Exemplo de Relatório de Estágio Supervisionado

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Centro Universitário 
Internacional Uninter
Thalia da Silva Tavares, 1800067
Relatório de Estágio Supervisionado – Ensino Médio
A ETEC Augusto Tortolero Araújo
Paraguaçu Paulista
	2018	
Centro Universitário 
Internacional Uninter
Thalia da Silva Tavares, 180067
Relatório de Estágio Supervisionado – Ensino Médio
A ETEC Augusto Tortolero Araújo
Relatório de estágio supervisionado – Observação e Prática: Ensino Médio do Centro Universitário Internacional UNINTER.
Tutor do curso: Paulo Martinelli
Tutora presencial: Daiane Rocha Queiroz 
Paraguaçu Paulista
2018
LISTA DE SIGLAS
PPG - Plano Plurianual de Gestão 
ETIM - Ensino Técnico Integrado ao Médio 
SAI - Sistema de Avaliação Individual 
ha - Hectares (ha)
NSA - Novo Sistema Acadêmico 
ETESP - Escolas Técnicas Estaduais de São Paulo 
PTD - Plano de Trabalho Docente 
DCNEM - Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio 
SUMÁRIO
Lista de Siglas ...................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5
2 A ETEC – IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ....................................................... 6
2.1 História da instituição ................................................................................. 6
2.2 Concepção pedagógica da escola ...................................................... 8 
2.3 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio ......... 10
2.3.1 Caracterização estrutural ........................................................................... 11
2.3.2 Caracterização dos profissionais que atuam na escola ............................ 13 
2.3.3 Caracterização das turmas estagiadas ...................................................... 14 
2.3.4 Perfil do professor .......................................................................................... 15
2.3.5 Descrição das aulas ....................................................................................... 15
3 PLANO DE AULA .................................................................................................. 17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 21
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 22 
APÊNDICES ............................................................................................................... 24
ANEXOS ..................................................................................................................... 25
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como objetivo relatar o processo de estágio supervisionado da aluna de licenciatura em matemática do centro universitário Uninter, Thalia da Silva Tavares, que ocorreu entre os dias 05 e 16 de março de 2018 no período da manhã, nas turmas do 1º ao 3º ensino médio da escola técnica estadual ETEC Augusto Tortolero Araújo localizada na cidade de Paraguaçu Paulista estado de São Paulo.
O estágio escolar é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n º 9394\96, que tem como objetivo conciliar a teoria e a pratica, no que tange à formação profissional e pedagógica de cada futuro educando, sendo desta maneira uma oportunidade de investigar, refletir e construir os saberes docentes, em um processo de acompanhamento direto com outro educador em sala de aula.
Este processo de estágio foi de suma importância para a minha compreensão da realidade do processo de ensino, ficando frente a frente com as mais diversas situações enfrentadas pelos educandos e educadores, aumentando desta maneira minha concepção do processo e me preparando para enfrenta-lo. 
Ao longo deste relatório vamos conhecer um pouco da minha vivência no cotidiano da instituição, ao qual foi realizado através da observação direta de sua estrutura física, de seu Plano Plurianual de Gestão (PPG), de sua comunidade escolar, corpo docente e discente.
2 a etec - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA 
O Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Ensino Médio foi realizado na escola ETEC Augusto Tortolero Araújo, situada à rodovia SP 284, km 477/478, no bairro brumado, CEP 19700-000, localizada na cidade de Paraguaçu Paulista, no estado de São Paulo. O contato com a escola pode ser realizado através do telefone (18) 3361-1130 e do e-mail e039dir@etec.sp.gov.br.
A escola oferta atendimento ao ensino médio no período matutino, ao ensino técnico integrado ao médio (ETIM) em período semi-integral matutino/vespertino e demais cursos técnicos em período vespertino e noturno, totalizando 482 alunos.
O estágio foi realizado no período matutino do dia 05 de março de 2018 a 16 de março de 2018 no período matutino, sendo observada a turma do 1º, 2º e 3º médio na modalidade regular e do 1º, 2º e 3º ETIM na modalidade regular integrada ao profissionalizante.
2.1 HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO
A Escola Técnica Augusto Tortolero Araújo, foi fundada em 1971, atuando desde então como agente de ensino e extensão rural, contribuindo, ao longo destes anos, significativamente na educação profissional de jovens e adultos. Foi gerenciada pelas Secretarias da Agricultura, Educação sendo que atualmente está vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia Desenvolvimento Econômico e Turismo. Sua administração compete Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, autarquia estadual que atua no Ensino Técnico de nível médio e no ensino superior tecnológico. Desde que veio a fazer parte desta instituição, a partir de 1994, a escola tem passado por profundas transformações. 
Em primeiro lugar houve uma mudança de postura em relação à busca de recursos para gerir o processo de ensino aprendizagem, através de parcerias educacionais, e envolvimento do aluno residente quanto à responsabilidade dos custos oriundos de sua permanência na escola. 
Assim, em 1996 implantou-se o sistema Cooperativa Escola, através da qual os projetos produtivos, residência e alimentação dos alunos são por eles gerenciados, sob a orientação, é claro, de um professor e da direção da escola. Com isso, a agilidade na comercialização dos produtos, a aquisição de insumos e outras ações administrativas foi grandemente favorecida, dando mais autonomia à unidade escolar.
Em 2002, a escola participou do concurso promovido pela Fundação Vitae, direcionado para escolas agrotécnicas de todo país. Vencer esse concurso e receber os recursos dele advindos foi um marco importante para a escola. Possibilitou a construção de um laboratório de agroindústria, equipado para processamento de leite, carne, frutas e hortaliças. Além disso, foram adquiridos computadores, copiadora, filmadora, câmara digital, projetor multimídia, retroprojetores, dentre outros. Este fato deu um grande impulso no desempenho pedagógico dos docentes, criando também condições para a implantação de novos cursos, otimizando aulas práticas e oportunidades de estágio para os alunos.
Em 2004, foi enviado mais um projeto para o concurso Vitae, e pela segunda vez tiveram sua proposta aceita. Esse segundo projeto, que é uma seqüência do anterior, contempla além da ampliação do laboratório agroindustrial, agora voltado para o processamento mínimo de hortaliças todo o processo da cadeia produtiva das hortaliças, tendo sido construídos um poço artesiano e uma estufa de 100m2 com sistema de fertirrigação.
Adquiriu-se ainda um micro trator com todos os principais implementos, sistema de irrigação para horta convencional e orgânica e 11 computadores para serem utilizados pelos alunos em pesquisas via internet. É patente, portanto o grande benefício proporcionado por estes investimentos, especialmente na qualidade do aluno formado. 
Em 2009, a escola foi contemplada com um outro projeto Vitae, "Laboratóriode análises agroindustriais", projeto esse que complementa os anteriores desenvolvidos pela escola e preenche uma lacuna bastante grande no aprendizado dos alunos no que se refere ao desenvolvimento de habilidade e conhecimentos na área de analises qualitativas dos produtos processados na agroindústria, além de oferecer aos alunos condições de manipular equipamentos e utensílios nas áreas de química e açúcar e álcool.
Atualmente a escola conta com uma estrutura física reestruturada. Com a ampliação da estrutura física a Unidade ganhou entre outros ambientes, salas de aula, laboratório de Análises de alimentos (Parceria Vitae/CPS), laboratório de informática, cobertura da quadra, área de recreação, reforma dos alojamentos masculinos e feminino, além da ampliação da rede de alta tensão. Estes investimentos proporcionaram uma série de benefícios como: melhor organização e gestão do patrimônio e materiais de consumo através da adequação de uma sala para almoxarifado, destinada ao novo profissional, contratado pelo Centro Paula Souza, permitiu também a ampliação das vagas oferecidas nos cursos Técnicos e Médio, e o atendimento de um grande anseio dos alunos, com a cobertura e reforma da quadra poliesportiva, além da adequação e reforma do vestiário conjugado ao ambiente esportivo, oferecimento de hospedagem digna para os alunos internos, acoplado a área de lazer e lavanderia, ampliação da rede de alta tensão, que proporcionará a utilização efetiva dos equipamentos elétricos em função do baixo dimensionamento da rede elétrica, ampliação da estrutura física do anfiteatro, além da aquisição de recursos de som e vídeo para o ambiente, além de reforma e adequação de outros ambientes escolares. 
Todas essas conquistas, proporcionaram um grande estímulo para toda comunidade escolar, em usufruir de ambientes novos, modernos, altamente equipados, que irão contribuir na formação de futuros profissionais mais preparados para o mercado de trabalho. Uma consequência positiva das conquistas citadas acima, foi o reflexo da comunidade externa, expressa pela alta demanda do cursos técnicos e ensino médio, observada no último vestibulinho. Atualmente a escola oferece Ensino Médio Regular, Ensino Técnico em Agropecuária integrado ao Médio, e os seguintes cursos técnicos: Técnico em Agropecuária, Técnico em Agroindústria, Técnico em Administração, Técnico Açúcar e Álcool, Técnico em Agrimensura, Técnico em Comércio e Técnico em Meio Ambiente.
2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO 
Através de entrevistas com os responsáveis pela gestão pedagógica da escola, pude observar que a concepção pedagógica da instituição da Escola Técnica Augusto Tortolero Araújo, se desenvolve de maneira a permitir uma interação entre toda a comunidade escolar, onde se reúnem grande parte dos docentes, funcionários e representantes de alunos para que assim consigam fazer uma análise do que a escola é e do que ainda busca alcançar. 
Para este desenvolvimento eles observaram que através do trabalho de planejamento, e com base na situação problema discutida democraticamente entre os participantes, são traçadas ações relacionadas as áreas de gestão pedagógica e relacionadas a comunidade as quais serão elaboradas as metas pontuadas a curto e longo prazo, sempre levando em consideração a realidade na qual estão inseridos.
Ainda informaram que as atividades são desenvolvidas levando em consideração o cotidiano dos adolescentes e discutindo os avanços científicos, as transformações sociais contemporâneas e valores éticos, através de debates, estudos de casos, filmes, músicas, artigos de jornais e aulas expositivas. Explicando que a escola vem trabalhando de forma a ampliar o desenvolvimento de projetos sociais, artísticas, se saúde, comunitários, agropecuários de forma interdisciplinar, mobilizando alunos, professores, funcionários e comunidade externa. A execução desses projetos tem como objetivo, proporcionar aos alunos o desenvolvimento de competências e habilidades que permitam a articulação entre o conhecimento formal, a ética e valores para vida cotidiana e profissional, promovendo desta forma a integração e a valorização dos mesmos junto com a comunidade local.
Os projetos agropecuários são desenvolvidos para atender essencialmente as aulas práticas, dos quais se encontram articulados e acompanhados pela cooperativa escola, através de gerenciamento realizado por planilhas individuais, formando um banco de dados com informações que serão trabalhados com os alunos nas aulas de gestão, promovendo desta forma a execução de uma das vertentes da proposta pedagógica ligadas com o ensino da matemática da Unidade Escola.
Com objetivo de fornecer à comunidade que atende ensino público de qualidade, tem buscado de forma incansável desenvolver metodologias de ensino pautadas nas premissas educacionais propostas pelo Centro Paula Souza. Com isso, a equipe entende, que o Plano Plurianual de Gestão se apresenta como uma ferramenta de importância ímpar, no sentido de alicerçar e orientar todos os trabalhos pedagógicos propostos pela comunidade escolar nos próximos 5 anos. A equipe está consciente das mudanças rápidas e constantes que vêm ocorrendo em todo processo educacional, o que indiscutivelmente exigem da equipe escolar melhor gerenciamento do processo ensino aprendizagem a fim de que se possa atingir um novo patamar de eficiência em educação e o Plano Plurianual de Gestão é fundamental para a concretização desse processo.
Por este motivo o planejamento escolar consiste em uma etapa fundamental do processo de gestão escolar, no sentido de direcionar as ações pedagógicas que serão desenvolvidas na unidade escolar durante o ano letivo e ainda os projetos que serão desenvolvidos na escola futuramente. Durante esse processo a equipe escolar, e o conselho de escola e alunos representantes de classe são reunidos, onde primeiramente são apresentados os resultados do Sistema de Avaliação Individual (SAI), os resultados de pesquisas realizadas na escola junto aos alunos, através da aplicação de um questionário sobre o desempenho dos professores em cada um dos componentes curriculares de cada habilitação. Baseada na realidade apresentada, todos em conjunto apresentam sugestões sobre as dificuldades, elementos facilitadores e a partir daí o estabelecimento de metas e os projetos que serão desenvolvidos durante o ano letivo.
2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Apesar de se tratar do primeiro estágio supervisionado, devido ao fato de já ter frequentado a escola no meu ensino médio e em dois cursos técnicos, eu já tinha conhecimento prévio de como era o funcionamento da instituição, suas concepções pedagógicas, delimitações, seus espaços físicos, a maioria do seu corpo docente, alguns dos alunos e outros aspectos que tangem o desenvolvimento do dia-a-dia escolar, não conhecendo apenas a nova professora de matemática e os demais alunos.
Por se tratar de uma escola onde os alunos e os profissionais tem respeito mútuo, apoio, estrutura física, recursos, e materiais escolhidos por cada docente de forma pensada e repensada que são suficientes para o desenvolver da vida educacional, quando cheguei tive o privilégio de ser muito bem recebida por todos, porém, na primeira semana, obtive vários questionamentos por parte dos alunos sobre minhas certezas referente a licenciatura, e principalmente sobre a matemática, contudo a professora Simone a quem tive o prazer de acompanhar nestas duas semanas, me aconselhou e me explicou que apesar das dificuldades e barreiras ao qual eu possivelmente iria enfrentar no decorrer da minha formação, nada se faz maior e mais importante do que ver que seu aluno está aprendendo e se desenvolvendo, dessa forma me preparando para o ambiente e para algumas situações 
Passando essa fase na segunda semana, eu já tinha conhecimento da maior parte dos alunos e de suas características, observando que o processo de ensino da matemática apesar de ser algo complicado para a maioria dos alunos, se tornoumais fácil com a aproximação que a professora buscava ter, assim os mesmos conseguiam passar por todas as fases de aprendizado, mesmo com suas dificuldades.
Tão importante quanto as aulas em seu período normal, eu também pude observar a implantação do projeto de reforço, que era em horário contrário as aulas, ao qual a professora mesmo sem receber por isso se prontificou em estar ministrando para seus alunos, para que desta maneira os alunos com maiores dificuldades pudessem obter um apoio ainda maior em todo o seu desenvolvimento.
Por estes aspectos pude confirmar e friso que apesar das deliberadas dificuldades que irei encontrar tanto no processo de estágio quanto futuramente, com dedicação, comprometimento e principalmente amor ao que se faz é que quero seguir nesta caminhada como educadora. 
2.3.1 Caracterização estrutural da instituição
A Escola Técnica Estadual Augusto Tortolero Araújo possui um espaço adequado para a quantidade de alunos que a integram, sendo este espaço composto por uma área de 109,28 hectares (ha), sendo 0,65 ha de área construída, visível na página 24, tabela 2 dos apêndices. Todo este espaço passa por reformas constantes, para uma maior adequação as exigências dos alunos e ao PPG, desta maneira a maioria do espaço está em excelentes condições para atender e garantir o desenvolvimento das atividades escolares.
Sendo assim, a instituição é subdivida em área não construída, ao qual constitui a Fazenda que é composta por 103,14 hectares de pastagem, horticultura, mata nativa, área de preservação, reservas legais, culturas anuais e perenes e outras áreas.
A área construída é composta por VII Prédios, sendo os prédios I e II voltados ao Laticínio e aos dois laboratórios de Agroindústria, o prédio III voltado as atividades de educação física, sendo eles o vestiário feminino e masculino e a sala onde são armazenados os materiais utilizados nas aulas de educação física, o prédio V é voltado as atividades administrativas, sendo a diretoria, secretária, coordenação, sala dos professores e departamento financeiro, no prédio VI está localizado a cozinha e o refeitório, no prédio VII está localizado os alojamentos femininos e masculinos para alunos internos e semi-internos e por fim o prédio VII que é voltado a cooperativa-escola, almoxarifado, biblioteca e sala de estudos, constituindo 2.457,6 m².
A segunda parte da área construída e composta por III Blocos (A, B, C), onde estão localizadas as 6 salas de aulas com capacidade individual de 45 alunos cada, 3 banheiros femininos e 3 masculinos, o auditório com capacidade para 130 pessoas, a sala ambiente, os 2 laboratórios de informática que somados comportam 50 alunos, o laboratório de agrimensura e o de análises agroindustriais, constituindo 714,41 m².
Cada sala de aula contém 5 ventiladores que mantém o local arejado e ventilado, 5 conjuntos de 2 lâmpadas tubulares, 40 carteiras e cadeiras divididas em 5 fileiras de 8, uma lousa verde, um retroprojetor, um telão, e um sistema de som integrado, tudo isso pode ser controlado por um computador agregado em cada sala, ao qual é utilizado para chamada, e caso necessário para amostragem de vídeos ou trabalhos acadêmicos.
Toda a escola utiliza um sistema integrado chamado novo sistema acadêmico (NSA), que foi desenvolvido para facilitar o trabalho da área acadêmica das Etecs do Centro Paula Souza, através dele, o pai e/ou responsável e os alunos das Escolas Técnicas Estaduais de São Paulo (ETESP) tem acesso as menções, frequências, plano de trabalho docente (PTD), ficha individual do aluno e ao horário escolar, para isso o aluno deve manter seus dados em dia e pagar uma taxa de R$ 20,00 semestrais, caso o aluno não queira ter acesso ao sistema, a taxa não precisa ser paga já que é opcional e não prejudica em nada na vida escolar do mesmo, apenas restringe o seu acesso ao sistema.
A decoração da escola por muitas vezes é composta por trabalhos dos alunos, como exemplo, no dia internacional das mulheres os corredores ficaram todos compostos por ilustrações feitas pelos alunos sobre a violência contra a mulher e por suas contribuições para a história, e no restante dos dias a decoração é composta de acordo com a época do ano sendo as principais delas páscoa, festa junina, halloween, natal, dentre outras.[1: Halloween: No Brasil conhecido como Dia das Bruxas. Celebração popular de culto aos mortos. A popularidade do Halloween é maior em alguns países de língua anglo-saxônica (especialmente nos EUA).]
Apesar da escola possuir apenas 2 faxineiras, para toda a limpeza da área construída, o ambiente se mantém sempre limpo, já que no início das aulas os alunos e todos os profissionais envolvidos no processo são informados sobre o quão prezável é a valorização do ambiente escolar, o que conscientiza todos a manter sempre as salas e todo o ambiente educacional limpo e organizado.
2.3.2 Caracterização dos profissionais que atuam na instituição 
O quadro total de pessoal da Escola Técnica Augusto Tortolero Araújo, está constituído com uma equipe 37 docentes, sendo que destes 15 atendem ao ensino médio, a maioria deles possui licenciatura em sua área, e alguns possuem mestrado e/ou doutorado, todos com experiências constituídas ao decorrer da vida profissional, sendo ela fruto das ETESP e de seu plano de aprendizado contínuo para seus docentes ou de outras instituições acadêmicas onde já lesionaram. 
Em sala de aula os professores em sua maioria estão sempre tentando conciliar as aulas com o contexto ao qual o aluno está inserido, para que desta maneira o processo de aprendizagem seja facilitado, para que isso ocorra de maneira efetiva, os professores procuram estimular sempre a participação de todos no processo, abertos a sugestões e a troca de experiências, se dispondo sempre a esclarecer as dúvidas que surgirem ao decorrer das aulas, tornando cada vez os alunos mais críticos a maneira que se desenvolvem como ser humano consciente tratando cada aluno da maneira mais adequada, mas sempre de modo igualitário.
Apesar de cada um dos profissionais possuírem suas diferenças, pontos fortes e fracos e características específicas eles possuem algo em comum, que é o modo como tratam seus alunos, sempre com respeito, educação, acessibilidade, gentileza, cordialidade e igualdade, o que pode ser notado facilmente em sala de aula ou não, em suma maioria os docentes estão sempre preocupados como bem-estar dos alunos, sempre perguntando se está correto, e quando não, procurando saber o que está acontecendo individualmente, para que assim se possível, tentar ajudar de alguma maneira.
Em conversa com estes profissionais os mesmos argumentaram sobre como viam a matemática, chegando a um consenso de que a disciplina é uma das mais importantes na formação educacional ou não, pois está inserida em geral em todos os aspectos da vida humana, desde seus primórdios, e que as tendências são que ela se torne ainda mais importantes, já que a tecnologia tem tomado conta de todos os espaços que conhecemos, e um de seus principais pilares é a matemática. 
2.3.3 Caracterização da turma estagiada
Ao todo as 6 salas do ensino médio totalizam 235 alunos, sendo 120 deles do sexo feminino e 115 do sexo masculino, como mostrado na página 24, tabela 3 dos apêndices, cada um deles com suas características específicas, sendo elas raça, crença, etnia, cenário familiar e economia, o que atribui a cada um especificidades no momento de aprendizagem, contudo toda essa miscigenação não impede a harmonia entre eles.
Em geral quando os alunos descobriam que eu estava ali para estagiar na disciplina, se mostravam espantados pois a maioria deles, como a maioria da população em geral, consideram a disciplina muito difícil. 
Porém, apesar das dificuldades que a maioria dos estudantes possuía com a disciplina, em todas as salas os alunos demonstraram interesse nas aulas e no processo de aprendizagem da matéria, identificando-a como fundamental para sua formação, desta forma todos estavam sempre se preocupando em sanarsuas dúvidas, seja a partir de consulta ao material, aos colegas e/ou aos professores, o que de maneira eficaz tem auxiliado no desenvolvimento individual e conjunto.
No que tange as dificuldades encontradas pelos alunos, as séries que apresentam os maiores problemas são os 2 primeiros anos, o que a professora conseguiu justificar, dizendo que pelo fato dos alunos virem de escolas distintas que possuem outros tipos de regimentos, outras maneiras de avaliações e de liberdades a grande maioria ainda está em processo de adaptação com o novo cenário que encontram na ETEC, e que no 2º semestre deste mesmo ano já se esperam mudanças notáveis dos mesmos.
2.3.4 Perfil do professor observado durante o estágio
A professora Simone ao qual acompanhei é licenciada em matemática, e atua no ramo a 22 anos, atuando até o ano de 2015 na cidade de São Paulo, onde não possuía dificuldades para lecionar, foi após sua mudança para a cidade neste mesmo ano que ela veio a integrar o corpo docente da ETEC, ela informou que no seu primeiro ano na escola obteve um processo de integração dificultado, devido ao preconceito que alguns alunos da turma do terceiro ano do período demonstraram contra ela, por conta da cor de sua pele, porém, com o decorrer do tempo e com amor, apoio do corpo docente e da maioria dos alunos estas dificuldades foram superadas, e hoje o transcorrer de suas aulas na escola é uma das mais bem recebidas pelos alunos.
Toda sua habilidade em sala de aula pode ser notada com poucas horas de observação, enquanto administra o desenvolvimento das mesmas, nas duas semanas que presenciei a professora demonstrou empatia com as mais diversas situações que os alunos apresentavam, envolvendo o aprendizado ou não, como exemplo, no meu primeiro dia de estágio, em determinada ocasião ela perguntou a uma aluna no mínimo 6 vezes se estava acontecendo algo, pois notou que a mesma estava com uma expressão de tristeza, prezando desta maneira o bem-estar da mesma, e se prontificou a ajudar no que pudesse se a caso a aluna ou os demais precisassem. 
Para que os alunos possam participar e aprender mais, a professora está sempre aberta a sugestões de melhorias, utilizando de recursos diversos para que a assimilação dos alunos fosse maior, como exemplo, alguns vídeos, alguns livros, materiais impressos e para facilitar ainda mais este processo de aprendizagem e também descobrir onde estão as maiores dificuldades individuais a mesma aplica uma atividade diagnóstica ao final de cada tema abordado, mesmo não vale nota, porém, identifica as principais defasagens dos alunos, e assim ela pode trabalhar com mais coordenada no mesmo.
2.3.5 Descrição das aulas observadas
Em conversa com os alunos e em observação as aulas pude averiguar que forma de exposição de conteúdo predominante nas aulas é a exposição dialogada e que os recursos utilizados vão desde os livros didáticos, passando por recursos lúdicos e chegando aos vídeos. 
O conteúdo ministrado nas aulas pela professora como ela informou segue as diretrizes curriculares nacionais do ensino médio (DCNEM), e que a organização destes planos segue uma sequência didática estabelecida, variando apenas de acordo com o desenvolvimento dos alunos, possuindo assim aspectos em comum, como por exemplo o fato das atividades serem previamente selecionadas e impressas, sendo exigido apenas que os alunos colem o material no caderno, outro fato em comum, é que este mesmo material é idêntico entre as salas que estão cursando o mesmo ano, ou seja, o mesmo material dado no 1º ano A, também está sendo aplicado no 1º ano B, o do 2º ano A no 2º ano B e o do 3º ano A no 3º ano B. 
Quando cheguei os dois 1º anos estavam estudando Conjuntos, no decorrer das aulas foram aplicados alguns exercícios, e duas atividades diagnóstica para avaliação das defasagens de aprendizado. 
Já os dois 2º anos estavam revisando equações do 2º grau, passando posteriormente a função quadrática e construção gráfica, onde foram aplicados alguns exercícios para fixação e uma atividade diagnóstica com os mesmos fins das atividades do 1º ano. 
E por fim, os dois 3º anos que estavam finalizando sistemas lineares (Regra de Gamer) e dando introdução a escalonamento, a onde foram realizados exercícios de fixação e correções, após a finalização dos mesmos foi aplicado uma atividade diagnóstica como nas outras séries. 
Apesar de todos os exercícios e conteúdos aplicados serem de níveis de dificuldades diferentes, a professora utiliza de métodos práticos para o processo de aprendizagem, buscando sempre assimilar a teoria, a prática e o contexto cotidiano que os alunos vivenciam, sempre debatendo e refletindo sobre a importância e as contribuições que a matemática agrega as vidas de cada um deles e para o seu processo de aprendizagem e para que este processo seja mais eficaz é de suma importância a participação e o envolvimento de todos. 
3 Plano de aula
 
1) IDENTIFICAÇÃO 
a) Estagiária: Thalia da Silva Tavares 
b) Escola: ETEC Augusto Tortolero Araújo 
c) Curso: Matemática 
d) Turma: 1 e 2 
e) Sala: 3º Ano A e B 
f) Prof. Regente: Simone Ezequiel 
g) Horário da aula: 07:00 as 11:00 
2) CONTEÚDO
Operações básicas e equações do 1º grau.
 3) OBJETIVOS 
Estimular o desenvolvimento em equipe; 
Estimular a capacidade de raciocínio lógico nas resoluções dos exercícios apresentados; 
Identificar possíveis defasagens de aprendizado.
4) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CONTEÚDO TRABALHADO E METODOLOGIA DE ENSINO ADOTADA
Segundo PIAGET (1984, p. 44) 
“O jogo lúdico é formado por um conjunto linguístico que funciona dentro de um contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto simbólico que designa também um fenômeno. Portanto, permite ao educando a identificação de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua moralidade”.
Diante disso se vê que a matemática é uma matéria de difícil aprendizado e temida pela maioria dos alunos, por isso a inserção de jogos, e atividades lúdicas tornam as aulas menos cansativas e mais atrativas, excluindo as teorias que a matemática é um “bicho de sete cabeças” e impossível de aprende-la, a atividade lúdica torna o ambiente menos hostil, e aproxima mais o professor do aluno, apresentando excelentes resultados, acabando com bloqueios e medos que os alunos apresentem com relação a matemática. Pois no momento do jogo os mesmos não se sentem intimidadas e sentem maior desejo de participar da brincadeira, porque durante a aplicação das atividades elas se sentem iguais acabando com os medos, deixando transparecer apenas a vontade de brincar, e acabam por aprender de forma que nem imaginavam.
Segundo BORIN (1996)
“Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva, e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que esses alunos falam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem”.
Desta maneira o método escolhido para aplicação do plano de aula foi um sistema de quizz utilizando o aplicativo de telefone Math Master Brain Quizzes & Math Puzzles.
5) DESENVOLVIMENTO DA AULA 
Para dar início a aula apresentei a proposta de docência para a professora e para os alunos, na qual expliquei que através da utilização do aplicativo de desafios matemáticos denominado Math Master Brain Quizzes & Math Puzzles iria criar um sistema de quizz, onde os alunos teriam que resolver a sequência de desafios dispostas pelo mesmo.
Após todos aceitarem a proposta, posicionei 5 cadeiras viradas para a frente, e espelhei o aplicativo no telão.
Com a estrutura já montada, pedi para que todos os 40 alunos em consenso escolhessem 5 tipos de problemas (adição, subtração, multiplicação, divisão, equações, dentre outras) apresentados peloaplicativo para serem resolvidos durante o quizz.
Com os problemas já escolhidos, foram nomeados 8 líderes que possuíam maior facilidade com a disciplina e pedi para que estes escolhessem mais 4 integrantes para constituir 8 equipes de 5 membros cada.
Todo o processo de equipes resolvido, expliquei que todos os membros da equipe teriam que fazer o desafio individualmente, e que eles deveriam definir entre si quem irá resolver qual tipo de problema, mas que a equipe poderia auxiliar já que a pontuação será a média alcançada por todos os membros e não a nota individual.
Tudo explicado e delimitado, sorteamos a ordem sequencial que as equipes iriam participar do quizz, após isso uma a uma cada equipe foi a frente se sentou nas cadeiras e responder aos desafios, durante este processo anotei com o auxílio de uma das alunas a pontuação individual de cada membro, ao finalizar todas a equipes, somei a nota de cada membro delas e calculei a média por equipe, onde obtive os resultados encontrados no apêndice deste plano de aula, na tabela 1, página 20. 
Expus os resultados obtidos no telão, e expliquei que está é uma atividade lúdica e interativa sem intuito de expor os alunos individualmente, mas sim avaliar a capacidade de trabalho em e equipe e qual a principal defasagem de todos os alunos.
Toda a aula concluída agradeci a participação e colaboração de todos, dando assim finalização a aula.
6) RECURSOS
Sala de aula;
5 cadeiras;
Telefone celular: para acesso ao aplicativo Math Master Brain Quizzes & Math Puzzles;
Data Show: Para espelhar o desafio e os resultados.
7) REFERÊNCIAS
ALVES, Eva Maria Siqueira, A ludicidade e o ensino de matemática. Papirus, Campinas: 2001.
BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. São Paulo: IME-USP;1996.
GIANSANTI, Carlo.  Matemática e jogos lúdicos. Campina, São Paulo: Martins Fontes, 1988.
PIAGET, Jean. Sobre a pedagogia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
SILVA, Elizabeth. Recreação com jogos de matemática. Rio de Janeiro: Sprint, 2001, p. 24.
8) APÊNDICESTabela 1 - Pontuação dos Alunos no aplicativo
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de estágio se constituiu como um momento de descobertas, tanto dos desafios enfrentados diariamente quanto dos prestígios de ser educador, se tornando desta forma uma ferramenta essencial na minha formação, me forçando a refletir sobre o papel do docente na vida do educando e nos processos de funcionamento de uma escola. 
Percebi que a docência é uma busca constante de conhecimentos e aperfeiçoamentos, onde as ideias passam por processos e nem sempre elas continuam sendo as mesmas, pois elas podem ser mudadas, modificadas e aperfeiçoadas, como já dizia Freire (1996, p.44) “é pensando criticamente a prática de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Nesse sentido, o estágio foi um importante processo para conhecer o ambiente em que passarei a maior parte da minha trajetória como docente.
Concluo então que apesar de perceber que nem tudo que terei que lidar serão “flores”, todo este esforço se torna gratificante quando seus alunos se desenvolvem, expandindo significativamente meus conhecimentos para a constituição da minha formação acadêmica, além de um aprendizado gratificante para minha conduta como cidadã e futura professora, de forma que me motivou ainda mais a buscar métodos para a transformação das aulas de matemática em algo mais agradável e melhor aceito pelos alunos.
5 REFERÊNCIAS 
ALVES, G. Ensino de matemática no Brasil é catastrófico, diz novo diretor do Impa. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/01/1734373-ensino-de-matematica-no-brasil-e-catastrofico-diz-novo-diretor-do-impa.shtml. Acesso em: 28 mar. 2018.
BRUINI, E. C. Educação no Brasil. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm>. Acesso em 04 mar. 2018.
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ETEC Augusto Tortolero Araújo. Plano Plurianual de Gestão 2016/2020. Disponível em: http://www.etecparaguacupaulista.com.br/index.php/instituicao/ppg/2016-2020.html. Acesso em 13 mar. 2018
FATTORI V. D.; LEAL N. M.; ROCIO G. C. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. 2. ed. Curitiba: Intersaberes, 2012.
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MARTINS, N. B. O ensino de matemática no Brasil: Buscando uma compreensão histórica. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada6/trabalhos/617/617.pdf. Acesso em: 02 mar. 2018.
VIEIRA, Z. O. História do ensino de matemática no Brasil. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2942073/mod_resource/content/1/Hist%C3%B3ria%20do%20Ensino%20de%20Matem%C3%A1tica%20no%20Brasil.pdf. Acesso em: 03 mar. 2018.
6 APÊNDICES 
Tabela 2 - Divisão do espaço físico
Tabela 3 - Quantidade de alunos por gênero e por sala
7 ANEXOS