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TECNOLOGIA E SOCIEDADE PROF. MSc CARLOS UESLEI RODRIGUES DE OLIVEIRA Regulamentação da Profissão Você é a favor? Por que? Regulamentação da Profissão Segundo a Constituição Federal de 1988 Artigo 5º Inciso XIII “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” Artigo 5º Inciso XX “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;” Regulamentação da Profissão Somente a qualificação profissional seria suficiente para proteger os cidadãos comuns dos maus profissionais? Regulamentação da Profissão Com o objetivo de proteger o cidadão comum de maus profissionais, leis regulamentando determinadas profissões foram aprovadas e respectivos conselhos federais e regionais foram criados para controlar os profissionais localizados em suas áreas de influências. Regulamentação da Profissão Em geral essas profissões se caracterizam pelo atendimento direto a cidadãos comuns que são mais vulneráveis aos prejuízos causados pelos maus profissionais; E sua área de conhecimento é o suficiente para exercer a sua profissão não importando o tipo de cliente. Regulamentação Profissional No geral a regulamentação de uma profissão garante aqueles que se associam aos conselhos daquela profissão o seguinte: Direito de exercer aquela profissão criando uma reserva de mercado As condições de trabalho aprovadas por essa regulamentação Jornada de trabalho Salário base Determinação de férias, etc. Obriga aos associados a seguir um rigoroso código de ética adequado à profissão; A quem ferir algum preceito do código de ética estará sujeito a punições que podem ser uma simples advertência até a sua expulsão do conselho e consequente proibição de exercer a profissão novamente. Regulamentação da Profissão Alguns conselhos se notabilizam por controlar o aumento de maus profissionais dificultando o seu ingresso no conselho através de exames de proficiência nos conhecimentos da profissão. Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 - Dispõe sobre o estatuto da advocacia e a ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Veja o índice de aprovados nas últimas edições do exame Exame Inscritos Aprovados Índice V Exame -2011 108.335 26.024 24,01% IV Exame– 2011 121.380 18.334 15,02% Exame 2010.3 106.891 12.534 11,73% Exame2010.2 106.041 16.974 16,00% Exame2010.1 95.764 13.435 14,03% Exame2009.3 83.524 13.781 16,50% Exame2009.2 70.094 16.507 24,45% Exame2009.1 58.761 11.444 27,35% Exame2008.3 47.521 12.659 19,48% Exame2008.2 39.732 11.668 30,22% Exame 2008.1 39.357 11.063 28,87% Fonte: FGV Projetos/OAB Regulamentação da Profissão Outros conselhos fazem esse controle analisando o que o profissional se propõe a fazer antes de o serviço ser executado de fato através das Anotações de Responsabilidade Técnica ou ART’s. Norma Regulamentadora: Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 - Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo e dá outras providencias. Lei nº 8.195, de 26 de junho de 1991 - Altera a Lei nº 5.194/66. OBS¹ : O Decreto nº 241/67, incluiu entre as profissões cujo exercício é regulado pela lei nº 5.194/66, a profissão de engenheiro de operação. OBS² : A resolução CFEAA nº 313/86, de 26 de setembro de 1986, do Conselho federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, dispõe sobre o exercício profissional dos Técnólogos das áreas submetidas á regulamentação e fiscalização instituídas pela Lei nº 5.194/66. Regulamentação da Profissão Outros conselhos exercem o controle dos maus profissionais através de rigorosos códigos de ética e instituem Comitês de Ética com autoridade suficiente para banir da profissão os maus profissionais que ao ferir algum preceito do código de ética causem prejuízos para os cidadãos. Norma Regulamentadora: Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957 - Dispõe sobre os Conselhos de Medicina, e dá outras providências. Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958 - Aprova o regulamento do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Medicina a que se refere a Lei nº 3.268/57. Lei nº 6.932, de 07 de julho de 1981 - Dispõe sobre as atividades do médico residente e dá outras providências. O CFM também impede médicos formados no exterior de exercerem a profissão no país sem antes convalidarem seus diplomas em uma Universidade brasileira. O aumento de cursos de medicina no país esta levando o CFM a pensar em adotar uma prova no estilo da OAB para novos associados Regulamentação de Profissão Outros conselhos só servem para cobrar anuidades e servirem como reserva de mercado: Regulamentação da Profissão Outras profissões são regulamentadas mas não possuem conselhos, seja por ainda não estarem muito bem organizadas ou por que sejam de difícil fiscalização. Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador Norma Regulamentadora : Lei nº 12.592, de 18 de Janeiro de 2012. Enólogo Norma Regulamentadora: Lei nº. 11.476, de 29 de maio de 2007 - Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Enólogo e Técnico em Enologia. Garimpeiro Norma Regulamentadora: Lei nº. 11.685, de 02 de junho de 2008 - Institui o Estatuto do Garimpeiro e dá outras providências. Guardador e Lavador de Veículos Norma Regulamentadora: Lei nº 6.242, de 23 de setembro de 1975 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Guardador e Lavador de veículos automotores, e dá outras providências. Decreto nº 79.797, de 8 de junho de 1977 - regulamenta a lei nº 6.242/75. Massagista Norma Regulamentadora : Lei nº 3.968, de 5 de outubro de 1961 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Massagista. Repentista Norma Regulamentadora : Lei nº. 12.198, de 14 de janeiro de 2010 - dispõe sobre o exercício da profissão de repentista. Regulamentação da Profissão Em qual situação se enquadraria a profissão de informática? Regulamentação da Profissão A informática é uma área caracterizada pelo grande dinamismo, onde um diploma universitário é extremamente importante, mas não fundamental para que o profissional a exerça de forma competente. Muitos gênios da informática realizaram grandes trabalhos sem ter uma graduação. Ex: Bill Gates, Steve Jobs, etc. Em algumas áreas da informática como na área de Análise de Sistemas o conhecimento específico da informática não é suficiente para que o profissional faça um bom trabalho. O conhecimento da área na qual o sistema irá trabalhar também é muito importante. O profissional de informática na sua grande maioria irá prestar serviço para empresas que possuem mecanismos para se defenderem sozinhas de maus profissionais. Regulamentação da Profissão Será que a profissão de informática deveria ser realmente regulamentada? Regulamentação da Profissão A Informática brasileira enfrenta hoje um sério e real problema: conselhos de outras profissões já estabelecidas estão avançando, através de Resoluções Normativas, sobre a Área na tentativa de se apropriar de atribuições profissionais que até o presente foram exercidas livremente no País. Há registros concretos de dificuldades impostas aos profissionais e empresas de Informática, e o fato de se criar um novo conselho, nos moldes tradicionais, para a profissão de Informática não resolve estes problemas, mas, na verdade, os agrava, porque acarretará a indesejável necessidade de se ter duplo ou triplo registro, um em cada conselho, como já ocorre em certas áreas. Infelizmente, uma regulamentação tradicional, por si só, não garantirá ao profissional de Informática o constitucional direito ao trabalho, mesmo se devidamente registrado no seu respectivo conselho de profissão. FONTE: PL 1561/2003 Cfa125/1992-Revogada 1992 Cfa184/1997 22/agosto/1997 Cfa198/1997 22/agosto/1997 Confea380/1993-Revogada 17/dezembro/1993 Confea418/1998-Revogada 27/março/1998 Confea478/2003 27/junho/2003 Confea1.010/2005 22/agosto/2005 Confea: Anexos da RN 1.010/2005 22/agosto/2005 Regulamentação da Profissão POSIÇÃO DA SBC Resumidamente, a SBC posiciona-se CONTRA o estabelecimento de uma reserva de mercado de trabalho, geralmente instituída pela criação de conselho de profissão em moldes tradicionais, o qual, como já ocorre em muitas outras áreas, pode levar a uma indevida valorização da posse de um diploma em detrimento da posse do conhecimento, que é a habilitação que ele deveria prover. Por outro lado, a SBC é a FAVOR de liberdade do exercício profissional, sendo o conhecimento técnico-científico e social, normalmente adquirido em curso superior de boa qualidade, o principal diferencial de competência profissional. O diploma, com todas as informações que o compõem, é o principal e melhor instrumento para proteção da Sociedade. A SBC está trabalhando na constituição de um Conselho Nacional de Auto-Regulação, a ser formado por um conjunto de entidades representativas da Sociedade Civil com a finalidade de definir, manter um Código de Ética e aplicá-lo no setor de Informática, visando a proteção da Sociedade e defesa da Área do ponto de vista ético e político. O cenário idealizado pela SBC para o exercício das atividades de Informática no País é caracterizado pelos seguintes elementos conciliadores dos diversos interesses da Sociedade e dos profissionais: regime de liberdade ao trabalho na profissão de Informática em todo o País; competência profissional e posse do conhecimento como principais diferenciais a serem utilizados pela Sociedade e pelas empresas na contratação de serviços profissionais; valorização do diploma de cursos superior como instrumento diferenciador de capacidade tecno-científica e indicador de elevado potencial de competência profissional; uso do controle de qualidade de produto para garantia da satisfação do consumidor; uso da legislação pertinente (Cível, Penal, Comercial, Código do Consumidor, etc) para resolver divergências, punir irregularidades e promover a defesa de direitos; sindicatos atuantes para defender os interesses legítimos direitos da categoria profissional; conselho de Auto-Regulação atuante para a defesa da Sociedade por meio da vigilância do cumprimento da Ética e de defesa da área do ponto de vista político. FONTE = sbc.org.br Regulamentação da Profissão PROJETO DE LEI N.º 1561 DE 2003 (Do Sr. Ronaldo Vasconcellos) Dispõe sobre a regulamentação das profissões na área de Informática e suas correlatas e assegura ampla liberdade para o respectivo exercício profissional. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º - É livre em todo o território nacional o exercício de qualquer atividade econômica, ofício ou profissão relacionada com a Informática, independentemente de diploma de curso superior, comprovação de educação formal ou registro em conselhos de profissão. Art. 2º - O exercício das profissões de Informática em todas as suas atividades é garantido por esta lei, independentemente de pagamento de taxas ou anuidades a qualquer conselho de profissão ou entidade equivalente. Art. 3º - Nenhum conselho de profissão ou entidade similar poderá, sob hipótese alguma, cercear a liberdade do exercício profissional estabelecido por esta lei. Art. 4º - É vedada toda e qualquer exigência de inscrição ou registro em conselho de profissão ou entidade equivalente para o exercício das atividades ou profissões da área de Informática. Art. 5º - É nula de pleno direito e passível de responsabilização cível e criminal qualquer exigência de registro em conselhos de profissão ou entidade equivalente, e os atos decorrentes, para participar de licitação, concursos ou processo seletivo para empregos e cargos na área de Informática. Art. 6º - É facultado à entidade contratante a exigência de diplomas ou certificações para o exercício de funções ou atividades específicas. Art. 7º - Os conflitos decorrentes das relações de consumo e de prestação de serviços das atividades profissionais regulamentadas por esta lei serão dirimidos pela legislação civil em vigor. Regulamentação da Profissão Art. 8º - Para efeito desta lei, entendem-se: I - Informática é o ramo do conhecimento dedicado a projeto e implementação de sistemas computacionais, de sistemas de informação e ao tratamento da informação mediante uso destes sistemas. II - Sistemas Computacionais compreendem computadores, programas e demais dispositivos de processamento e comunicação de dados e de automação. III - Sistemas de Informação são conjuntos de procedimentos, equipamentos e programas de computador projetados, construídos, operados e mantidos com a finalidade de coletar, registrar, processar, armazenar, comunicar, recuperar e exibir informação por meio de sistemas computacionais. Art. 9º - As profissões de Informática são caracterizadas pelas atividades de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos: I - analise, projeto e implementação de sistemas computacionais, seus serviços afins e correlatos. II – planejamento, coordenação e execução de projetos de sistemas computacionais e de sistemas de informação; III – elaboração de orçamentos e definições operacionais e funcionais de projetos de sistemas computacionais e de informação; IV – especificação, estruturação, implementação, teste, simulação, instalação, fiscalização, controle e operação de sistemas computacionais e de informação; V – suporte técnico e consultoria especializada em informática; VI – estudos de viabilidade técnica e financeira para implantação de projetos e sistemas computacionais, assim como máquinas e aparelhos de informática; VII – estudos, análises, avaliações, vistorias, pareceres, perícias e auditorias de projetos e sistemas computacionais e de informação; VIII – ensino, pesquisa, experimentação e divulgação tecnológica; IX – qualquer outra atividade que, por sua natureza, se insira no âmbito das profissões de Informática. Art. 10º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Regulamentação da Profissão REPRESENTAÇÃO MP A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação da profissão de Informática desde antes da criação da SBC em 1978. Fruto dos debates ocorridos ao longo dos anos, nos diversos encontros de sua comunidade científica, em relação às vantagens e desvantagens de uma regulamentação da profissão de informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela formulação dos seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual regulamentação da profissão: Exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação de educação formal. Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima. A área deve ser Auto-Regulada. Os argumentos levantado junto à comunidade da SBC e que nortearam a formulação dos princípios acima estão detalhados na Justificação que acompanha o PL 1561/2003, o qual é integralmente apoiado pela Sociedade de Computação. É de longa data que o Conselho Federal de Administração (CFA) e o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) tentam cooptar os profissionais e as atividades de informática e computação, através de Resoluções Normativas. Sabemos que as Resoluções Normativas destes Conselhos de Classe ferem dispositivos legais reservados pela Constituição Federal, tais como direitos individuais e o livre exercício profissional. Com o objetivo de resguardar o livre exercício profissional da Informática/Computação, bem como os direitos individuais, a SBC, juntamente com outras Entidades de Classe como as ASSESPROs, ABINFOs, ABINEEs, SUCESU, vem atuando de forma decisiva nas esferas política e judicial, para coibir os atos abusivos do CFA e do CONFEA. A SBC, em 1995, entrou com "Representação junto ao Ministério Público". Com isso, o Procurador da República chamou o Presidente do CFA para esclarecimentos. Em seguida, este revogou a Resolução 125, de 1992. A SBC reiterou sua Representação junto ao Ministério Público, solicitando as providências legais que o caso exige e, paralelamente, está se unindo às diversas entidades de classe para combater as Resoluções Normativas do CFA e CONFEA, através de um Manifesto Público. Ao lado, elaboramos um cronograma dos fatos, reunindo alguns acontecimentos e documentos importantes sobre a matéria. FONTE = sbc.org.br Assembleia rejeita votar obrigatoriedade da carteirinha da OMB Ricardo Feltrin, colunista do UOL A Assembleia Legislativa de São Paulo rejeitou votar a obrigatoriedade da carteirinha da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) no Estado de São Paulo, nesta terça-feira (18). A proposta partiu do deputado estadual Edson Ferrarini (PTB), que indicou este projeto (PL 248/11) como prioritário no chamado "bolão de fim de ano". O fim da obrigatoriedade do uso da carteirinha da OMB já havia sido decidido em agosto do ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em sua decisão, a então ministra Ellen Gracie (que se aposentou logo depois) decidiu que "a música é uma arte, algo sublime", e que qualquer "restrição a esta liberdade (profissional) só se justifica se houver necessidade de proteção do interesse público, por exemplo, pelo mau exercício de atividades para as quais seja necessário um conhecimento específico altamente técnico ou, ainda, alguma habilidade já demonstrada, como é o caso dos condutores de veículos". Antes mesmo disso, em 2007, o governo já havia sancionado lei que proibia a exigência de carteirinha da OMB no Estado de SP. POR HOJE É SÓ!!! OBRIGADO
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