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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO & OPERAÇÕES Prof. Milton J. Monteiro 4. ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO Baseado em SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. Capítulo 3 (Com adaptações e acréscimos). QUESTÕES-CHAVE! Que é estratégia? Qual a diferença entre as visões “de cima para baixo” (top-down) e de “baixo para cima” (bottom-up) da estratégia da produção? Qual a diferença entre as visões “requisitos do mercado” e “recursos da produção” da estratégia da produção? Como pode ser montada a estratégia da produção. INTRODUÇÃO Nenhuma organização pode planejar pormenorizadamente todos os aspectos de suas ações atuais ou futuras, mas todas as organizações necessitam de alguma direção estratégica e, assim, podem beneficiar-se ao saber para onde estão dirigindo-se e como podem chegar lá. Uma vez que a função produção entendeu seu papel dentro do negócio e determinou os objetivos de desempenho, ela precisa formular um conjunto de princípios gerais que guiarão seu processo de tomada de decisões. Isto é a estratégia de produção da empresa. Ainda, assim, o conceito de “estratégia” não é imediato. Nem tampouco o é a estratégia da produção. Este capítulo considera quatro perspectiva, cada qual ilustrando uma parte das forças que moldam o conteúdo da estratégia da produção. TÓPICOS ABORDADOS NESTE CAPÍTULO: QUE É ESTRATÉGIA E QUE É ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÕES? ESTRATÉGIA Decisões estratégicas geralmente significa as decisões que: . Tem efeito abrangente na organização à qual a estratégia se refere; . Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente; . Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo. Mas “estratégia” é mais do que uma só decisão; é o padrão global de decisões e ações que influencia a direção de longo prazo de uma organização. Definir estratégia como uma padrão de decisões ajuda- nos a discutir uma estratégia de produção mesmo quando ela não está expressa. Observar o padrão geral das decisões dá-nos uma indicação do comportamento estratégico real. ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO A estratégia da produção diz respeito ao padrão de decisões e ações estratégicas que define o papel, os objetivos e as atividades da produção. O termo estratégia da produção soa, à primeira vista, uma contradição. Como pode a “produção”, um assunto geralmente ligado à criação e entrega diária de bens e serviços, ser estratégica? “Estratégia” é normalmente vista como oposta a atividades de rotina diárias. Mas “produção” ou “operação” não é sinônimo de “operacional”. Ela diz respeito aos recursos que criam produtos e serviços. “Operacional” é o oposto de estratégico, significando atividades diárias detalhadas. Portanto, podem-se examinar tanto os aspectos operacionais como os estratégicos das operações. ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO Também é importante considerar a distinção entre o “conteúdo” e o “processo” da estratégia da produção. O conteúdo da estratégia da produção envolve decisões e ações específicas, que estabelecem o papel, os objetivos e as atividades da produção. O processo da estratégia da produção é o método usado para produzir as decisões especificas de “conteúdo”. ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO Também não exista um acordo universal a respeito de como a estratégia da produção deva ser descrita. Diferentes autores possuem visões e definições discretamente diferentes dobre o assunto. Dentre elas, quatro “perspectivas” aparecem: a estratégia da produção é um reflexo “de cima para baixo” (top-down) do que o grupo ou negócio todo deseja fazer; a estratégia da produção é um atividade “de baixo para cima” (bottom-up), em que as melhorias da produção cumulativamente constroem a estratégia; a estratégia da produção envolve a tradução dos requísitos do mercado em decisões de produção; a estratégia da produção envolve a exploração das capacidades dos recursos da produção em mercados eleitos. ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO Nenhuma dessas quatro perspectivas sozinhas dá-nos uma visão geral do que seja a estratégia de produção. Juntas, no entanto, elas fornecem uma ideia das pressões em jogo para formar o conteúdo da estratégia da produção. 1. A PERSPECTIVA DE “CIMA PARA BAIXO” A PERSPECTIVA “DE CIMA PARA BAIXO” Uma grande empresa necessitará de uma estratégia para posicionar-se no ambiente global, econômico, político e social. isto consistirá em decisões sobre tipos de negócios em que o grupo deseja investir, em que partes do mundo o grupo deseja operar, como alocar seu dinheiro entre seus vários negócios e assim por diante. Tais decisões formam a estratégia corporativa da empresa. Cada unidade de negócios dentro do grupo corporativo também necessitará montar sua própria estratégia de negócios que estabelecerá sua missão e objetivos individuais. Esta estratégia de negócios guia a empresa em relação a seus consumidores, mercados e concorrentes e também à estratégia do grupo corporativo da qual faz parte. A PERSPECTIVA “DE CIMA PARA BAIXO” De forma semelhante, dentro da empresa, estratégias funcionais necessitam considerar qual parte cada função deveria desempenhar para contribuir para os objetivos estratégicos da empresa. a produção, o marketing, o desenvolvimento de produto/ serviço e outras funções precisam considerar Qual a melhor forma de se organizarem para apoiar os objetivos da empresa. Portanto, uma perspectiva da estratégia da produção e que ela deve tomar seu lugar nessa hierarquia de estratégia. sua principal influência, entretanto, será tudo aquilo que a empresa entender como direção estratégica. A PERSPECTIVA “DE CIMA PARA BAIXO” Por exemplo, um grupo de serviços de impressão possui uma empresa que imprime embalagens para produtos de consumo. Os dados da administração do grupo indica que, a longo prazo, somente empresas com uma significativa parcela do mercado obterão lucratividade substancial. Seus objetivos corporativos, dessa forma, enfatizam o domínio do mercado. A empresa de embalagens para produtos de consumo decide obter crescimento de volume, acima da lucratividade de curto prazo ou do retorno sobre o investimento. A PERSPECTIVA “DE CIMA PARA BAIXO” A implicação para a estratégia da produção é que ela necessita expandir-se rapidamente, investindo em capacidade extra (fábricas, equipamentos e mão-de-obra), mesmo que isso signifique alguma capacidade excedente. também necessita estabelecer novas fábricas em todas as partes de seu mercado para oferecer entrega relativamente rápida. o ponto importante aqui é que objetivos de negócios diferentes provavelmente resultariam em uma estratégia da produção muito diferente. O papel da produção é, dessa forma, largamente o de implementar ou “operacionalizar” a estratégia da empresa. 2. A PERSPECTIVA DE “BAIXO PARA CIMA” A PERSPECTIVA “DE BAIXO PARA CIMA” A perspectiva “ de baixo para cima” oferece uma visão ortodoxa de como as estratégias funcionais devam ser montadas. na realidade, no entanto, o relacionamento entre os níveis de hierarquia da estratégia é mais complexo do que isso. embora seja uma forma conveniente de pensar a estratégia, esse modelo hierárquico não consegue representar a maneira como as estratégias são formuladas. quando qualquer grupo ou revisar sua estratégia corporativa, também levará em conta as circunstâncias, experiências e capacidade das várias empresas que compõem o grupo. A PERSPECTIVA “DE BAIXO PARA CIMA” De forma similar, as empresas, ao revisar suas estratégias, irão consultar suas funções individuais dentro da empresa sobre suas restrições de capacidades.podem, também, incorporar as ideias que vêm da experiência diária de cada função. portanto, uma perspectiva alternativa para visão de cima para baixo e que muitas ideias estratégica emergem, com o tempo, da experiência operacional. A PERSPECTIVA “DE BAIXO PARA CIMA” Algumas vezes, as empresas movem-se em uma direção estratégica particular, porque a experiência em curso de fornecer produtos e serviços a consumidores no nível operacional convence-as de que é a coisa certa a fazer. Pode não haver decisões em um escalão mais alto que examinam opções estratégicas alternativas e escolhem aquela que oferece a melhor saída. Em vez disso, o consenso geral emerge do nível operacional da organização. O “alto nível” do processo decisório estratégico, se existir, pode confirmar o Consenso e fornecer os recursos para fazer acontecer efetivamente. A PERSPECTIVA “DE BAIXO PARA CIMA” Suponha que a empresa de embalagens descrita anteriormente seja bem-sucedida em seus planos de expansão. Entretanto, ao fazer isso, descobre que possuir capacidade excedente e uma rede espalhada de fábricas permite-lhe um serviço excepcionalmente rápido para os consumidores. Também descobre que alguns consumidores estão disposto a pagar um preço consideravelmente mais alto por tal serviço com resposta rápida. Essas experiências levaram a empresa a estabelecer uma divisão separada dedicada a fornecer serviços de impressão de margens altas para aqueles dispostos a pagar. Os objetivos estratégicos dessa nova divisão não diz respeito a crescimento de alto volume, mas com alta lucratividade. ESTRATÉGIAS EMERGENTES Essa ideia de estratégia que é moldada pela experiência do nível operacional ao longo do tempo é, algumas vezes, chamada de conceito de estratégias emergentes. A estratégia gradualmente moldada com o tempo e baseado em experiência de vida real em vez de posicionamento teórico. De fato, as estratégias são, geralmente, formuladas de uma maneira relativamente fragmentada e não estruturada, para refletir o fato de que o futuro é, pelo menos, parcialmente desconhecido e imprevisível. ESTRATÉGIAS EMERGENTES Essa ideia de estratégia que é moldada pela experiência do nível operacional ao longo do tempo é, algumas vezes, chamada de conceito de estratégias emergentes. ESTRATÉGIAS EMERGENTES A estratégia gradualmente moldada com o tempo e baseado em experiência de vida real em vez de posicionamento teórico. De fato, as estratégias são, geralmente, formuladas de uma maneira relativamente fragmentada e não estruturada, para refletir o fato de que o futuro é, pelo menos, parcialmente desconhecido e imprevisível. Esta visão da estratégia de produção talvez seja mais descritiva de como as coisas realmente acontecem, mas à primeira vista parece ser menos útil em fornecer um guia para o processo decisório específico. ESTRATÉGIAS EMERGENTES Ainda sim, embora as estratégias emergentes sejam menos fáceis de categorizar, o princípio que governa a perspectiva de baixo para cima é claro: moldar os objetivos e as ações da produção, pelo menos em parte, pelo conhecimento adquirido das atividades diárias. As virtudes principais exigidas para moldar a estratégia na perspectiva de baixo para cima são a habilidade para ouvir a experiência e a filosofia de melhoria contínua e incremental. 3. A PERSPECTIVA DOS REQUISITOS DO MERCADO A PERSPECTIVA DOS REQUISITOS DO MERCADO Um dos objetivos mais evidentes para qualquer empresa é satisfazer o mercado a que está tentando servir. Nenhuma operação produtiva que falhar continuamente em servir seu mercado de forma adequada tem chance de sobreviver no longo prazo. Embora compreender os mercados seja normalmente associado à função de Marketing, também importante para administração da produção. Sem compreender o que o mercado requer, é impossível garantir que as operações estejam obtendo a prioridade certa entre seus objetivos desempenho (qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo). FATORES COMPETITIVOS A produção procura satisfazer aos clientes, desenvolvendo seus cinco objetivos de desempenho. Por exemplo, se os consumidores valorizarem especialmente produto ou serviços de baixo preço, a produção dará ênfase a seu desempenho em custos. De forma alternativa, se a ênfase dos consumidores concentrar-se em entrega rápida, o critério velocidade tornar-se-á importante para produção, e assim por diante. Esses fatores que definem as exigências dos consumidores são chamados fatores competitivos. FATORES COMPETITIVOS DIFERENTES IMPLICAM EM OBJETIVOS DE DESEMPENHO DIFERENTES OBJETIVOS QUALIFICADORES E GANHADORES DE PEDIDOS Uma forma especialmente útil de determinar a importância relativa dos fatores competitivos é distinguir entre os fatores “ganhadores de pedidos” e os “qualificadores”. Critérios ganhadores de pedidos são os que direta e significativamente contribuem para a realização de um negócio. São considerados pelos consumidores como razões chaves para comprar o produto ou serviço. Aumentar o desempenho em um critério ganhador de pedidos resulta em mais pedidos ou melhora a probabilidade de ganhar mais pedir. Critérios qualificadores podem não ser os principais determinantes do sucesso competitivo, mas são importantes de outra forma. São os aspectos da competitividade nos quais o desempenho da produção deve estar acima de um nível determinado, para pelo menos ser considerado pelo cliente. OBJETIVOS QUALIFICADORES E GANHADORES DE PEDIDOS Desempenho inferior a este nível “qualificador” possivelmente desqualificará a empresa na consideração do cliente. Porém, qualquer melhora nos fatores qualificadores, acima do nível qualificador, provavelmente não acrescentará benefício competitivo relevante. Aos critérios qualificadores e ganhadores de pedidos podem ser acrescentados os critérios menos importantes, que não são nem qualificadores nem ganhadores de pedidos. Não influenciam os clientes de forma significativa. Devem ser mencionados aqui somente porque podem ser importantes em outras partes das atividades da produção. FATORES COMPETITIVOS GANHADORES DE PEDIDOS, QUALIFICADORES E MENOS IMPORTANTES. DIFERENTES NECESSIDADES DO CLIENTE SIGNIFICAM OBJETIVOS DIFERENTES Como é comum, se uma operação produzir bens ou serviços para mais do que um grupo de consumidores, ela precisará determinar os fatores competitivos ganhadores de pedidos, qualificadores e os menos importante para cada grupo. Por exemplo, numa indústria bancária, deve ser feita a distinção entre os consumidores que estão procurando serviços bancários para necessidades domésticas ou pessoais e os consumidores corporativos que necessitam de serviços bancários para suas organizações DIFERENTES NECESSIDADES DO CLIENTE SIGNIFICAM OBJETIVOS DIFERENTES FATORES COMPETITIVOS E OBJETIVOS DE DESEMPENHO PARA A EMPRESA DE ADVOCACIA INFLUÊNCIA DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO/SERVIÇO NOS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Uma forma de generalizar o comportamento de clientes e concorrentes é associá-lo com o ciclo de vida dos produtos ou serviços que operação está produzindo. A forma exata das curvas de ciclo de vida do produto/serviço variará, mas geralmente o comportamento é mostrado como a variação do volume de vendas ao longo dos quatros estágios - introdução, crescimento, maturidade e declínio. A implicação importante disso para a administração da produção é que os produtos e serviços e exigirão estratégias de produção diferentes para cada estágio do seu ciclo de vida. ETAPA DE INTRODUÇÃO Quando um produto ou serviço é apresentado, provavelmente estará oferecendo algo novo em termos de seu objetivodesempenho, que poucos concorrentes estarão oferecendo. As necessidades dos consumidores provavelmente não são perfeitamente entendidas, portanto, a administração da produção da empresa necessita desenvolver flexibilidade para lidar com os eventuais mudanças e ser capaz de oferecer qualidade para manter o desempenho do produto ou serviço. ESTÁGIO DE CRESCIMENTO À medida que o volume cresce, os concorrentes começam a entrar no mercado crescente. Acompanhar a demanda pode ser a principal preocupação da produção. resposta rápida e confiável a demanda ajudar a manter os níveis demanda atendidos, enquanto assegura que a empresa mantenha sua participação no mercado à medida que a concorrência começa a aumentar. ESTÁGIO DE MATURIDADE Eventualmente, a demanda estabiliza. alguns concorrentes iniciais terão deixado o mercado, e o setor provavelmente terá sido dominado por poucas empresas maiores. Espera-se que a produção reduz seus custos, seja para manter os lucros ou para permitir a redução de preços, ou ambos. Assim, as questões de custos e produtividade, juntamente com fornecimento confiável, provavelmente serão as principais preocupações da operação. ESTÁGIO DE DECLÍNIO Com tempo, as vendas diminuirão e os concorrentes provavelmente começarão a sair do mercado. Pode haver um mercado residual, mas a menos que haja escassez de capacidade, o mercado continuará a ser dominado por concorrência em preços. os objetivos da produção ainda serão dominados pelo custo. 4. A PERSPECTIVA DA PRODUÇÃO A PERSPECTIVA DOS RECURSOS DA PRODUÇÃO: RBV A quarta e última perspectiva que vamos abordar em estratégia de produção é baseado em uma teoria particularmente influente em estratégias de empresas - A visão baseada em recursos (RBV – resource-based view) da empresa. Posta de forma simples, a visão baseada em recursos sustenta que as empresas com desempenho estratégico “acima da média” provavelmente terão conquistado sua vantagem competitiva sustentável devido às competências ou capacitações centrais de seus recursos. Isso significa que a forma com que as empresas herdam, adquire ou desenvolvem seus recursos de produção terá, a longo prazo, impacto significativo em seu sucesso estratégico. A PERSPECTIVA DOS RECURSOS DA PRODUÇÃO: RBV Além disso, o impacto de suas competências de “recursos de produção” será tão grande, senão maior, quanto o impacto que conseguem de sua posição no mercado. portanto, compreender e desenvolver seus recursos de produção, embora muitas vezes negligenciado, é uma perspectiva particularmente importante para estratégia de produção. por exemplo, uma empresa que desenvolve sua prática de localizar “parques industriais” em áreas de custo relativamente baixo como uma forma de fornecer o recurso de produção baseado em vantagem competitiva. RESTRIÇÕES E CAPACIDADES DOS RECURSOS Nenhuma organização pode meramente escolher em qual parte do mercado deseja estar sem considerar suas habilidades e produzir produtos e serviços de forma satisfazer seu mercado. Em outras palavras, as restrições impostas por suas operações precisam ser levadas em conta. Por exemplo, uma pequena empresa de tradução oferece serviços gerais de tradução para uma ampla gama de consumidores , como folhetos de vendas que precisam ser traduzidos para outra língua. Como pequena empresa, opera com uma rede informal de tradutores trabalhando em tempo parcial, que capacitam a empresa a oferecer tradução na maior parte das línguas do mundo. RESTRIÇÕES E CAPACIDADES DOS RECURSOS Alguns maiores clientes da empresa desejam comprar seus folhetos de venda com base em “compra de um só fornecedor” e solicitaram â empresa de tradução se ela não estaria disposta a oferecer um serviço completo, organizando o projeto e a produção, assim como a tradução dos folhetos para exportação. Embora essa seja uma oportunidade de mercado muito lucrativa, a empresa não possui os recursos, financeiros ou físicos, para assumir essa nova responsabilidade. Da perspectiva de mercado é um bom negócio; da perspectiva de recurso da produção não é viável. RESTRIÇÕES E CAPACIDADES DOS RECURSOS Alguns maiores clientes da empresa desejam comprar seus folhetos de venda com base em “compra de um só fornecedor” e solicitaram â empresa de tradução se ela não estaria disposta a oferecer um serviço completo, organizando o projeto e a produção, assim como a tradução dos folhetos para exportação. Embora essa seja uma oportunidade de mercado muito lucrativa, a empresa não possui os recursos, financeiros ou físicos, para assumir essa nova responsabilidade. Da perspectiva de mercado é um bom negócio; da perspectiva de recurso da produção não é viável. RESTRIÇÕES E CAPACIDADES DOS RECURSOS Entretanto, a perspectiva dos recursos da produção não é sempre tão negativa. Essa perspectiva pode identificar restrições para satisfazer alguns mercados, mas também podem identificar competências que podem ser exploradas em outros mercados. RESTRIÇÕES E CAPACIDADES DOS RECURSOS Por exemplo, a mesma empresa de tradução contratou recentemente dois novos tradutores, que são particularmente habilidosos em desenvolvimento de websites. Para explorar essa capacidade, a empresa decidiu oferecer um novo serviço, por meio do qual os clientes podem transferir eletronicamente seus documentos, que serão, então, traduzidos mais rapidamente. Esse novo serviço é o serviço de “resposta rápida” que foi desenvolvido especialmente para explorar as capacidades existentes nos recursos da produção. Aqui, a empresa escolheu ser direcionada por suas capacidades de recursos no lugar de oportunidades obvias de mercado. RECURSOS INTANGÍVEIS A perspectiva de recursos da produção precisa começar com entendimento das capacidades e restrições de recursos dentro da produção. Precisa responder a perguntas simples como: o que temos e o que podemos fazer? um ponto de partida óbvio aqui examinar os recursos de transformação e os recursos transformados, que serão os recursos de input para produção. Estes, afinal, são os “blocos de construção” da produção. Entretanto, a simples listagem dos tipos de recursos que uma operação produtiva possui não fornece uma visão completa do que ela pode fazer. Tentar compreender uma operação produtiva somente listando seus recursos é como tentar entender um carro listando suas peças e componentes. Para descrever isso de forma mais completa precisamos descrever como cada peça componente forma os mecanismos de funcionamento internos do carro. RECURSOS INTANGÍVEIS Dentro da operação, o equivalente a esses mecanismos são os processos. No entanto, mesmo para um carro, uma explicação técnica desse mecanismo ainda não transmite tudo sobre seu estilo ou “personalidade”. Algo mais é necessário para descrever essa parte. Da mesma forma, uma operação produtiva não é somente a soma de seus processos. Adicionalmente uma operação possui alguns recursos intangíveis. Os recursos intangíveis de uma operação produtiva incluem: relacionamento com fornecedores e a reputação que possui com seus consumidores; seu conhecimento e experiência em manusear suas tecnologias de processo; e a forma como sua equipe de funcionários trabalham junto no desenvolvimento de novos produtos ou serviços. RECURSOS INTANGÍVEIS Esses recursos intangíveis podem não ser evidente na operação, mas são importantes e possuem valor real. É desses recursos intangíveis, assim como dos recursos tangíveis, que uma operação produtiva necessita dispor para satisfazer a seus mercados. a questão central para administração da produção, portanto, é assegurar que seu padrão de decisõesestratégicas realmente desenvolvam capacidades adequadas dentro de seus recursos e processos. DECISÕES ESTRUTURAIS E INFRAESTRUTURAIS Uma distinção comum em estratégia de produção e que ela divide-se em decisões estratégicas que determinam a estrutura da produção e decisões estratégicas que determina sua infraestrutura. As decisões estruturais de uma operação produtiva são as que influenciam principalmente as atividades de projeto, enquanto as decisões de infraestrutura são as que influenciam a força de trabalho de uma organização, as atividades de planejamento, controle e melhoria. DECISÕES ESTRUTURAIS E INFRAESTRUTURAIS Essa distinção em estratégia de operações foi comparada aquela entre hardware e software em um sistema de computador. O hardware de um computador estabelece limites para o que ele pode fazer. de forma similar, investir em tecnologia avançada ou construir mais ou melhores instalações pode aumentar a capacitação potencial de qualquer tipo de operação. Dentro dos limites impostos pelo hardware de um computador, o software e termina na prática o grau de eficácia real do computador. O mesmo princípio aplica-se às operações. as melhores e mais caras instalações e tecnologia somente eram eficazes se a produção também possuir uma estrutura adequada que governa a forma como a produção funcionará no dia-a-dia. ÁREAS DE DECISÕES ESTRATÉGICAS ESTRUTURAIS E INFRAESTRUTURAIS ÁREAS DE DECISÕES ESTRATÉGICAS ESTRUTURAIS E INFRAESTRUTURAIS O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO O processo da estratégia da produção refere-se aos procedimentos que são, ou podem ser, usados para formular aquelas estratégias de produção que a empresa deve optar. Muitas empresas de consultoria, assim como muitos acadêmicos, desenvolveram seus próprios quadros de referência. Tipicamente, muitos desses processos de formulação incluem os seus elementos: O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO um processo que liga formalmente os objetivos estratégicos da operação ( geralmente, uma estratégia de negócios) com os objetivos de nível de recursos; o uso de fatores competitivos ( também chamados ganhadores de pedidos, fatores críticos de sucesso, etc.) como dispositivo de tradução entre a estratégia da empresa e a estratégia da operação; um passo que envolve o julgamento da importância relativa dos vários fatores competitivos em termos da preferência dos consumidores; ênfase na formulação da estratégia de operação como um processo interativo; O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO o conceito de uma operação “ideal” ou com base em uma “página em branco” com a qual comparar operações em curso. “ muito frequentemente, a pergunta a ser feita é: se você começasse do zero, com base em uma página em branco, como, idealmente, você projetaria sua operação para atender as necessidades do mercado?” Isso pode, então, ser usado para identificar as diferenças entre as operações em curso e esse estado ideal; uma abordagem “baseada em lacunas”. Essa é uma abordagem muito utilizada em toda a formação de estratégia, que envolve a comparação do que é exigido da operação pelo mercado com os níveis de desempenho da operação em curso. IMPLEMENTAÇÃO Um grande número de autores que escrevem sobre as diferentes formas de estratégia têm debatido sobre a importância de uma implementação eficaz. Isso reflete a aceitação de que, independentemente de quão sofisticados possam ser os suportes intelectuais e analíticos de uma estratégia, ela continuará sendo somente um documento até o momento de ser implementada. Ken Platts, da Universidade de Cambridge, tem escrito sobre a natureza do processo de formulação da estratégia de operações. sua descrição genérica do processo é dominado o “Cinco Ps”. IMPLEMENTAÇÃO 1. Propósito 2. Ponto de Entrada 3. Processo 4. Gestão de Projeto 5. Participação 1. PROPÓSITO Como em qualquer forma de gestão de projeto, quanto mais clareza o ver a respeito da meta final, mais chances haverá de ela ser alcançada. Nesse contexto é crucial possuir uma compreensão compartilhada sobre a motivação, limites e contexto do desenvolvimento da estratégia. 2. PONTO DE ENTRADA Ligado ao item anterior, qualquer processo de análise, formulação e implementação é, potencialmente, politicamente sensível e o apoio que o processo possui dentro da hierarquia da organização e central para o sucesso da implementação. 3. PROCESSO Qualquer processo de formulação necessita ser explícito. é importante que os gerentes engajados em formar estratégia de operações reflitam sobre o processo de que estão participando. 4. GESTÃO DE PROJETO Existe um custo associado a qualquer processo de estratégia. Na verdade, uma das razões pelas quais as operações não possuíam tradicionalmente estratégia explícita refere-se a dificuldade de liberar tempo suficiente do nível de gerenciamento. as disciplinas básicas da gestão de projeto, como planejamento de tempo e recursos, controles, mecanismos de comunicação, previsões e assim por diante, devem estar em funcionamento. 5. PARTICIPAÇÃO Intimamente ligada aos itens anteriores, a seleção de pessoal para participar do processo de implementação e também crucial. Assim, por exemplo, o uso de consultores externos podem fornecer expertise adicional, o uso de gerentes de linha ( e funcionários) pode fornecer uma experiência de “mundo real” e a inclusão de gerentes de diferentes funções ( e fornecedores etc.) pode ajudar a integrar a estratégia finalizada. COMENTÁRIO CRÍTICO Defende-se o argumento de que é a estratégia não se presta simples análise de “modelo de estágios” que guie o gerente passo a passo para eventual “resposta” que seria a estratégia final. Portanto, os modelos defendidos por consultores e acadêmicos seriam de valor limitado. Na realidade, estratégias (mesmo aquelas que são deliberadamente elaboradas, como opostas às que simplesmente “emergem”) são resultado de forças organizacionais complexas. Mesmo os modelos descritivos, como os cinco Ps descrito anteriormente, podem contribuir apenas ao sensibilizar os gerentes para algumas das questões chaves que deveriam ser levadas em conta no planejamento de estratégias. Na verdade, argumenta-se, a articulação do “conteúdo” da estratégia de operação é mais útil do que a adesão à algumas descrições simplista do processo de estratégia. O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES GUIA OS COMPROMISSOS (TRADE-OFFS) ENTRE OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Uma parte importante da implementação da estratégia de operações é identificar como a estratégia deve endereçar a prioridade relativa dos objetivos de desempenho da operação - exemplificadas por afirmativas como “rapidez de resposta é mais importante do que fiz ciência de custo” , “qualidade é mais importante do que variedade” e assim por diante. Para isso, é necessário considerar a possibilidade de melhoria de desempenho de um objetivo em detrimento de outro. Por exemplo, uma operação pode desejar aprimorar sua eficiência de custo ao reduzir a variedade de produtos ou serviços que oferece a seus consumidores. essa abordagem poderia ser resumida pela expressão “Não existe almoço de graça”. O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES GUIA OS COMPROMISSOS (TRADE-OFFS) ENTRE OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Provavelmente, o melhor resumo da trade-off vem do professor Wickham Skinner, o mais influente dos originários da abordagem estratégica em operações, que disse: “Muitos gerentes vão admitir prontamente que existem compromissos ou trade-offs a fazer ao projetar-se um avião ou caminhão. no caso de um avião, os trade- offs envolveriam a velocidade decruzeiro, as distâncias e de decolagem e aterrissagem, o custo inicial, a manutenção, o consumo de combustível, o conforto de passageiros e a capacidade de carga ou passageiros. Por exemplo, atualmente ninguém pode projetar um avião para 500 passageiros que passa aterrissar em uma porta-aviões e passa também quebrar a barreira do som. a mesma coisa é verdade em … [operações]. O PROCESSO DA ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES GUIA OS COMPROMISSOS (TRADE-OFFS) ENTRE OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Existem, no entanto, duas visões a respeito de trade-offs. A primeira enfatiza o “ reposicionamento” os objetivos de desempenho ao comprometer a redução de desempenho de algum objetivo para favorecer melhoramento em outros objetivos. A segunda visão enfatiza o uso de “eficácia” da operação ao ultrapassar os trade-offs, de modo que melhoramentos em um ou mais aspectos de desempenho possam ser alcançados sem nenhuma redução no desempenho de outros aspectos. Muitos negócios vão adotar ambas as abordagens em um momento ou outro. Isso é mais bem ilustrado por meio de conceito de “fronteira eficiente” do desempenho de operações. TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE A figura a seguir ilustra o desempenho relativo de várias empresas no mesmo setor em termos de sua eficiência de custo e a variedade de produtos ou serviços que oferecem a seus consumidores. Presumivelmente, todas as operações gostariam, de forma ideal, de oferecer alta variedade e, ao mesmo tempo, garantir altos níveis de eficiência de custo. Entretanto, a maior complexidade que a oferta de uma alta variedade de produtos ou serviços traz vai, geralmente, reduzir a habilidade da operação de operar eficientemente. De forma inversa, uma maneira de melhorar a eficiência de custo é limitar severamente a variedade de oferta ao consumidor. FRONTEIRA EFICIENTE IDENTIFICA OPERAÇÕES COM DESEMPENHOS QUE PREVALECEM SOBRE OS DESEMPENHOS DE OUTRAS OPERAÇÕES TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE As empresas na linha da “fronteira eficiente” podem escolher posicionamentos diferentes ( provavelmente para atender diferentes estratégias de mercado), mas não podem ser criticados por serem ineficazes. É evidente que qualquer uma dessas operações na fronteira eficiente pode chegar à conclusão de que o equilíbrio que escolheram entre variedade e eficiência de custo é inapropriado. Nessas circunstâncias, poderão escolher reposicionarem-se em algum outro ponto ao longo da fronteira eficiente. TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE Uma estratégia, entretanto, que enfatize o aumento da eficácia não estará confinada aquelas operações que são superadas por outras como a operação X. As empresas posicionadas na fronteira eficiente vão também, em geral, querer melhorar a sua eficácia de operações a ultrapassar o trade-off implícito na curva da fronteira eficiente. Só poderá conseguir isso se adotar melhorias em operações que estendam a fronteira eficiente. TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE Por exemplo, uma das decisões que qualquer gerente de supermercado precisa tomar é quantas caixas registradas abrir em um determinado momento. Se muitas caixas forem abertas, haverá momentos em que os funcionários ficarão ociosos, sem nenhum cliente para atender. Os clientes, no entanto, vão ter acesso a um excelente serviço em termos de pouco ou nenhum tempo de espera. de forma inversa, Se poucos caixas listradas forem abertas, os funcionários estarão trabalhando o tempo todo mas os consumidores terão que esperar em longas filas. Parece existir um trade-off direto entre a utilização dos funcionários (e, portanto, o custo) e o tempo de espera do consumidor (rapidez de serviço). TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE Ainda assim, o gerente do supermercado poderá, por exemplo, alocar um número de funcionários “titulares” para operar as caixas registradoras e também destinar funcionários adicionais, que desempenhem outras funções dentro do supermercado, para ficarem de “plantão” e assumirem a posição de caixa caso a demanda aumente repentinamente. Se o gerente observar um aumento de consumidores nas filas, esses outros funcionários poderão rapidamente ser alocados para trabalhar nas caixas registradoras. Ao planejar o sistema flexível de locação de funcionários, o gerente poderá ao mesmo tempo melhorar o serviço ao consumidor e manter a auto atualização de funcionários. TRADE-OFFS E A FRONTEIRA EFICIENTE É importante salientar a distinção entre estar posicionado na fronteira eficiente e aumentar a eficácia da operação por meio do alargamento da fronteira. Qualquer estratégia de operações necessita deixar claro em que medida espera que a operação posicione-se em termos de seus objetivos de desempenho e em que medida espera que a operação aumente sua eficácia. FOCO E TRADE-OFFS Uma opção para algumas operações empurrar seu posicionamento na curva de trade off de forma extrema, de modo a “focalizar” suas operações. O “foco” em operações significa dedicar a cada operação conjunto limitado, conciso e administrável de objetivos, produtos, tecnologias ou mercados e estruturar políticas e apoiar serviços de modo que focalizem é uma tarefa explícita em vez de uma variedade de tarefas conflitantes e inconsistentes. FOCO E TRADE-OFFS Concentrar em um ou dois objetivos específicos e focalizar no equipamento, sistemas e procedimentos das operações para realizar uma gama mais limitada de tarefas resulta em um desempenho substancialmente superior desses objetivos. o conceito de foco é poderoso e comprovado porque apoia-se em uma noção bastante simples de que muitas operações estão realizando tarefas demais ( e muitas vezes conflitantes). FOCO E TRADE-OFFS O resultado evidente e que são incapazes de desempenhá- las com algum nível real de sucesso .A ideia de foco é muito parecida com de processo de segmentação de mercado, usada pelo gerente de marketing para entender seus mercados, quando quebra mercado heterogêneo e mercados menores, mais homogêneos. De fato, foco pode ser visto com uma “segmentação de operações”. O CONCEITO DE “OPERAÇÃO DENTRO DA OPERAÇÃO” Qualquer decisão de focalizar uma operação pode parecer estar associada a necessidade de organizar operações inteiramente novas e outros produtos ou serviços forem adicionados à grama existentes e é verdade que, em alguns casos, o fracasso em conseguir isso mina operações de sucesso. Entretanto, não é sempre viável, necessário ou desejável que assim o seja. O CONCEITO DE “OPERAÇÃO DENTRO DA OPERAÇÃO” O conceito de “operação dentro do operação” (“fábrica dentro da fábrica”, “loja dentro da loja”) é uma resposta prática que permite que uma empresa obtenha os benefícios do foco sem a despesa considerável de estabelecer operações independentes. Uma porção da operação é dividida e dedicada a manufatura de um produto particular ou à entrega de um serviço particular. A separação física entre produtos ou serviços permitirá a introdução de independentes forças de trabalho, sistema de controle, padrão de qualidade etc. O CONCEITO DE “OPERAÇÃO DENTRO DA OPERAÇÃO” Adicionalmente, essa abordagem permite fácil supervisão, motivação e responsabilização. assim, por exemplo, um negócio que fabrica tinta pode servir a dois mercados distintos. Alguns dos seus produtos são destinados a consumidores domésticos, sensíveis a preço mas que demanda somente uma variedade de cores e tamanhos. O outro mercado é composto de decoradores profissionais, que demanda uma ampla variedade de cores e tamanhos mas são menos sensíveis a preço. O CONCEITO DE “OPERAÇÃO DENTRO DA OPERAÇÃO” O negócio pode escolher sair de uma posição em quetodos os tipos de tintas são fabricados por meio do mesmo processo para uma posição em que possui dois conjuntos separados de processos: um que fabrica tinta somente para o mercado doméstico e o outro que fabrica tinta somente para o mercado profissional. Na verdade, o negócio terá segmentado seus processos de operações para atender à segmentação do mercado. RESUMO DAS RESPOSTAS A QUESTÕES-CHAVE QUE É ESTRATÉGIA? Estratégia é o padrão geral de decisões e ações que posicionam a organização e seu ambiente e que pretendem alcançar suas metas de longo prazo. Uma estratégia possui conteúdo e processo. O conteúdo de uma estratégia de respeito as decisões específicas que são tomadas para alcançar os objetivos específicos. O processo de uma estratégia é o procedimento usado dentro de uma empresa para formular sua estratégia. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS VISÕES “DE CIMA PARA BAIXO” E “BAIXO PARA CIMA” DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO? A perspectiva de “cima para baixo” considera as decisões estratégicas de acordo com o número de níveis. A estratégia corporativa estabelece os objetivos para as diferentes empresas que compõem o grupo de negócios. a estratégia da empresa estabelece os objetivos para cada empresa individual e como ela se posiciona no mercado. As estratégias funcionais estabelecem os objetivos para contribuição de cada função a estratégia da empresa. A perspectiva de baixo para cima da estratégia da produção considera que é a estratégia geral emerge da experiência operacional diária. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS VISÕES DE “REQUISITOS DO MERCADO” E “RECURSOS DA OPERAÇÃO” DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO? A perspectiva dos requisitos do mercado na estratégia de produção considera que o principal papel da produção e satisfazer aos mercados. os objetivos de desempenho da produção e as decisões da produção devem ser primeiramente influenciados pela combinação das necessidades de consumidores e das ações dos concorrentes. Ambas as questões podem ser resumidas em termos do ciclo de vida do produto/serviço. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS VISÕES DE “REQUISITOS DO MERCADO” E “RECURSOS DA OPERAÇÃO” DA ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO? A perspectiva dos recursos da produção da estratégia de produção apoia-se na visão baseada em recursos da empresa e considera as competências ou capacitações centrais a principal influência da estratégia da produção. As capacitações da produção são desenvolvidas parcialmente através das decisões estratégicas tomadas pela produção. As áreas de decisões estratégicas em produção São geralmente divididos em decisões estruturais e infraestruturais. Decisões estruturais são as que definem a forma da operação produtiva. Decisões infraestruturais são as que influenciam os sistemas e procedimentos que determinam como a operação irá trabalhar na prática. COMO PODE SER MONTADA A ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Existem muitos procedimentos diferentes que são usados por empresas, consultores e acadêmicos para formular a estratégia da produção. embora distintos em relação aos estágios que que recomendam, muito desses modelos apresentam similaridades. O conceito de trade-off é central à ideia de formulação de estratégias. Trade-offs acontecem na medida em que a melhoria de um objetivo de desempenho pode ser alcançada ao sacrificar-se desempenho de outros objetivos. o conceito de “fronteira eficiente” é uma abordagem útil para articular- se os trade-offs e poder distinguir entre reposicionar o desempenho na fronteira eficiente e aprimorar o desempenho por meio da superação dos trade-offs. COMO PODE SER MONTADA A ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Quando uma operação utiliza o conceito de trade-off para concentrar seus esforços em um conjunto estreito de objetivos de desempenho, denomina-se “foco em operações”. Foco também pode ser aplicado em partes de uma operação. Isso é algumas vezes denominado de conceito da operação dentro da operação ou fabrica dentro da fabrica. WEBSITES ÚTEIS
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