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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR CÂMPUS APUCARANA JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS FRANÇA LOPES MATHEUS GOMES FARIAS PAULO MICHEL CHACRA FERREIRA WINNER ZAVOLSKI QUEIROZ MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME: EXPERIMENTO 1 APUCARANA - PR 2017 JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS FRANÇA LOPES MATHEUS GOMES FARIAS PAULO MICHEL CHACRA FERREIRA WINNER ZAVOLSKI QUEIROZ MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME: EXPERIMENTO 1 APUCARANA - PR 2017 Relatório técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Física Experimental 1, realizado no dia 22 de março de 2017, a ser entregue no dia 05 de abril de 2017, no Curso de Engenharia Elétrica, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Leonardo Dias de Souza 3 SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................................... 4 2. Fundamentação Teórica ..................................................................................... 5 3. Procedimento Experimental .............................................................................. 7 4. Resultados Experimentais e Discussão ........................................................... 8 5. Considerações Finais ....................................................................................... 13 6. Bibliografia ........................................................................................................ 14 4 1. Introdução Neste experimento realizado é possível levar a teoria para a prática, trazendo o conhecimento adquirido em sala de aula para o laboratório. Utilizando-se dos equipamentos do laboratório é possível observar conceitos físicos, como, o trilho de ar desprezando o atrito, o cavaleiro em velocidade constante descrevendo o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e, assim, agregando para uma evolução de conhecimento. A partir disso o experimento se aprofunda na coleta de dados que são a base para discussões sobre o tema abordado (MRU), onde o experimento tem por objetivos: - Estudar o movimento retilíneo de um corpo se movendo com velocidade constante; - Discutir como se realiza medidas e trabalha com unidade e erros de medidas; - Representar graficamente o movimento. 5 2. Fundamentação Teórica Cinemática A cinemática é o estudo de pontos materiais ou partículas em dados intervalos de tempo e espaço, e que são desprezadas suas dimensões em relação ao estudo. Deslocamento O deslocamento de uma partícula é definido como a variação na sua posição. Por exemplo. Se a partícula se move de um ponto para outro, o deslocamento é: ∆𝑠 = s − 𝑠0 Nesse caso, ∆𝑠 é positivo, uma vez que a posição final da partícula está à direita da sua posição inicial, ou seja, s > 𝑠0. Da mesma forma. Se a posição final estivesse à esquerda da sua posição inicial, ∆𝑠 seria negativo. O deslocamento de uma partícula também é uma quantidade vetorial. E não deve ser confundido com a distância que uma partícula percorre. Especificamente, a distância percorrida é um escalar positivo que representa o comprimento total da trajetória sobre a qual a partícula se move. Velocidade Se uma partícula se move com um deslocamento ∆s durante o intervalo de tempo ∆t, a velocidade média da partícula durante esse intervalo de tempo é: 𝑣𝑚𝑒𝑑 = ∆𝑠 Δ𝑡 Se tomarmos valores cada vez menores de ∆t, a intensidade de ∆s toma-se cada vez menor. Consequentemente, a velocidade instantânea é um vetor definido como 𝑣 = 𝑙𝑖𝑚 𝛥𝑡→0 ( 𝛥𝑠 𝛥𝑡 ) , 𝑜𝑢 𝑣 = ∆𝑠 Δ𝑡 Visto que ∆t ou dt é sempre positivo, o sinal utilizado para definir o sentido da velocidade é o mesmo usado para ∆s ou ds. Por exemplo, se a partícula está se movendo para a direita, a velocidade é positiva; ao passo que se ela está se deslocando para a esquerda, a velocidade é negativa. A intensidade da velocidade é conhecida como a velocidade escalar, e é geralmente expressa em unidades de m/s. 6 Ocasionalmente, o termo 'velocidade escalar média' é usado. A velocidade escalar média é sempre uma grandeza escalar positiva e é definida como a distância total percorrida por uma partícula, st, dividida pelo tempo decorrido ∆t; ou seja, (vsp)med = st Δt 7 3. Procedimento Experimental Para a realização do experimento, é utilizado um sistema composto por um trilho de ar, gerador de fluxo e cavaleiro. O sistema também é constituído por cinco sensores que se dispõem a uma distância de 10,0 cm entre si, sendo o primeiro distante 30,0 cm de um eletroímã. Uma linha é fixada com uma das extremidades no cavaleiro e a outra contendo um objeto para iniciar o movimento do sistema. O comprimento da linha deve ser minuciosamente estimado para que o objeto toque o chão momentos antes do cavaleiro cruzar o primeiro sensor. O cavaleiro é mantido fixo na posição inicial através de um eletroímã e os sensores ligados a um cronômetro. Com o gerador de fluxo ligado e o cronometro devidamente configurado, o eletroímã é então desativado, assim possibilitando o movimento do cavaleiro pelo trilho de ar. O experimento é realizado cinco vezes e os dados colocados em uma tabela para posterior análise. Após a coleta destes dados, os cinco sensores são posicionados a 15,0 cm entre si, com o primeiro permanecendo na mesma posição. Novamente são realizadas cinco coletas de dados. Por fim, com o auxílio de um dinamômetro, é possível calcular a massa do objeto fixado a uma das extremidades da linha. 8 4. Resultados Experimentais e Discussão Com os equipamentos de medição utilizados e seguindo as instruções do procedimento experimental foi possível preencher as seguintes tabelas de dados a seguir: Tabela 1: intervalos de tempo e distâncias do movimento do carrinho móvel em M.R.U. Posição do Sensor Número de medidas 1 2 3 4 5 Média 𝑑 ± ∆𝑑 (cm) 𝑡1 ± ∆𝑡1 (s) 𝑡2 ± ∆𝑡2 (s) 𝑡3 ± ∆𝑡3 (s) 𝑡4 ± ∆𝑡4 (s) 𝑡5 ± ∆𝑡5 (s) 𝑡̅ ± ∆𝑡𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜 (s) 10 ± 0,363 0,352 0,359 0,371 0,359 0,360 20 ± 0,709 0,685 0,698 0,722 0,699 0,702 30 ± 1,071 1,032 1,050 1,088 1,054 1,059 40 ± 1,443 1,387 1,409 1,465 1,418 1,424 Tabela 2: intervalos de tempo e distâncias do movimento do carrinho móvel em M.R.U. Posição do Sensor Número de medidas 1 2 3 4 5 Média 𝑑 ± ∆𝑑 (cm) 𝑡1 ± ∆𝑡1 (s) 𝑡2 ± ∆𝑡2 (s) 𝑡3 ± ∆𝑡3 (s) 𝑡4 ± ∆𝑡4 (s) 𝑡5 ± ∆𝑡5 (s) 𝑡̅ ± ∆𝑡𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜 (s) 15 ± 0,637 0,577 0,614 0,620 0,576 0,604 30 ± 1,250 1,122 1,200 1,211 1,128 1,182 45 ± 1,867 1,665 1,785 1,803 1,668 1,757 60 ± 2,466 2,187 2,349 2,377 2,190 2,313 Onde ∆𝑑 e ∆𝑡 é a imprecisão dos instrumentos utilizados, são tomados como a metade da menor escala do equipamento, para ambas as tabelas, temos que: Menor escala do trilho = 1𝑚𝑚, logo ∆𝑑 = 0,05𝑐𝑚 Menor escala do cronômetro = 0,001𝑠, logo ∆𝑡 = 0,0005𝑠 9 Para medição da massa do cavaleiro e da massa que puxa o cavaleiro, utilizou- se um dinamômetro cuja menor escala era de 0,02𝑁 logo sua imprecisão será de 0,01𝑁. Massa do cavaleiro = 0,099𝑘𝑔 Massa que puxa o cavaleiro = 0,044𝑘𝑔Análise de dados A partir da Tabela 1 obtemos os seguintes resultados: 1) Desvio de uma medida, dado por: 𝑑𝑖 = 𝑡𝑖 − 𝑡̅ 2) Desvio médio absoluto, dado por: 𝑑 = ∑ |𝑑𝑖| 𝑛 𝑛 𝑖=1 Posição do Sensor Número de medidas 1 2 3 4 5 Desvio Médio Absoluto 𝑑 ± ∆𝑑 (cm) 𝑡1 ± ∆𝑡1 (s) 𝑡2 ± ∆𝑡2 (s) 𝑡3 ± ∆𝑡3 (s) 𝑡4 ± ∆𝑡4 (s) 𝑡5 ± ∆𝑡5 (s) 𝑡̅ ± ∆𝑡 (s) 10 ± 0,363 0,352 0,359 0,371 0,359 0,360 ± 0,004 𝑑𝑖 0,003 -0,008 -0,001 0,011 -0,001 20 ± 0,709 0,685 0,698 0,722 0,699 0,702 ± 0,010 𝑑𝑖 0,007 -0,017 -0,004 0,020 -0,003 30 ± 1,071 1,032 1,050 1,088 1,054 1,059 ± 0,016 𝑑𝑖 0,012 -0,027 -0,009 0,029 -0,005 40 ± 1,443 1,387 1,409 1,465 1,418 1,424 ± 0,023 𝑑𝑖 0,019 -0,037 -0,015 0,041 -0,006 10 A partir da Tabela 2 obtemos os seguintes resultados: 1) Desvio de uma medida, dado por: 𝑑𝑖 = 𝑡𝑖 − 𝑡̅ 2) Desvio médio absoluto, dado por: 𝑑 = ∑ |𝑑𝑖| 𝑛 𝑛 𝑖=1 Posição do Sensor Número de medidas 1 2 3 4 5 Desvio Médio Absoluto 𝑑 ± ∆𝑑 (cm) 𝑡1 ± ∆𝑡1 (s) 𝑡2 ± ∆𝑡2 (s) 𝑡3 ± ∆𝑡3 (s) 𝑡4 ± ∆𝑡4 (s) 𝑡5 ± ∆𝑡5 (s) 𝑡̅ ± ∆𝑡 (s) 15 ± 0,637 0,577 0,614 0,620 0,576 0,604 ± 0,022 𝑑𝑖 0,033 -0,027 0,010 0,016 -0,028 30 ± 1,250 1,122 1,200 1,211 1,128 1,182 ± 0,045 𝑑𝑖 0,068 -0,060 0,018 0,029 -0,054 45 ± 1,867 1,665 1,785 1,803 1,668 1,757 ± 0,073 𝑑𝑖 0,110 -0,092 0,028 0,046 -0,089 60 ± 2,466 2,187 2,349 2,377 2,190 2,313 ± 0,100 𝑑𝑖 0,153 -0,126 0,036 0,064 -0,123 Observa-se que os dados obtidos, como na primeira medida, encontram-se fora do erro experimental devido às condições adversas na obtenção dos mesmos, tais como: o trilho de ar de estar inclinado na realização do experimento; os sensores estarem dispostos de forma não uniforme; durante o movimento do cavaleiro haver um balanço na bancada onde foi realizado o experimento e também outras influências externas. 11 Discussão Do gráfico feito a partir das tabelas podemos dizer que em um gráfico x versus t, a inclinação da reta entre posições [x1, x2] e os tempos [t1, t2] é numericamente igual à velocidade média: 𝑣 = ∆𝑑 ∆𝑡 A velocidade é encontrada a partir da declividade do gráfico da posição versus tempo. No MRU o deslocamento é uniforme e a velocidade média é constante. Comparando os resultados obtidos para a configuração A e configuração B, podemos concluir que com a distância maior o cavaleiro tem um tempo maior para percorrer a distância total. Caso a massa que puxasse o cavaleiro seja maior o cavaleiro seria puxado com maior força logo aumentaria sua velocidade, com a massa menor diminuiria sua força com que é puxado e com isso diminuiria sua velocidade. Caso a altura de queda do suporte fosse alterada o cavaleiro aceleraria por mais tempo. O módulo da aceleração seria igual. Podemos calcular a velocidade do cavaleiro em cada intervalo entre os sensores pela equação: 𝑣 = ∆𝑑 ∆𝑡 Sendo assim temos que para a configuração A: 𝑣1 = 𝑑2 − 𝑑1 ∆𝑡1−2 = 10 − 0 0,360 − 0 = 27,777𝑐𝑚/𝑠 𝑣2 = 𝑑3 − 𝑑2 ∆𝑡2−3 = 20 − 10 0,702 − 0,360 = 29,239𝑐𝑚/𝑠 𝑣3 = 𝑑4 − 𝑑3 ∆𝑡3−4 = 30 − 20 1,059 − 0,702 = 28,011𝑐𝑚/𝑠 𝑣4 = 𝑑5 − 𝑑4 ∆𝑡4−5 = 40 − 30 1,424 − 1,059 = 27,397𝑐𝑚/𝑠 12 Seguindo para a configuração B, temos: 𝑣1 = 𝑑2 − 𝑑1 ∆𝑡1−2 = 15 − 0 0,604 − 0 = 24,834𝑐𝑚/𝑠 𝑣2 = 𝑑3 − 𝑑2 ∆𝑡2−3 = 30 − 15 1,182 − 0,604 = 25,951𝑐𝑚/𝑠 𝑣3 = 𝑑4 − 𝑑3 ∆𝑡3−4 = 45 − 30 1,757 − 1,182 = 26,086𝑐𝑚/𝑠 𝑣4 = 𝑑5 − 𝑑4 ∆𝑡4−5 = 60 − 45 2,313 − 1,757 = 26,978𝑐𝑚/𝑠 Pode-se notar claramente a discrepância entre as velocidades em ambas as configurações. Essa diferença se deve ao fato de fatores externos e/ou da manipulação dos equipamentos levarem a erros na obtenção dos dados como o trilho de ar de estar inclinado na realização do experimento ou os sensores estarem em distâncias diferentes entre si, dentre outros fatores. Analisando o gráfico x versus t pela equação da reta temos a seguinte conclusão: (𝑦 − 𝑦0) = 𝑚(𝑥 − 𝑥0) 𝑚 = (𝑦 − 𝑦0) (𝑥 − 𝑥0) Onde: (𝑦 − 𝑦0) = ∆𝑑, ou seja, a variação de espaço; (𝑥 − 𝑥0) = ∆𝑡, é a variação de tempo; 𝑚 = 𝜃, é o coeficiente angular da reta. Ou seja, o coeficiente angular da reta ou 𝜃, é numericamente igual à velocidade. 𝑚 = 𝜃 = (𝑦 − 𝑦0) (𝑥 − 𝑥0) → 𝑣 = ∆𝑑 ∆𝑡 13 5. Considerações Finais Com a realização deste procedimento com o movimento retilíneo uniforme com velocidade constante (MRU), no qual o atrito, resistência do ar, a aceleração inicial do cavaleiro e outras forças que possivelmente pudessem atrapalhar o movimento foram desprezadas. Discutimos e chegamos ao resultado de como foram realizadas as medidas, trabalhando com unidade de erros de medidas, desvio médios absolutos, média entre os intervalos, velocidades entre os intervalos e representando graficamente o movimento, com a equação da reta podemos descobrir a velocidade do cavaleiro. Porém podemos notar a diferença entre os resultados da prática e os resultados teóricos, pois devido a fatores externos, a realização com total precisão se torna praticamente impossível. 14 6. Bibliografia HIBBELER, R. C. Dinâmica: mecânica para engenharia. 12. ed. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, c2011. xvi, 591 p. ISBN 9788576058144.
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