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1 Drogas adrenérgicas e colinérgicas Aula 2 - SNA Diferença entre simpático e parassimpático Localização Tamanho das fibras Neurotransmissores Receptores Interações heterotrópicas – um transmissor afeta a transmissão de outro Interações homotrópicas – um transmissor, por meio de sua ligação a auto- receptores pré- sinápticos, afeta as terminações nervosas noradrenérgicas 2 • A reação do organismo aos agentes estressores tem um propósito evolutivo. É em essência uma resposta ao perigo, que pode estar dividido em 3 estágios: Estágio 1: Alarme Estágio 2: Adaptação Estágio 3: Exaustão Alarme • O corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino • As glândulas adrenais passam a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e cortisol), que... – Aceleram o batimento cardíaco; dilatam as pupilas – Aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue – Reduzem a digestão – Causa imunossupressão Adaptação e Exaustão • Adaptação: O organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. • Exaustão: Se o estresse persiste, este terceiro estágio começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante. Todo comportamento depende, em maior ou menor grau, de fatores genéticos e de fatores ambientais, interagindo de maneira complexa. Essa interação complexa deve-se à participação de vários neurotransmissores e receptores centrais e periféricos. � Agitação � Inquietação � Taquicardia � Sudorese � Choro � Distúrbios gastrointestinais � Distúrbios do sono Sintomatologia da Ansiedade Sintomas emocionais: � Aflição, apatia e pessimismo � Baixa auto-estima: sentimentos de culpa, inadequação e feiúra � Indecisão, perda da motivação. Sintomas biológicos: � Retardo do pensamento e da ação � Perda da libido, impotência � Distúrbio do sono e perda do apetite Depressão 3 � Exuberância excessiva � Entusiasmo � Autoconfiança Acompanhados de a Acompanhados de aAcompanhados de a Acompanhados de aç çç ções ões ões ões impulsivas impulsivasimpulsivas impulsivas Mania Drogas adrenérgicas & antiadrenérgicas Drogas adrenérgicas (simpatomiméticas) – são aquelas capazes de reproduzir as respostas produzidas pela estimulação das fibras simpáticas. Drogas antiadrenérgicas (simpatolíticas) – são aquelas capazes de bloquear os efeitos das drogas adrenérgicas ou da estimulação das fibras simpáticas. Etapa de velocidade limitante na síntese das catecolaminas Captação 1 Captação 2 Vesicular Localização Membrana neuronal Membrana celular não- neuronal (músculo liso, músculo cardíaco, endotélio) Membrana da vesícula sináptica Substratos -Metilnoradrenalina -Dopamina -5-hidroxitriptamina -Tiramina -Dopamina -5-hidroxitriptamina -Histamina -Dopamina -5-hidroxitriptamina -Guanetidina Inibidores -Cocaína -Anfetamina -Antidepressivos tricíclicos -Normetanefrina -Hormônios esteróides (ex: corticosterona) -Fenoxibenzamina -Reserpina Drogas que afetam a captação de noradrenalina Há dois mecanismos de captação: captação 1 (neuronal) e captação 2 (extraneuronal). 4 Anfetamina Antidepressivos tricíclicos ADP Tricíclicos Receptores adrenérgicos Pré Sináptico: regulação da liberação - α2 Pós Sinápticos: ações farmacológicas α1 ; α2 β1 ; β2 ; β3 • Alfa 1 (αααα1) • Alfa 2 (αααα2) • Beta 1 (ββββ1) • Beta 2 (ββββ2) • Beta 3 (ββββ3) Bloqueadores β-adrenérgicos são empregados no tratamento de hipertensão arterial sistêmica, arritmias cardíacas, etc. Agentes ditos não-seletivos (propranolol, nadolol, timolol, pindolol, alprenolol, sotalol, labetalol) atuam tanto em receptores β1 cardíacos quanto em β2 periféricos. Impedem dilatação arteriolar por agentes simpaticomiméticos, fazendo com que predominem os efeitos vasoconstritores α- adrenérgicos, agora sem a ação vasodilatadora compensatória dos receptores β. Assim, a administração concomitante de vasoconstritor adrenérgico em pacientes tratados com bloqueadores β- adrenérgicos não-seletivos pode desencadear hipertensão grave, contra-indicando o seu uso. Entretanto, esses efeitos não ocorrem com bloqueadores ββββ-adrenérgicos seletivos (ββββ1), como atenolol e metoprolol. Drogas colinérgicas & anticolinérgicas Drogas colinérgicas (parassimpatomiméticas) - são aquelas capazes de reproduzir as respostas produzidas pela estimulação das fibras parassimpáticas. Drogas anticolinérgicas (parassimpatolíticas) - são aquelas capazes de bloquear os efeitos das drogas colinérgicas ou da estimulação das fibras parassimpáticas. 5 Tipos de Receptores Receptores colinérgicos nicotínicos: estão diretamente acoplados aos canais catiônicos e medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos e em vários locais do SNC. Receptores colinérgicos muscarínicos: M1 (neurais), M2 (cardíacos) e M3 (glandulares). �Agonistas Muscarínicos: Acetilcolina, carbacol, betanecol, muscarina, pilocarpina. �Antagonista Muscarínico: atropina • Em certas ocasiões, utiliza-se o betanecol para ajudar o esvaziamento da bexiga ou estimular a motilidade gastrointestinal. • A pilocarpina atravessa a membrana conjuntival. Trata- se de um composto estável, cuja duração de ação é de cerca de um dia. Contrai o músculo circular da íris (miose), aumentando a drenagem do humor aquoso e diminuindo a pressão intraocular – útil no GLAUCOMA. • Buscopan® é uma marca especializada no tratamento de cólicas, dores e desconforto abdominal com bom perfil de segurança e eficácia. Ele regulariza os movimentos dos órgãos abdominais (estômago, intestino, rins, útero), relaxando a musculatura lisa destes órgãos e eliminando, assim, os espasmos causadores do desconforto. • Diferenças entre Buscopan® e um analgésico? Buscopan® atua somente onde os espasmos e as dores ocorrem – no abdômen. Muitos analgésicos atuam reduzindo a percepção da dor por meio do bloqueio dos sinais de dor, portanto mascarando a dor. Ou seja, os analgésicos atuam no corpo todo através da corrente sanguínea, com um potencial maior de efeitos colaterais desagradáveis. Em contraste com os analgésicos, Buscopan® atua somente onde a dor ocorre e trata a causa da dor. Como ele pouco penetra na corrente sanguínea, possui um bom perfil de segurança e tolerabilidade. Experimento de Dale 6 Noradrenalina/Ach x Nicotina Bloqueadores neuromusculares Agem bloqueando os receptores nicotínicos da acetilcolina, pós-sináptico, presentes nas fibras esqueléticas. Do ponto de vista clínico, o bloqueio neuromuscular só é utilizado como adjuvante da anestesia, quando se dispõe de ventilação artificial. Sequência do relaxamento muscular Os primeiros músculos afetados são os músculos oculares extrínsecos (causando dupla visão) e os pequenos músculos da face, extremidades e faringe (causando dificuldade na deglutição). Os músculos respiratórios são os últimos a serem afetados e os primeiros a serem recuperados. • São incluídas em duas categorias: - AGENTES ADESPOLARIZANTES e AGENTES DESPOLARIZANTES 7 Constitui a maioria. Atuam como antagonistas competitivos nos receptores da acetilcolina da placa terminal, o que explica em grande parte suas ações. • Ex: tubocurarina, pancurônio, vecurônio e atracúrio. • As drogas anticolinesterásicas mostram-se muito eficazes para superar a ação bloqueadora dos agentes competitivos. Isto se deve ao fato de a Ach liberada, protegida da hidrólise, ser capaz de difundir-se por uma distância maior na fenda sináptica e, assim, ter acesso a uma maior área da membrana pós-sináptica do que normalmente teria. Por conseguinte, aumenta as probabilidadesde uma molécula de Ach encontrar um receptor desocupado antes de ser hidrolisada. Agentes bloqueadores não- despolarizantes ou adespolarizantes SNC Fisostigmina São agonistas nos receptores da Ach. Ex: suxametônio (ou succinilcolina). O suxametônio está relacionado, na sua estrutura, com o decametônio e a acetilcolina. Sua ação é mais curta que a do decametônio, visto que é rapidamente hidrolisado pela colinesterase plasmática. A Ach, quando liberada do nervo, atinge a placa terminal na forma de surtos muito breves e é rapidamente hidrolisada, de modo que jamais causa despolarização suficientemente prolongada, para resultar em bloqueio. Entretanto, se a colinesterase for inibida, é possível que a concentração circulante de Ach alcance um nível suficiente para causar bloqueio de despolarização. Agentes bloqueadores despolarizantes 8 Efeitos indesejáveis e riscos das drogas despolarizantes • APNÉIA PROLONGADA – A ação do suxametônio administrado por via intravenosa normalmente dura menos de 5 minutos, visto que a droga é hidrolisada pela colinesterase plasmática. Sua ação é prolongada por diversos fatores: – Variantes genéticas em que a colinesterase plasmática é anormal (pseudocolinesterase atípica). Muito raramente, verifica-se ausência completa da enzima, e a paralisia perdura por muitas horas. – Drogas anticolinesterásicas – O uso de organofosfatos para o tratamento de glaucoma pode inibir a colinesterase plasmática e prolongar a ação do suxametônio. – Os recém-nascidos e pacientes com hepatopatia podem apresentar baixa atividade da colinesterase plasmática e paralisia prolongada com o suxametônio. • MIASTENIA GRAVIS – Caracteriza-se por fraqueza muscular e aumento da fatigabilidade em decorrência de falha da transmissão neuromuscular. A causa da falha da transmissão consiste numa resposta autoimune que provoca perda dos receptores nicotínicos da Ach na junção neuromuscular. A eficácia dos agentes anticolinesterásicos na melhora a força muscular em indivíduos com miastenia foi descoberta antes de se desvendar a causa da doença. • HIPERTERMIA MALIGNA – Trata-se de uma rara condição herdada, determinada por um gene autossômico dominante, que resulta em intenso espasmo muscular e dramática elevação da temperatura corporal quando são administradas certas drogas. As drogas mais comumente implicadas incluem o suxametônio e o halotano, embora a hipertermia maligna possa ser precipitada por uma variedade de outras drogas. O tratamento consiste na administração de dantroleno, uma droga que inibe a contração muscular ao impedir a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático. • TOXINA BOTULÍNICA que é uma substância produzida pela bactéria “Clostridium botulinum”, tem uma potente ação, mas usada em pequenas doses pode melhorar os aspectos de envelhecimento facial. • O que acontece é que o músculo sendo contraído repetidas vezes fica hipertrofiado e com a tonicidade aumentada (tônus é o grau de contração que permanece mesmo no músculo em repouso). Esta hipertrofia forma sulcos e rugas que aparecem de forma muito marcada no momento da expressão. A toxina botulínica bloqueia o funcionamento do músculo em que foi injetado. O músculo relaxa e não contrai por algum tempo. Sociedade Brasileira de Medicina Estética Hipertemia maligna Colinesterase e drogas anticolinesterásicas • Existem duas formas principais de colinesterase: a acetilcolinesterase, que se liga principalmente à membrana, relativamente específica da Ach e responsável pela rápida hidrólise da Ach nas sinapses colinérgicas; e a butirilcolinesterase ou pseudocolinesterase, que é relativamente não-seletiva e ocorre no plasma e em muitos tecidos. • As drogas anticolinesterásicas pertencem a 3 principais tipos: – de ação curta (edrofônio) – de ação intermediária (neostigmina, fisostigmina) – irreversíveis (organofosforados, diflos, ecotiopato)
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