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Saúde da Criança

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TE ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5
 - TABELA 1. Coeficiente de Mortalidade Infantil de 2000 a 2006 em Aracaju-SE.....5
II. OBJETIVOS ...................................................................................................... 6
III. POPULAÇÃO ALVO .......................................................................................... 6
IV. ESTRATÉGIAS PARA CAPTAÇÃO ..................................................................... 6
V. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E OFERTAS RELACIONADAS .............................. 7
VI. DESCRIÇÃO DAS OFERTAS PROGRAMADAS ................................................. 8
VII. ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO DA ADESÃO AO PROGRAMA ................ 12
VIII. MONITORAMENTO..................................................................................... 13
IX. FLUXOGRAMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE ....... 14
X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 17
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deI. INTRODUÇÃO
Em todo o mundo, milhões de crianças
morrem anualmente antes de completarem um
ano de vida. Estas mortes, que em sua maioria
ocorrem nos países em desenvolvimento, têm
em 70% dos casos a pneumonia, a diarréia, o
sarampo e a malária como causa. Em mais da
metade destes óbitos a desnutrição está pre-
sente como causa associada.
No Brasil, assim como em outros países
onde a pobreza assume múltiplos aspectos,
até mesmo importantes dados de mortalida-
de podem não ser uma expressão fiel da situ-
ação, visto que, em algumas localidades, cer-
ca de 50% dos óbitos ocorridos não são con-
tabilizados. Apesar disso, nas últimas déca-
das houve importante declínio dos níveis do
coeficiente de mortalidade infantil. Esta re-
dução ocorreu, basicamente, às custas do
componente pós-neonatal (de 28 dias até 1
ano). A intensificação do Programa de Imu-
nização, o uso da terapia de reidratação oral
e o incentivo ao aleitamento materno, assim
como a instituição de políticas públicas vol-
tadas à implementação de estruturas de higi-
ene e saneamento básico foram fundamentais
para a erradicação da poliomielite, a redu-
ção do tétano neonatal, o decréscimo de 50%
dos óbitos por diarréia e redução das formas
graves de desnutrição. Entretanto, os valores
médios dos indicadores nacionais nem sem-
pre refletem a realidade de todas as regiões.
A Região Nordeste continua ainda com índi-
ces superiores à média brasileira. Do total de
mortes em menores de 1 ano ocorridas no
Brasil, metade se concentra na Região Nor-
deste, onde reside 29% da população do país.
Esta região continua com o maior contingen-
te de desnutridos do Brasil. Entre as carênci-
as nutricionais específicas destacam-se a hi-
povitaminose A e carência de ferro.
O município de Aracaju tem uma po-
pulação para o ano de 2007, estimada so-
bre dados do IBGE, de 511.893 habitan-
tes. Desta população, 39% tem até 20 anos
de idade, totalizando 198.150 crianças e
adolescente. Em 2006, nasceram 9.430
crianças entre os residentes da cidade.
Desde 2000, o município vem registran-
do queda no coeficiente de mortalidade
infantil (CMI) com exceção do ano de 2004
que teve um acréscimo de 0,6% em rela-
ção ao ano anterior.
No que se refere à distribuição da mortali-
dade proporcional segundo causas em meno-
res de 1 ano, as afecções originadas no perío-
do perinatal mantiveram-se como principal
causa de óbito (67,5%), porém apresentando
diminuição de 28,8%, se comparado a 2002,
o que demonstra resultados alcançados com
ações qualitativas no âmbito da assistência ao
pré-natal e parto. Das causas de morte de cri-
anças entre 1 e 4 anos, as mais freqüentes fo-
ram doenças do aparelho respiratório e cau-
sas externas.
Tabela 1. Coeficiente de Mortalidade Infantil de 2000 a 2006 em Aracaju-SE
Ano CMI Redução
2000 30,4 -
2001 29,8 1,97%
2002 28,7 5,6%
2003 22,5 25,9%
2004 23,1 24,0%
2005 22,4 26,3%
2006 20,0 34,2%
Fonte: SIM/SINASC
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II. OBJETIVOS
Estima-se que 25 a 50% das consultas am-
bulatoriais para crianças são para supervi-
são da saúde. Estes valores são decrescentes
ao longo dos anos, caindo de 55% no primei-
ro ano de vida para cerca de 15% aos 10 anos.
O Programa de Saúde da Criança e do Ado-
lescente tem como principal objetivo a aten-
ção integral à criança e visa fundamental-
mente:
√ Fortalecer o vínculo do paciente-famí-
lia à Unidade de Saúde, favorecendo o
relacionamento entre aqueles e a equipe;
√ Orientar sobre os meios de promoção de
saúde, inclusive com conselhos e ori-
entação antecipatória;
√ Identificar riscos, sejam estes biológicos,
sociais, ambientais ou emocionais
√ Identificar precocemente desvios da saú-
de e aplicar, também precocemente,
medidas de intervenção para recupera-
ção da saúde.
III. POPULAÇÃO ALVO
Crianças e Adolescentes residentes no Mu-
nicípio de Aracaju com idade de 0 a 19 anos
com ênfase nas ações programáticas dirigidas
à faixa de 0 a 6 anos e destes, prioritariamen-
te, os menores de 1 ano.
IV. ESTRATÉGIAS PARA CAPTAÇÃO
1. Pré-natal: sensibilização das gestantes quan-
to à importância do seguimento do bebê.
Acolhimento da gestante desde o Pré Natal
com visita programada às Maternidades.
2. Primeiras ações de saúde e cidadania -
PASC: atuação nas Maternidades junto à
mãe e ao recém-nascido. Visa à imuniza-
ção, a inclusão ao atendimento programá-
tico com orientações para o agendamento
da consulta na Unidade de Saúde, a iden-
tificação dos recém-nascidos de risco; en-
caminhamento para o exame do pezinho e
captação de problemas no atendimento às
mães durante o pré-natal na rede básica.
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de3. Acolhimento da demanda espontânea: ava-
liação e atendimento das queixas agudas
que chegam a Unidade de Saúde, realiza-
ção de procedimentos, imunização, teste
do pezinho com imediato agendamento de
retorno para reavaliação e inclusão na aten-
ção programática.
4. Acolhimento de risco no território: inclu-
são da criança no programa realizada pelo
ACS através de sua atividade no território,
assim como a identificação da vulnerabili-
dade ao risco.
V. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E
OFERTAS RELACIONADAS
1. Crianças de 0 a 28 dias (recém-nascidos):
a) Primeiras ações de saúde e cidadania –
PASC;
b) Atenção Programática multiprofissio-
nal;
c) Visita domiciliar de enfermagem e
odontólogo.
2. Recém-nascidos de risco
a) Ambulatório de Neonatologia do Cen-
tro de Especialidades Médicas da Cri-
ança edo Adolescente (CEMCA).
3. Crianças com patologias crônicas e/ou mal
definidas
a) Intensificação da Atenção Programática;
b) Ambulatório de Pediatria Geral do Hos-
pital Universitário;
c) Centro de Especialidades Médicas da
Criança e do Adolescente – CEMCA;
4. Crianças sob risco nutricional
a) Programa de Combate às Carências
Nutricionais;
b) Programas sociais de complementação
de renda familiar;
c) Intensificação da Atenção Programática.
5. Crianças portadoras de necessidades espe-
ciais
a) Intensificação da Atenção Programática;
b) Rede de Proteção à criança portadora
de necessidades especiais.
6. Atenção a crianças e adolescentes em situ-
ações especiais
a) Atenção à saúde da criança de 0-6 anos
nas Escolas Municipais de Educação
Infantil (EMEI);
b) Atenção à saúde da criança e do ado-
lescente institucionalizados.
7. Adolescentes (10 a 19 anos)
a) Atenção Programática;
b) Atividades educativas e de prevenção
no âmbito escolar;
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VI. DESCRIÇÃO DAS OFERTAS
PROGRAMADAS
1. Primeiras Ações de Saúde e Cidadania -
PASC
O primeiro contato com a rede de atenção
à criança se faz ainda na maternidade, atra-
vés do PASC que tem como objetivo reconhe-
cer a criança como cidadão, iniciando as
ações de promoção da saúde e prevenção de
doenças.
Público alvo:
Recém nascidos nas maternidades do Mu-
nicípio de Aracaju, residentes ou não no mu-
nicípio (cerca de 19.000/ano)
Caracterização:
– As atividades são desenvolvidas em 04
maternidades: 01 da rede privada conve-
niada, 01 estritamente privada, 01 filan-
trópica em co-gestão com o município e
outra Estadual.
– Tem um papel fundamental de Vigilân-
cia, fortalecendo o Comitê de Mortalida-
de Materno-Infantil.
– Nas maternidades existe uma equipe de
auxiliares de enfermagem da rede municipal
de saúde que desenvolve programação edu-
cativa junto as puérperas, durante a perma-
nência na maternidade, com reuniões e orien-
tações individuais sobre os seguintes temas:
- Aleitamento materno;
- Higiene do bebê e cuidados com o coto
umbilical;
- Imunização;
- Fatores de risco de doenças mais comuns;
- Direitos da criança e cidadania;
– Todas as crianças são cadastradas com
anotação do nome da mãe, do seu endere-
ço, peso do nascimento, condições do
nascimento e a sua imunização é inicia-
da com a aplicação da vacina BCG e a 1ª
dose da Hepatite B segundo as normas
preconizadas;
– São fornecidos a caderneta de saúde da
criança e um kit para limpeza do coto
umbilical;
– As mães, inclusive aquelas que apresen-
taram feto morto ou abortamento, são
vacinadas contra rubéola e recebem uma
megadose de vitamina A;
– São fornecidas orientações quanto à ne-
cessidade da realização da Triagem
Neonatal e as mães recebem orientação
por escrito para realizar o teste do pezi-
nho com os endereços correspondentes
mais próximos de suas casas;
– Os RN de risco são encaminhados ao
Centro de Especialidades da Criança e
Adolescente (CEMCA) ou ambulatório de
RN de risco da maternidade através do
sistema de referência/contra-referência;
– É feita orientação sobre a importância de
se efetuar o Registro Civil da criança;
– É reforçada a necessidade de avisar a Uni-
dade Básica de Saúde sobre o nascimento
do bebê para agendamento da visita do
ACS e da ENFERMEIRA na 1ª semana de
vida e o agendamento da consulta do re-
cém nascido e da puérpera na Unidade de
Saúde do seu bairro, para as residentes em
Aracaju;
– Na ocasião da alta, a caderneta de saúde da
criança deve ser preenchida com os dados
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dereferentes às condições do parto e evolu-
ção da criança na maternidade.
2. Ambulatório de Neonatologia
Serão encaminhados ao Ambulatório de
Neonatologia do CEMCA os recém-nascidos
classificados como de risco por apresentarem
os seguintes critérios:
- Peso ao nascer menor que 2.500g;
- Problemas cardíacos;
- Doença respiratória;
- Infecções congênitas;
- Hiperbilirrubinemia;
- Problemas metabólicos;
- Distúrbios neurológicos;
- Prematuridade.
Estas crianças serão submetidas a uma
avaliação inicial para definição do cronogra-
ma de seguimento a depender de cada caso.
Poderão ser encaminhadas à Unidade Básica
para acompanhamento conjunto.
3. Atendimento Programático na Unidade pela
Equipe de Saúde
- Atenção Integral ao Crescimento e Desen-
volvimento
Objetivos:
· Atender a demanda para supervisão em
saúde (puericultura);
· Fazer o monitoramento do Crescimento e
Desenvolvimento;
· Programar a demanda utilizando os pa-
râmetros definidos pelas normas técni-
cas do programa;
· Garantir a referência para atendimento
investigatório terciário, assim como pro-
cedimentos de média e alta complexida-
de que requeiram intervenção em nível
hospitalar.
Caracterização
· Os recém-nascidos (RN) deverão ser acom-
panhados por toda a equipe de saúde
· Deve ser realizada uma visita domiciliar
na primeira semana de nascimento do
RN, pelo agente comunitário de saúde
(ACS) e pela enfermeira responsáveis pela
área de abrangência.
· Deve ser agendada uma consulta mé-
dica para o RN até 30 dias de nasci-
mento.
· O cronograma de atendimento é uma for-
ma de organização do serviço. Estabele-
ce um compromisso entre a equipe e o
paciente. Prevê uma periodicidade de
consultas de forma a favorecer as ações
programáticas:
„ „ „ „ „ De 1 a 2 Anos:
- consulta médica semestral.
- consulta do odontólogo: semestral
- reunião educativa com mães: pelo me-
nos 1 anual
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„„„„„ De 3 a 6 Anos:
- consultas médicas anuais
- consultas odontológicas semestrais
- reunião educativa com mães: pelo me-
nos 1 anual
„„„„„ De 7 a 19 Anos:
- atividades educativas e preventivas no
ambiente escolar
Caso haja alguma intercorrência relatada e/ou
observada durante a consulta de enfermagem, o
caso deverá ser discutido com o médico da equipe
para agendamento ou consulta médica imediata.
Deve ser oferecida a toda criança que bus-
que atendimento por qualquer circunstância,
a inserção nas ações programáticas da Uni-
dade, com agendamento seguindo o esquema
proposto.
Como parte da atenção integral às crian-
ças, são desenvolvidas ações programáticas
com o objetivo de monitoramento, detecção
precoce de agravos e instituição de medidas
para recuperação do adequado estado de saú-
de da criança.
IMUNIZAÇÃO
Objetivo: incluir as crianças e adolescen-
tes no Programa Nacional de Imunização
Público alvo: crianças e adolescentes de 0
a 19 anos.
COMBATE ÀS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS
Objetivos: Detectar precocemente crianças com
riscos nutricionais e/ou atraso no desenvolvimen-
to e promover ações buscando a recuperação.
„„„„„ Combate à hipovitaminose A: administra-
ção de dose única semestral de vitamina A
Público Alvo: crianças de 06 a 59 meses
„„„„„ Combate à desnutrição protéico-calórica:
inclusão das crianças em programas de edu-
cação alimentar e de complementação de ren-
da familiar. A principal ação deve ser a ativi-dade educativa com o incentivo ao aproveita-
mento integral dos alimentos e alimentação
saudável. As parcerias com grupos comuni-
tários, como a Pastoral da Criança, devem ser
articuladas no território através da equipe.
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DE 1 A 2 ANOS:
· Consulta médica: 03/ano;
· Consulta odontológica semestral;
· Reunião educativa com mães: pelo menos anual.
DE 2 A 10ANOS:
· Consulta médica anual;
· Consulta odontológica semestral;
· Reunião educativa com mães: pelo menos anual.
DE 10 A 12 ANOS:
· Consulta médica de dois em dois anos;
· Consulta odontológica semestral;
· Atividades educativas e preventivas no ambiente escolar.
DE 13 A 19 ANOS:
· Atividades educativas e preventivas no ambiente escolar.
Observação: este calendário é o mínimo a ser garantido a todas as crianças e
adolescentes da área, devendo ser reavaliados os intervalos das consultas de acordo
com a necessidade de saúde.
Calendário Mínimo de Atendimentos
Idade em meses
Atendimento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Médico X X X X
Enfermeira X X X
Odontólogo X X
Reuniões Educativas X X
ACS e/ou Aux.
de Enfermagem X X X X X X X X X X X X
Visita domiciliar do ACS, enfermeira e odontólogo na 1ª semana de vida;
Monitoramento do RN pelo ACS nos primeiros 15 dias de vida em dias alternados.
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Público Alvo: crianças com peso para ida-
de inferior ao percentil 10.
„„„„„ Combate às anemias carenciais: prevenção e
tratamento das anemias carenciais, com ênfa-
se na anemia ferropriva.
Público alvo: prioritariamente crianças de
6 a 36 meses, prematuros e crianças nascidas
de baixo peso.
INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO E
UTILIZAÇÃO DE CARDÁPIO SAUDÁVEL
Objetivo: incentivar o aleitamento materno e tra-
balhar situações de risco para o desmame precoce
Público alvo: gestantes, lactantes e mães
de crianças de 0 a 2 anos.
CONTROLE DA DOENÇA DIARRÉICA
Objetivo: diagnosticar precocemente e aplicar
medidas de controle e intervenção com principal
objetivo de evitar a desidratação e desnutrição
que são as principais complicações da doença
diarréica em crianças.
Público Alvo: crianças com quadro diarréico.
CONTROLE DAS INFECÇÕES
RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA
Objetivo: controlar a doença respiratória
aguda, principalmente a pneumonia que ain-
da é importante causa de mortalidade infantil
no nosso município.
Público alvo: crianças com quadro respi-
ratório agudo
4- Pediatra nas Unidades de Saúde da Família
Pediatra é a referência local para as
Equipes de Saúde da Família no cuidado
do público de 0 a 12 anos, realizando
educação permanente em serviço,
avaliação e planejamento das ações para
este público e realização de ações
educativas. .
5. Atendimento de Referência em Pediatria
Geral no Hospital Universitário
A consulta de referência em pediatria é re-
alizada pela triagem de Pediatria do Hospital
Universitário e tem como objetivo uma avalia-
ção inicial da criança com problemas crôni-
cos e/ou mal definidos, podendo a mesma ser
acompanhada na Unidade de Saúde pela Equi-
pe do PSF ou encaminhada para um Serviço
Especializado (CEMCA ou CAPSi1). Deverá fun-
cionar na lógica da referência e contra-refe-
rência.
Poderão ser referidas ao ambulatório de
pediatria crianças que apresentem:
- Doenças crônicas ou incapacitantes;
- Distúrbios do desenvolvimento neuromo-
tor;
- Distúrbios do aprendizado;
- Distúrbios comportamentais;
- Classificadas como de risco, ao nascer, e
que não tiveram nenhuma avaliação
pediátrica.
1 CAPSi – Centro de Atenção Psicossocial infantil e de adolescentes
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de6. Centro de Especialidades Médicas da Cri-
ança e do Adolescente - CEMCA
Os encaminhamentos ao CEMCA devem
ser realizados após avaliação médica, quan-
do o mesmo considerar que não é possível
conduzir o caso na Unidade de Saúde, mes-
mo após discussão com o Pediatra de referên-
cia, utilizando o Sistema de Marcação de Con-
sultas on-line.
Os Recém Nascidos de risco têm o ambu-
latório de Neonatologia no CEMCA ao qual de-
vem ser encaminhados sem marcação prévia.
7. Atenção às Crianças Portadoras de Neces-
sidades Especiais
Programa de ação conjunta com a
Saúde Mental e parceria com ONG. Tem
como objetivo detectar e assistir
precocemente as crianças com necessidades
especiais, vinculando-as à assistência
multiprofissional. Objetiva ainda, a inserção
precoce no Programa de Reabilitação
Motora. Funciona com triagem no CEMCA.
8. Atenção à Saúde da Criança de 0-6 anos
nos Centros de Educação Infantil
Programa intersetorial, tem como objetivo
propiciar atenção às crianças em escolas e/ou
creches, realizando especialmente educação
em saúde para a prevenção de doenças trans-
missíveis, ações preventivas ao consumo de
álcool e drogas, violência doméstica, aciden-
tes na infância.
9. Unidade de Retaguarda às Urgências
Referência para estabilização de quadros
agudos de urgência/emergência, com perma-
nência máxima sob observação de 12 horas.
Pacientes de demanda espontânea ou referen-
ciados das Unidades Básicas. Ação em con-
junto com o SAMU. Instalada nos Hospitais
de Urgência Fernando Franco e Nestor Piva.
10. Referência Hospitalar
Pode ser originada da própria Unidade Bá-
sica de Saúde, Ambulatório de referência,
Hospitais de Urgência. As referências de
internação são os Hospitais Santa Izabel e
Cirurgia, em co-gestão com o município e o
Hospital Universitário.
VII. ESTRATÉGIAS DE
MANUTENÇÃO DA ADESÃO AO
PROGRAMA
A Equipe de saúde deve fazer a busca de
crianças que faltarem às consultas
agendadas. A busca ativa destas crianças
faltosas poderá ser feita pelo ACS ou outro
membro da equipe dependendo da avaliação
de risco pela equipe.
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VIII. MONITORAMENTO
De Nascidos Vivos – SINASC
De Mortalidade – SIM
Da Atenção Básica (SIAB) e de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN)
Comitê de Mortalidade Infantil
Peso ao Nascer
Coeficiente de mortalidade infantil
Coeficiente de mortalidade neonatal
Proporção de óbitos em menores de um ano por
causas evitáveis
Proporção de crianças desnutridas de 0-5 anos
Prevalência e situação de aleitamento materno
Investigação de óbitos de menores de um ano
Indicadores Sistema de Informação
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deIX. FLUXOGRAMAS
Atendimento à Criança e ao Adolescente
RN
DE
RISCO?
ALTA DA MATERNIDADE
PRIMEIRAS AÇÕES
DE SAÚDE E CIDADANIA
VISITA DOMICILIAR
ENFERMEIRA
ODONTÓLOGO
ACS
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
INSERÇÃO NAS AÇÕES
PROGRAMÁTICAS
CENTRODE ESPECIALIDADES MÉDICAS
DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
AMBULATÓRIO DE NEONATOLOGIA
+
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
INSERÇÃO NAS AÇÕES
PROGRAMÁTICAS
NÃO SIM
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RN DE RISCORN NORMAL
Acompanhamento do recém-nascido
ALTA DA MATERNIDADE
VISITA DOMICILIAR
ACS + ENFERMEIRA
+ ODONTÓLOGO
CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
AMBULATÓRIO DE NEONATOLOGIA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
+
PEDIATRA
ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
DE REFERÊNCIA
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de
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
INCLUSÃO NO PROGRAMA
Captação e inclusão no Programa de Atenção
à Saúde da Criança e do Adolescente
VISITA DO ACS DEMANDA ESPONTÂNEA
CRIANÇA COM
PROBLEMAS CRÕNICOS
OU MAL DEFINIDOS
DISCUSSÃO COM O
PEDIATRA DE REFERÊNCIA
ACOMPANHAMENTO CONJUNTO
NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
 E O PEDIATRA DE REFERÊNCIA
CENTRO DE ESPECIALIDADES
MÉDICAS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
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X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Pediatria. Diretrizes Básicas. Organização de
Serviços.
Conceição A. de Matos Segre, Mário Santoro
Jr. Sarvier, São Paulo, 2001.
2. Pediatria Ambulatorial
Ennio Leão, Marcos b. Viana, Edison José
Corrêa, Joaquim Antônio C. Mota. 3ª edi-
ção, COOPMED, Belo Horizonte, 1998
3. Manual de Perinatologia
Navantino Alves Filho, Mário Dias Corrêa.
2ª edição, MEDSI, Rio de Janeiro, 1995
4. Atenção Integral às Doenças da Infância –
AIDPI
Ministério da Saúde, Brasília, 1999
5. Guia Alimentar
Para As Crianças Menores De 2 Anos Mi-
nistério da Saúde/ OPAS/OMS, Brasília, 2002
6. Acolhimento
Adeildo Costeira, Sobral – CE, acessado em
13/05/2001 no endereço
http\\www.saudedafamilia. npg.com.Br
7. Pediatria na Atenção Primária
Hugo Issler, Cláudio Leone, Eduardo
Marcondes. Sarvier, São Paulo, 1999.
8. Saúde da Criança: acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil.
Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas
de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
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I. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 21
II. ROTINAS DE ATENDIMENTO..................................................................................................................... 22
III. ROTEIRO DE VISITA DA ENFERMEIRA E DO ACS AO RECÉM-NASCIDO ................................................. 23
IV. ROTEIRO DA 1ª CONSULTA DO RECÉM-NASCIDO .................................................................................... 25
IV. CONSULTAS DE SEGUIMENTO.................................................................................................................. 26
V. DEMANDAS PARA O PEDIATRA DE REFERÊNCIA ...................................................................................... 29
Atendimento Programático da Criança e do Adolescente
PROGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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deINTRODUÇÃO
Estima-se que 25 a 50% das consultas para
crianças são para supervisão da saúde. Estes
valores são decrescentes ao longo dos anos,
caindo de 55% no primeiro ano de vida para
cerca de 15% aos 10 anos.
Cada contato entre a criança e os serviços
de saúde, independente do fato, queixa ou
doença que o motivou, deve ser tratado como
uma oportunidade para a análise integrada e
preditiva de sua saúde, e para uma ação
resolutiva, de promoção da saúde, com forte
caráter educativo. O acompanhamento siste-
mático do crescimento da criança constitui o
eixo central desse atendimento.
A avaliação periódica do ganho de peso
permite o acompanhamento do progresso in-
dividual de cada criança, identificando aque-
las de maior risco de morbi/mortalidade, si-
nalizando o alarme precoce para a desnutri-
ção, causa básica da instalação ou do agrava-
mento da maior parte dos problemas de saúde
infantil.
O RECÉM-NASCIDO
Definição: criança de 0 a 28 dias de vida.
CLASSIFICAÇÃO
Denominação Descrição quanto à idade e o peso
RN DE TERMO – RN nascido entre 37 e 42 semanas de ges-
tação segundo a OMS
RN PRÉ-TERMO – RN nascido até 36 semanas e 6 dias de
gestação.
RN PÓS-TERMO – RN nascido após 42 semanas de gestação.
RN adequado para a idade gestacional – RN que se situa na curva de crescimento
entre o percentil 10 e o percentil 90.
RN pequeno para idade gestacional – RN que se situa abaixo do percentil 10 na
curva de crescimento.
RN grande para a idade gestacional – RN que se situa acima do percentil 90 na
curva de crescimento.
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ROTEIRO DE VISITA DA ENFERMEIRA
E DO ACS AO RECÉM-NASCIDO
„„„„„ Avaliação do Recém-Nascido
Obter dados sobre condições do parto e do
nascimento. Estado de saúde da mãe deve ser
investigado. Verificar:
1. Aleitamento materno (exclusivo, Predomi-
nante) - Orientar sobre pega, leite posterior
e técnica de amamentação. Deixar o RN es-
vaziar as mamas, pois o leite posterior ë
mais rico em gordura e permite maior gan-
ho de peso, além de saciar a fome da cri-
ança. Orientar á mãe sobre a pega e suc-
ção do bico e Aréola. (Ver capítulo sobre
alimentação do Rn.)
2. A criança suga bem? (orientar para não usar
chupetas, mamadeiras)
3. Apresenta evacuações? Perguntar sobre as-
pecto, cor e odor das fezes. Lembrar que o
Rn em amamentação exclusiva tem fezes
explosivas, amarelas, líquidas e com
grumos. O Rn ao alimentar-se estimula o
reflexo gastro-cólico e evacua muitas ve-
zes ao dia. Verificar aspecto e odor das
fezes, pois às vezes o Rn pode ficar sem
evacuar por vários dias: se elimina fezes
pastosas, suga bem e está bem, orientar a
mãe que o ritmo de evacuações varia de
bebê para bebê.
4. Urinando bem? Em boa quantidade? Uri-
na clara? RN´s ictéricos têm urina mais
escura, manchando a fralda.
5. Sono (tranqüilo, agitado)? O Rn dorme e
acorda várias vezes, não distinguindo o dia
da noite (mais ou menos a cada 3, 4 ho-
ras). Orientar a mãe para descansar en-
quanto o bebê dorme.Evitar colocar a cri-
ança de bruços até os 03 meses. Ela deve-
rá ser colocada em decúbito lateral com
apoio nas costas.
 6. Atividade motora – O bebê normal e
saciado nas suas necessidades basais,quando acordado é ativo e tranqüilo. Be-
bês que choram muito estão muito para-
dos ou agitados,exigem atenção especial
e devem ser encaminhados para consul-
ta médica.
7. Higiene do bebê – O banho do bebê deve
ser dado num horário mais quente, com
água morna, segurando-o com cuidado,
mas firmemente, com a face para cima,
protegendo seus olhos do sabão. Evitar
perfumes e talco. Se tem assaduras usar
pomada a base de óxido de zinco ou, na
ausência, polvilho ou maisena.
8. Umbigo (cor, secreção purulenta, odor).
Reforçar cuidados com o coto. O coto pode
ser molhado e secado. Após secagem fazer
limpeza com álcool a 70% (usar o kit
neonatal). Se úmido e com cheiro forte, re-
forçar cuidados e encaminhar se necessá-
rio ao pediatra.
9. Regurgitação – É normal a regurgitação no
Rn, principalmente nos que mamam mui-
to e ultrapassam sua capacidade gástrica
(20 a30ml/kg). Deixar a criança arrotar após
as mamadas, segurando-a no colo.
10. Vômitos - Bebês que vomitam muito po-
dem ter um problema de saúde ou sim-
plesmente mamar em excesso. Verificar
sempre o ganho de peso e encaminha-lo
se estiver perdendo peso após orientação
correta
11. Cólicas - São comuns no bebê. Acalmá-
lo, colocá-lo em posição de bruços no colo
ou coxa da mãe até que o RN arrote ou
elimine gases. Não está indicado o uso de
remédios para cólicas.
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de12. Choro - Verificar se está com fome, frio,
urinado, com fezes ou se tem cólicas. Choro
forte de dor é diferente do choro habitual
do bebê e deve ser bem observado e enca-
minhado ao pediatra se necessário.
13. Cor da pele (icterícia, cianose) - Observar
palidez, icterícia e cianose. Ver intensidade
da icterícia: se intensa e abaixo dos joelhos
encaminhá-lo para avaliação do pediatra.
Se com cianose, verificar se é frio, se tem
desconforto respiratório, gemência, boca
seca ou estado geral comprometido, exige
encaminhamento imediato para hospital.
14. Pústulas, pápulas no corpo - Se há pus,
deve-se rompê-las com cotonete e fazer
limpeza local com ägua limpa ou soro fi-
siológico e usar pomada de neomicina/
bacitracina. A presença de pápulas ver-
melhas e salientes deve ser avaliada pelo
médico.
15. Conjuntivite - Secreção ocular purulenta
deve ser limpa com água destilada ou
boricada. Neste caso, pode-se usar colírio
de tobramicina ou gentamicina (1 gota
nos olhos de 4 em 4 horas por 4 dias).
16. Obstrução nasal - Limpeza do nariz com
cotonete delicadamente uma vez ao dia;
e após pingar soro fisiológico nas narinas
antes das mamadas.
17. Dificuldade para respirar - Verificar se é
obstrução nasal apenas ou dispnéia com
comprometimento do estado geral, febre
ou gemência. Encaminhar imediatamen-
te ao médico. (Ver fatores de risco). No
caso da dispnéia observar a Fr normal
para a idade:
< 2 meses <60 rpm; de 2 a 11 meses
< 50 rpm; e de 12 a 59 meses <40 rpm.
18. Monilíase - Verificar presença de placas
brancas na face interna dos lábios e bo-
chechas, limpar com bicarbonato de sódio
3 vezes ao dia. Pingar ½ conta-gotas de
nistatina oral nos cantos da boca 4 vezes
ao dia por 8 dias. Tirar as placas com
delicadeza antes do uso da nistatina. Lim-
par tudo que for à boca do bebê inclusive
o seio materno para não manter por tem-
po prolongado a monilíase.
19. Imunização - Lembrar de checar as vaci-
nas feitas na maternidade (BCG, HEPATI-
TE). Agendar as próximas vacinas. Lem-
brar que a vacina da hepatite pode ser
dada a qualquer RN independente do peso
e que o Rn prematuro deve receber 4 do-
ses (ao nascer, com 1, 2 e 6 meses.)
20. Uso de medicamentos - Verificar o uso
de medicamento prescrito e doses. Ori-
entar a mãe sobre a melhor maneira de
utilizar as medidas (conta-gotas, colher,
seringa, etc).
Observação: ver relação de medica-
mentos que podem ser prescritos pela
enfermeira no programa.
21. Condições ambientais, hábitos familiares;
realização do teste do pezinho e registro
civil - Verificar se foi feita orientação so-
bre a realização do teste do pezinho e os
locais de realização do mesmo (a mãe re-
cebe orientação por escrito na maternida-
de com relação dos locais onde pode fa-
zer o teste do pezinho mais perto de sua
casa). Orientar sobre a declaração de nas-
cido-vivo e registro do RN. Nos casos de
Rn de risco (ver critérios de encaminha-
mento na UBS), verificar se foi encaminha-
do da maternidade e se não o foi, fazê-lo.
A mãe já recebe encaminhamento (referên-
cia/contra-referência) na maternidade para
evitar atrasos na consulta.
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IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE
RECÉM-NASCIDOS DE RISCO
Os RN com as seguintes condições deve-
rão ser encaminhados para ambulatório de
neonatologia do CEMCA (RN de Risco):
− peso de nascimento menor que 2500grs
− com problemas neurológicos
− com problemas metabólicos
− com hiperbilirrubinemia
− com infecção congênita
− com doença pulmonar
− com problemas cardíacos.
ROTEIRO DA 1ª CONSULTA DO RECÉM-NASCIDO
„„„„„ Anamnese
1. Solicitar resumo de alta e cadernata de saúde
da criança e anotar: data do nascimento, ma-
ternidade, tipo de parto, sexo, peso e compri-
mento ao nascer, perímetro cefálico, Apgar.
2. Observar se é rn de risco: baixo peso (me-
nor que 2500g), prematuro, gemelar ou se
apresentou intercorrências no parto.
3. Anotar antecedentes gestacionais de impor-
tância: mãe diabética, com tuberculose,
com hanseníase, usuária de drogas, etc.
4. Verificar se a imunização foi iniciada
5. Interrogar sobre alimentação: Se em uso
de leite artificial, perguntar sobre o tipo de
leite utilizado e o modo de preparo. Obser-
ve se mesmo em aleitamento materno, a
criança chupa chupeta ou usa mamadei-
ra para chás e/ou água.
6. Interrogar sobre os diversos aparelhos
- Exame Clínico
-Examinar a criança despida.
6.1. Peso, comprimento e perímetro cefálico
6.2. Exame físico geral: observar como a mãe
ou o responsável se relaciona com a cri-
ança, observar ao peito, avaliar estado nu-
tricional, coloração da pele e mucosas (ic-
terícia, cianose), constituição esquelética
geral, malformações.
6.3 Exame físico especial (o que observar)
a. Cabeça: fontanelas, suturas, presença
de bossa serossangüínea ou céfalo-he-
matoma. Observar anormalidades nos
olhos, ouvidos, nariz, cavidade oral.
b. Pescoço e tórax: assimetrias, tumora-
ções (fratura de clavícula, torcicolo
congênito, hipertrofia mamária),
retrações, abaulamentos. Observar pa-
drão respiratório (desconforto respi-
ratório, taquipnéia). Ausculta respi-
ratória.
c. Aparelho circulatório: palpar pulsos
(observar assimetria), ausculta cardí-
aca (observar sopros).
d. Abdome: observar distensão, cicatriz
umbilical (coloração da pele, secre-
ção), peristaltismo de luta; palpar he-
patoesplenomegalia, outras massas.
e. gênito-urinário: sinéquia de pequenos
lábios, hidrocele, hérnias, criptorqui-
dia. Anomalias em ânus.
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def. Locomotor: coluna, membros (toco-
traumatismos: fraturas, paralisia
braquial; pé torto)
g. Sistema nervoso: características neu-
rológicas:
− Atitude assimétricado reflexo tôni-
co-cervical (posição do esgrimista)
− Hipertonia generalizada dos 4
membros contrastando com hipo-
tonia da musculatura da coluna
(cervical principalmente)
− Reflexo cutâneo planar em exten-
são, com ou sem leque
− Atividades reflexas primitivas: Moro,
apoio plantar, marcha, sucção.
Observação: caso a primeira consulta
não seja realizada no 1º mês, deverão
ser colhidas informações sobre condi-
ções de gestação e parto, alimentação,
crescimento, desenvolvimento e imuni-
zação, adequando-se o exame clínico ao
grau de desenvolvimento físico e men-
tal compatível com a idade da criança.
Orientações
√ Reforçar o aleitamento materno exclusivo
√ Orientar sobre cólicas
√ Orientar limpeza das fossas nasais
√ Orientar higiene para prevenção de
dermatite de fraldas
√ Orientar banhos de sol diários
√ Evitar aglomerações enquanto o lactente jo-
vem não estiver completamente imunizado
CONSULTAS DE SEGUIMENTO
Deverá ser seguido o esquema proposto
para o atendimento à criança, nas datas refe-
ridas como marcos etários. As datas das pró-
ximas consultas serão marcadas de acordo
com a necessidade individual. Todas as cri-
anças acima de 3 anos deverão fazer pelo
menos o 01 consulta por ano para acompa-
nhamento, após a idade escolar (7 anos) as
consultas deverão ser programadas segundo
identificação de risco nas atividades coleti-
vas realizadas no ambiente escolar ou por de-
manda espontânea.
DIRETRIZES DA CONSULTA
De modo geral, os problemas detectados na
primeira consulta nortearão os dados a serem
avaliados no seguimento. Além disso, deve-
rão conter avaliação dos seguintes itens:
Anamnese:
√ Queixas atuais
√ Alimentação
√ Aparelho digestivo
√ Gênito-urinário
√ Acompanhamento do desenvolvimento
neuropsicomotor
√ Escolaridade (nas idades pré-escolares
e acima)
√ Revisão breve de sistemas e aparelhos
não mencionados acima
√ Outros dados de interesse desde a últi-
ma consulta
√ Imunizações realizadas
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EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO
√ Avaliar atitude da mãe ou responsável
para com a criança
√ Pesar, medir e analisar evolução do cres-
cimento através de gráfico (padrões
OMS/2006 e NCHS).
√ Avaliar marcos do desenvolvimento
AVALIAÇÃO (LISTA DE PROBLEMAS) E PLANO
Listar problemas encontrados e suas im-
pressões sobre a criança (incluindo diagnósti-
co se houver).
Condutas ou plano, deverá necessariamente
conter informações com as orientações dadas
sobre:
√ Alimentação
√ Vacinação
√ Orientação geral e psicológica
√ Prevenção de acidentes e maus-tratos
infantis
√ Medicação, se necessário.
Programe para a próxima consulta algum
tema que não foi possível abordar ou que ache
necessário pontuar para não se esquecer. Use
o prontuário como aliado de seu tempo e sua
memória.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
NEURO-PSICOMOTOR
Do ponto de vista biológico, o desenvolvi-
mento neurológico inicia-se desde a concep-
ção. As interações do indivíduo com o seu
meio ambiente modelam, ao longo de sua vida
(incluindo a intra-uterina), tanto a estrutura
como o funcionamento do seu sistema nervo-
so central (SNC) o qual, por sua vez, cresce e
se desenvolve com grande velocidade, nos pri-
meiros anos de vida. O período de rápida mul-
tiplicação celular de um tecido ou órgão é cha-
mado de período crítico, no caso do SNC, a
maioria das suas células é adquirida até os
seis meses de vida extra-uterina. Como conse-
qüência, o SNC é muito vulnerável durante a
gestação, o parto, o período pré-natal e os pri-
meiros anos de vida. Aos 2 anos, o tamanho
da cabeça da criança é praticamente a meta-
de que terá na idade adulta.
Do ponto de vista clínico, qualquer evento
ambiental nocivo, que ocorra na vida fetal (in-
fecções congênitas, fumo, drogas, etc.), duran-
te o parto (anóxia, hemorragias maternas, etc.)
e nos primeiros anos de vida (infecções, des-
nutrição, etc.), podem lesar o SNC. Mas é pre-
ciso lembrar que esse é um período de grande
plasticidade cerebral, sendo o cérebro capaz
de realizar novas funções, transformando de
maneira duradoura e sob pressão do meio am-
biente, seja os elementos que o compõem, seja
a rede de conexões que os une. Quanto mais
jovem o indivíduo, mais plástico é o seu cére-
bro, embora também se saiba que essa
plasticidade se conserva em certo grau duran-
te toda a vida, mesmo que na idade adulta
seja menor do que na infância.
Do ponto de vista da maturação, o desen-
volvimento neurológico não acontece de ma-
neira arbitrária, mas de acordo com um plano
contido no potencial genético, através de eta-
pas previsíveis e predeterminadas, no sentido
cefalocaudal e do centro para a periferia. Ver
Figura:
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As respostas a estímulos evoluem de refle-
xos generalizados, envolvendo todo o corpo, para
ações voluntárias, definidas pelo córtex. São os
chamados reflexos corticais. Essa especializa-
ção permite à criança passar de reações simé-
tricas, involuntárias em respostas ao meio am-
biente (gritar, agitar os braços, dar pontapés),
para movimentos assimétricos voluntários, em
função de determinado estímulo. Essas funções
nervosas, ou reflexos podem, conforme sua evo-
lução, ser divididas em três grupos:
– Manifestações normais durante algum
tempo e que desaparecem com a evolu-
ção, somente reaparecendo em condi-
ções patológicas: reflexo tônico cervical
e de retificação corporal, ambos desa-
parecendo com um ou dois meses de
idade; reflexo de Moro, que desaparece
em torno de 4-6 meses; e o sinal de
Babinski, que quando bilateral, pode ser
normal até 18 meses;
– Reflexos que existem ao nascimento, de-
saparecem com a evolução, e reapare-
cem como atividades voluntárias: refle-
xo de preensão, sucção e marcha, por
exemplo;
Desenvolvimento motor da criança
(primeiro ano de vida)
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– Manifestações que persistem por toda a
vida: os vários reflexos profundos e os
reflexos cutâneos abdominais.
A postura e os movimentos amplos do re-
cém-nascido são muito importantes e devem
ser sempre observados: o recém-nascido nor-
mal mantém as pernas e braços fletidos tanto
na posição supina como prona. As pupilas
reagem à luz. Apresenta uma reação global a
barulhos muito fortes. Dorme grande parte do
tempo. Tem percepções visuais, alguma dis-
criminação olfativa, percebe alguns sabores
(tendo predileção pelo doce) e desde as pri-
meiras horas de vida é capaz de indicar a per-
cepção de alguns sons. A voz humana causa
nele efeitos diferentes de outros sons, e já em
torno da segunda semana de vida, a voz da
mãe ou mesmo de outra mulher, modulada
por tonalidades afetivas, é capaz de desenca-
dear sorrisos mais facilmente que qualquer ou-
tro som.
Ao se observar um recém-nascido, deve-se
considerar que suas reações, apesar de refle-
xas em sua grande maioria, estão também for-
temente relacionadas com seu grau de matu-
ridade e condições físicas, como: sono, fome,
saciedade, irritabilidade, etc.
Com relação à criança, a sequência do de-
senvolvimento pode ser identificada em termosgerais através dos marcos tradicionais. Essas
referências constituem uma abordagem siste-
mática para a observação dos avanços da cri-
ança no tempo. A aquisição de determinada
habilidade baseia-se nas adquiridas previa-
mente e raramente pulam-se etapas. Para ver
marcos do desenvolvimento consultar proto-
colo de desenvolvimento.
DEMANDAS PARA O
PEDIATRIA DE REFERÊNCIA
A avaliação e/ ou acompanhamento do
pediatra de referência poderá ser necessário
mediante caso de:
√ doenças crônicas ou incapacitantes
√ distúrbios do desenvolvimento neuro-
motor
√ distúrbios do aprendizado
√ distúrbios comportamentais
√ RN de risco que não foram acompanha-
dos no ambulatório de neonatologia
Os encaminhamentos serão feitos exclusi-
vamente pelo médico da equipe, exceto para o
RN que seja classificado como RN DE RISCO.
REUNIÕES DE MÃES
Deverão ser programadas reuniões de grupos
de mães e pais (não esquecer de convidá-los!!),
com a participação de toda a equipe para que
possam ser discutidos temas relacionados com:
√ Aleitamento materno e desmame oportuno
√ Higiene
√ Parasitoses e ectoparasitoses
√ Imunização
√ Doenças prevalentes e sinais de perigo
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de√ Saúde bucal
√ Prevenção de acidentes
CONSULTA EVENTUAL
Objetivos:
√ Diagnosticar e tratar episódios agudos
de doença
√ Realizar seguimento para doenças agu-
das (retorno)
√ Inserir/reinserir no programa
Conduta:
1. Consulta médica garantida
2. Incluir no atendimento programático,
caso não esteja sendo acompanhada.
Risco baixo
√ Diarréia e/ou vômitos sem desidratação
√ Febre inicial sem outras queixas e sem
sinais de perigo.
√ Problemas dermatólógicos agudos.
Conduta:
1. Consulta de enfermagem
2. Queixa clínica: Agendamento ou con-
sulta médica garantida.
3. Incluir no atendimento programáti-
co, caso não esteja sendo acompa-
nhada.
4. Orientações sobre sinais de perigo.
Relação das medicações que poderão ser
prescritas pela enfermeira:
Dipirona: 1 gota por quilo de peso quando
a temperatura for superior a 37.8 graus.
Nistatina gotas: nos casos de monilíase
oral: 1 ml. Nos cantos da boca a cada 6 horas
por 8 dias, após limpeza local. Não usar o
bicarbonato para limpeza na mesma hora da
nistatina pois diminui sua ação.
Soro Fisiológico nasal: em casos de IVAS e
obstrução nasal do RN, 1/2 conta-gotas em
cada narina 4 a 6 vezes ao dia.
TRO: prescrever na doença diarréica agu-
da sem desidratação.
Pomada a base de óxido de zinco: nas as-
saduras simples do bebê.
Mebendazol: em crianças maiores de 1 ano:
5 ml 2 vezes ao dia por 3 dias Repetir após 8
dias.
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Avaliação do risco em menores de 2 meses
RISCO MÁXIMO E INTERMEDIÁRIO - DEVERÃO TER ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO
Tipo de Queixa Descrição
Geral – NÃO INGESTA DE ALIMENTOS OU LÍQUIDOS
– VÔMITOS INCOERSÍVEIS
– CONVULSÕES
– LETARGIA
– INCONSCIÊNCIA
Respiratórias – TIRAGEM SUB-COSTAL
– ESTRIDOR EM REPOUSO
– BATIMENTOS DE ASAS DO NARIZ.
Diarréia e/ou Vômitos – CRIANÇA LETÁRGICA OU INCONSCIENTE
– SANGUE NAS FEZES OU DIARRÉIA HÁ 14 DIAS OU MAIS
Ouvido – SECREÇÃO DO OUVIDO
Nutrição – EMAGRECIMENTO ACENTUADO
– EDEMA DE PÉS
– NÃO CONSEGUIR ALIMENTAR-SE
Outras Queixas* – FEBRE OU HIPOTERMIA (<35,5)
– PETÉQUIAS
– ABAULAMENTO DE FONTANELA.
– PÚSTULAS GRANDES OU EXTENSAS
– DOR Á MANIPULAÇÃO
RISCO INTERMEDIÁRIO
Respiratórias – TAQUIPNÉIA ( FR³60ipm)
Diarréia e/ou vômitos: – OLHOS FUNDOS
– SANGUE NAS FEZES
– DIARRÉIA HÁ 14 DIAS OU MAIS.
Outras queixas – UMBIGO ERITEMATOSO E/OU SECREÇÃO PURULENTA
– PÚSTULAS NA PELE.
– PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO OU PESO BAIXO.
*CONDUTA: DEVERÁ SER ENCAMINHADO IMEDIATAMENTE PARA HOSPITAL.
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1.CONCEITOS ................................................................................................................................................. 35
2.OBJETIVO .................................................................................................................................................... 35
3.FATORES DO CRESCIMENTO ....................................................................................................................... 35
4.FASES DO CRESCIMENTO ........................................................................................................................... 35
5.PADRÕES DE CRESCIMENTO ...................................................................................................................... 36
6.VELOCIDADE DE CRESCIMENTO ................................................................................................................ 37
7. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO ................................................................................................................. 38
8.DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................................. 40
9. AVALIAÇÃO DO RISCO PARA O CRESCIMENTO ......................................................................................... 40
10. GRÁFICOS E CURVAS DE CRESCIMENTO PARA MENINOS E MENINAS ................................................... 40
Monitoramento do Crescimento Infantil
PROGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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de1.CONCEITOS
São alterações biológicas que implicam em
aumento corporal da criança, considerando
principalmente a evolução do peso, da altura
e do perímetro cefálico.
O Crescimento e Desenvolvimento são fenô-
menos “diferentes” em sua concepção fisioló-
gica, “paralelos” em seu curso e “integrados”
em seu significado; pode-se dizer que são dois
fenômenos em um só (Eduardo Marcondes)
A monitorização do crescimento e desenvolvi-
mento é considerada a ação eixo na atenção pri-
mária à saúde da criança em suas ações básicas.
2.OBJETIVO
Monitorar o crescimento e desenvolvimen-
to como um processo seqüencial de medidas
para o diagnóstico, detecção de crianças de
risco e indicadores de saúde com a finalidade
de melhorar a qualidade de vida.
 A caderneta de saíde da criança é a principal
ferramenta de trabalho e instrumento de avaliação.
3. FATORES DO CRESCIMENTO
O crescimento do ponto de vista global é a
somatória de fenômenos celulares, bioquími-
cos, biofísicos e morfogenéticos integrados,
predeterminados pela herança e dependentes
do meio ambiente.
Fatores que influenciam
o crescimento
INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS
· ORGÂNICOS · ambientais
· GENÉTICOS · nutricionais
· NEUROENDÓCRINOS · atividade física
SOMATOTROFINAS · Psico-sociais
TIREOTROFINA
GÔNADAS
4.FASES DO CRESCIMENTO
Duranteo processo de crescimento e de-
senvolvimento o ser humano passa por trans-
formações que se iniciam na vida intra-
uterina e evoluem com modificações
anátomo-fisiológicas e em seus aspectos bi-
opsicossociais peculiares de cada faixa etária.
As etapas ou fases do crescimento são as se-
guintes:
– Intra-utero: ovo, embrião, feto
– Recém-nascido : 0 a 28 dias
– Lactente: 28 dias a 2 anos
– Educação Infantil: 2 a 6 anos
– Ensino Fundamental: 7 a 14 anos
– Adolescente: 10 a 20 anos
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enquanto as demais estruturas estão em
fase de crescimento franco.
√√√√√ Somático: este tipo de crescimento pode
ser representado pelas curvas de peso e
estatura que apresentam o aspecto geral
de um S com dois períodos de maior ve-
locidade, no crescimento extra-uterino (de
0 a 2 anos).
√√√√√ Genital: estas estruturas permanecem la-
tentes durante os primeiros anos, até os
oito a dez anos de vida, para então apre-
sentar um crescimento acelerado, acom-
panhado de transformações físicas que
correspondem à puberdade.
A velocidade do crescimento de diferentes partes do corpo
Fonte: Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil / Ministério da Saúde, 2002.
5.PADRÕES DE CRESCIMENTO
Em condições normais, cada tecido e cada
órgão crescem segundo um grau, padrão e
velocidade próprios.
√√√√√ Neural: crescimento do sistema nervoso
caracterizado por uma intensa velocida-
de nos dois primeiros anos de vida. As
estruturas nervosas são mais vulneráveis
aos agravos de um modo geral.
√√√√√ Linfóide: é o único tipo de crescimento
que apresenta um processo de involução
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6.VELOCIDADE DE CRESCIMENTO
Só é possível monitorizar o crescimento e
o desenvolvimento de crianças e adolescentes
se fizermos uma avaliação continuada, pro-
gramada para compreendermos o ritmo de
cada indivíduo, respeitando as suas caracte-
rísticas e padrões de normalidade heredo-fa-
miliares.
Curvas de crescimento de diferentes partes e tecidos do corpo
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Idade em anos
Fonte: Tanner, 1962. (Copiado da Tanner. J. M., 1978).
OVO A RECÉM-NASCIDO
0,1 50 cm = 5.000 vezes
0,005 mg 3.200 g = 1 Milhão de Vezes
1 a 20 ANOS
Aumento da Altura = 3 ½ Vezes
Aumento do Peso = 20 Vezes
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7.AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
A monitorização do crescimento deve ser
feita utilizando-se dados da anamnese, exame
físico geral, antropometria, avaliação do esta-
do nutricional e avaliação do desenvolvimen-
to sexual. A interpretação correta do cresci-
mento depende da confiabilidade sobre a ida-
de, da confiabilidade antropométrica, da
confiabilidade do referencial escolhido, do se-
guimento evolutivo, da correlação peso e esta-
tura, de outros dados clínicos
A) ANAMNESE
Deve conter informações sobre peso ao nas-
cer, presença ou não de prematuridade, pa-
tologias crônicas, privação psico-social, his-
tórico alimentar, etc. É de extrema importân-
cia a caracterização das condições sócio-eco-
nômicas da família, visto que a grande mai-
oria dos quadros de deficit de crescimento
estão associados à ingesta inadequada de ali-
mentos.
B) EXAME CLÍNICO
Exame clínico global, observando aspecto
dos cabelos, pele, unhas (a procura de sinais
sugestivos de hipovitaminoses). Busca de pro-
cessos infecciosos agudos (a alteração se refle-
tirá no peso, não afetando a estatura) e sinais
de doenças cardiopulmonares (cianose, defor-
midade do tórax, alteração da auscultas, etc.)
e digestivas (enteroparasitoses, etc.) que possam
cursar com deficit de crescimento.
C) AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
O crescimento biológico é avaliado utilizan-
do-se técnicas para mensurar o peso, altura,
perímetros cefálico, torácico, braquial e outras
medidas como envergadura, espessura de pre-
gas cutâneas, altura-sentada, diâmetro biacro-
mial.
O processo de crescimento é caracterizado
pela variedade individual. Por isso, as observa-
ções são baseadas na posição do indivíduo es-
tudado em relação ao grupo. Durante a infân-
cia, o potencial genético não difere tanto entre
os vários grupos populacionais, porém um pa-
drão inferior de crescimento é basicamente fru-
to de condições de saúde e nutrição inadequa-
dos. Como instrumento de avaliação pode-se
seguramente utilizar gráficos (curvas) e tabelas
de referência internacional (OMS/2006).
„„„„„ Peso
Deve ser medido em balanças do tipo pesa-
bebê de até 15 quilos, com subdivisões de 10
gramas. Para crianças maiores, usar balanças
biométricas. A criança deverá ser pesada des-
pida ou, respeitando-se seu pudor, nas crian-
ças maiores, com o mínimo de roupa possível.
Fórmula para estimativa aproximada de
peso esperado:
PESO= (IDADE X 2) + 9
Idade Evolução do Peso
R.N 3.200 g
Primeiro trimestre 25 a 30g / dia
Quinto mês Duplica peso
do nascimento
Primeiro ano Triplica
Segundo ano Quadruplica
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Procedimentos para medir altura/comprimento:
Figura: mesa antropométrica
Procedimento para a medição: crianças de
0 a 23 meses – (deitada)
1. A criança deve estar descalça, despida,
sem touca, protetores ou enfeites de ca-
beça. O cabelo deve estar solto.
2. Com o auxílio da mãe, deitar a criança
mantendo seus ombros e cabeça apoia-
dos na mesa ou superfície plana. Segu-
rar os tornozelos da criança mantendo-
se as pernas esticadas.
3. Encostar a cabeça da criança na extre-
midade fixa da régua ou mesa antropo-
métrica. Deslizar a peça móvel até en-
costar-se aos calcanhares, mantendo os
joelhos bem estendidos. Solicitar ajuda
da mãe para manter a cabeça da crian-
ça na posição correta.
4. Proceder à leitura da medida. A medida
correta exige a precisão até o milímetro,
contudo, para evitar erros de medição
aconselha-se aproximar, quando neces-
sário, para o meio centímetro mais pró-
ximo (exemplo: 70,2cm aproximar para
70,0 cm, 81,8cm, aproximar para 82,0
cm). Registrar imediatamente.
5. Retirar a criança da mesa e orientar a
mãe para vesti-la.
6. Avaliar a adequação do comprimento na
tabela de percentis e informar a mãe so-
bre essa adequação.
„„„„„ Altura
Até 02 anos de idade e na criança com in-
capacidade motora deve ser medido o com-
primento supino em régua antropométrica so-
bre superfície plana, preferencialmente rígida.
A altura em pé(estatura) é medida com um
estadiômetro (régua vertical com cursor na
extremidade cefálica).
Idade Comprimento esperado
RN 50 cm
01 ANO 75 cm
04 ANOS 100 cm
Fórmula para estimativa aproximada de
altura/comprimento esperado:
ALTURA = ( IDADE X 5) + 80
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9. AVALIAÇÃO DO RISCO
PARA O CRESCIMENTO
„„„„„ Baixo Risco
- peso para idade < percentil 10
- desaceleração do ganho em 03 consultas
consecutivas
Conduta: acompanhamento na UBS e in-
clusão em programa de combate às carências
nutricionais.
„„„„„ Risco Intermediário
- baixa estatura
- peso para idade < percentil 3
Conduta: acompanhamento conjunto na
UBS com o apoio do pediatria e inclusão em
programa de combate às carências
nutricionais.
10. GRÁFICOS E CURVAS DE
CRESCIMENTO PARA
MENINOS E MENINAS
- Perímetro cefálico e peso para altura 0 a
36 meses;
- Curva de crescimento de 0 a 36 meses -
Peso para a idade e altura para a Idade;
- Curva de Crescimento de 0 a 20 anos - Peso
para a Idade e Altura para a Idade;
- Diagrama de Maturação Sexual segundo
critérios de Tanner.
„„„„„ Perímetros
Na rotina deve-se medir sequencialmente
os perímetros cefálico e torácico. O perímetro
cefálico tem muita utilidade para avaliarmos
o crescimento do Sistema Nervoso, pois é um
bom indicador para o crescimento cerebral
(micro/macrocefalia).
8. DIAGNÓSTICO
Na prática diária, utiliza-se o peso e a es-
tatura para a avaliação do estado nutricional
de uma criança.
· DESNUTRIDAS OU DE RISCO:
Crianças que se situarem abaixo do
percentil 10 do peso idade (P/I) ou que apre-
sentem desaceleração do ritmo de crescimen-
to (curva descendente ou com retificação) em
03 consultas consecutiva em intervalos próxi-
mos (mesmo se situado acima do P10).
· BAIXA ESTATURA:
É definida quando é observada a relação
altura para idade situada abaixo do percentil
3 da curva de referência utilizada. A baixa
estatura familiar é a causa mais freqüente.
Idade PC esperado
Recém-nascido ± 34 cm
Primeiro semestre 43 cm
Segundo semestre + 3 ou 4 cm
Dois anos + 3 cm
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de
1. CONCEITOS ................................................................................................................................53
2. OBJETIVOS DA MONITORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO .............................................53
3. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ...................................................................................53
4. MARCOS FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA .................................55
5. AVALIAÇÃO DO RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO .......................................................56
Monitoramento do Desenvolvimento Infantil
PROGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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de1. CONCEITOS
Desenvolvimento é a capacidade de reali-zar funções cada vez mais complexas. É
diferenciar alguns termos muitas vezes utili-
zados como sinônimos, embora tenham sig-
nificados diferentes. Assim, vamos começar
definindo alguns conceitos que nos situem em
determinada perspectiva, a começar pelos pró-
prios termos crescimento e desenvolvimento.
– Crescimento significa aumento físico do
corpo, como um todo ou em suas par-
tes, e pode ser medido em termos de
centímetros ou de gramas. Traduz au-
mento do tamanho das células - hiper-
trofia - ou de seu número - hiperplasia.
– Maturação é a organização progressiva
das estruturas morfológicas, que, como
o crescimento, seu potencial está gene-
ticamente determinado. A maturação
neurológica engloba os processos de
crescimento, diferenciação celular,
mielinização e o aperfeiçoamento dos
sistemas que conduzem a coordenações
mais complexas.
– Desenvolvimento é um conceito amplo
que se refere a uma transformação com-
plexa, contínua, dinâmica e progressi-va, que inclui, além do crescimento, a
maturação, a aprendizagem e os aspec-
tos psíquicos e sociais. Nenhum marco
do desenvolvimento surge repentina-
mente sem que uma estrutura física e
funcional já exista.
– Desenvolvimento psicossocial é o pro-
cesso de humanização que inter-relaci-
ona aspectos biológicos, psíquicos,
cognitivos, ambientais, socioeconômi-
cos e culturais, mediante o qual a cri-
ança vai adquirindo maior capacidade
para mover-se, coordenar, sentir, pen-
sar e interagir com os outros e o meio
que a rodeia; em síntese, é o que lhe
permite incorporar-se, de forma ativa e
transformadora, à sociedade em que
vive.
2. OBJETIVOS DA MONITORIZAÇÃO
DO DESENVOLVIMENTO
- Diagnosticar a anormalidade
- Estimular o desenvolvimento
- Intervir precocemente
- Orientar estimulação precoce
- Inserir em programas de reabilitação
- Monitorização continuada
3. AVALIAÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO
A avaliação do desenvolvimento é um dosmarcos fundamentais na atenção à saú-
de da criança, devendo ser executada junto
com a avaliação do crescimento é registrada
na caderneta de saúde da criança, de forma
sistemática e programada.
Deve ser parte integrante da consulta da
criança e como tal deve fazer parte da história
clínica e do exame físico.
Com relação à criança, a sequência do de-
senvolvimento pode ser identificada em termos
gerais através dos marcos tradicionais. Essas
referências constituem uma abordagem siste-
mática para a observação dos avanços da cri-
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ança no tempo. A aquisição de determinada
habilidade baseia-se nas adquiridas previa-
mente e raramente pulam-se etapas.
A estimulação da criança, adequada à sua
etapa evolutiva, é essencial à realização de
seu potencial como ser humano, criando as
bases para a futura estrutura emocional, físi-
ca, e principalmente social, para o exercício
pleno dos direitos de cidadania. As condi-
ções para que uma estimulação adequada
ocorra devem ser avaliadas. Esta abordagem
deve ser feita no consultório mas também
deverá ser realizada em atividades coletivas
e nos equipamentos sociais que cuidam de
crianças e que estão no território da Unidade
de Saúde.
A) AMAMNESE
Na maioria das vezes a detecção de altera-
ção do desenvolvimento é feita por um mem-
bro da equipe de saúde, outras vezes a mãe ou
outro acompanhante traz a queixa. Neste caso,
não esquecer de perguntar:
- Quando iniciou/ foi notado o problema?
- Houve alguma modificação do problema?
Em qualquer situação deverá ser feita
anamnese minuciosa contendo informações re-
lativas a:
√ Antecedentes familiares (padrões seme-
lhantes na família),
√ Antecedentes pré-natais (intercorrências,
não realização do pré-natal, ameaças de
abortamento),
√ Antecedentes perinatais (asfixia: pergun-
tar se a mãe ouviu o choro do bebê ao
nascer, permanência sob ventilação me-
cânica, uso de 02, etc.),
√ Antecedentes mórbidos (convulsões, me-
ningite, internação por doença grave, etc.)
B) EXAME FÍSICO
Existe uma seqüência fixa e invariável para
cada espécie, embora com um ritmo variável
de indivíduo para indivíduo o que permite es-
tabelecer limites de normalidade, idades míni-
ma e máxima em cada marco do desenvolvi-
mento. Além disso, o desenvolvimento segue
duas direções: céfalo-caudal e próximo-distal.
Vale ressaltar o conceito mais amplo de
desenvolvimento que compreende todas as
ações reflexas, voluntárias, espontâneas e
aprendidas. A avaliação pode ser agrupada
em quatro campos:
1. Desenvolvimento motor: diz respeito ao
controle dos movimentos do corpo, des-
de os grosseiros aos mais finos;
2. Desenvolvimento adaptativo: ações de
ajustamento para novas habilidades
mais complexas;
3. Desenvolvimento da linguagem: refere-se
a todos os meios de comunicação, seja
através de gestos, de vocalizações e de
palavras;
4. Desenvolvimento pessoal-social: habili-
dades e atitudes pessoais da criança
frente ao seu meio sociocultural.
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de4. MARCOS FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
IDADE MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
2 meses Prona, eleva a cabeça
Vocaliza sem chorar
Movimentos simétricos
Segue com o olhar até a linha média
Olha a face do examinador
Sorri responsivamente
4 meses Prona, eleva a cabeça até 90o
Segue com o olhar até 180o
Grita
6 meses Sentada, sustenta a cabeça
Prona, eleva o tronco com apoio dos membros superiores
Sorri responsivamente
9 meses Sustenta peso em membros inferiores
Senta sem apoio
Puxada para sentar, sem queda da cabeça
Volta-se quando chamada
Come biscoito com as mãos
12 meses Senta-se sozinha
Fica em pé com apoio
”Papa-mama” não específicos
Imita sons de fala
Preensão usando o polegar
18 meses Tira a roupa do corpo
Combina pelo menos duas palavras
Joga bola com o examinador
24 meses Anda para trás
Corre, sobe degraus
Três palavras além de “papa-mama”
Aponta para uma parte do corpo nomeada
3 anos Fica sobre um pé momentaneamente
Usa frases
Veste-se com auxílio
4 anos Pula sobre um pé só
Brinca com outras crianças
Reconhece mais de duas cores
5 anos Pula alternativamente com um pé
Veste-se sozinho
Pede ajuda quando necessário
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5. AVALIAÇÃO DO RISCO
PARA O DESENVOLVIMENTO
„ Risco máximo:
Deverá ter atendimento médico de imedi-
ato:
- Convulsão
- Hipoatividade (quadro agudo)
Conduta: assistir e encaminhar para o hos-
pital.
„„„„„ Risco baixo/intermediário:
√ Alterações neuro-sensoriais (visão, audi-
ção, linguagem)
√ Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
√ Hiperatividade.
√ Distúrbios de comportamento
√ Problemas de aprendizagem.
√ Enurese noturna.
√ Distúrbio do sono.
Conduta: acompanhamento na UBS em con-
junto com o pediatra. Deve-se avaliar necessi-
dade de encaminhamento à especialidade.
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deDesenvolvimento psico-motor de 0 a 3 anos
Baseado no Manuel du Developpement Psycho-Moteur de L’Enfant. Las etapes de la
Socialization. Les Grands Apprentissages La Criative Masson, 1982 - Autor: Jacqueline Gassier
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