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Gliconeogênese Drª Luciana Bastos Rodrigues Gliconeogênese Via metabólica importante Alguns tecidos: cérebro, hemácias, medula renal,cristalino e córnea ocular, testículos e músculo em exercício Suprimento contínuo de glicose Gliconeogênese Período maior de jejum ? ? ? Necessidade diária de um adulto humano – glicose do cérebro 120g Reservas suficientes atender necessidades cerca de um dia Glicose presente - líquidos orgânicos 20g Glicogênio -190g Gliconeogênese Gliconeogênese é importante quando: Jejum prolongado Consumo inadequado de CHO Gliconeogênese ocorre principalmente no fígado e em menor extensão nos rins. • Síntese da glicose a partir do piruvato - utiliza várias enzimas da GLICÓLISE • Três reações da glicólise são essencialmente IRREVERSÍVEIS: Hexoquinase (1ª) Fosfofrutoquinase (3ª) Piruvato quinase (última). Glucose-6-fosfatase Fructose-1,6-bisfosfatase glicose Pi H2O glucose-6-phosphate Fosfoglicoisomerase fructose-6-phosphate Pi H2O fructose-1,6-bisfosfato Aldolase gliceraldeido-3-P + dihidroxiacetona-P Triosefosfato Isomerase gliceraldeido-3-fosfato Desidrogenase Fosfoglicerato Quinase Enolase PEP Carboxiquinase gliceraldeido-3-fosfato NAD+ + Pi NADH + H+ 1,3-bisfosfoglicerato ADP ATP 3- fosfoglicerato Fosfoglicerato Mutase 2- fosfoglicerato H2O fosfoenolpiruvato CO2 + GDP GTP oxaloacetato Pi + ADP HCO3 ? + ATP piruvato Piruvato Carboxilase Gliconeogênese Formação de glicose a partir de precursores não-glicídicos Lactato; Glicerol; Aminoácidos. São transformados em piruvato ou entram na via na forma de intermediários: oxaloacetato e diidroacetona fosfato Precursores não-glicídicos Transforma piruvato em glicose Precursores para a gliconeogênese Lactato: Cerca de 120g de lactato são produzidos por dia por um ser humano normal Desse total, 40g são produzidos pelos tecidos com metabolismo totalmente anaeróbico (eritrócitos e medula renal) Outros tecidos como intestino delgado, cérebro, pele e músculo podem contribuir de forma variada dependendo da atividade de cada um. A contribuição do músculo é particularmente variável e pode alcançar mais de 120g numa situação de exercício vigoroso Glicerol Liberado no sangue como resultado da hidrólise de triacilgliceróis (tec. adiposo) No jejum ~19g de glicerol são liberados por dia e convertidos em glicose Exercício e stress aumentam essa quantidade Glicerol + ATP glicerol 3-P Glicerol-3-P + NAD+ dihidroxiacetona-P + NADH Aminoácidos São os principais precursores da gliconeogênese durante o jejum Glicogênicos, cetogênicos, glicogênicos e cetogênicos Quantitativamente alanina é o precursor mais importante Reações da gliconeogênese Piruvato carboxilase Piruvato Fosfoenolpiruvato 2-fosfoglicerato 3-fosfoglicerato 1,3-bisfosfoglicerato Gliceraldeído-3-fosfato Dihidroxiacetonafosfato Frutose-1,6-bisfosfato Frutose-6-fosfato Glicose-6-fosfato Glicose Oxaloacetato ATP PEP carboxiquinase ADP + Pi GTP GDP + Pi Frutose 1,6-bisfosfatase Glicose 6-fosfase Hexoquinase Fosfofrutoquinase I Piruvato quinase ADP + Pi ATP ADP + Pi ATP NADH + H+ NAD+ Pi NADH + H+ NAD+ Pi ADP + Pi ATP ATP ATP ADP ADP Pi Pi H2O H2O Vários passos são compartilhados com a via glicolítica Os três passos irreversíveis são contornados por enzimas diferentes da glicólise Ambos ocorrem no citosol Necessitam regulação coordenada PRECURSORES DA NEOGLICOGENESE PRECURSORES DA NEOGLICOGENESE PRECURSORES DA NEOGLICOGENESE Piruvato quinase (Glicólise): PEP + ADP + Pi Piruvato + ATP Conversão do piruvato em fosfoenolpiruvato (PEP) Piruvato carboxilase Piruvato Fosfoenolpiruvato Oxaloacetato ATP PEP carboxiquinase ADP + Pi GTP GDP + Pi A formação de piruvato à partir de PEP é muito exergônica e não pode ser revertida. Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP DG= -16.7 KJ/mol Para contornar esse passo são necessária duas reações Uma ocorre no citoplasma e outra na mitocôndria Alanina Piruvato + Piruvato carboxilase biotina ADP + Pi ATP bicarbonato acetato oxaloacetato GTP GDP CO2 fosfoenolpiruvato PEP carboxiquinase Biotina tem uma cadeia ligada ao grupo e-amino da lisina. PIRUVATO CARBOXILASE utiliza biotina como grupo prostético. CHCH H2C S CH NH C HN O (CH2)4 C NH (CH2)4 CH CO NH O biotin N subject to carboxylation lysine residue H3N + C COO CH2 CH2 CH2 CH2 NH3 H lysine As cadeias laterais da biotina e lisina formam um braço longo que permite o anel da biotina dobrar para trás e para frente entre os 2 sítios ativos CHCH H2C S CH NH C HN O (CH2)4 C NH (CH2)4 CH CO NH O biotina N sujeito a carboxilação residuo de lisine Carboxilação da biotina ATP reage com HCO3 produzindo carboxifosfato. biotina + ATP + HCO3 carboxibiotina + ADP + Pi O P O O OH C O O carboxifosfato CHCH H2C S CH NH C N O (CH2)4 C NH (CH2)4 CH CO NH O C O -O carboxibiotina lysine residue No outro sítio ativo da Piruvato carboxilase: o CO2 ativado é transferido da biotina para o piruvato: carboxibiotina + piruvato biotina + oxaloacetato CHCH H2C S CH NH C N O (CH2)4 C NH R O C O -OC C CH3 O O O C CH2 C C O O O O O CHCH H2C S CH NH C HN O (CH2)4 C NH R O carboxibiotina piruvato oxaloacetato biotina Piruvato Carboxilase (Gliconeogênese) catalisa: piruvato + HCO3 + ATP oxaloacetato + ADP + Pi PEP Carboxiquinase (Gliconeogênese) catalisa: oxaloacetato + GTP PEP + GDP + CO2 C C CH2 O O OPO3 2 C C CH3 O O O ATP ADP + Pi C CH2 C C O O O OO HCO3 GTP GDP CO2 piruvato oxaloacetato PEP Piruvato Carboxilase PEP Carboxiquinase PEP Carboxiquinase - GTP-dependente - oxaloacetato PEP. Processado em dois passos: Oxaloacetato é primeiramente descarboxilado e depois Fosforilado – transferência do fosfato do GTP produzindo fosfoenolpiruvato (PEP). C C CH2 O O OPO3 2 C CH2 C C O O O OO CO2 C C CH2 O O O GTP GDP oxaloacetato PEP PEP Carboxiquinase FOSFOFRUTOQUINASE (Glicólise) catalisa: fructose-6-P + ATP fructose-1,6-bisP + ADP FRUTOSE-1,6-BISFOSFATASE (Gliconeogenêse) catalisa: frutose-1,6-bisP+ H2O frutose-6-P + Pi frutose-1,6-bisfosfate frutose-6-fosfate Frutose-1,6-bisfosfatase CH2OPO3 2 OH CH2OH H OH H H HO O CH2OPO3 2 OH CH2OPO3 2 H OH H H HO O H2O 6 5 4 3 2 1 + Pi HEXOQUINASE (Glícólise) catalisa: glicose + ATP glicose-6-fosfato + ADP GLICOSE-6-FOSFATASE (Gliconeogênese) catalisa: glicose-6-fosfato + H2O glicose + Pi H O OH H OHH OH CH2OH H OH HH O OH H OHH OH CH2OPO3 2 H OH H H2O 1 6 5 4 3 2 + Pi glucose-6-phosphate glucose Glucose-6-phosphatase A gliconeogênese e a glicólise são reciprocamente reguladas Evita-se os ciclos fúteis Piruvato Carboxilase (piruvato oxaloacetato) ativada alostericamente pela acetil CoA. Glucose-6-P glucose Gliconeogênese Glicólise piruvato ácidos graxos acetil CoA C. cetônicos oxaloacetato citrato Krebs Acetil – CoA : inibe piruvato desidrogenase e ativa piruvato carboxilase Exercício Gliconeogênese significativa durante o exercício Fornecer glicose adicional ao coração e músculo esquelético: Ciclo de Cori Ciclo Glicose - alanina Lactato liberado pelo músculo ativo é convertido em glicose no fígado, jogada na circulação e captada pelo músculo, que novamente a transforma em lactato e assim por diante Ciclo de Cori Fígado Sangue Músculo Glicose Glicose 2 NAD+ 2 NAD+ 2 NADH 2 NADH 6 ~P 2 ~P 2 Piruvato 2 Piruvato 2 NADH 2 NADH 2 NAD+ 2 NAD+ 2 Lactatos 2 Lactatos Ciclo da Glicose - Alanina Via das pentoses Tecidos em divisão intensa: medula óssea pele mucosa intestinal Via das Pentoses Fosfato Pentoses Nucleotídeos coenzimas ATP FADH2 NADH Coenzima A Ácidos nucléicos (RNAs DNA) Oxida glicose-P a ribose-6-P NADPH (à partir de NAD+) Os tecidos que sintetizam ácidos graxos intensamente Fígado tecido adiposo glândula mamária ou muito ativos na síntese de colesterol (e de hormônios esteróides) Fígado glândula adrenal gônadas NADPH Biossíntese Ex.: lipideos combater os efeitos nocivos dos radicais de oxigênio Hemácias e as células da lente e da córnea são expostos diretamente ao oxigênio e aos radicais livres prejudiciais gerados pelo oxigênio. As duas fases da via das pentoses Via das pentoses Fase oxidativa Fase não oxidativa Produz Pentoses Fosfatadas e NADPH Recicla as Pentoses Fosfatadas à Glicose 6-Fosfato A via das pentoses ocorre no citoplasma, como a glicólise (via glicolítica). As duas vias apesar de diferentes , estão intimamente ligadas através de compostos comuns: glicose 6-fosfato, frutose 6- fosfato e gliceraldeído 3-fosfato. Esquema geral da via das pentoses fosfato Glicose 6-fosfato 6-Fosfogluconato D-Ribulose 5-fosfato D-Ribose 5-fosfato Nucleotídeos, Coenzimas DNA, RNAs NADP+ NADP+ NADPH + H+ CO2 transcetolase, transaldolase NADPH + H+ Precursores (ex.: acetil—S—CoA) Os ácidos graxos, esteróis, etc biossíntese redutora GSSG (glutationa oxidada) 2 GSH (glutationa reduizida) Glutationa redutase Fase oxidativa Fase não oxidativa Fase oxidativa da via das pentoses Glicose 6-fosfato 6 fosfoglucono- d-Lactona 6-Fosfogluconato D-Ribulose 5-fosfato D-Ribose 5-fosfato fosfopentose isomerase 6-fosfogluconato desidrogenase lactonase glicose-6-fosfato desidrogenase N A D P + N A D P H + H + Mg2+ H2O Mg2+ N A D P + N A D P H + H + C O 2 A fase não-oxidativa da via das pentoses Em tecidos que necessitam NADPH, a pentose fosfato produzida na fase oxidativa é recicladas em glicose-6-fosfato Ribose 5-fosfato Xilulose 5-fosfato Sedoheptulose 7-fosfato Gliceraldeído 3-fosfato Frutose 6-fosfato Eritrose 4-fosfato Glicose 6-fosfato Frutose 6-fosfato Xilulose 5-fosfato Gliceraldeído 3-fosfato epimerase transcetolase transaldolase transcetolase frutose 1,6-bisfosfatase aldolase triose fosfato isomerase fosfohexose isomerase fosfohexose isomerase As enzimas transcetolase e transaldolase são específicas desta via, as outras enzimas são glicolítica ou gliconeogênicas. Ramo oxidativo da via das pentoses A velocidade da via pentose-P é controlada pelo nível de NADP+ Um balanço para a via das pentoses Seis pentoses Cinco glicoses (6 x 5 = 30) (5 x 6 = 30) Regulação da via das pentoses Glicose 6-fosfato 6-fosfoglucono- d-Lactona 6-Fosfogluconato Pentoses fosfato Glicose NADPH x NADPH glicólise glicose-6-fosfato desidrogenase fosfofrutoqinase Quando o NADPH é formando mais rápido do que ele está sendo usado (para biossíntese e redução da glutationa) a [NADPH] aumenta e inibe a primeira enzima na via das pentoses fosfato. Como resultado, mais glicose-6-fosfato fica disponível para a glicólise. Papel da NADPH e da glutationa na proteção das células contra o estresse causado pelas espécies reativas de oxigênio O2 O2 - H2O2 OH Dano oxidativo a: lipídios Proteínas DNA Respiração mitocondrial Radiação ionizante outros fatores Radical superóxido Oxigênio molecular Radical hidroxila Peróxido de hidrogênio 2GSH (Glutationa reduzida) GSSG (glutationa oxidada) Glicose 6-fosfato 6 P h o sp h o gl u co n o - d -L ac to n a NADP+ NADPH + H+ H2O glutationa peroxidase glutationa redutase Glicose 6-fosfato desidrogenase x Deficiência de glicose 6-Fosfato Desidrogenase causa Anemia Hemolítica Induzida por medicamentos Níveis reduzidos de glicose 6-P desidrogenase. Diminuição de NADPH. Células se tornam sensíveis aos danos oxidativos. Hemácias não possuem mecanismos alternativos para produção de poder redutor. Antimalárico primaquina leva a geração de peróxidos que são normalmente eliminados pelo glutatião reduzido.
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