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Petição Inicial no NCPC

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EDIVANE BRUM
2018
DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL II
PETIÇÃO INICIAL
O processo se inicia com a propositura da demanda.
Denomina-se demanda o ato pelo qual alguém pede ao 
Estado a prestação da atividade jurisdicional. 
A petição inicial é a peça, o instrumento, de que serve a parte 
para pedir que lhe seja prestada a tutela jurisdicional, é nela 
que a parte expõe os fatos e do direito em que se baseia para 
fazer o pedido.
A data do protocolo da petição inicial é a data de início do 
processo.
Art. 312
Momento em que surge a litispendência para o autor, isto é, a 
existência de uma lide pendente (litispendência).
Já para o réu, o momento que configura a litispendência será 
o da citação válida.
Art. 240.
A petição inicial delimita o âmbito de atuação jurisdicional, isto 
é, vincula a apreciação do juiz a todos os pedidos formulados 
pelo autor. 
O pedido é o espelho da sentença 
Princípio da congruência 
O juiz não poderá julgar fora dos limites pretendidos na petição inicial:
Deixa de julgar: infra petita
Julga além: ultra petita
Julga coisa diversa: extra petita
Princípio do Contraditório
A petição inicial cumpre a função de definir o âmbito do contraditório, o 
réu, ao ser citado, exercerá o direito de defesa nos exatos limites 
expostos pelo autor na petição inicial. 
Requisitos da petição inicial 
Art. 319 – CPC
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
Elementos identificadores da causa: incisos II, III e IV – quem,
por que e o que se pede.
Pressupostos processuais de existência e desenvolvimento:
incisos I, V, VI, VII – jurisdição e competência, valor da causa,
as provas e audiência de conciliação ou mediação.
É o endereçamento ao órgão judiciário que a apreciará.
O autor terá que indicar o juízo perante o qual formula a sua 
pretensão, observando as regras de competência.
Parte, no sentido jurídico, é quem pede e contra quem se pede 
determinada providência jurisdicional.
Na petição inicial deverão constar, os nomes, prenomes, 
estado civil, a existência de união estável, profissão, número 
no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional de 
pessoas jurídicas, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu.
Contudo, haverá situações nas quais não será possível que o 
autor qualifique o réu de maneira completa, de modo que, 
nesses casos, o autor poderá requerer ao juiz que auxilie nas 
diligências, a fim de obter a completa identificação do réu –
art. 319, § 1º.
Na impossibilidade de obtenção de informações para 
identificação do réu ou, quando as diligências tornarem o 
processo oneroso, o autor poderá contribuir com o Juízo 
trazendo indicações para auxiliar o oficial de justiça na 
identificação do paradeiro do réu.
No limite, será possível a citação por edital do réu.
Além do pedido e dos sujeitos, deve a petição inicial conter a 
exposição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, que 
formam a denominada causa de pedir.
A doutrina classifica a causa de pedir em próxima e remota.
A causa de pedir remota consiste nos fatos dos quais o autor diz 
extrair-se a posição jurídica que ele busca que seja protegida.
A causa de pedir próxima é constituída pelos fundamentos jurídicos 
invocados para a configuração daquela posição jurídica.
A causa de pedir deve ser exposta de maneira clara e precisa, 
de modo a estabelecer uma relação lógica com o pedido, 
permitindo, de um lado, que o réu possa exercer 
adequadamente o seu direito de defesa e, de outro lado, que o 
juiz possa identificar com exatidão a pretensão do autor e 
julgar adequadamente a lide. 
O sistema processual brasileiro adota como fundamento da 
causa de pedir a teoria da substancialização, ou seja, não 
basta apenas alegar a lesão ou ameaça ao direito, mas 
dizer também a origem desse mesmo direito 
(não basta apenas dizer que é credor, mas dizer por que é 
credor).
Fundamento jurídico não pode ser confundido com 
fundamento legal. Este é a invocação do dispositivo de lei 
pelo autor para demonstrar o enquadramento do fato 
narrado com o direito previsto no ordenamento
(método subsuntivo).
A petição inicial deverá conter ao menos um pedido, com suas 
especificações (art. 319, IV, CPC). 
Trata-se de requisito fundamental do instrumento da demanda, 
pois não existe petição inicial sem especificar pedido.
A procedência que se pede é sempre do pedido, e nunca da 
ação. 
A ação é a forma de movimentar o judiciário desde que 
preenchidas determinadas condições.
Em toda petição inicial deve constar o valor da causa, cuja 
fixação seguirá o que dispõem os arts. 291-293 do CPC.
O valor da causa deve ser certo e fixado em moeda corrente 
nacional.
A fixação do valor da causa serve de baliza, por exemplo: i) 
fixação de multa por ato atentatório à dignidade da justiça, art. 
70; e ii) a fim de auxiliar o juiz na fixação de honorários de 
sucumbência. 
Não há causa sem valor, assim como não há causa de valor 
inestimável ou mínimo, expressões tão frequentes quanto 
equivocadas, encontradas na praxe forense. 
Com a promulgação do CPC encerra-se a discussão sobre 
a possibilidade de o magistrado alterar o valor da causa 
de ofício.
Com a redação do § 3º, art. 292, poderá o juiz, de ofício 
e por arbitramento, corrigir o valor da causa quando 
verificar sua incompatibilidade com o conteúdo 
patrimonial discutido ou com o proveito econômico.
Recolhimento de custas complementares.
O autor indicará quais os meios de prova de que se irá 
valer para comprovar as suas alegações.
Nesse momento é permitido ao autor requerimento 
genérico de produção de provas e, na fase de 
saneamento, deverá indicar precisamente quais os meios 
de provas que reputa conveniente produzir.
O Superior Tribunal de Justiça entende que, mesmo tendo sido 
realizado o pedido genérico na petição inicial (autor) ou 
contestação (réu), haverá preclusão da prova na hipótese de a 
parte não reiterar sua vontade de produzi-las no momento em 
que for intimada para especificá-las.
O autor tem de manifestar a sua opção pela realização ou não 
de audiência preliminar de conciliação ou mediação.
A audiência conciliação ocorrerá antes de o réu apresentar a 
sua resposta. 
Se o autor e o réu manifestarem expressamente a vontade de 
não resolverem o litígio por autocomposição, a audiência não 
ocorrerá.
A petição inicial, em regra, deverá ser escrita, datada e 
assinada, salvo exceções, como é o caso, dos Juizados 
Especiais que permitem a formulação de pedido oral – art. 9º e 
14, lei 9.099/95.
Ainda nas causas que permitem a postulação oral do pedido, 
acaba por reduzir-se a termo escrito, pelo órgão competente.
A petição inicial deve ser assinada por quem tenha capacidade 
postulatória, normalmente advogado, defensor público e 
membro do Ministério Público.
A petição deverá conter a indicação do endereço e endereço 
eletrônico, do advogado e deverá ser acompanhada de 
instrumento de mandato (procuração). Art. 287 CPC.
Art. 106 CPC –causa própria.
A petição inicial deve vir acompanhada dos documentos 
indispensáveis à propositura da causa.São casos de documentos essenciais, por exemplo:
 O instrumento de procuração;
 Atos constitutivos, na hipótese de o autor ser pessoa
jurídica;
 Contrato de locação, nas ações renovatórias;
 Titulo extrajudicial e planilha de cálculo atualizada;
 Certidão de casamento para o divórcio;
Na hipótese de o autor não apresentar o documento 
indispensável no momento da propositura da ação, entende-
se que o juiz deverá oportunizar à parte um prazo de 15 
(quinze) dias para que regularize a petição inicial e, no caso 
de inércia, deverá indeferir a inicial por inobservância do art. 
320.
Também, poderá o autor alegar que o documento 
indispensável não está em sua posse, requerendo, por 
exemplo, que o réu seja intimado a apresentá-lo. 
Documentos indispensáveis à propositura da demanda são 
aqueles cuja ausência impede o julgamento do mérito da causa.
A doutrina afirma que os documentos indispensáveis podem 
ser substanciais – a lei exige para a propositura da demanda –
ou fundamentais – quando não previstos em lei, mas indicados 
pela parte na petição inicial.
O pedido é providência solicitada ao Poder Judiciário, é o 
núcleo da petição inicial; 
Elemento objetivo da demanda (junto com a causa de pedir)
exerce importância fundamental na atividade processual.
O pedido delimita prestação jurisdicional 
Princípio da congruência 
Não poderá ser: 
Extra petita
Ultra petita
Infra/citra petita
Pedido Imediato: é a providência jurisdicional que se pretende: 
a condenação, a constituição, a declaração, providências 
executivas, etc.
Pedido mediato: é o bem da vida, o resultado prático que o 
demandante espera conseguir com a tomada daquela 
providência (quantia em dinheiro, bem que se encontra em 
poder do réu).
Pedido Imediato: é a tutela jurisdicional propriamente dita – a 
declaração jurisdicional que o domínio pertence ao autor, na 
ação reivindicatória.
Pedido Mediato: objeto da prestação jurisdicional – na 
reivindicatória, é o imóvel que o autor alega ser proprietário.
O pedido deverá ser certo, determinado, claro e coerente.
- Pedido certo: art. 322, CPC;
- Pedido determinado: art. 324, CPC;
- Pedido claro: art. 330§ 1º, II, CPC;
- Pedido coerente: art. 330§ 1º, IV, CPC.
O Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, já decidiu 
que mesmo tendo sido narrados fatos que comportem, 
em tese, indenização por dano moral, não cabe a 
condenação do réu sem pedido expresso do autor nesse 
sentido.
Verificar item 3.4.1 apostila 
Interpretação do pedido 
Art. 322, §2º, CPC
Os requisitos do pedido (certeza, determinação, clareza e 
coerência) são os mesmos requisitos da sentença, considera-se 
o pedido um projeto de sentença.
O juiz verificando a ausência de um dos requisitos, determinará 
a sua correção ou complementação.
Art. 321 – EMENDA DA INICIAL 
Pedido determinado é aquele que possui objeto mediato (bem 
ou resultado prático que se pretende obter) e objeto imediato 
(provimento jurisdicional solicitado) determinados, ou seja, é o 
pedido delimitado (determinação) em relação à qualidade e à 
quantidade. Pedido indeterminado é pedido inepto e tem como 
consequência o indeferimento da petição inicial. 
A classificação dos pedidos será simples quando a parte 
formular apenas um pedido em juízo.
Já os pedidos cumulados ocorrem quando se formula mais de 
um pedido.
A cumulação própria acontece quando se formula mais de um 
pedido contra o réu e requerendo que todos sejam apreciados
pelo juiz. Esta cumulação gerará como consequência lógica 
uma decisão dividida em capítulos. 
A cumulação imprópria é a formulação de vários pedidos ao 
mesmo tempo, de modo que apenas um deles seja atendido, o 
autor tem a ciência de que apenas um dos pedidos formulados 
poderá ser satisfeito.
A cumulação simples acontece quando as pretensões não 
têm entre si relação de precedência lógica (prejudicial ou 
preliminar), podendo ser analisadas de forma 
independente.
A cumulação sucessiva ocorre quando os exames dos 
pedidos guardam entre si vínculo de precedência lógica: 
o acolhimento de um pedido pressupõe o acolhimento 
anterior. 
CUMULAÇÃO SIMPLES = independência dos pedidos.
Pedido de danos materiais, danos morais e lucro cessante.
CUMULAÇÃO SUCESSIVA = vinculação de prejudicialidade.
Pedido de herança só será julgado se for reconhecida a 
paternidade. 
A cumulação subsidiária está relacionada a aplicação do
princípio da eventualidade, o autor estabelece uma
hierarquia/preferência entre os pedidos, o segundo pedido só
será analisado se o primeiro for rejeitado ou não puder ser
examinado.
A cumulação alternativa consiste na formulação, pelo autor,
de mais de uma pretensão, para que uma ou outra seja
acolhida, sem expressar, com isso, qualquer preferência.
CUMULAÇÃO SUBSIDIÁRIA = 
formulação do pedido principal e pedido secundário.
“Na impossibilidade desse, me conceda aquele”.
CUMULAÇÃO ALTERNATIVA = 
formulação de dois pedidos, sem hierarquia, sem 
preferência.
“satisfação com a procedência de um ou do outro”. 
Para a cumulação subsidiária o juiz esta condicionado à ordem 
de apresentação dos pedidos, não podendo passar ao exame 
do posterior se não examinar ou rejeitar o anterior. 
O Pedido alternativo do art. 325, é aquele que reclama 
prestações distintas, mas tem a mesma hierarquia e a 
escolha do pedido cabe ao réu, está vinculado ao Código 
Civil, obrigações.
A cumulação imprópria alternativa, do parágrafo único do art. 
326, acontece pela escolha do autor, o réu, cumprindo a 
obrigação por uma das possibilidades e ele apresentadas, 
acarreta a extinção do processo com resolução do mérito.
Cumulação inicial e ulterior:
A cumulação de pedidos pode ser inicial, quando
veiculada na petição inicial, ou ulterior, quando a parte
agrega novo pedido ao processo após a postulação
inicial.
Compatibilidade: art.327, § 1º, I, CPC, os pedidos deverão ser
compatíveis entre si;
Competência: art.327, § 1º, II, CPC competência absoluta para
conhecer todos os pedidos formulados;
Identidade do procedimento ou conversibilidade para o
procedimento comum: art.327, § 1º, III, CPC.
O autor poderá, aditar ou alterar a petição inicial antes da
citação, desde que arque com as despesas do aditamento –
art.329, I, CPC, após a citação do réu e até o saneamento do
processo, o autor pode aditar a demanda, desde que o réu
consinta, art. 329, II.
Pedido genérico - é aquele que a parte, devido a natureza da
obrigação, está, momentaneamente, impossibilitada de fixar o
valor exato.
Em algumas hipóteses, a lei permite a formulação de pedido
genérico, (§ 1º, art. 324, CPC)
- Nas ações universais;
- Nas ações indenizatórias;
- Quando a condenação depender de ato a ser praticado pelo
réu.
No que tange ao an debeatur será determinado, já no que toca ao 
quantum debeatur, é indeterminado.
As hipóteses previstas de formulação de pedidos genéricos ficam restritas 
aos incisos do § 1º. 
A primeira hipótese diz respeitos às ações universais, cuja pretensão recai 
sobre uma universalidade – ex.: herança. Os arts. 90 e 91 do Código Civil.
A segunda hipótese é um exemplo típico das ações de indenização, mas 
há que se ter cuidado, pois na maioria dos casos será necessário que o 
autor quantifique o valor da condenação (quem poderia melhor quantificar 
a dor moral que alega ter sofrido senão o próprio autor?). Essa hipótese de 
pedido genérico só será cabível se o ato causador do dano puder 
repercutir no futuro, gerando outros danos.
A terceira e última hipótese diz respeito a situações em que a condenação 
depende de ato a ser praticado pelo réu, como na ação de prestação de 
contas cumulada com o pagamento do salvo devedor. 
Pedidorelativo a obrigação indivisível
Trata-se do art. 328, CPC, hipótese em que um dos credores de
obrigação indivisível pleiteia em juízo a sua satisfação.
Em havendo pluralidade de credores em relação a obrigação, cada 
um destes poderá exigir a dívida (art. 260 do Código Civil). 
O artigo regula a demanda em que apenas um ou alguns dos 
credores vai a juízo requerer o adimplemento. 
Deste modo, se apenas um dos credores receber a prestação por 
inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em 
dinheiro a parte que lhe caiba no total, descontadas as despesas 
processuais proporcionais ao seu quinhão.
Ou seja, se a sentença for favorável aos credores, é tratado como 
parte aquele que não participou do processo.
O parágrafo 2º do art. 322, CPC, afirma que o pedido deverá 
ser interpretado de acordo com o conjunto da postulação e 
com o princípio da boa fé.
A interpretação do pedido não pode prejudicar a defesa, e 
deve observar o princípio da boa fé.
Quanto à interpretação do pedido, tendo em vista que se trata de 
uma declaração de vontade, há que ser despendida uma 
interpretação sistemática do “conjunto da postulação”, juntamente 
com a causa de pedir – através dos fatos e fundamentos. 
Desta forma, tendo em vista que o pedido deve ser interpretado de 
acordo com o conjunto da postulação, e assim sendo deve o 
julgador deter-se mais na intenção consubstanciada do pedido do 
que no sentido literal da linguagem (art. 112 do Código Civil), não 
pode ser considerado como ultra
petita o julgado que interpreta o pedido de maneira ampla e concede 
à parte aquilo que efetivamente pretendia ao ajuizar a ação. 
Nessa esteira, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (3ª 
Turma, STJ, RESP n. 1.049.560/ MG, em 04.11.2010). 
Mariângela Guerreiro Milhoranza
Pedido implícito considera-se aquele que, embora não
explicitado na petição inicial, compõe o objeto litigioso do
processo (mérito) em razão de determinação legal.
Mesmo que a parte não peça, deve o juiz examinar e decidir.
Art. 322, § 1º
Art. 323.
Revisão.
PETIÇÃO INICIAL

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