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EVOLUÇÃO Teorias Evolutivas Maurício Araújo mauriciosanges11@hotmail.com Floriano – PI, 2017 1 1) Fixismo (Criacionismo) Até o século XVIII Todos os seres vivos foram criados por um ser supremo “Deus”. Uma vez criadas as espécies eram imutáveis (fixas). O criacionismo não é científico, pois baseia-se em um conjunto de dogmas “verdades” consideradas inquestionáveis, que não admitem alternativas de interpretação. EVOLUÇÃO (Gênesis 1, 26-2,3) “Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.’ Deus criou o homem à sua imagem, a imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele os criou”. Os seres estavam organizados em uma hierarquia chamada “Escala dos Seres” (Scale Naturae). Onde nos primeiros degraus estavam os seres inanimados, depois as plantas, seguidos dos animais, posteriormente os homens, os anjos e seres superiores, e no topo estava Deus. 2 EVOLUÇÃO Fixismo Espécies Fixas Imutabilidade Evolucionismo Transformação Ancestralidade Esquema: 3 2) Lamarckismo 1809 Início das ideias evolucionistas. Lamarck formulou uma teoria para explicar como que as espécies se modificavam ao longo do tempo. Jean-Baptiste Antoine de Monet 1744-1829 Sua teoria evolucionista baseava-se em duas leis Lei do uso e desuso Lei da herança dos caracteres adquiridos EVOLUÇÃO 4 2) Lamarckismo Lei do uso e desuso Uma necessidade de adaptação ao meio pode fazer com que um órgão seja mais utilizado (uso) e este tende a se desenvolver ao longo do tempo. Ao contrário, se um órgão for pouco exigido (desuso), tende a se atrofiar. Se analisarmos o tecido muscular, de fato, isso corre. O uso intenso do tecido causa hipertrofia e o desuso prolongado leva a atrofia. EVOLUÇÃO 5 2) Lamarckismo Lei da heranças dos caracteres adquiridos As características adquiridas pelo uso ou perdidas pelo desuso seriam transmitidas à descendência ao longo das gerações. EVOLUÇÃO Exigência ambiental Necessidade De adaptação Estrutura mais exigida Estrutura se desenvolve Característica transmitida aos descendentes Estrutura menos exigida Estrutura atrofia Característica transmitida aos descendentes 6 2) Lamarckismo Exemplificando a teoria de Lamarck As girafas ancestrais possuíam o pescoço curto. Com o passar do tempo o ambiente mudou e as folhas passaram a se localizar em galhos mais altos. Para alcançar as folhas as girafas esticavam constantemente o pescoço. Devido ao uso o pescoço passou a ficar cada vez mais comprido. E essa característica foi passada para os descendentes que nasciam com pescoço comprido. Com o passar das gerações, surgiram as girafas atuais. EVOLUÇÃO 7 2) Lamarckismo Erros de Lamarck Hoje sabemos que somente modificações a nível de gametas são transmitidas aos descendentes. As modificações citadas por Lamarck em sua teoria ocorrem em células somáticas. Dessa maneira, características adquiridas ou perdidas durante a vida de um organismo não são transmitidas à descendência. Mãe Pai Filho Se a teoria fosse verdadeira... EVOLUÇÃO 8 3) Darwinismo 1859 Charles Darwin nasceu em 1809 na Inglaterra, abondonou os estudos de medicina para estudar Teologia; Durante cinco anos (1831 1836) conheceu diversas regiões e desenvolveu seus estudos; Publicou em 1959 o livro “A origem das espécies” que contém sua teoria sobre a evolução, denominada seleção natural. Charles Darwin (1809-1882) Livro: A origem das espécies A teoria de Darwin causou enorme polêmica na época e foi muito combatida, principalmente por membros da igreja. EVOLUÇÃO 9 3) Darwinismo Viagem de Darwin pelo mundo Darwin partiu da Inglaterra a bordo do navio inglês Beagle e viajou durante 5 anos. Darwin, durante a viagem, realizou escavações, coletas, anotações e analisou a diversidade da flora e da fauna de cada local. As observações que levaram Darwin a elaborar a teoria evolucionista ocorreram durante sua viagem ao redor do mundo. EVOLUÇÃO Ilhas galápagos chamaram a atenção de Darwin Animais próximos, semelhantes, mas que se diferem em alguma característica. Ideia do ancestral comum. Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004. 10 Vivemos Precisamos novas vacinas de gripe todo ano Pesticidas Malaria voltando Mutações vírus da aids Dai chega na autrália ele começa ver ornitorrinco, canguru, equidna: um incrédulo poderia dizer q tinha outro deus em ação. Cada ilha tem sua própria tartaruga, seu próprio pássaro, seu próprios tentilhões..embora muito semelhantes, diferiam em algumas características- bico 10 3) Darwinismo Viagem de Darwin pelo mundo: Arquipélago Galápagos – as 14 “espécies” de Tentilhões de Darwin As aves de Galápagos foram de grande importância para o desenvolvimento da teoria de Darwin sobre a atuação da seleção natural na especiação. Ele ficou impressionado com as espécies de tentilhão (pássaros da Família Fringillidae) que ocorrem nas diferentes ilhas. A semelhança entre essas espécies levou Darwin a supor que todas elas se diferenciaram a partir de um grupo ancestral comum, que teria migrado, há muito tempo, do continente para essas ilhas e que, por seleção natural, teriam se adaptado a diferentes modos de vida, dando origem ás diferentes espécies. EVOLUÇÃO O estudo dessas aves foi fundamental para a elaboração de sua teoria: Seleção Natural. 11 3) Darwinismo A grande semelhança entre os trabalhos de Lamarck e Darwin é que o ambiente desempenha papel ATIVO, crucial para as modificações nas espécies. EVOLUÇÃO Ambiente ATIVO Lamarck Charles Darwin Induz as modificações Seleciona As modificações 12 3) Darwinismo EVOLUÇÃO 2. Só os mais fortes sobrevivem 1. Evolução é sempre um processo de especialização 3. O homem veio do macaco Frases famosas, mas equivocadas... Para Darwin: adaptação não é sinônimo de especialização ao longo do tempo. Para Darwin: na maioria das vezes sim , mas nem sempre (dinossauros extintos) Para Darwin: o homem e o macaco tiveram um ancestral próximo comum. 13 3) Darwinismo Teoria da seleção natural proposta por Charles Darwin Entre os indivíduos de uma mesma espécie existem diferenças. O meio ambiente está em contínua mudança. Os recursos do meio são escassos e os indivíduos competem entre si. O meio ambiente exerce pressão que exclui aqueles indivíduos menos adaptados e mantém os mais aptos. EVOLUÇÃO Variações na Espécie Pressão ambiental (Seleção Natural) Seleção dos mais aptos Reprodução dos Mais aptos Variabilidade Populacional Funil = Meio ambiente Seleção dos mais aptos (Adaptação) A seleção natural é o processo que leva ao aparecimento de espécies. Ela ajuda em parte para responder a perguntas fundamentais do homem: quem somos nós? De onde viemos? Para onde estamos indo? Alfred Russel Wallace e Charles Darwin propôs várias medidas para a seleção natural e "sobrevivência do mais apto". Passo 1: cada geração de uma espécie, muitas pessoas nascem para que os recursos ambientais podem satisfazer todas suas necessidades. Passo 2: é estabelecido então inevitável competição entre os indivíduos para o acesso aos recursos. Como todos os indivíduos são diferentes uns dos outros, eles discutem a competição com várias vantagens e desvantagens. Somente os indivíduos com características mais favoráveis sobre as dificuldades de sobreviver. Isso é seleção natural. Passo 3: Se os personagens são hereditários vantagem, então eles são encaminhados para a próxima geração Apenas modificações nas células germinativas são hereditárias 14 3) Darwinismo Trabalhos que influenciaram a teoria de Darwin Thomas Malthus (economista): “As populações crescem em progressão geométrica, enquanto que os recursos do meio em progressão aritmética”. Dedução de Darwin:Como não há recursos disponíveis para todos (água, alimentos, abrigos, etc.) os indivíduos competem entre si e sobrevivem aqueles melhores adaptados. Essa “luta pela vida” Darwin chamou de seleção natural. Charles Lyell (geólogo britânico): “A terra foi moldada praticamente inteiramente por forças lentas agindo por um longo período de tempo”. Dedução de Darwin: O planeta é muito antigo e os animais que vivem hoje, surgiram por modificações de animais que viveram no passado. EVOLUÇÃO Alfred Russel Wallace Charles Lyell Thoma Malthus Wallace era um naturalista com teorias semelhantes a de Darwin, enviou um manuscrito para que Darwin a avaliasse, as teorias de Wallace coadunaram com as de Darwin. Porém, aquele reconheceu o mérito de Darwin devido a seus estudos serem mais antigos e completos. Fique Ligado! Darwin não foi o único a falar em seleção natural, Wallace também propôs a ideia de seleção natural como um mecanismo essencial para o processo evolutivo. 15 3) Darwinismo O caso do “melanismo industrial” Na Inglaterra, antes da revolução industrial do século 19 foi caracterizado pela transição de uma sociedade agrária para uma sociedade industrial, as populações de mariposas eram predominantemente de cor bétula. Com a poluição, devido à industrialização, os troncos de árvores foram escurecidos e as borboletas claras rapidamente se tornaram presas fáceis das aves. Quanto as borboletas pretas, a desvantagem da cor tornou-se uma grande vantagem neste novo ambiente. Poupado por predadores, elas se tornaram a maioria. O fenômeno se inverte novamente na década de 1960, quando a Grã-Bretanha fez esforços para reduzir a poluição do ar. EVOLUÇÃO Crédito: David Fox / Oxford Scientific Films eo trabalho da equipe B. Kettlewell. As mariposas pretas eram favorecidas no novo ambiente Experimentos do biólogo Bernard Kettlewell teve um “empurrãozinho” , pois as mariposas não estavam vivas: foram coladas aos troncos. 16 4) Evidências da Evolução: Fósseis Bioquímica Comparada Anatomia Comparada □ Órgão vestigiais □ Órgão homólogos □ Órgão análogos e) Embriologia Comparada EVOLUÇÃO 17 4) Evidências da Evolução Documentário fóssil (Paleontologia) São restos (alguma parte do ser é preservada) ou vestígios de seres que viveram no passado. Organismo, Ossos, dentes, folhas, troncos, túneis, pegadas, fezes, secreções etc. Podem ser encontrados em rochas, gelo, resina... Fóssil – Tigre dente de sabre Fóssil de dinossauro Fóssil de fezes (coprólito) Evidência de que nosso planeta já foi habitado por seres diferentes dos que existem atualmente. Importantes para estudar a evolução e adaptação dos seres vivos. EVOLUÇÃO Fóssil de mamute de um mês “intacto” (Mumificação- Criopreservação) 18 4) Evidências da Evolução Documentário fóssil (Paleontologia) São restos ou vestígios de seres que viveram no passado. Organismo, Ossos, dentes, pegadas, fezes, etc. Podem ser encontrados em rochas, gelo, resina Arqueopterix: Descoberto em 1860. Um animal com características reptilianas (dentes, garras, e cauda óssea) apresentando uma vasta cobertura de penas . Evidência de que as aves surgiram dos répteis. Reconstrução do fóssil da Lucy: Australopithecus afarensis (3,2 milhões de anos). Descoberto em 1974 por Donald Johanson na Etiópia. Ancestral mais antigo do homem. EVOLUÇÃO Inseto incluído em âmbar Fóssil (Mumificação em resina de árvore petrificada) 19 4) Evidências da Evolução Processos de fossilização EVOLUÇÃO Conservação (mumificação) O material original do ser vivo conserva-se parcial ou totalmente em outros materiais como resina, gelo, petróleo. Molde (moldagem) Consiste no desaparecimento total das partes moles e duras do ser vivo, ficando nas rochas um molde das suas partes duras. Mineralização (Permineralização ou Petrificação) A matéria que constitui o ser vivo é substituída gradualmente por minerais, como a calcite e a sílica, ficando o ser transformado em pedra. É o tipo de fossilização mais abundante em que permanecem vestígios deixados pelos seres vivos, uma vez que é o mais fácil e simples de ocorrer. Ex: pegadas, ovos e excrementos de animais. Marcas - Vestígios (icnofósseis) Molde interno (reprodução interna) Molde externo (reprodução externa) Inseto em âmbar (resina) Mamute preservado em gelo descoberto na Sibéria. Árvores petrificadas em São Pedro do Sul -RS Ovo de dinossauro. (B) Pegadas de dinossauro (c) Pegadas de hominídeos. Molde e contramolde de uma trilobite, possibilitando uma noção real do ser vivo Petrificação de um trilobite A B C 20 20 4) Evidências da Evolução b) Estimando a idade de um fóssil: datação Relativa EVOLUÇÃO Cada estrato, ou camada, representa uma etapa particular da história da Terra e é caracterizado por fósseis (fósseis-guias) de certos organismos que viveram na época correspondente. Permite que rochas sedimentares de diferentes regiões do mundo pudessem ser comparadas com base nos fósseis guias nela contidos. Foi possível estabelecer as divisões do tempo geológico. Amonites (era mesozoica) Trilobites (era paleozoica) O movimento das placas tectônicas permite que uma rocha, que antes foi um fundo de mar, por exemplo, seja erguida acima da superfície e fique exposta. Nesta rocha exposta é que o paleontólogo vai procurar pelos fósseis Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004. 21 21 4) Evidências da Evolução c) Estimando a idade de um fóssil: datação Absoluta EVOLUÇÃO Elemento Isótopo filho Meia-vida Datação até 10 meia-vidas (U) Urânio 238 (Pb)Chumbo206 4,5 bilhões de anos 45 bilhões de anos (K) Potássio40 (Ar)Argônio 40 1,25 bilhão de anos 15 bilhões de anos (C)Carbono 14 (N) Nitrogênio 14 5.730 anos 50 mil anos Assim que um organismo morre, a concentração de 14C em suas moléculas orgânicas é equivalente à presente na atmosfera. À medida que o tempo passa, a concentração de 14C diminui, pois átomos desse isótopo se desintegram, transformando-se em 14N”. Quando o fóssil ainda contém substâncias orgânicas, como a proteína colágeno dos ossos, por exemplo, sua idade absoluta pode ser determinada por meio da concentração de átomos de 14C nele contidos. A datação radiométrica, permite estabelecer com precisão há quanto tempo uma rocha ou um fóssil se formou, sendo um método de datação absoluta. Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004. 14N 14C Raios cósmicos Assimilação por seres vivos Decaimento Morte CTE 22 4) Evidências da Evolução d) Estimando a idade de um fóssil: datação Absoluta EVOLUÇÃO 25% 100% 50% 5.730 anos 11460 anos Acharam 25% de carbono 14 no fóssil de Luzia, Homo sapiens mais antigo encontrado nas américas (BH). Utilizando o método de datação absoluta, qual a idade aproximada do fóssil? 5.730 anos Meia-vida Meia-vida O achado de Luzia, reacendeu questionamentos acerca da teorias da origem do homem americano. 23 5) Anatomia comparada Órgãos vestigiais Apêndice cecal EVOLUÇÃO Resquício Costelas Cóccix Dentes do siso Órgãos vestigiais são aqueles que se apresentam sem desenvolvimento e geralmente sem função prejudica o paciente. Só serve para causar uma dor lancinante quando caímos de traseiro. 24 5) Anatomia comparada Órgãos homólogos Mesma origem embrionária (ou semelhante). Podem ou não exercer as mesmas funções. Evidência de ancestral comum. Órgãos Realizam funções diferentes Divergência Evolutiva EVOLUÇÃO A ocorrência de órgãos homólogos é evidência de que houve o processo de IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA. Como diferentes ambientes exercem seleções naturais distintas, teremos uma diversificação das espécies em regiões diferentes (ESPECIAÇÃO) Exemplo: Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004.25 25 5) Anatomia comparada Órgãos análogos Origem embrionária diferente. Possuem a mesma função Anfíbio Réptil Mamífero EVOLUÇÃO Convergência adaptativa nas narinas e olhos de sapos, crocodilos e hipopótamos que ficam acima da linha d’água. A ocorrência de órgãos análogos é evidência de que houve outro processo evolutivo: EVOLUÇÃO CONVERGENTE A. Golfinho. B. Ictiossauro. C. Peixe ósseo D. Pinguim POSSUEM A MESMA FORMA HIDRODINÂMICA Ancestral 1 Ancestral 2 Ancestral 3 Pontos morfológicos, fisiológicos, adaptativos em comum = CONVERGÊNCIA EVOLUTIVA Seleção natural comum Exemplo: Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004. 26 26 6) Embriologia comparada EVOLUÇÃO Comparando embriões de diversas espécies, observamos uma grande semelhança nos primeiros estágios do desenvolvimento embrionário. Essa semelhança é prolongada durante a fase embrionária à medida que os indivíduos de espécies diferentes apresentam certas semelhanças na fase adulta. 27 Quanto maior a semelhança entre biomoléculas, de espécies diferentes, maior o grau de parentesco entre elas. 7) Bioquímica comparada EVOLUÇÃO O DNA do macaco Bonobo é igual ao dos humanos em 98,7%. Entre Chimpanzés e Bonobo a semelhança no DNA é de 99,6%. Mais próximo será o ancestral comum dessas espécies 28 8) Seleção natural e adaptação EVOLUÇÃO Coloração de aviso Aposematismo ou coloração de advertência. 29 8) Seleção natural e adaptação EVOLUÇÃO b) Camuflagem Bicho pau Anuro 30 8) Seleção natural e adaptação EVOLUÇÃO c) Mimetismo Falsa Coral Coral verdadeira Vice rei Monarca 31 8) Seleção natural e adaptação EVOLUÇÃO d) Seleção sexual : Processo de escolha de características morfológicas e comportamentais que levavam ao cruzamento bem sucedido, distinguindo-a da seleção natural. 32 9) Seleção artificial (domesticação de animal) ■ Ao longo da história o homem domesticou animais, foi o agente seletor de suas características, através da seleção artificial. ■ O processo pelo qual ocorre a domesticação de espécies e a seleção das características de interesse é extremamente lento e gradual ■ Há mais variação no estado doméstico do que no estado selvagem. (orquídeas) EVOLUÇÃO Teosinto (erva) Intermediário Milho Porco-selvagem (A) deu origem ao porco doméstico (B) Fonte: Amabis e Martho: Biologia das Populações, 2004. Bos primigenius (A) deu origem ao Bos taurus (B) 33 33 Atividade Avaliativa EVOLUÇÃO 34 EVOLUÇÃO 1) Explique o caso do “melanismo industrial” sofrido pelas mariposas com base nas concepções do naturalista Charles Darwin a luz da Teoria da Seleção Natural. 35 EVOLUÇÃO 2) Explique de qual forma as evidências evolutivas fundamentadas nos estudos dos fósseis, bioquímica, anatomia e embriologia comparada podem mostrar a incidência da evolução dentro de uma população biológica? 36 EVOLUÇÃO A teoria da evolução após Darwin 37 Construção da teoria sintética da evolução Os mecanismos evolutivos propostos por Darwin continham uma lacuna: a explicação para a origem da diversidade. O “Eclipse” do Darwinismo Evolução teísta e ortogênese. EVOLUÇÃO 38 1) Teoria Sintética da Evolução 1930 Conta com a contribuição de vários cientistas de todo o mundo. Agrega à seleção natural conhecimentos complementares de genética, bioquímica e ecologia. EVOLUÇÃO Variações genéticas na Espécie Pressão ambiental (Seleção Natural) Reprodução Indivíduos mais Adaptados Indivíduos Mutações Recombinação gênica + Mecanismos causadores da variabilidade genética (Mutação + Recombinação gênica) Fonte: Amabis e Martho Biologia das Populações, 2004. 39 1) Teoria Sintética da Evolução Pontos básicos As variações nas espécies dependem de mutações nos genes. As mutações podem ser espontâneas ou induzidas por agentes externos São mecanismos de recombinação gênica: Crossing-Over (meiose). Segregação independente dos cromossomos homólogos (meiose). Fusão de gametas de sexos diferentes (Reprodução Sexuada). Novas espécies são formadas quando ocorre isolamento geográfico separando populações por longo período de tempo (próxima aula!). EVOLUÇÃO 40 1) Teoria Sintética da Evolução O caso dos antibióticos Por quê a automedicação com os antibióticos não é recomendado? O uso indiscriminado de antibióticos promove a seleção de bactérias que já apresentavam a ele resistência prévia. Essas bactérias sobrevivem e passam a se reproduzir. Os descendentes herdam a característica genética que confere a resistência. As bactérias resistentes causam danos ao organismo. EVOLUÇÃO Antibióticos (Seleção artificial) Reprodução 41 2) Variação e frequências A genética de populações dedica-se ao estudo da evolução com base no estudo das mudanças da composição gênica de uma população ao longo das gerações. EVOLUÇÃO Frequência Alélica p + q= 1 OU 42 3) Aplicação de teorema de Hardy-Weimberg Supondo uma população com as seguintes frequências gênicas: EVOLUÇÃO Frequência Genotípica p= frequência do gene A: 0,9 Q= frequência do gene a: 0,1 43 4) Questão PUC-Camp) Em uma população em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a frequência do alelo autossômico (b) é de 30%. Se essa população for formada por 1000 indivíduos, espera-se que sejam heterozigotos: EVOLUÇÃO a) 700 b) 500 c) 470 d) 420 e) 250 44 5) Equilíbrio de Hardy-Weinberg Na ausência de um fator evolutivo atuante sobre as populações, as frequências de seus alelos e de seus genótipos permaneceram constantes. O equilíbrio se estabelece quando: A população é muito grande; Cruzamentos ao acaso; Não ocorre o processo de seleção; Não ocorrem migrações. EVOLUÇÃO 45 6) Deriva genética Deriva genética pode aumentar ou diminuir a frequência de um alelo, pode elimina-lo ou fixa-lo. Efeito gargalo ocorre quando uma espécie é reduzida naturalmente. Efeito fundador é quando membros de uma população colonizam outro ambiente. EVOLUÇÃO 46 7) Valor adaptativo A adaptação tende a aumentar o valor adaptativo médio da população. EVOLUÇÃO 47 8) Especiação Critério: capacidade de reprodução (e não a morfologia) EVOLUÇÃO Conceito de espécie É um grupo de populações cujos indivíduos são capazes de se cruzar e produzir descendentes férteis, em condições naturais, estando reprodutivamente isolados de indivíduos de outras espécies. A classificação deve adotar critérios morfológicos, fisiológicos, bioquímicos e genéticos, na tentativa de estabelecer as possíveis relações de parentesco entre eles. Espécies que se reproduzem Sexuadamente Assexuadamente (Bactérias, vírus...) Híbrido é o produto obtido pelo acasalamento entre animais de espécies diferentes e pode ser, não só estéril, mas também fecundo ou de fecundidade limitada. A Mula e o Burro são estéreis (não podem procriar) Jumento e égua não são da mesma espécie Égua Jumento (asno) Burro Mula X 48 9) Especiação Processos de especiação Cladogênese EVOLUÇÃO Anagênese Compreende processos pelos quais um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas “novidades evolutivas”. São exemplos de eventos anagenéticos a mutação e a permutação. A seleção natural atua sobre a variabilidade genética da população, selecionando os organismos mais bem adaptados a determinada condição ambiental. Compreende processos responsáveis pela ruptura da coesão original em uma população, gerando duas ou mais populações que não podem mais trocar genes entre seus indivíduos. Essa ruptura pode ocorrer em função do fenômeno da deriva genética, do surgimento de barreiras geográficas e mesmo da ocorrência de mutações. Se permanecerem separadas sem trocar genes, cada uma dessas populações passa a ter sua própria história evolutiva e, em função dos anagenéticos, essas populações modificam-se ao longo dotempo, podendo originar uma espécie distinta. 49 10) Especiação É o fenômeno pelo qual novas espécies são formadas a partir de uma espécie ancestral comum. Para que isso aconteça, são necessários, respectivamente, o isolamento geográfico e o isolamento reprodutivo. EVOLUÇÃO A formação de subespécies ocorre, geralmente, por um processo denominado Irradiação adaptativa. 50 11) Especiação a) Exemplos de isolamento geográfico: EVOLUÇÃO S. alberti S. kaibabensis Deriva continental Falhas pelo movimento das placas tectônicas Antropização de formações vegetais por atividades humanas. Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos. A distribuição de fósseis terrestres idênticos em locais atualmente isolados entre si, como Austrália, Índia, África e América do Sul foi um dos argumentos de Wegener para o lançamento de sua teoria da Deriva Continental. Formação de istmo; Formação de montanhas ; Desertificação ; Surgimento de um rio ; Erupção vulcânica Outros exemplos: 51 12) Especiação b) Mecanismos de isolamento reprodutivo (mecanismos de especiação): A especiação resulta em grupos de diferentes espécies, pois os diferentes grupos não mais conseguem se cruzar livremente, existindo mecanismos biológicos que impedem a reprodução. Tais mecanismos são classificados em: Incompatibilidade órgãos reprodutivos. Isolamento estacional e isolamento ecológico. Diferença comportamental (etiológica). Mortalidade do embrião após fecundação. Inviabilidade do híbrido. Esterilidade do híbrido. Pré-zigóticos (Impedem fecundação) Pós-zigóticos (Impedem formação de indivíduo reprodutivamente viável) EVOLUÇÃO Isolamento mecânico Esterelidade do híbrido (zebroide) Isolamento Comportamental 52 13) Especiação Outros cruzamentos entre espécies diferentes conhecidos EVOLUÇÃO Em geral, quando se houve falar em híbridos, pensamos em animais estéreis. Tal conceito está certo, mas apenas em parte, pois os híbridos podem ser não só estéreis ou infecundos, mas também de fecundidade limitada ou mesmo indefinidamente fecundos. Cruzamento de bode com ovelha, raramente resulta em um indivíduo com vida. Cruzamento leão com uma tigresa pode resultar o nascimento do chamado “ligre”. Cabra é a fêmea do bode e o filhote deles é chamado cabrito. O carneiro é o macho da ovelha e juntos geram os cordeiros. Com relação a carne dos cabritos e cordeiros: Os cabritos tem carne magra com coloração escura e os cordeiros apresenta carne clara, macia e rica em gordura. 53 14) Especiação Processos de especiação Cladogênese Especiação alopátrica EVOLUÇÃO Especiação simpátrica Dicopátrica: A especiação ocorre com o isolamento geográfico por um rio, deslizamento de uma geleira, migração... Peripátrica: A especiação ocorre nas áreas limítrofes, os (microambientes) (Há separação geográfica) (Não há isolamento geográfico Ocorre no mesmo local) As espécies surgem de modo abrupto, em consequência de mutações cromossômicas Erro na meiose e poliploidia X 54 EVOLUÇÃO Evolução da Vida 55 EVOLUÇÃO 56 EVOLUÇÃO Conquista do ambiente terrestre Evidência de que os ascomicetos e as plantas iniciaram o processo de colonização do ambiente terrestre; Desenvolvimento de características que propiciavam a permanência desses organismos nesse novo ambiente; 57 EVOLUÇÃO 58 EVOLUÇÃO A Extinção dos dinossauros Aconteceu no final do período cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos; Hipóteses: Gradualismo: foi um processo gradual e que a sua causa teve origem na própria terra; Catastrofismo: esse processo teve origem extraterrestre; 59 EVOLUÇÃO Características Gerais dos Primatas: Espécie humana (Homo sapiens); A espécie humana é mais próxima filogeneticamente dos chimpanzés, orangotangos, gorilas e aos bonobos; Importância do polegar, a capacidade de alguns ser bípedes, desenvolvimento cerebral e olhos voltados para frente. 60 EVOLUÇÃO Classificação dos Primatas São divididos em: Prossímios; Társios; Antropoides. Prossímios Társios Antropoides 61 EVOLUÇÃO 62 EVOLUÇÃO 63 EVOLUÇÃO Australopiteco: Austropithecus afarensis: -Lucy datada de aproximadamente 3,2 milhões de anos; Paranthropus: Dentes pré-molares e molares bem desenvolvidos; Dimorfismo sexual. 64 EVOLUÇÃO 65
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