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[Resenha] Filme Prayers for Bobby

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Universidade de Brasília
Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia
Abordagens Críticas ao Estudo das Organizações
Professor: Marcus Vinicius Siqueira
Poliana Lourenço Braga - 16/0072107
Resenha do Filme 
Prayers for Bobby (Orações para Bobby) – 2009
Direção: Russell Mulcahy
O filme Prayers for Bobby, baseado no livro de , conta a história da família Griffith, com foco no filho do meio, Bobby, e sua mãe Mary. Mary, cristã fervorosa, criou sua família nos princípios cristãos, objetivando que estivessem todos juntos no pós-vida. Seus filhos, cresceram ouvindo que a Bíblia era uma verdade absoluta e que aquilo que por ela fosse abominado não seria aceito dentro daquela casa.
As coisas começam a mudar dentro do seio da família quando Bobby assume sua homossexualidade para o irmão, que preocupado com ele acaba contando para sua mãe. A partir daí o relacionamento de Bobby com sua família e principalmente com sua mãe começa a ruir. Acreditando naquilo que cresceu ouvindo, Mary é incapaz de aceitar a orientação de seu filho, afirmando que aquilo poderia ser curado com fé e oração, encaminha-o a tratamentos psicológicos e grupos de oração.
Bobby, temente a Deus, de imediato não consegue lidar com a própria condição. Aceita os tratamentos da mãe, querendo agradá-la, mas não consegue seguir assim por muito tempo. Bobby começa a questionar tudo aquilo que aprendeu sobre Deus e a verdade absoluta do mundo e entra em confronto com sua família, pedindo que o aceitem como é. Sua mãe é incapaz de o fazer, o que abala Bobby e o destrói por dentro. 
Bobby, em meio a essa realidade, acaba não suportando a pressão da sua família. Após tentar conversar mais uma vez com sua mãe, mas receber preconceito e resistência por parte de sua mãe, Bobby não resiste e acaba tirando a própria vida, lançando-se de um viaduto e sendo atingindo por um caminhão, que o mata na hora.
O filme então divide-se em duas partes. A primeira é a de Bobby e sua família lidando com a homossexualidade, a segunda é após o suicídio de Bobby em que Mary começa a questionar e a buscar respostas tentando entender o que realmente aconteceu com seu filho, abrindo a mente e conhecendo a realidade da comunidade gay.
É uma pena que o filme, de tamanha sensibilidade, tenha sido produzido apenas para a televisão. Histórias que retratam tal realidade mereciam mais visibilidade. O filme, utilizando de discursos fortes e sensíveis, traz ao espectador emoções reais, tocando os que assistem e levando a reflexão quanto aos direitos e vivências dessas pessoas.
Essa história não só retrata a realidade de muitos jovens, como foi baseada em uma história real. A família de Mary viveu na década de 80, mas as batalhas travadas pela comunidade LGBT continuam acontecendo até hoje. Todavia, é importante ressaltar que Mary, tanto a do filme quanto a que inspirou a história, se tornou militante dos direitos da comunidade LGBT. A mudança é uma possibilidade, não precisamos viver na ignorância para sempre. Nas palavras de Mary, “ eu me arrependo amargamente da minha falta de conhecimento sobre gays e lésbicas”.
No geral, achei um excelente filme, e apesar das críticas sobre a direção simples, creio que essa seja uma das chaves desse filme. A linguagem fácil ajuda na propagação dessa história, e da mensagem que ela carrega, pelas casas de milhares de famílias que, sem acesso a informação, propagam um discurso de ódio, levando muitas pessoas ao sofrimento da não aceitação.
“Eu sei porque Deus não ‘curou’ o meu filho. Ele não o curou porque não havia nada de errado para ser curado”.
- Mary Griffith.

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