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IMUNIDADE DE TRANSPLANTES Fabíola C. R. Zucchi Universidade de Brasília Departamento de Biologia Celular Disciplina: Imunologia Geral 1/2017 TRANSPLANTES • O transplante é um tratamento amplamente utilizado para a substituição de órgãos e tecidos que não funcionam por órgãos ou tecidos saudáveis. • Tecnicamente, o transplante é o processo da retirada das células, tecidos ou órgãos, chamado de enxerto, de um indivíduo e colocando-os em um indivíduo (geralmente) diferente. TRANSPLANTES • As primeiras tentativas de transplantes ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial. • Rapidamente constataram que os pacientes rejeitavam os enxertos transplantados de outros indivíduos. TRANSPLANTES • A rejeição resulta de reações inflamatórias que danificam os tecidos transplantados. • A rejeição aos transplantes é mediada pelo sistema imune adaptativo. • Especificidade e memória dependente de linfócitos. A rejeição aos transplantes é mediada pelo sistema imune adaptativo DESAFIOS • Uma vez que o desafio técnico de transplantar órgãos cirurgicamente foi superado, • logo ficou claro que a resposta imunológica contra os tecidos enxertados foi a grande barreira para o transplante. • controlar esta resposta imunológica é a chave para o transplante bem-sucedido. Pessoas vivendo com transplantes nos USA Princípios gerais da imunologia do transplante • O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para um indivíduo geneticamente não idêntico • leva invariavelmente à rejeição do transplante devido a uma resposta imunológica adaptativa. Rejeição do Primeiro e Segundo Conjunto de Enxertos Princípios gerais da imunologia do transplante • Enxerto autólogo: mesmo indivíduo. • Enxerto singênico: indivíduos geneticamente idênticos. • Enxerto alogênico (ou aloenxerto): mesma espécie (alooantígenos; linfócitos alorreativos). • Enxerto xenogênico (ou xenoenxerto): espécies diferentes (xenoantígenos; linfócitos xenorreativos. Resposta imunológica adaptativa aos aloenxertos • Os aloantígenos provocam respostas imunológicas: • celulares • humorais. Natureza dos Aloantígenos • Os antígenos que estimulam a resposta imunológica adaptativa contra aloenxertos são proteínas de histocompatibilidade, • codificadas por genes polimórficos que diferem entre os indivíduos. Genética da Rejeição do Enxerto Natureza dos Aloantígenos • As moléculas responsáveis pelas reações fortes (rápidas) de rejeição são denominadas: • moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC). Reconhecimento de Aloantígenos pelas Células T • As moléculas alogênicas do MHC de um enxerto podem ser apresentadas para reconhecimento pelas células T do receptor de duas maneiras diferentes: • Direta • Indireta Reconhecimento direto e indireto de aloantígenos Base molecular do reconhecimento direto das moléculas do MHC alogênicas Cross Priming Funções Ativadoras e Efetoras dos Linfócitos T Alorreativos • Quando os linfócitos reconhecem aloantígenos, eles são ativados: • Proliferação • Diferenciação • Execução de funções efetoras que podem danificar os enxertos. • As etapas para a ativação são semelhantes às que foram descritas para os linfócitos na reação a antígenos microbianos. A ativação de células T alorreativas Papel da Coestimulação em Respostas das Células T para Aloantígenos • Além do reconhecimento do aloantígeno, a coestimulação de células T principalmente por moléculas B7 nas APCs é importante para a ativação de células T alorreativas. • Bloqueio terapêutico de coestimuladores. A Reação dos Linfócitos Mistos • A resposta das células T alorreativas às moléculas do MHC estranhas pode ser analisada numa reação in vitro denominada reação mista de linfócitos (MLR). • A MLR foi utilizada clinicamente no passado como um teste preditivo da rejeição do enxerto mediada por célula T e como um modelo in vitro da rejeição do enxerto. A reação linfocitária mista (MLR) Ativação de Células B Alorreativas e Produção de Aloanticorpos • Os anticorpos contra os antígenos do enxerto também contribuem para a rejeição. • A maioria dos aloanticorpos de alta afinidade é produzida por células T auxiliares dependentes da ativação de células B alorreativas, muito similar a anticorpos contra outros antígenos de proteínas. Mecanismos imunológicos de rejeição do enxerto Rejeição Hiperaguda Na rejeição hiperaguda, os anticorpos pré-formados reativo com o endotélio vascular ativam o complemento e desencadeiam a trombose intravascular rápida e necrose da parede do vaso. Mecanismos imunológicos de rejeição do enxerto Rejeição Aguda Na rejeição aguda, os linfócitos T CD4+ e CD8+ reativos com os aloantígenos em células endoteliais e nas células do parênquima medeiam danos a estes tipos de células. Os anticorpos alorreativos formados após o enxerto podem também contribuir para a lesão parenquimatosa e vascular. Mecanismos imunológicos de rejeição do enxerto Rejeição Crônica Na rejeição crônica do enxerto com a arteriosclerose, a lesão à parede do vaso conduz a proliferação celular do músculo liso e oclusão luminal. Esta lesão pode ser provocada por uma reação inflamatória crônica a aloantígenos na parede do vaso. Prevenção e tratamento de rejeição de aloenxertos • As estratégias utilizadas na prática clínica e em modelos experimentais para evitar ou retardar a rejeição são: • Imunossupressão geral • redução da força da reação alogênica específica. Métodos para Reduzir a Imunogenicidade de Aloenxertos • Minimizar as diferenças alogênicas entre o doador e o receptor. • Para evitar a rejeição hiperaguda, os antígenos do grupo sanguíneo ABO do doador do enxerto são selecionados para serem compatíveis com o receptor. Métodos para Reduzir a Imunogenicidade de Aloenxertos • No transplante renal, quanto maior for o número de alelos de MHC que são compatíveis entre o doador e o receptor, melhor a sobrevida do enxerto. • Os pacientes com necessidade de aloenxertos são também testados para a presença de anticorpos pré-formados contra as moléculas de MHC do doador ou outros antígenos da superfície celular. Influência da compatibilidade do MHC na sobrevida do enxerto A Imunossupressão para Prevenir ou Tratar a Rejeição de Enxertos • Os fármacos imunossupressores que inibem ou matam os linfócitos T são os principais agentes utilizados para tratar ou prevenir a rejeição do enxerto. Mecanismos de ação de Fármacos imunos- supressores Influência da ciclosporina na sobrevida do enxerto O resultado líquido é que a ciclosporina bloqueia a proliferação e diferenciação de células T dependentes de IL-2. Antígenos do grupo sanguíneo ABO Pontos Principais • Definição de transplantes • Papel essencial das moléculas de MHC • Padrões e mecanismos de rejeição dos aloenxertos • Prevenção e tratamento da rejeição • Transfusão de sangue (grupos sanguíneos) Referências Bibliográficas ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Cellular and Molecular Immunology. 8th ed. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2015. OBRIGADA POR SUA ATENÇÃO!
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