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GRUPO ECONÔMICO
● DO GRUPO ECONÔMICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO CT
 O que é um grupo econômico?
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, - ou - ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
↓
Grupo econômico pode ser quando as empresas estão SUBORDINADAS a uma outra (direção, controle ou administração = subordinação) OU quando estão COORDENADAS, com um mesmo interesse.
Obs.1. Grupo econômico = atuação conjunta das empresas
Obs.2. Empresa autônoma ≠ Atuação autônoma das empresas
Obs.3. A sociedade de economia mista, as entidades beneficentes e os sindicatos não podem fazer parte de um grupo econômico. 
NÃO caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo ⟶ a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 
↳ Se um sócio de uma empresa for também de outra empresa, essa não poderá ser chamada ao processo.
Grupo Econômico Subordinado
Requisitos para formação:
1 ou mais empresas sob direção, controle ou administração de outra
Atuarem em um atividade econômica
Grupo Econômico Coordenado
Requisitos para formação:
Demonstração de interesse integrado
Efetiva comunhão dos interesses
Atuação conjunta das empresas dele integrantes
Atuação em uma atividade econômica
Responsabilidade solidárias para os dois tipos de grupo econômico 
Maior detalhamento no último tópico
- Respondem de forma igual. 
- Essa solidariedade pode ser ativa ou passiva. Ativa quando entre credores e a passiva entre devedores. CLT parece indicar que é ativa.
A) Solidariedade ativa do grupo econômico
o grupo é um empregador único;
não há registro na CTPS por qualquer das empresas;
o grupo responde com solidariedade ativa;
a doutrina chama de empregador real, pois o trabalhador presta seu serviço a todo o grupo. 
B) Solidariedade passiva do grupo econômico
uma das empresas do grupo contrata o trabalhador (registro na CTPS);
esse trabalhador presta seu serviço a todo o grupo;
a empresa que anota a CTPS é o chamado empregador aparente;
o grupo responde com solidariedade passiva.
- Ficam responsáveis pelos débitos trabalhistas tanto entre grupos de posição vertical (com subordinação) onde existe um controlador sobre as demais empresas e quanto aos grupos horizontais (com coordenação), onde as empresas se confundem em uma só, por coordenação e interesses comuns entre elas.
- Todas as empresas que formam um grupo econômico responderão solidariamente pelo adimplemento das obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado pelo empregado com qualquer uma delas.
Único contrato de trabalho
Se o empregado for contratado por uma das empresas, mas seu trabalho estiver sendo aproveitado pelas demais, por exemplo, no período da manhã trabalha para empresa A, e, à tarde, presta serviços para a empresa B, do mesmo grupo, terá um único contrato de trabalho, ou seja, sua carteira de trabalho não será assinada pelas duas empregadoras, mas apenas uma delas. Assim sendo, mesmo prestando serviços para duas empresas, a jurisprudência do TST tem entendido tratar-se de empregador único, ou seja, o grupo é o empregador.
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário (súmula 129 TST)
Ao tratar o grupo como empregador único, surgem outras consequências jurídicas, como:
a) garantir condições uniformes de trabalho a todos os empregados do grupo econômico, independentemente de qual empresa ele preste serviços, possibilitando o pedido de equiparação salarial (art. 461, CLT);
b) o enquadramento sindical dos empregados será de acordo com a atividade preponderante do grupo econômico e não da empresa para qual o trabalhador presta serviços;
c) possibilidade de transferência de empregados entre as empresas do grupo (art. 469, CLT);
d) o pagamento efetuado pelas demais empresas do grupo terá natureza salarial (Súmula nº 93, TST);
e) o empregado terá de cumprir as ordens dadas pelas demais empresas do grupo, pois todas serão consideradas empregadoras;
f) acesso temporis, ou seja, o tempo de serviço prestado às empresas do grupo é computado;
g) a prestação de serviços ao grupo, mesmo que a empresas diferentes, superiores à jornada normal, gerará o pagamento de horas extras;
h) em relação à existência de contratos sucessivos às empresas do grupo, haverá a prescrição parcial de 5 anos, para pleitear verbas trabalhistas;
i) É possível a soma do tempo de serviço prestado para as diversas empresas do grupo para efeito de férias.
Importante ressaltar que a própria Súmula nº 129, no fim de sua redação, traz uma exceção ao contrato único. É possível, de acordo com a jurisprudência do TST, que as partes celebrem contratos simultâneos de trabalho.
Por fim, a jurisprudência do TST, com base na tese do empregador único, não tem exigido a presença de todas as empresas na fase de conhecimento do processo judicial, desde que se tenha comprovado a existência do grupo econômico. A ausência de uma ou algumas empresas do grupo não impede que elas sejam executadas e, consequentemente, obrigadas a pagar os débitos trabalhistas das demais (responsabilidade solidária passiva).
● SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Consequência para os empregados:
Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. (Art. 10 da CLT) 
A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (Art. 448 da CLT) 
Responsabilização do sócio retirante
O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora; 
II - os sócios atuais; 
III - os sócios retirantes.
O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Sucessão empresarial 
As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. (“Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.” Art. 448-A)
↳ Em caso de sucessão empresarial, a responsabilidade da empresa sucessora, não apenas quanto às obrigações trabalhistas posteriores à sucessão, mas também em relação aos débitos antigos.
↳ O TST, por meio da OJ nº 261 da SDI-1, posiciona-se no mesmo sentido:
OJ Nº 261. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA. As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista.
Quando ficar comprovada fraude na transferência, a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora
↳ Em relação à empresa sucedida, via de regra estará ela isenta de qualquer responsabilidade, se licitamente transferiu o estabelecimento, despojando-se dos ativos e também dos passivos da empresa.
↳ No entanto, quando a sucessão opera-se de forma fraudulenta, previu a lei a responsabilização solidária entre as empresas envolvidas, de modo que ambas podem responder pelos débitos oriundos dos contratos de trabalho firmadosem período anterior à sucessão.
↳ De forma semelhante posiciona-se o TRT9 por meio da OJ nº 106 da sua 4ª Turma:
OJ4T Nº 106 do TRT9.SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE. Ocorrendo a sucessão de empregadores a responsabilidade pelo pagamento das obrigações trabalhistas é do sucessor e, subsidiariamente, do sucedido pela quitação dos débitos trabalhistas anteriores à sucessão.
Requisitos que caracterizam a sucessão: (rever com a reforma)
transferência do negócio de um titular para outro;
continuidade na prestação de serviços pelo obreiro. 
Não há sucessão de empregadores na relação doméstica
● RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
A consequência da existência de grupo econômico é que todas as empresas que o integram são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Isso significa que tanto a empresa principal como as empresas subordinadas (no grupo econômico hierarquizado) e todas as empresas que mantêm relação de coordenação entre si (no grupo econômico não hierarquizado) são responsáveis solidárias pelos direitos devidos aos empregados do grupo econômico e das empresas que o integrem. 
Trata-se, no caso, de solidariedade passiva, decorrente de expressa previsão legal.
Logo, o empregado pode exigir os créditos trabalhistas da empresa a quem prestou serviços e (ou) das demais empresas que compõem o grupo econômico. Não se observa benefício de ordem entre as empresas, pois a responsabilidade é solidária, e não subsidiária.
Discute-se, entretanto, se o grupo de empresas é o empregador único. Vale dizer, questiona-se se a relação jurídica do empregado é mantida com a empresa ou com o grupo econômico. Cabe verificar, assim, se o empregador é a empresa que integra o grupo econômico ou este. A questão envolve a temática de saber se no grupo de empresas também há solidariedade ativa, em que cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro (artigo 267 do Código Civil).
A redação do artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT, decorrente da Lei 13.467/2017, parece indicar que a responsabilidade das empresas que integram o grupo econômico é apenas passiva, ao prever que elas “serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego”.
A respeito dessa questão, segundo a Súmula 129 do TST: “Contrato de trabalho. Grupo econômico. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”.
Diversamente, há situações em que o empregado é juridicamente subordinado apenas a uma empresa, a qual exerce o poder diretivo e figura como o efetivo empregador. Nessa hipótese, o contrato de trabalho tem como sujeitos o empregado e a empresa. As demais empresas que integram o grupo econômico, entretanto, respondem solidariamente pelos créditos trabalhistas.

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