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Ulceras de Pressao

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04/11/2012 
1 
Úlceras de Pressão 
 
 As úlceras de pressão são definidas como áreas de 
ulceração e necrose da pele e tecidos moles de 
qualquer parte do corpo, usualmente sobre uma 
proeminência óssea, que seja submetida a uma 
pressão prolongada. 
 
 Úlceras de pressão também chamada de úlceras de 
decúbito, envolve também as úlceras de pacientes 
em cadeiras de rodas e todas aquelas decorrentes de 
qualquer pressão externa, como nas imobilizações 
gessadas. 
 São mais comuns em áreas em que a pressão 
comprime os tecidos moles sobre uma proeminência 
óssea no corpo – o tecido é pinçado entre a pressão 
externa e a superfície dura subjacente. 
 Uma pressão externa que supere a pressão de 
perfusão capilar comprime os vasos sangüíneos e 
causa isquemia nos tecidos supridos por esses vasos. 
 
 Se a pressão continuar por um período 
suficientemente longo, os capilares colabam e 
apresentam trombose, 
 acumulam-se subprodutos 
 tóxicos do metabolismo, 
 e as células nos tecidos 
 musculares e subcutâneos 
 vizinhos começam a morrer, 
 aparecendo na pele a sinais 
 de necrose. 
 Historicamente, três fatores são relatados como 
sendo os responsáveis pelo desenvolvimento das 
úlceras: causa neuropática, força de atrito e pressão 
direta. 
 
 A teoria da força de atrito postula que esta 
provocaria estreitamento e compressão 
 dos vasos perfurantes 
 musculares com conseqüente 
 necrose isquêmica. 
 Dinsdale, em 1974, estudando pressão e fricção 
em cobaias paraplégicas, concluiu que a fricção era 
apenas um adjuvante na produção de ulcerações 
de pele, por aplicação direta de força mecânica à 
epiderme. 
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 GRAU 1: evidência de inflamação sobre uma proeminência 
óssea sem ulceração; 
 
 GRAU 2: ulceração superficial da pele; 
 
 GRAU 3: ulceração profunda, em forma de cone invertido, 
estendendo-se pata tecido 
 subcutâneo, 
 muscular e ósseo; 
 
 GRAU 4: úlcera complexa, 
 estendendo-se para outras 
 úlceras, articulações ou 
 cavidades. 
 Hiperemia: observada até 30 minutos, manifestada por 
vermelhidão na pele. Desaparece em uma hora após remoção 
da pressão. 
 
 Isquemia: surge caso a pressão seja contínua por 2 a 6 horas. 
A vermelhidão da isquemia exige no mínimo 36 horas para 
desaparecer após a retirada da pressão. 
 
 Necrose: pressão mantida por 6 horas pode produzir 
necrose. A pele fica azulada e a necrose não desaparece após 
retirada da pressão 
 
 Ulceração: dentro de 2 semanas a área necrótica pode tornar-
se ulcerada e infectada. Proeminências ósseas podem estar 
envolvidas e destruídas. 
 Os objetivos básicos da prevenção são: alívio da 
pressão, higiene e cuidados com a pele, suporte 
nutricional e estimulação da circulação sanguínea. 
 
 Alívio da pressão : Pacientes acamados devem ser 
reposicionados, no máximo, a cada duas horas; nos 
quatro decúbitos: ventral, dorsal e laterais em seqüência. 
 
 Faz-se também o reposicionamento dos membros 
superiores e inferiores com a utilização de espumas e 
travesseiros, para melhor distribuição de peso. 
 
 Podem ser utilizadas em determinadas áreas como 
escapular, occipital, calcâneos, joelhos e cotovelos, no 
intuito de diminuir a pressão. 
 
 É contra-indicada a elevação do dorso do leito acima de 
20 graus, pois promove escorregamento, fricção e atrito e 
diminui o retorno linfático e venoso. 
 
 
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 Os pacientes restritos a cadeiras de rodas devem ser 
reposicionados a cada 30 minutos, modificando a 
distribuição do peso corporal a cada 15 minutos, de modo 
independente ou com ajuda. A elevação do tronco a cada 
30 minutos por um período de 60 segundos alivia 
 significativamente a pressão 
 na região isquiática. 
 Utilizam-se dispositivos para 
 redução de pressão, como 
 assentos de ar, água, silicone, 
 ou uma proteção de espuma 
 na superfície do assento. 
 A pele intacta deve ser mantida limpa e bem 
hidratada, mas protegida do excesso de umidade e 
irritação pela presença de suor, urina e fezes. Deverá 
ser higienizada regularmente com água morna e sabão 
neutro, evitando força mecânica e fricção. 
 
 Deve-se ter cuidado com a umidade exacerbada, o 
atrito e o cisalhamento, porque a pele úmida adere à 
superfície do leito. O outro extremo – ressecamento 
excessivo – também contribui para o aumento das 
úlceras. 
 Como a estimulação da circulação sanguínea alivia 
a isquemia tecidual, o paciente é encorajado a manter 
atividade. Movimentos ativos e passivos melhoram o 
tônus muscular, vascular e cutâneo. Quando 
possível, estimular a deambulação. 
Por isso devemos estimular a circulação sanguínea . . . 
 A espasticidade pode contribuir para formação de 
úlceras, promovendo fricção e atrito, assim, são 
utilizados medicamentos tranqüilizantes e 
antiespasmódicos. 
 
 A restauração do estado nutricional do paciente é 
fundamental para o tratamento. 
 
 A recuperação de um balanço nitrogenado positivo 
facilita a cicatrização dos tecidos. 
 Microcorrente: 
 
 Quando a atividade elétrica endógena dos 
organismos é considerada, é pertinente a hipótese de 
que as estimulações elétricas ou eletromagnéticas, 
quando aplicadas externamente ao corpo, possam 
desencadear alterações em nível celular que 
intensificam o processo de cicatrização. 
 
 MENS (Microcurrent Electrical Neuromuscular 
Stimulators) : a estimulação é animadora no controle 
da dor, controle de edemas e na cicatrização de 
feridas. 
 
 A microcorrente acelera em até 500% a produção do 
Trifosfato de adenosina (ATP), sendo essa molécula a 
grande responsável pela síntese protéica e 
regeneração tecidual devido a sua participação em 
todos os processos energéticos da célula. 
 
 
 
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 Enquanto o TENS (estimulação elétrica nervosa 
transcutânea) é usado no controle da dor, a 
microcorrente, devido a sua proximidade com a 
corrente biológica, realiza um trabalho a nível 
celular. 
 
 Em teoria, o tecido saudável é o resultado do fluxo 
direto de correntes elétricas pelo nosso corpo. O 
balanço elétrico é alterado quando o corpo é lesado 
em um determinado local, fazendo com que a 
corrente elétrica mude seu curso. O uso de Micro-
correntes sobre a lesão tem o objetivo de normalizar 
esse fluxo, objetivando o reparo do tecido. 
 Laser : 
 
 A radiação a laser tem sido usada para acelerar os 
processos cicatriciais, prática fisioterapêutica, pois a 
terapia laser de baixa potência é uma técnica capaz de 
acelerar o processo de reparação de tecidos biológicos 
traumatizados. 
 
 Os efeitos desencadeados pelos lasers são basicamente 
analgésicos, antiinflamatórios, antiedematosos e 
cicatrizantes. 
 
 O efeito cicatrizante do laser se dá por três fatores 
principais: 
 
 à produção de ATP (proporcionando um aumento da 
atividade mitótica e um aumento da síntese de proteína, 
por intermédio da mitocôndria); 
 
 estímulo a microcirculação (aumentando o aporte de 
elementos nutricionais associados ao aumento da 
velocidade mitótica, facilitando a multiplicação das 
células); 
 
 formação de novos vasos 
 a partir dos pré-existentes. 
 
 Oxigenoterapia hiperbárica: 
 
 É uma modalidade terapêutica que consiste na oferta 
de oxigênio puro (FiO2 = 100%) em um ambiente 
pressurizado a um nível acima da pressão atmosférica. 
 
 Baseado no seu efeito como terapêutica coadjuvante no 
tratamento das feridas de difícil cicatrização, 
notavelmente naquelas que se apresentam 
cronicamente hipóxicas. 
 
 Ocorre aumento na pressão 
 parcial de oxigêniono sangue 
 arterial aumentando a oxigenação 
 celular e quebrando o ciclo 
 vicioso da isquemia. 
 
 Avaliação do Paciente: 
 
 A avaliação do paciente com um ferimento deve ser 
realizada por uma equipe multidisciplinar (médico, 
enfermeira, assistente social, psicólogo e fisioterapeuta). 
 
 A avaliação do fisioterapeuta além de avaliar amplitude 
de movimento ativo de todas as articulações, da 
mobilidade no leito, das transferências e da condição da 
marcha, deve-se também classificar os ferimentos 
presentes no corpo do paciente. 
 
 O fisioterapeuta deve fazer uma avaliação completa, 
além de pesquisar fatores predisponentes as úlceras de 
pressão. 
 O tratamento deve envolver várias áreas 
importantes: 
 
 1. controle dos distúrbios clínicos e nutricionais; 
 2. controle das cargas teciduais; 
 3. tratamento da úlcera; 
 4. terapia tópica; 
 5. controle de colônias bacterianas e de infecção; 
 6. orientação ao paciente; 
 7. debridamento periódico das regiões necrosadas 
e/ou fibrosadas; 
 8. uso de cremes cicatrizantes e antibióticos; 
 9. em caso de úlceras profundas, indicação de 
enxertos. 
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5 
 Geradores de Alta Freqüência: 
 
 Aumenta a oxigenação celular, isso está associado à 
vasodilatação, e conseqüente aumento do fluxo 
sanguíneo, aumento assim o aporte de oxigênio por 
intermédio do sangue. 
 
 Melhora o trofismo dérmico devido à ação bactericida 
do aparelho de alta freqüência, pois muitas vezes o 
trofismo da pele, relacionado a processos de regeneração 
tecidual, está prejudicado pela ação de bactérias. 
 
 Age como antiinflamatório, tratando à inflamação 
ocorrida nos processos de reparo tecidual onde há 
solução de continuidade da pele, como em feridas 
abertas (úlceras, acne, etc.), pois é comum nesses casos a 
presença de germes e bactérias que acabam por dificultar 
a resolução do processo inflamatório. 
 Apesar dos efeitos positivos, o aparelho de alta 
freqüência não é indicado para o tratamento contra 
inflamação de estruturas internas do corpo como 
tendões, músculos e articulações, pois o mesmo não 
tem ação em profundidade. 
 
 O aparelho de alta freqüência é altamente indicado 
ainda para tratamentos estéticos, sendo 
principalmente a acne, além de ferimentos com 
descontinuidade da pele como as úlceras de 
compressão. Algumas contra-indicações estão 
relacionadas à relação das ondas eletromagnéticas no 
organismo. Entre elas, a presença de marca-passo, 
gestantes, pacientes com distúrbios de sensibilidade, 
entre outros. 
 Cirurgia plástica: fundamentos e arte. Rio de Janeiro: 
Medsi, 2004. 752 p. ISBN: 85-7199-379-3. 
 
 Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2008. 658 p. Titulo original: Fundamentals of 
nursing made incredibly easy. (Incrivelmente fácil) ISBN: 
978-85-277-1355-9. 
 
 Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, 
patologias. 3. ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2004. 560 p. 
ISBN: 85-204-1244-0. 
 
 ABRAHÃO, G. S.; AMUL, S. B.; Soncino, C. Ação dos 
diferentes tipos de lasers de baixa potencia na 
cicatrização das úlceras de pressão. Ano 11. Edição n.87. 
Fevereiro de 2008.

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