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Placentação Placentação e circulação placentária 1) Partes da Placenta 2) Desenvolvimento da Placenta: saco coriônico e decídua 3) Junção maternofetal: vasos, tecidos e circulação placentária 4) Funções da placenta 5) Anomalias placentárias (parte do cordão umbilical) 13dias 14dias Ao final da 2a semana O embrião já se implantou. 1) Partes da Placenta -Porção fetal: originada do saco coriônico (mesoderma extraembrionário + citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto + lacunas) -Porção materna: originada do endométrio (decídua) Endométrio Reação decidual -Decídua: camada do endométrio que sofre alterações morfofuncionais durante a implantação (endométrio gravídico): proteção física e imunológica do embrião; proteção do organismo materno contra uma excessiva invasividade do embrião, nutrição do embrião antes de se formar a placenta. -A decídua funciona também como uma glândula endócrina provisória (pois desaparece no decorrer da gestação) produzindo hormônios, entre eles a Prolactina. -A ausência da Decídua implica no insucesso da implantação do embrião -Com a implantação do concepto, as células do endométrio em torno do local de implantação acumulam glicogênio e lipídios, assumindo um aspecto poliédrico: são as células deciduais que tem como função fornecer ao concepto um local imunologicamente privilegiado, e nutrição antes do desenvolvimento da placenta. capsular basal Decídua parietal Cavidade uterina Âmnio Córion liso Decídua capsular Em degeneração Membrana Amniocoriônica (âmnio+córion liso) Divisões da decídua Basal: onde o embrião se implantou onde se formará a parte materna da placenta Capsular: que cobre o embrião Parietal: que recobre o restante da parede uterina Divisões do Córion (saco coriônico) Viloso: que forma a parte fetal da placenta (originado pela proliferação do citotrofoblasto) Liso: que recobre o embrião Córion liso Conforme o citotrofoblasto prolifera e origina as vilosidades coriônicas, ele permanece envolto pelo sinciciotrofoblasto e vasos maternos da decídua (endométrio). Internamente ao citotrofoblasto mesoderma extraembrionário abrigará os vasos fetais. 2) Desenvolvimento da Placenta: saco coriônico e decídua basal mesoderma 3) Junção maternofetal: vasos, tecidos e circulação placentária Espaços intervilosos: -160-250ml de sangue -Sangue materno (80 a 90 mmHg) entra em jato -Drenagem passiva -Fluxo 500 a 800 ml/min 1.Circulação uteroplacentária: E constituída das artérias uterinas espiraladas - trazem o sangue materno até os espaços intervilosos com uma pressão elevada 2.Circulação fetoplacentária: duas artérias umbilicais e uma veia umbilical. As artérias umbilicais transportam o sangue pobre em O2 do feto para a mãe, e a veia umbilical traz o sangue rico O2 e nutrientes da mãe para o feto. Circulação placentária 10 semanas O SANGUE FETAL NÃO ENTRA EM CONTATO COM O SANGUE MATERNO As trocas de gases e nutrientes ocorrem ao nível da Membrana placentária: Antes da 20a semana: cito+sincicio+vasos fetais Após a 20a semana: cito+sincicio+vasos fetais *Cito desaparece 4) Funções da placenta Metabolismo para produção de nutrientes: síntese de glicogênio, colesterol, ácidos graxos Transferência: -difusão simples/facilitada: gases (O2, CO2, CO), água, glicose, hormônios, eletrólitos, excretas fetais (uréia, ácido úrico), drogas e seus metabólitos -transporte ativo: aminoácidos, vitaminas, proteínas maternas como anticorpos, agentes infecciosos Secreção endócrina: Gonadotrofina coriônica (hCG), Somatomamotrofina coriônica, Tireotrofina coriônica, Corticotrofina coriônica, Progesterona e Estrogênio Peso: 500-600 gramas, representando 1/6 do peso do feto. Forma: discoidal ou oval Espessura: 2-3 cm no centro e afina na periferia Largura:15-20 cm Superfície materna Superfície fetal Pelo grau de penetração das vilosidades coriônicas na camada muscular existem três graus de gravidade: -Placenta acreta: as vilosidades penetram somente na camada superficial do miométrio – e a causa mais freqüente das hemorragias perinatais extremamente graves; -Placenta increta: as vilosidades entram profundamente na camada miometrial -Placenta percreta: as vilosidades praticamente atravessam a camada muscular do útero chega a serosa uterina e as vezes passa de útero, inserindo-se nas vizinhanças anatômicas - Placenta prévia: formada proximo ao colo uterino, pouco desenvolvida e apresenta hemorragia As circunstâncias que favorecem os distúrbios da aderência são: -traumáticos (curetagem, aspiração, cesárea, endomerectomia, termocoagulação endometrial, histeroplastia) -infecciosos (endometrite, infecção genital alta) -tumorais (mioma uterina) -multiparidade 5) Anomalias placentárias Descolamento prematuro da placenta (DPP) -Separação, fora de hora, da placenta do útero, e ocorre a partir do quinto mês de gestação; -Os sintomas e as conseqüências dependem da quantidade de placenta descolada, que pode variar de milímetros até sua totalidade; -Fatores que contribuem: pressão alta (50 % dos casos) ocasiona a ruptura dos vasos sangüíneos na placenta e provoca hemorragia e descolamento da placenta; cordão umbilical curto, fumo e drogas, anemia, desnutrição, idade materna avançada, membrana amniocoriônica rompida antes do trabalho de parto, traumas e acidentes diretos (batidas de carro e quedas de escada) sobre o ventre materno; -Produz hemorragia interna que pode ou não extravasar e causar sangramento externo vaginal. Quando mais da metade da placenta se descola, a morte do bebê é inevitável. Pode causar a morte da mãe por sangramento e problemas de coagulação sangüínea; -O diagnóstico só é feito depois da ocorrência do problema, e os sintomas são dor intensa e súbita na barriga; -A hemorragia e mortalidade materna pode chegar a 3% dos casos e a fetal a 90%; -Quando há chance de sobrevivência do bebê o tratamento é a transfusão sangüínea e a cesariana. Se mesmo após a retirada do bebê por cesariana o útero não se contrai e não pára de sangrar, é necessária a cirurgia para a retirada do útero (histerectomia), evitando, assim, o óbito materno. Anexos embrionários Córion: precursor da placenta juntamente com a decidua, cobre o embrião Vesícula amniótica: forma um saco cheio de fluido ao redor do embrião, protege contra danos mecânicos, permite o crescimento e os movimentos do feto, seu fluido contém ~200 proteínas diferentes que podem ser utilizadas para avaliar o estado da mãe e do feto, contém células do embrião que podem ser usadas em análises genéticas Vesícula vitelínica: originalmente em animais “inferiores” abriga vitelo. Em humanos é fonte das células germinativas primordiais, origina células progenitoras sanguíneas Alantóide: usada para remoção de excretas em animais inferiores , nos mamíferos a alantóide junta-se com a vesícula vitelínica formando o cordão umbilical, que elimina os excretas do sangue do embrião para o da mãe pela placenta. Tardiamente se tornará parte do ligamento umbilical mediano.
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