Buscar

aula virus da raiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
RAIVA
OBJETIVOS
• INTRODUÇÃO
• PROPRIEDADES DO VÍRUS
• REPLICAÇÃO VIRAL
• PROPRIEDADES ANTIGÊNICAS
• PATOLOGIA E PATOGENIA
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO HOMEM
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• IMUNIZAÇÃO E PREVENÇÃO
• EPIDEMIOLOGIA
• CONTROLE E TRATAMENTO
INTRODUÇÃO
É uma infecção aguda do SNC 
transmitida ao homem através de mordida e 
arranhadura de animal raivoso.
PROPRIEDADES DO VÍRUS
• Família Rhabdoviridae ; gênero Lissovirus;
• São partículas em forma de bastonete ou 
projétil. Envoltório membranoso com 
presença de espículas(peplômeros);
• Genoma, RNA filamento simples e sentido 
Negativo; 
• Pode ser inativado por CO2;
• É rapidamente destruído por exposição de 
radiação UV, ou a luz solar, calor e 
solventes lipídicos;
• Vírus possui muitos hospedeiros;
• Pode ser encontrado no SNC, saliva , urina, 
leite e sangue;
REPLICAÇÃO DO VÍRUS
• O vírus da raiva fixa-se às células através de suas 
espículas de glicoproteínas;
• O genoma de RNA viral é transcrito pela RNA-
polimerase associado ao vírion em 5 espécies de 
RNAm;
• Ocorre codificação de 5 proteínas; 
nuclecapsídeos(N), proteínas polimerases(L,P), 
matriz(M) e a glicoproteína(G)
2
PROPRIEDADES ANTIGÊNICAS
• Existe apenas um único sorotipo desse 
vírus;
• Há diferenças entre as cepas isoladas de 
diferentes espécies em diferentes áreas 
geográficas;
• As espículas purificadas que contêm 
glicoproteína viral estimulam a produção de 
anticorpos neutralizantes;
PATOLOGIA E PATOGENIA
• O vírus multiplica-se no tecido muscular ou 
conjuntivo, no local da inoculação, penetra 
nos nervos periféricos e propaga-se para o 
SNC;
• O vírus multiplica-se no cérebro e pode 
propagar-se para as glândulas salivares e 
outros tecidos;
• A susceptibilidade à infecção e o período de 
incubação podem depender de:
• Idade.
• Constituição genética. 
• Estado imunológico do hospedeiro.
• Cepa viral envolvida.
• Quantidade inoculada.
• Gravidade da laceração.
• Local de inoculação. 
• O vírus da raiva produz uma inclusão 
citoplasmática eosinofílica
específica(corpúsculo de Negri) nas células 
nervosas infectadas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Encefalite aguda, fulminante e fatal;
• Período de incubação é de 1-2 meses, mas 
pode variar de 7 dias a vários anos;
• Em geral, é mais curto nas crianças do que 
nos adultos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O espectro clínico pode ser dividido nas seguintes 
fases:
• Fase Prodrômica Inespecífica;
• Fase Neurológica Aguda;
• Quadro Clássico de Encefalite Rábica;
• Morte, ou em casos raros, recuperação.
3
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PRÓDROMO
• Mal-estar;
• Cefaléia;
• Anorexia;
• Fotofobia;
• Náuseas e vômitos;
• Febre;
• Dor de garganta;
• Sensação anormal ao redor da infecção.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FASE NEUROLÓGICA AGUDA (Encefalite Geral)
• Início com períodos de atividade motora excessiva;
• Nervosismo e apreensão;
• Alucinações, confusão, aberrações bizarras dos 
pensamentos (intercalados com período de lucidez), 
convulsões e paralisia focal;
• Hiperatividade simpática generalizada (lacrimejamento, 
sialorréia, midríase, perspiração e hipotensão postural).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FASE NEUROLÓGICA AGUDA (Encefalite Geral)
• Espasmos dolorosos dos músculos da garganta na 
deglutição;
• Hiperestesia;
• Evidências de paralisia do neurônio motor superior;
• Temperatura alta;
• Deve-se considerar raiva em qualquer caso de encefalite 
ou mielite de causa desconhecida.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÁSSICO DE ENCEFALITE RÁBICA 
(Disfunção do tronco encefálico)
• Acometimento dos nervos cranianos (diplopia, 
paralisias focais, neurite óptica e dificuldade de 
deglutição);
• “Espuma na boca”;
• Hidrofobia é observada em 50% dos casos;
• Acometimento do núcleo amigdalóide pode levar ao 
priapismo e ejaculação precoce.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÁSSICO DE ENCEFALITE RÁBICA
• O paciente evolui para coma e o acometimento do 
centro respiratório causa morte por apnéia;
• A importância da disfunção precoce do tronco 
encefálico diferencia a raiva de outras encefalites 
virais e explica a deterioração rápida;
• O período máximo de sobrevida é de quadro dias, 
com um máximo de 20 dias, a menos que se 
instituam medidas de suporte artificiais.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
COMPLICAÇÕES TARDIAS
• Secreção inapropriada de ADH,
• Diabetes insípidos,
• Arritmias cardíacas,
• Instabilidade vascular,
• SARA,
• Hemorragia digestiva,
• Trombocitopenia e
• Íleo paralítico.
4
Anemia, sangramento GI, hiperemia, íleo 
paralítico, paralisia da bexiga, insuf. renal 
aguda, pneumomediastino.
OUTRAS
Secreção inapropriada de ADH, diabetes 
insipído.PITUITÁRIA
Hiperventilação, hipoxemia, atelectasia, 
apnéia, pneumonia, pneumotórax.PULMONAR
Arritmia, hipotensão, ICC, trombose arterial 
ou venosa, obstrução da VCS, parada cardíaca.CV
Hiperatividade, hidrofobia, convulsões focais, 
sinais de localização, edema cerebral e 
aerofobia.
NEUROLÓGICA
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MORTE
• Dois a sete dias após a ocorrência de 
sucessivas perdas de consciência e estado 
de coma, o paciente morre. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
• Período de incubação é, em média, 60 dias.
• Não foi demonstrada raiva subclínica em cães.
• Fase Prodrômica
• Fase Clínica:
– Raiva Furiosa.
– Raiva Muda ou Paralítica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
PRÓDROMO
• Alterações na conduta,
• Aumento leve de temperatura,
• Micção freqüente,
• Anorexia
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
RAIVA FURIOSA
Duração máxima da fase clínica: 5 a 7 dias.
• Inquietação,
• Nervosismo,
• Tendência a atacar,
• Mudança na tonalidade do latido,
• Afonia total (alguns casos),
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
RAIVA FURIOSA
• Olhos com aspecto vítreo.
• Contrações musculares involuntárias, 
• Descoordenação da marcha,
• Crises convulsivas,
• Paralisia,
• Morte.
5
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
RAIVA MUDA OU PARALÍTICA 
Duração máxima da fase clínica: 4 a 6 dias.
• Ausência de inquietação,
• Ausência de nervosismo,
• Ausência de tendência a atacar,
• Cão oculta-se a lugares escuros
• Paralisia progride e mata o animal.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TESTES ESPECÍFICOS
• Ag e Ácidos Nucléicos do vírus da raiva;
• Isolamento do vírus;
• Sorologia;
• Observação do animal.
Oito semanas.
PERÍODO DE CONSERVAÇÃO
Temperatura ambiente.
TEMPERATURA DE 
CONSERVAÇÃO
Glicerol em solução salina 
tamponada a 50%.CONSTITUIÇÃO DO MEIO
TRANSPORTE DE AMOSTRAS PARA 
DIAGNÓSTICO DE LABORATÓRIO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus 
da raiva:
• Os tecidos infectados são identificados 
rapidamente e de modo mais acurado por 
imunofluorescência ou coloração de 
imunoperoxidase, utilizando Ac 
monoclonais anti-rábicos.
IF DIRETA: Resultado em 24 horas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus 
da raiva:
• Pode-se recorrer ao teste da reação em 
cadeia da polimerase-transcrição reversa 
para ampliar partes do genoma do vírus da 
raiva em tecido cerebral fixado ou não 
fixado.
6
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus da raiva:
• O diagnóstico patológico definitivo da raiva baseia-
se no achado de corpúsculos de Negri no cérebro e 
na medula espinhal.
• Corpúsculos de Negri
• Contêm Ag virais.
• São encontrados em impressões, em cortes histológicos e 
necropsia.
• Podem ser demonstrados por IF.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Isolamento do vírus da raiva:
• O tecido (ou saliva) disponível é inoculado por via 
intracerebral em camundongos recém-nascidos.
• O líquido cefalorraquidiano ou urina dificilmente 
proporcionam material para isolamento.
• O fracassodo isolamento do vírus de material da 
saliva não descarta o diagnóstico da raiva.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Isolamento do vírus da raiva:
• As infecções em camundongos resultam em 
paralisia flácida das patas, encefalite e morte. 
• O cérebro do animal morto é examinado à 
procura de corpúsculos de Negri e de Ag da 
raiva.
• O vírus isolado é identificado por testes de Ac 
fluorescente com anti-soro específico.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Sorologia:
• Os Ac séricos podem ser detectados por 
testes de IF, FC ou TN.
• Pode-se verificar o desenvolvimento desses 
Ac em indivíduos e animais infectados 
durante a evolução da doença. 
TN: Resultado em 15 dias.
7
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Sorologia:
• Identificar o grau de proteção de indivíduos que 
se submeteram a tto profilático. 
• Avaliar a necessidade de reforços de vacinações 
em pctes que receberam tto profilático pós-
exposição e foram reexpostos ao risco.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Observação do animal:
• Todos animais “raivosos ou com suspeita de 
raiva” devem ser imediatamente sacrificados 
para exame laboratorial dos tecidos. 
• Outros animais, quando disponíveis, devem ser 
mantidos em observação durante 10 dias.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TESTES INESPECÍFICOS
• Leucograma geralmente apresenta-se com intensa 
leucocitose, com neutrofilia e desvio à esquerda. 
• No exame da urina, podem ser observados corpos 
cetônicos, presença de cristais de sedimentos, 
além de glicosúria e discreta albuminúria.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• A forma Paralítica da Raiva pode ser 
confundida com a Sd de Guillian-Barré ou 
com a Poliomielite.
• O tétano pode ser confundido com a raiva pela 
presença de espasmos musculares 
generalizados.
IMUNIDADE E PREVENÇÃO
• Apenas um tipo antigênico é conhecido;
• A apresentação da doença determina fatalidade em 
99% dos casos;
• A imunização preventiva se faz necessário devido 
a falta de cura para doença;
• A prevenção deve ser feita para indivíduos sobre 
alto risco de captação do vírus, chamada 
profilaxia pré-exposição;
• Para indivíduos que tenham sido expostos ao 
vírus, deve-se seguir tais procedimentos:
8
FISIOPATOLOGIA DA PREVENÇÃO 
DA RAIVA POR VACINA
• Provavelmente o vírus precisa se 
multiplicar no local de inoculação;
• Concentração aumentada é necessária para 
tornar a infecção do SNC válida;
• Ac neutralizantes diminui a multiplicação 
do vírus na porta de entrada;
-Dirigidos contra glicoproteínas.
• Vacina com posterior atividade;
TIPOS DE VACINA
• Todas as vacinas usadas no humano são vírus inativos.
• HDCV
• Vacina com células diplóides humana, purificada e com 
concentrado de vírus inativados por B-propiolactona. 5 
doses.
• RVA
• também conhecida como vacina anti-rábica adsorvida. 
Concentrada por adsorção de fosfato de alumínuo.
• VACINA COM TECIDO NERVOSO
• Vacina feita com cérebro de carneiros infectados. Causa 
encefalíte pós-vacinal.
• VACINA COM EMBRIÃO DE PATO
• Vírus cultivado em embrião de pato. Atividade contra pós-
vacinal. Baixa antigênicidade.
• VÍRUS VIVO ATENUADO
• Cultivado, de modo adaptativo, em embriões de galinha. 
Para animais.
TIPOS DE ANTICORPOS CONTRA 
A RAIVA
• HRIG
• É a imunoglobulina anti-rábica humana. Extraída de 
plasma HUMANO hiperimunizado.
• SORO EQÜINO ANTI-RÁBICO
• Soro, concentrado, de cavalos hiperimunizados.
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologicamente, são conhecidos dois 
tipos de raiva:
*Raiva rural ou silvestre;
*Raiva urbana;
• Se o animal morrer após a agressão ao 
homem, independente de sintomatologia, 
deve passar por diagnóstico 
laboratorial(teste de imunofluorescência) do 
parênquima cerebral.
• Dependendo do resultado, inicia-se 
imediatamente HRIG e HDCV ou RVA
9
• Nem todo animal raivoso tem o vírus da 
raiva na saliva, em (50-90)% dos casos;
• Animais silvestres como cão, gato e 
morcego têm alto risco de transmitir o vírus;
• Bovinos, suínos, caprinos e ovinos têm um 
risco mediano na transmissão do vírus;
• Roedores tem baixo potencial na 
transmissão do vírus; 
• No Brasil a transmissão e 
predominantemente por cães e gato;
• A transmissão interpessoal de raiva e rara. 
Houve um caso devido à transplante 
corneano;
TRATAMENTO E CONTROLE
• Tratamento para doença não existe;
• Terapia somente de suporte. Monitorização 
da função respiratória e cardíaca e do 
balanço hidroeletrolítico;
• Barbitúricos, fenotiazinas e paraldeídos
usados para acalmar o paciente;
• O ambiente de repouso do paciente deve ser 
tranqüilo e com pouca luminosidade;
• Evitar substâncias odoríferas para que o 
paciente não tenha espasmos musculares 
dolorosos reflexos;
• A profilaxia é o único meio para se evitar a 
morte;
• A equipe hospitalar deve usar material de 
proteção, principalmente quando se 
manipula fezes ;
• A vacinação em larga escala de animais 
domésticos, para que esses não venham a 
contrair raiva;
• Eliminar animais doentes, após estudos 
sobre sua situação; 
10
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Continue navegando