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Práticas trabalhistas a 3 (1)

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Práticas trabalhistas / Aula 3: Salários e adicionais
Introdução
O termo salário é fortemente citado na legislação trabalhista, embora com diferentes abordagens e em distintas situações. O salário-base mensal é, assim, uma referência importante, uma vez que constitui a parcela fixa regularmente paga ao empregado em função do cumprimento de uma determinada carga horária.
Para alguns profissionais, no entanto, o salário é um elemento importante, mas não suficiente para compreensão da remuneração, receita ou renda. São casos, por exemplo, de o empregado receber parcelas variáveis, equiparáveis ao salário para determinados fins, além de adicionais.
Veremos nesta aula que esse ambiente aumenta a complexidade das operações envolvidas nas práticas trabalhistas, uma vez que o conceito de salário se expande para além do salário-base mensal.
Salário e remuneração
O salário é um elemento essencial na relação empresa-empregado, mesmo quando não é explícito na CTPS. Outros elementos, no entanto, se integram ao salário para todos os fins, tal como ocorre com os adicionais fixos, não sendo relevante a diferença entre um e outro.
Outros elementos variáveis, tais como premiações, comissões, gorjetas e participação nos lucros ou resultados, por outro lado, podem exigir tratamento diferenciado, afastando, em diversos casos, o salário da remuneração.
O salário, na admissão, é parte da negociação a ser estabelecida entre empregado e empregador.
Após a admissão, no entanto, pode variar em função da aplicação dos instrumentos sindicais (acordos, dissídios coletivos e convenções coletivas), em função do desempenho, de antecipações e afins.
Tipos de salário
O salário, embora por vezes com diferentes significados, é a importância a ser desembolsada pelo empregador e paga ao empregado. A parte mensal pode ser fixa, variável ou mista.
Salário misto
O salário misto se refere ao recebimento de uma parte fixa e outra variável, se confundindo com elementos da remuneração variável.
Salário-mínimo
O salário-mínimo é o menor valor a ser pago.
Pagamento do salário
Você, como gestor de RH, deve ficar atento para que nenhum empregado seja contratado com salário menor do que o salário-mínimo, do que o piso salarial da categoria, do que o piso regional (caso exista) ou menor do que a regra inserida em alguma legislação.
Veja este exemplo:
CLÁUSULA QUINTA – PISOS SALARIAIS
Para os empregados abrangidos pela presente Convenção Coletiva de Trabalho, independentemente da idade, sujeitos a regime de trabalho de tempo integral, ficam assegurados como pisos salariais os seguintes valores:
Parágrafo primeiro: para empregados contratados e que exerçam as funções de “Office boy” – CBO 4122-05; Recepcionista – CBO 4221-05; Faxineiro – CBO 5143-20; Porteiro – CBO 5174-10; Auxiliar de Serviços Gerais/Limpeza – CBO 5143; Copeira – CBO 5134-25; Vigia – CBO 5174-20, o valor mensal correspondente a R$ 1.170,00 (um mil e cento e setenta reais);
Parágrafo segundo: Para as demais funções, o valor mensal correspondente a: R$ 1.250,00 (um mil e duzentos e cinquenta reais).
Você pode obter o instrumento sindical indo até à entidade de classe, normalmente patronal, ou pela internet acessando o site do sindicato.
Fique atento também pois o salário mensal independe do número de dias do mês, sejam 28 dias, 29, 30 ou 31. Nas contas realizadas para composição do salário o mês sempre terá 30 dias.
Como regra, o salário deverá ser pago até o 5ª dia útil do mês subsequente ao mês vencido.
O salário pode ser contratado, no entanto, para pagamento em períodos menores do que 30 dias.
Veja abaixo essas situações:
Por quinzena
O salário será pago até o 5º dia após o 15º dia de trabalho.
Por semana
O salário será pago até o 5º dia após o 7º dia de trabalho.
Por hora
O empregado contratado por hora é denominado horista. O salário é pago por unidade de tempo, devendo o empregado receber conforme as horas efetivamente trabalhadas. 
Esse empregado que recebe pelas horas efetivamente trabalhadas fará jus ao recebimento do Descanso Semanal Remunerado (DSR).
 Os horistas se diferenciam dos empregados que recebem salário por mês (mensalistas), quinzena ou semana, pois nestes estão inclusos o Descanso Semanal Remunerado (DSR). 
Veja alguns casos.
Cálculo de frações do salário
R$1.650,00/30 = R$55,00 (1 dia)
R$1.650,00/220 = R$7,50 (1 hora com carga mensal de 220 horas)
R$1.650,00/210 = R$7,86 (1 hora com carga mensal de 210 horas)
R$1.650,00/150 = R$11,00 (1 hora com carga mensal de 150 horas)
Como vimos, para calcularmos um dia de um salário fixo mensal é comum se utilizar o divisor de 30 dias, independentemente se o mês em referência tenha 28, 29, 30 ou 31 dias.
Porém, nada impede a empresa de adotar o número efetivo de dias do mês para calcular um dia do salário fixo mensal, embora tal prática traga complexidade operacional em outros cálculos ou procedimentos.
Para isso basta utilizar os dias efetivos do mês. Veja abaixo os exemplos:
R$1.500,00/31 = R$48,39
R$1.500,00/30 = R$50,00
R$1.500,00/29 = R$51,72
R$1.500,00/28 = R$53,57
COMENTÁRIO
Devemos ter o cuidado na hora da admissão, verificando algumas garantias a serem concedidas, que visam assegurar ao empregado um valor mínimo de remuneração.
Teste seus conhecimentos
Complete corretamente as sentenças com um dos termos do parênteses:
Salário-mínimo é o ______________ (MENOR/MAIOR) salário pago ao empregado. Ele é reajustado pelo governo _______________ (FEDERAL/ ESTADUAL/MUNICIPAL), regularmente, normalmente em períodos de 12 meses.
O gestor de RH precisa observa também o salário-mínimo ______________ (ESTADUAL/FISCAL) presente em determinadas regiões. O referido valor é ____________ (SUPERIOR/INFERIOR) ao salário-mínimo fixado nacionalmente.
GABARITO
1. Menor/federal.
2. Estadual/superior.
Devemos ficar atentos ao salário-mínimo do empregado doméstico, que deve ser o de maior valor, seja do Estado ou nacional.
De modo geral, o gestor precisa observar o salário-mínimo profissional, normalmente aplicável a determinadas categorias, como médicos, engenheiros, advogados economistas e demais profissionais, consoante estabelecido por sentença ou convenção coletiva.
O piso salarial também é algo a ser verificado antes de o candidato aprovado ser registrado como empregado.
Salário utilidade
O salário do empregado pode também ser uma composição do dinheiro efetivo com outros elementos, o que também deve ser inserido na CTPS e no Contrato de Trabalho.
Chama-se salário utilidade e representa toda parcela, bem ou vantagem fornecida pelo empregador como gratificação pelo trabalho desenvolvido ou pelo cargo ocupado.
Esse salário também é conhecido como salário in natura. São valores “pagos” em forma de alimentação, habitação ou outras prestações equivalentes, que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornece habitual e gratuitamente a determinado empregado.
Nesses casos é necessário indicar a composição, verificando o limite legal de 70% de salário-utilidade.
SAIBA MAIS
Tal regra deverá ser aplicada proporcionalmente aos empregados que tiverem salário contratual superior ao salário-mínimo.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne às comissões (na parte de remuneração variável), percentagens e gratificações.
Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, conforme vimos.
Adicionais
São acréscimos salariais decorrentes do trabalho em atividades cujas condições justificam o pagamento.
ADICIONAL NOTURNO
É remunerado a base de 20% quando o empregado trabalha de 22 horas de um dia a 5 horas do dia seguinte. 
Veja um caso prático: 
Se o empregado recebe salário mensal de R$1.800,00 e trabalha nesse período de horário, qual seria o valor do seu adicional noturno?
R$1.800,00 x 20% = R$360,00 (valor do adicional noturno)
Agora, vamos supor que oempregado tenha seu horário estipulado entre 20 horas de um dia até 2 horas do dia seguinte, com o mesmo salário de R$1.800,00.
Observe que ele, nesse caso, só trabalha 4 horas no período coberto pelo adicional noturno, ou seja, de 22 horas até 2 horas.
Então já sabemos que o adicional noturno será proporcional. Como então fazer esse cálculo? 
Temos uma forma bem simples e prática para você entender esse cálculo.
Se o horário noturno integral é de 7 horas, vamos utilizar a proporcionalidade para encontrar 4/7 (quatro sétimos) de R$1.800,00.
O cálculo fica da seguinte forma:
R$1.800,00 X 20% = R$360,00 (valor integral que corresponde a 7/7).
R$360,00/7 = 51,43 X 4 = 205,72 (valor de 4/7 de adicional noturno).
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
É o adicional devido ao empregado em face da atividade insalubre na qual ele fica exposto a agentes nocivos à saúde, acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho.
É pago da seguinte forma: 
• 10% de adicional de insalubridade – para quem atua com atividade insalubre no grau mínimo;
• 20% de adicional de insalubridade - para quem atua com grau médio;
• 40% de adicional de insalubridade – para quem trabalha com grau máximo de insalubridade.
A base para cálculo do adicional de insalubridade é o salário-mínimo nacional ou piso salarial da categoria definida em acordo ou convenção coletiva.
Exemplo:
No caso de um empregado que recebe salário de R$1.800,00 e tem seu grau de insalubridade de grau mínimo, sendo o piso salarial da categoria no valor de R$1.200,00, qual é o valor a receber a título de insalubridade?
R$1.200,00 X 10% = R$120,00 (valor do adicional de insalubridade)
Observe que o cálculo foi feito em cima de R$1.200,00 que é o piso salarial da categoria.
Para o caso no grau médio, o valor seria o seguinte:
R$1.200,00 X 20% = R$240,00 (valor do adicional de insalubridade)
Sendo no grau máximo, o valor seria o seguinte:
R$1.200,00 X 40% = R$480,00
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Adicional devido ao empregado exposto a atividades periculosas, na forma de regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho.
O valor do adicional de periculosidade será de 30% sobre o salário do empregado, ou seja, salário contratual, aquele registrado em Carteira de Trabalho.
Exemplo:
Se o empregado recebe salário de R$2.000,00, qual seria o valor do adicional de periculosidade?
R$2.000,00 X 30% = R$600,00 (valor do adicional de periculosidade).
ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Os adicionais por tempo de serviço no setor privado não são benefícios estabelecidos pela legislação trabalhista. Eles são apenas pagos por mera deliberação da empresa ou previstas em convenções ou acordos coletivos.
Contudo, se há pagamento, eles somam-se aos outros valores recebidos pelos empregados para formar o total da remuneração para todos os efeitos legais.
Nas empresas privadas encontramos os adicionais por tempo de serviço descritos da seguinte forma:
• Triênio – Quando o empregado completa 3 anos de serviços na empresa passa a receber, mensalmente, um percentual sobre o seu salário fixo;
• Quinquênio – Quando o empregado completa 5 anos de serviço passa a receber, mensalmente, um percentual maior sobre o seu salário fixo. 
Por não ser cumulativo, extingue-se o triênio.
Exemplo:
Supondo que os percentuais sejam de 5% para o triênio e 10% para o quinquênio sobre um salário de R$1.600,00, os valores seriam os seguintes:
R$1.600,00 X 5% = R$80,00 (valor do triênio)
R$1.600,00 X 10% = R$160,00 (valor do quinquênio)
Atividade
Assista à reportagem que define bem os adicionais trabalhistas e depois faça um comentário destacando a possibilidade, ou não, do empregado continuar recebendo tais adicionais, após a cessação do trabalho insalubre ou perigoso, ou da transferência para o horário diurno:
GABARITO
Não há possibilidade da manutenção dos adicionais trabalhistas caso cesse a causa que origina tais pagamentos. Não há legalidade quanto à integração ao salário.
Exercícios
1 - Salário e remuneração são dois conceitos mais ou menos próximos dependendo do programa ou da forma de remuneração variável ou da composição do salário. Neste contexto das práticas trabalhistas, marque a opção CORRETA:
Os adicionais devem ser calculados com base no salário-mínimo ou no piso da categoria.
O salário do empregado é a base para cálculo dos adicionais que irão compor a remuneração dos empregados.
Dependendo do adicional, diferentes bases salariais podem ser usadas, o que pode envolver o salário do empregado, o salário-mínimo ou o piso da categoria.
O adicional noturno é calculado sobre o salário-mínimo vigente no momento do pagamento.
O adicional por tempo de serviço é, normalmente, calculado sobre o piso da categoria profissional.
GABARITO
Diferentes adicionais podem ser aplicados sobre diferentes bases salariais.
2 – O adicional noturno é aplicado, de uma maneira geral, sobre a horas cobertas pelo período considerado noturno. Sobre o tema, marque a opção CORRETA:
A alíquota é de 20%.
O adicional representa 30% do salário para periculosidade de grau médio.
O salário-mínimo é a base para o cálculo do adicional noturno.
O adicional deve ser calculado na ordem de 10% por hora trabalhada.
O período noturno, para efeito do adicional, varia entre 15% e 20%.
GABARITO
A alíquota é fixa e independe de qualquer outra variável.
3 – O adicional de periculosidade é parte da remuneração de diversos empregados. Sobre o tema é possível AFIRMAR que:
A alíquota é de 40%, incidente sobre o valor do salário-mínimo.
O adicional representa 20% do salário para periculosidade de grau médio.
O salário-mínimo é a base para o cálculo do referido adicional.
O adicional deve ser calculado na ordem de 15% por hora trabalhada.
O adicional é aplicado sobre o salário-base do empregado, sem limite.
GABARITO
O adicional é aplicado sobre o salário do empregado, sem limite ou variação
Referências desta aula
BRASIL. Casa Civil. Decreto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. Acesso em: 27 fev. 2018.
______. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Capítulo II, dos Direitos Sociais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 27 fev. 2018.
______. Casa Civil. Lei nº 13.467, de 13 de Julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm. Acesso em: 27 fev. 2018.
Próximos passos
As diferentes formas de remuneração variável paga aos empregados e algumas das rotinas a serem executadas;
Aplicação do conceito de DSR (Descanso Semanal Remunerado) em parcelas variáveis;
Apuração da média de comissões e o impacto da média na composição da remuneração.
Explore +
Acesse os seguintes sites e pesquise mais sobre o conteúdo desta aula:
• Ministério do Trabalho;
• Secretaria da Previdência Social;
• Receita Federal;
• INSS.
• Assista ao vídeo “Reforma Trabalhista - Remuneração dos Trabalhadores”.

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