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RESUMO LITERATURA PORTUGUESA 2 AP2

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Aula 11
A questão de Coimbra quando diversos artistas entraram em discussão, de um lado os ultrarromantistas, incluindo Camilo, de outros a geração de 70, os realistas, como Antero Quental e Guerra Junqueiro
AULA 12
Antero sendo este um artista jovem e criado em ambiente conservador ao chegar a faculdade, fica estonteado pelas ideias filosóficas tais qual realismo, positivismo, etc.
 Guerra Junqueiro, começa a dar seus primeiros passos ainda dentro do ultrarromantismo, como era de seu tempo, mas é arrebentado pelas questões sociais e políticas até que se entrega ao positivismo, dando um novo hall para sua escrita.
AULA 13
Temos como foco nesta aula o entendimento da escrita decadentista e simbolista. Nestes dois âmbitos falamos sobre dois grandes autores com obras reduzidas, porém de grande impacto, o primeiro António Nobre, também chamado de Anto, um escritor com forte sentimento decadentista. Este em sua obra buscava transparecer a diminuição do eu sempre relacionando suas desgraças com a situação de Portugal. Sendo assim sua escrita é frequentemente aludida a poética camoniana que faz sempre alusões ao sofrimento português.
O segundo autor, Camilo Pessanha de obra igualmente reduzida e também de grande impacto, produzia poemas sombrios, sempre idealizando a morte e o passar do tempo. O autor cujo a vida era agitada, viciado em ópio e constantemente em bordéis, não possuía o tipo qual as pessoas almejavam, do contrário, tinha a imagem destituída, o que para sua escrita era essencial.
AULA 14
Nessa aula percebemos as diversas fáceis das mulheres finisseculares através do olhar e escrita do sentimental Cesário Verde. 
O autor descreve com minuciosidade juntamente a evolução da cidade lisboeta, as mulheres que por ele passaram. Podemos notar 3 'tipos" sendo esses, a dama fatal, urbana e rica; a débil, frágil e de classe média e a mulher do povo, beirando a morte com sua extrema pobreza.
Em seus escritos Cesário evidencia seus delírios e sua postura perante essas mulheres enquanto descreve a evolução (ou falta dela) dos lugares em que o mesmo percorre.
AULA 15
Aqui começamos os estudos a respeito do Modernismo Português, que contrastantes ao brasileiro possui um aspecto aristocrata, ou seja, ao invés de ser um movimento popular, trata-se de um encirculamento da poética. Nesta vertente literária os poetas iconoclastas, fundadores da revista Orpheu, procuram refinar sua escrita afim de que a mesma atinja somente a elite portuguesa. Temos com três maiores representantes desse movimento, Fernando Pessoa, Almada Negreiro e Mario de Sá- Carneiro.
Com foco no primeiro poeta, passamos por sua complexa trajetória entre heteronômios e ortonômios do próprio autor que se baseia no fato de que, todo poeta é um fingidor. Para ele, tudo é pensamento, ainda que tenha muitos sentimentos descritos em seus textos o autor diz que nenhum deles é real, certo ou errado, todos eles são pensamentos.
Nessa aula também tomamos conhecimento das crises, que são:
A crise do sujeito, onde acontece uma despersonalização do sujeito "conheço-me mas não sou eu"; a crise da linguagem, onde é atribuído o sentimento de fingir, onde há a dor, a dor que se finge ter, a dor do leitor e a dor que o leitor passa a ter. A linguagem é incapaz de dizer o que é real; e a crise da memória, quando os poetas descrevem um passado (vivido ou não), através do presente, onde a memória se confunde em sua extensão.
Por fim, os outros dois poetas, Mario de Sá-Carneiro, poeta-suicida, sua escrita fina e aristocrata, mas curta, trabalha o imaginário dos leitores com cores e descrições vívidas dos eixos mais requintados como castelos, princesas e heróis. O autor, por ser conhecido como poeta-suicida, demonstra em sua obra diversas vezes sentimentos exagerados, porém quase biográficos. Sua escrita expressa vazio, fracasso. O poeta que mais se aproximou da estética finessecular em seu fingimento.
Já Almada Negreiro, o poeta-pintor correlacionava sua obra entre escrita e outras artes afim de escandalizar o burguês em sua atitude rebelde, o único a ter uma vida mais extensa (morreu aos 77 anos, diferente dos outros autores que morreram jovens), tinha um posicionamento iconoclasta.
AULA 16
Nessa aula retomamos os estudos da poética complexa e elaborada de Fernando Pessoa, tomando como princípio a diferenciação entre pseudônimo, heteronômio e ortonômio. Além disso, conhecemos mais profundamente a escrita do ortonômio de Fernando Pessoa, ele mesmo, que desprende-se de si com uma escrita filosófica e altamente complexa. O autor faz jogos entre os atos de saber-se e sentir-se, e a dificuldade do sentir sem racionalizar o sentimento. O ortonômio Metafísico, Fernando Pessoa demonstra (finge) uma dualidade entre o sentir e pensar, como o vento preso ao ar, ele está preso em si, no seu pensamento.
Na segunda parte da aula, conhecemos Alberto Caeiro, um de seus heteronômios, o recém-nascido, o metafísico que abole a metafísica. Este heteronômio tem por si a ideia de sentir sem pensar, pois, as coisas existem e assim são porque existem e são assim, sem mistério algum, sem aprofundamento. Caeiro, tem dentro de si a inocência do não ser e a exclusão do pensar cultural e ainda sim é pego pelo paradoxo de pensar no não-pensamento.
Através dessas duas personagens podemos adentrar e conhecer melhor a escrita de Pessoa que é frequentemente revisitada por poetas contemporâneos como Sophia Andresen, Adília Lopes, e o brasileiro Manuel Barros.
AULA 17
Nesta aula estudamos os outros dois heteronômios de Pessoa, Ricardo Reis e Álvaro Campos, este primeiro é de uma sutil apatia em relação a vida cujo a escrita resplandece a ideia de que gozar é ausentar-se de qualquer dor o caminho seguido pelo sujeito poético é a lógica estoica e epicurista da indiferença.
O terceiro (e não último!) Heteronômio de Pessoa, Álvares de Campo era um entusiasta do moderno com ideais futuristas, porém com tempo é tomado por uma forte melancolia de não pertencer a lugar algum, de não querer nada e de não ser nada. O heteronômio que era engenheiro ainda depois de tanta angústia possui diálogos pós morte com seus "filhos". Na escrita de Freitas vemos esses diálogos.
Camilo Castelo Branco
A permanência e a influência de Camilo Castelo Branco como um dos grandes prosadores do século XIX é inegável. Não só vemos em sua obra certas abordagens românticas, como também sua ultrapassagem, absorvendo até características do Realismo-Naturalismo que o sucedeu, como observam Saraiva e Lopes (1996). O modo crítico como trabalhou, avaliando seu tempo e as modas literárias, muito contribuiu para transformar sua escrita numa reflexão contínua sobre o literário no século XIX.
Eça de Queiroz
A obra de Eça de Queirós forma um espaço crítico da maior importância na literatura portuguesa do século XIX. Seus romances exemplificam de forma concentrada a estética realista e a visão profundamente crítica desse escritor que, embora vivendo fora de Portugal, esteve sempre atento à vida portuguesa e aos portugueses. Vimos nesta aula apenas dois romances, capazes de despertar sua atenção para conhecer essa obra que apresenta outros títulos, como Os Maias, A ilustre casa de Ramires, A relíquia, entre outras narrativas. O olhar questionador do autor desnuda as relações sociais, amorosas e institucionais na sociedade burguesa de um país como Portugal, atrasado economicamente e de certa forma isolado em relação ao resto da Europa tão efervescente nesse século XIX. Eça foi um escritor realista e, mais do que isso, foi um pensador da vida portuguesa, transitando entre o público e o privado, entre casas burguesas e seus ocupantes decadentes ou sonhadores ou inconscientes da mazela da vida burguesa que levam.

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