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17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/3 Complexo de histocompatibilidade principal (chp ou mhc em inglês) ESTA AULA DESCREVE O PROCESSO DE APRESENTAÇÃO DO ANTÍGENO AOS LINFÓCITOS POR MEIO DO COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE PRINCIPAL. Quando a resposta imune inata não consegue destruir ou imobilizar o antígeno, a resposta imune adaptativa será ativada. No entanto, os linfócitos que participam da resposta imune adaptativa não reconhecem o antígeno isoladamente. O complexo de histocompatibilidade principal nos seres humanos é conhecido como antígeno leucocitário humano (HLA em inglês) e, inicialmente, foi descoberto como causador de rejeição a transplantes (a ser estudada na aula 19). Trata-se de um conjunto de genes localizados no cromossomo 6 que sintetizam glicoproteínas encontradas na superfície das células. Existem duas classes de glicoproteínas ou complexo de histocompatibilidade principal: CHP classe I e CHP classe II. Todas as células nucleadas possuem CHP classe I, sendo que somente as células que fazem a apresentação do antígeno produzem CHP classe II, portanto, as células apresentadoras de antígenos podem apresentar os dois tipos de CHP. As principais células apresentadoras de antígenos são: macrófagos, células dendríticas e linfócitos B. A ativação de um determinado linfócito depende, portanto, das células que processam uma parte deste antígeno com as moléculas do CHP. Processamento dos antígenos Existem dois processamentos distintos que são baseados no tipo de antígenos: antígenos intracelulares ou endógenos e antígenos extracelulares ou exógenos. 01 / 02 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/3 Os antígenos intracelulares são processados no citoplasma da célula pelos proteassomos (conjunto de proteases citoplasmáticas que degradam os antígenos proteicos intracelulares que estão ligados a uma proteína chamada ubiquitina) e são liberados peptídeos que são transportados até o retículo endoplasmático rugoso (RER). Nessa organela, ocorre a ligação do peptídeo antigênico com a molécula do CHP classe I (que foi produzida no próprio RER). A combinação peptídeo e CHP classe I é, em seguida, transportada até o complexo de Golgi, que direciona para a membrana da célula. Os antígenos extracelulares são fagocitados e sua degradação em peptídeos envolve três compartimentos de meios acídicos crescentes: endossomas mais prematuros (pH 6 a 6,5), endossomas tardios ou endolisossomas (pH 5 a 6), e lisossomas (pH 4,5 a 5). Enquanto ocorre a digestão dos antígenos, a molécula de CHP classe II ligada à cadeia invariante (proteína que impede que a molécula de MHC classe II se ligue erroneamente a um peptídeo de origem intracelular) é produzida no RER e transportada para o complexo de Golgi, que direciona essas moléculas para os compartimentos lisossomais. Durante o trajeto para os compartimentos, a cadeia invariante é degradada até resultar no resíduo chamado CLIP (class Ii invariant chain-derived peptide –peptídeo da cadeia invariante associada à classe II). Após a degradação total do CLIP no compartimento lisossomal, a ligação do peptídeo de origem extracelular com o CHP classe II ocorre. O conjunto peptídeo e CHP classe II formado é direcionado para a membrana da célula apresentadora de antígeno. Após a exposição das moléculas de CHP com os respectivos antígenos, ocorrerá a ativação de determinados grupos de linfócitos: Os linfócitos T citotóxicos são ativados pelo MHC classe I e os linfócitos T auxiliares (ver aula 4) são ativados pelo MHC classe II. Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor. EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/imun40/a10ex01_imun40.pdf) REFERÊNCIA GOLDSBY, Richard A.; KINDT, Thomas J.; OSBORNE, Barbara A. Kuby imunologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002 GORCZYNSKI, Reginald; STANLEY, Jacqueline. Imunologia clínica. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2001. FORTE, Wilma Neves. Imunologia básica e aplicada. Porto Alegre: Artmed, 2004. 02 / 02 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/3
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