Buscar

CAPTANDO AGUA DA CHUVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Quem vê canos em cima do telhado e uma estrutura simples de madeira para dar suporte à caixa d’água, não imagina que toda esta simplicidade do projeto final, carrega uma bagagem de conhecimento bem maior do que os olhos podem ver. A estrutura faz parte de um projeto ambiental de acadêmicos de engenharia da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e está levando economia de água e muita consciência para estudantes e professores com a captação de água da chuva em escolas.
O projeto “Olericultura escolar: educação ambiental, cidadania e sustentabilidade” já está implantado em duas escolas e em fase de implantação em uma terceira escola. Tudo começou no início do ano de 2015, quando dois estudantes de engenharia ambiental da Unir do campus Ji-Paraná, André Procópio e Gabriel Araújo, viram um projeto de captação de água na internet e propuseram ao professor desenvolver algo semelhante.
O professor topou orientá-los e os estudantes escreveram o projeto. A ideia deu certo desde o início, tanto é que os acadêmicos conseguiram bolsa para desenvolver o projeto. “Escrevemos, o professor corrigiu, fomos aprovados e conseguimos a bolsa. Depois, ele acabou se tornando o meu tema de Trabalho de Conclusão de Curso”, explica Procópio.
A implantação e captação
Para a implantação, a escola conseguiu um financiamento de R$ 2 mil. Mas não era o suficiente. Além da mão de obra ser dos próprios acadêmicos, algumas doações contribuíram para que a execução do projeto acontecesse.
Eles precisam de um reservatório de mil litros, canos, outro reservatório de água de lavagem e um filtro e para o sistema de distribuição, mais canos, registros, torneiras e materiais hidráulicos simples.
“É um projeto simples, gravitacional. São materiais que podem ser encontrados em qualquer loja de materiais para construção. Um projeto que pode ser desenvolvido em qualquer casa”, explica Procópio.
O sistema foi implantado em parte do telhado da escola. De acordo com o acadêmico, em cerca de 40 minutos de uma chuva razoável, é possível encher a caixa de água de mil litros.
A água que fica armazenada, passa por um filtro que elimina os resíduos mais grossos. A primeira água, ou seja, a água de lavagem que limpa o telhado, vai direto para outro reservatório, pois contém impurezas que o filtro não elimina.
Água da chuva pode ser reaproveitada de diversas maneiras após a primeira decantação (Foto: Pâmela Fernandes/G1)
Depois de cheia a caixa, é preciso esperar o processo de decantação, ou seja, que as impurezas que não foram filtradas se separem da água e fiquem na parte de baixo da caixa. Então, a água capturada, pode ser utilizada em todo o processo de limpeza ou para aguar as plantas.
A vice-diretora da Escola Municipal Antônio José Bianco, Eusiane Lima, conta que o projeto agregou muito ao conhecimento e economia da escola. Hoje, parte da limpeza da escola é feita com a água captada da chuva e, mais para frente, também será utilizada para aguar a horta que será plantada na escola. Porém, para Eusiane, o beneficio vai além da economia de água na hora da limpeza dos pátios da escola.
“A gente sempre busca por parcerias para somar com os conhecimentos que temos que desenvolver aqui na escola. A questão ambiental é muito presente e faz parte do currículo. Essa parceria veio para agregar de forma prática, deixando para escola algo realmente útil”, explica a vice-diretora.

Continue navegando