Buscar

Dengue: Doença Febril Transmitida por Mosquitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dengue características
Descrição
Doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque da dengue (SCD). Atualmente, é a mais importante arbovirose que afeta o ser humano e constitui sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor
Agente etiológico
É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae.
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
Reservatório
A fonte da infecção e reservatório vertebrado é o ser humano. Foi descrito na Ásia e na África um ciclo selvagem envolvendo macacos. 
Uma variedade de reservatórios naturais de água como bambus, ocos de árvores e de pedras foram apontados como criadouros. Calhas das edificações são apontadas como importantes criadouros de Aedes aegypti a serem considerados nos programas de controle. No Brasil, vários pesquisadores têm identificado vasos de plantas, pneus, caixas d’água, floreiros em cemitérios, como criadouros preferenciais das espécies de vetores, com diferentes padrões conforme a época do ano investigada. Em Santos, após extensas campanhas educativas para eliminação de criadouros “convencionais”, vem se registrando a predominância de focos de Aedes aegypti em ralos e canaletas de drenagem pluvial, em bairros residenciais com adequada estrutura urbana, em plena estação epidêmica.
Vetores
São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Aedes aegypti é a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora da febre amarela urbana. O Aedes albopictus, já presente nas Américas, com ampla dispersão nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas até o momento não foi associado à transmissão da dengue nas Américas.
Modo de transmissão
A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo ser humano-Aedes aegypti-ser humano. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com pessoa sadia, nem por intermédio de água ou alimento.
A prevenção é a única arma contra a doença.
Sintomas 
Dengue Clássica
Febre alta com início súbito.
Forte dor de cabeça.
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
Perda do paladar e apetite.
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
Náuseas e vômitos·
Tonturas.
Extremo cansaço.
Moleza e dor no corpo.
Muitas dores nos ossos e articulações.
Dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:
Dores abdominais fortes e contínuas.
Vômitos persistentes.
Pele pálida, fria e úmida.
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
Manchas vermelhas na pele.
Sonolência, agitação e confusão mental.
Sede excessiva e boca seca.
Pulso rápido e fraco.
Dificuldade respiratória.
Perda de consciência.
Prevenção
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Erradicação da dengue do Aedes aegypti nos anos 50 e sua reemergência no final da década de 70
Epidemiologista Osvaldo Cruz foi o responsável por liderar a campanha contra a febre amarela no início do século 20. As brigadas eram responsáveis por detectar casos das doenças e eliminar focos de mosquitos.
Apoio norte Americano, nas décadas de 30 e 40, a doença permaneceu endêmica no Nordeste. A Fundação Rockfeller, dos EUA, começou uma campanha pela erradicação do mosquito em países latino-americanos, inclusive no Brasil. A principal arma era o DDT, pesticida barato e eficiente que se popularizou a partir dos anos 40. O pesticida foi um dos responsáveis por erradica a malária, no entanto, seus efeitos colaterais são graves, como câncer em seres humanos, mortalidade de pássaros, e perda de eficácia a longo prazo.
Com a erradicação do mosquito o combate se tornou mais caro e mais lucrativo as empresas produtoras de venenos, causando um abandono no combate ao mosquito, e em 1976 o Aedes voltou a causa preocupação.
Relação Ambiental
As mudanças climáticas já são uma das principais urgências de saúde pública no mundo e ameaçam minar os avanços dos últimos 50 anos no setor. O aumento da temperatura tem levado a uma redução na produtividade no trabalho, a um aumento no número de desastres climáticos e na capacidade de transmissão de doenças, como a dengue, por mosquitos. Essas são as principais mensagens de um relatório sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde humana publicado nesta segunda-feira, 30, pela prestigiosa revista científica Lancet.
O Lancet Countdown, resultado do trabalho de 24 instituições acadêmicas e agências governamentais de todos os continentes, traz um balanço válido para o mundo inteiro – houve poucas distinções específicas para países. Mas alguns dados encontram reflexo direto no Brasil.
É o caso da dengue. O trabalho revela que a capacidade do Aedes aegypti de transmitir a doença aumentou, globalmente, 9,4% desde 1950 como resultado do aumento das temperaturas. O cenário ficou mais acentuado a partir de 1990 – de lá para cá sua capacidade de transmissão cresceu 3%.
Menos citado no Brasil, o Aedes albopictus, que ocorre em áreas mais verdes, também se tornou mais apto a transmitir a doença em 11,1% desde 1950, ou 5,9% desde 1990.
O número anual de casos de dengue, de acordo com o levantamento, dobrou em cada década desde 1990, atingindo 58,4 milhões de casos em 2013 e 10 mil mortes em todo o mundo. “As mudanças climáticas vêm sendo apontadas como um potencial contribuinte para este aumento. Lembrando que os dois mosquitos também carregam outros importantes vírus, como febre amarela, chikungunya e zika, que provavelmente respondem de modo similar à mudança do clima”, destaca o sumário executivo do relatório, assinado por cerca de 60 pesquisadores na edição desta segunda da Lancet.
Estratégias de controle:
Controle biológico: Entre as medidas de controle biológico, os predadores do tipo peixes larvófagos são os mais recomendados por sua fácil obtenção e manutenção, especialmente para bebedouros de grandes animais, fossos de elevador de obras, espelhos d’água/fontes ornamentais, piscinas abandonadas e depósitos de água não potável. As bactérias do tipo Bacillus thuringiensis var israelensis (Bti) e o Bacillus sphaericus são específicos para o controle de larvas de culicídeos, sendo que o primeiro apresenta melhores resultados contra o Aedes aegypti. 
Controle químico: as medidas desse controle são vinculadas a ação larvicida em formulação de liberação lenta vem sendo empregada mundialmente, destacando-se o temephos como o larvicida de mais ampla utilização (tratamento focal). A maioria dos programas de controle de Aedes aegypti empregam duas modalidades de controle químico adulticida: a borrifação de inseticida de ação residual denominada de tratamento perifocal, indicada para uso rotineiro específico em imóveis que, além concentrarem muitos recipientes em condições que favorecem a proliferação de formas imaturas, contribuem para a dispersão passiva do vetor2,60,64 e a aplicação espacial de inseticida a ultra baixo volume (UBV), indicado para situações de transmissão.
Controlegenético: Vários métodos genéticos de controle de culicídeos vêm sendo estudados em laboratório. A utilização de machos estéreis, visando reduzir a fertilidade da população local, foi objeto de testes em campo. Outro método é a produção de cepas não suscetíveis a agentes de doenças, visando substituir as populações locais por essas cepas refratárias. No entanto, ainda não foi possível incorporar nenhum desses métodos em programas de controle.
Plantas brasileiras ricas em óleos essenciais contendo sesquiterpenos abundantes como nerolidol e farnesol, monoterpenos como α e β-pineno, carvona e geraniol e fenilpropanóides como safrol, eugenol e aldeído cinâmico são alternativas interessantes para o controle de larvas de A. aegypti, sendo menos agressivas a saúde do que inseticidas e larvicidas químicos. 
A Dengvaxia® – vacina dengue 1, 2, 3 e 4 (recombinante, atenuada) foi registrada como produto biológico novo, de acordo com a Resolução – RDC nº 55, de 16 de dezembro de 2010. O registro permite que a vacina seja utilizada no combate à dengue. Porém, vale destacar que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika.
Evitar e eliminar a formação de reservatórios.

Outros materiais