Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Microbiologia e Patogênese da Doença Periodontal INAPÓS - Faculdade de Odontologia e Pós Graduação Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira DISCIPLINA DE PERIODONTIA 2012 h t t p : / / l u c i n e i . w i k i s p a c e s . c o m PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL DOENÇA Defesa do Hospedeiro Fatores locais (fumo) Condições adquiridas (doenças sistêmicas) Fatores gené:cos TEORIA ATUAL DA DOENÇA PERIODONTAL Natureza Multifatorial DOENÇA PERIODONTAL Doença de natureza multifatorial que resulta da interação complexa entre microrganismos patogênicos e defesa do hospedeiro (Page et al., 1997; Kinane et al., 2006). Seu desenvolvimento pode ser modificado por: - Fatores locais (biofilme, fumo) - Condições adquiridas (doenças sistêmicas) - Fatores genéticos MICROBIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL • A doença periodontal não é causada apenas por um microrganismo • É uma infecção mista contendo diversos microrganismos periodontopatogênicos • A composição desta infecção influencia no grau de destruição periodontal ¢ O biofilme representa o método preferido de crescimento para a maioria das bactérias. ¢ Propicia proteção para a espécie colonizadora contra microorganismos competitivos, fatores ambientais e substâncias potencialmente tóxicas do meio. (Lindhe et al, 2003) ¢ O biofilme atrai bactérias continuamente ¢ Na medida em que continua acumulando, cria um ambiente não saudável com diversas espécies bacterianas e seus produtos. Aderência bacteriana ¢ Fímbrias (detectadas em P. gengivalis, S. salivarium e S. parasanguis) ¢ Fibrilas (incluem S. salivarium, P. intermedia, P. nigrescens e S. mutans) (Lindhe et al., 2003) Diferenças microbiológicas CARACTERÍSTICAS Placa Recente (-‐ 24h) Placa consolidada (+24h) GRAM + + e -‐ MORFOLOGIA Cocos e Bacilos Cocos, bacilos, filamentosas e espiroquetas METABOLISMO Faculta:vo Anaróbios e faculta:vos TOLERÂNCIA PELO HOSPEDEIRO Geralmente boa Causa cárie e gengivite CARACTERÍSTICAS DO BIOFILME CONFORME SEU DESENVOLVIMENTO Diferenças microbiológicas 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 Anaeróbios Facultativos Gram -‐ Gram + Gengivite Periodontite Saúde CARACTERÍSTICAS DO BIOFILME CONFORME SEU DESENVOLVIMENTO Diferenças microbiológicas durante a progressão da doença periodontal 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Saúde Gengivite Periodon:te Bacilos Gran + Coccos Gram + Bacilos Gram -‐ Coccos Gram -‐ Saúde Periodontite Gengivite Patógenos Potenciais para a Doença Periodontal • Critérios necessários: 1. O microrganismo tem que ocorrer em números maiores nos sí:os de doença a:va comparando com os de doença ina:va. 2. O teste de patogenicidade em animais deve demonstrar potencial para o desenvolvimento da periodon:te humana. 3. A eliminação do microrganismo deve levar ao fim da progressão da doença. 4. O microrganismo deve possuir fatores de virulência relevantes para iniciação e progressão da periodon:te. 5. A resposta imune celular ou humoral do organismo deve ser suges:va do seu papel na doença. Biofilme na Doença Periodontal COMPLEXO VERMELHO - Porphyromonas Gingivalis - Tannerella Forsythia - Treponema Denticola - Aggregatibacter Actinomycetemcomitans Bactérias anaeróbicas e Gram-‐negaWvas O Complexo Vermelho Patógenos Potenciais para Periodontite ¢ O Simpósio Mundial de Periodontia designou o A. actinomycetemcomitans, T. Denticola, P. gingivalis e T. Forsythia como patógenos periodontais. ¢ Entretanto, diversos outros patógenos também estão relacionados com as doenças periodontais (Lindhe et al, 2003) Outros patógenos Potenciais para a Periodontite ¢ Espiroquetas ¢ Prevotellas ( P. intermedia e P. nigrecenses) ¢ Fusobacterium nucleatum ¢ Campylobacter rectus ¢ Peptostreptococcus micros ¢ Streptococus millieri ¢ Porphyromonas gingivalis Complexo Vermelho ¢ Treponema denticola Complexo Vermelho Fatores de Virulência específicos da Treponema denticola ¢ É estimado que METADE de todas as bactérias na lesão periodontal sejam da espécie T. denticola. (Holt & Ebersole, Periodontology 2000 vol.38, 2005, 72-122) Fatores de virulência da T. denticola e seu efeitos sistêmicos Lipoproteínas e glicolipídeos de membrana Via osteoclástica Tnf-α Citocinas ( IL-1. IL-6 e IL-8) (Holt & Ebersole, periodontology 2000 vol38, 2005, 72-122) ¢ Tannerella forsythia ( anteriormente chamada de Bacterióides Forsythus) Complexo Vermelho ¢ Tannerella forsythia Complexo Vermelho Aggregatibacter Actinomycetemcomitans Complexo Vermelho DESENVOLVIMENTO DO BIOFILME NA DOENÇA PERIODONTAL COMPOSIÇÃO DO BIOFILME NA DOENÇA PERIODONTAL Fatores de virulência das bactérias do Complexo Vermelho Modelo da membrana lipopolissacridea da Pseudomonas aeruginosa. Lipopolissacarídeo (LPS) ¢ Principal componente da membrana externa das bactérias Gram- negativas. ¢ Toxina com alto poder inflamatório. ¢ Constituída de um lipídeo e um polissacarídeo unidos através de uma ligação covalente Ação do Lipopolissacarídeo (LPS) (Holt & Ebersole, periodontology 2000 vol38, 2005, 72-122) Biofilme periodontopatogênico LPS Interação LPS - Macrófagos Fatores Modificadores ( Fumo, Diabetes, etc.) IL I β TNF α PGE 2 PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL • A DP é iniciada pela presença de um complexo de bactérias que interagem com as células dos tecidos do hospedeiro, causando uma liberação de citocinas inflamatórias, quimiocinas e mediadores que determinam destruição das estruturas periodontais. (Holt & Ebersole, Periodontology 2000 vol.38, 2005, 72-‐122) EXPLICANDO A DOENÇA PERIODONTAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL Evolução: PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL Consequência da resposta imunológica inata Progressão para Periodontite PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL TNF-‐α TNF-‐α PGe-‐2 PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO TECIDUALPATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL DAS CITOCINAS INFLAMATÓRIAS O papel das citocinas produzidas após a interação patógeno-hospedeiro ¢ IL- 6 http://en.wikipedia.org/wiki/Interleukin_6 (Holt & Ebersole, Periodontology 2000 vol38, 2005, 72-122) Interleucinas 1 e 6 (ILs-1 e 6) Atua no mecanismo da febre Ativa a resposta de fase aguda Induz a diferenciação de osteoblastos em osteoclastos IL - 6 MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL ¢ Proteinases – MMPs (do microrganismo ou do hospedeiro) ¢ Ativação de Neutrófilos - liberação de espécies reativas do oxigênio Proteinases do Hospedeiro ¢ Células epiteliais do tecido gengival inflamado são capazes de produzir colagenases (Fullmer & Gibson, 1966) ¢ Fatores de virulência presentes na doença periodontal, como os LPS, rompem o equilibrio formação/remodelação da matriz extracelular ¢ A produção intensa da metaloproteinases (MMPs), leva a uma grande perda de tecidos periodontais Lindhe et al. (2003) MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL MUDANÇA DE PARADIGMA NA DOENÇA PERIODONTAL VISÃO ATUAL SOBRE O PAPEL DO BIOFILME NA DOENÇA PERIODONTAL Fator Hospedeiro na Doença Periodontal ¢ Fatores de Risco ¢ Perfil Imunológico Determinam a evolução da DP Fatores de Risco ¢ Diabetes ¢ Síndrome de Down e outras doenças sistêmicas ¢ Fumo ¢ Genética ¢ A presença do fator de risco implica no aumento direto da probabilidade da doença ocorrer Perfil Imunológico do Paciente ¢ Perfil da Resposta Imunológica Adquirida ¢ Ativação de Neutrófilos ¢ Produção de Citocinas GUN e PUN ¢ Forma aguda ¢ Destruição rápida e debilitante ¢ Lesões envolvendo somente o tecido gengival (GUN) ¢ Lesões apresentando perda de inserção (PUN) ¢ Necrose das papilas, pseudomembrana branco-amarelada. ¢ Treponema sp., Fusobacterium sp. Perfil Imunológico do Paciente Periodontite Agressiva ¢ Aggregactibacter actinomycetemcomitans sorotipo b (A.a. b) ¢ Produzem leucotoxinas e invadem células epiteliais gengivais ¢ É uma das associações mais fortes entre um patógeno e doença periodontal destrutiva. ¢ Números elevados em lesões de periodontite juvenil localizada (hoje dentro da classificação de PERIODONTITE AGRESSIVA) Perfil Imunológico do Paciente RESUMO DA ETIOPATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL MICRORGANISMOS PERIODONTOPATOGÊNICOS DOENÇA PERIODONTAL
Compartilhar