicas têm um caráter mais pragmático, de aplicação Teoria geral sobre as técnicas jurídicas modernas: tecnologia jurídica: um todo estruturado de técnicas. Arranjo estruturado de uma série de técnicas Teoria Pura do Direito: Hans Kelsen (estudo do direito sem nenhuma interferência de dados sociais, históricos, valorativos, ideológicos, exame apenas das normas estatais) Estudo do direito a partir de um elemento universal: a norma jurídica. Positivismo jurídico: método analítico ESTÁTICA E DINÂMICA JURÍDICA ESTÁTICA: característica que identifica todas as normas jurídicas e que diferenciam de outras normas DINÂMICA: abordagem das normas em conjunto Normas jurídicas? O que são? Como separá-las das demais normas? Normas jurídicas seriam como as normas da natureza? Kelsen: primeira diferença: normas da natureza (relação de causa e efeito) não dependem da vontade humana e normas sociais, que dependem da vontade humana Normas sociais: jurídicas, sociais, morais, culturais, religiosas. Normas da natureza: mundo do ser. Se A é B é – relação de causalidade – nexo ôntico, da palavra grega ontós, que quer dizer ser Normas sociais: mundo do dever ser se A é B deve ser relação de imputação. Nexo deôntico Norma jurídica = relação de imputação se A é B deve ser, onde A é = a facti species e B a conseqüência advinda Norma e poder Toda norma pressupõe um poder que a impõe ou a sustenta. Ex.: normas da religião = poder ideológico Normas jurídicas = poder = cumprimento das normas Norma e autoridade: socialmente se aprende ou se é coagido a reconhecer poder em determinados agentes ou sujeitos. Ex: policial fardado (estatal) e mendigo fardado (não estatal) Kelsen: autoridade da norma por meio de outras normas. Reducionismo que não explica os casos de autoridade estatal não reconhecida (normas que não “pegam”) e de autoridade social não estatal (“normas dos morros”) Norma = fenômeno de poder. Negro que é obrigado a moderar os passos na rua quando se depara na presença de um policial, sabe que, além da autoridade estatal que investe o policial em poder, há também uma posição de desfavorecimento racial. Além do poder estatal, poder do racismo. Poder das normas como um fenômeno meramente estatal que se limita até um certo ponto, a partir do qual exsurgem o poder ideológico, cultural, econômico, etc. Norma jurídica que envolve uma relação de poder e autoridade que não é somente estatal Normas jurídicas que não são apenas escritas. Texto normativo que é apenas a expressão gramatical da norma. Norma que deve ser lida, compreendida, aplicada, interpretada. Jurista que interpreta a norma de acordo com seus interesses, suas necessidades. Sentido da norma que resulta de um mergulho existencial nas relações de poder da sociedade. Hermenêutica jurídica. Norma jurídica (expressão da autoridade estatal) e proposição jurídica (qualquer outra expressão) SANÇÃO Se A é B deve ser Onde A Norma jurídica = relação de imputação se A é B deve ser, onde A é = facti species e B a conseqüência advinda SANÇÃO Normas primárias Normas secundárias Hart Ross normas de conduta e normas de competência
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