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DOENÇA PERIODONTAL X GRAVIDEZ Cleyde Couto Aline Santos Felipe Moraes Leandro Luiz Juliana Sampaio DOENÇA PERIODONTAL X GRAVIDEZ • Variações hormonais cavidade oral • Gravidez exacerbação alterações gengivais • Componentes bacterianos associados a DP nascimento bebês prematuros de baixo peso GRAVIDEZ • Progesterona e Estrógeno: 1030 vezes maior que no ciclo menstrual • Progesterona: mantém útero quiescente, diminuindo contração • Estrógeno: estimula o crescimento contínuo do miométrio uterino e prepara o útero para o trabalho de parto • Estrógeno / Progesterona efeitos diretos sobre o periodonto ESTRÓGENO / PROGESTERONA PERIODONTO Receptores específicos ESTRÓGENO / PROGESTERONA PERIODONTO • Estrógeno : afeta as peroxidases salivares, que atuam contra diversos microrganismo ceratinização no epitélio gengival glicogênio no epitélio gengival Retenção nitrogênio no tecido conjuntivo Acúmulo água no tecido conjuntivo mucopolissacarídeos ácidos da substância intercelular do tec. conjuntivo da mucosa Estimula proliferação fibroblastos Estimula síntese e maturação do tecido conjuntivo gengival severidade da inflamação gengival, independente da quantidade de biofilme presente. ESTRÓGENO / PROGESTERONA PERIODONTO • Progesterona : Ação vasodilatadora, aumentando a permeabilidade vascular Estimula produção prostaglandinas – PGE2, no fluido gengival Estimula produção leucócitos polimorfonucleares no fluido gengival inibe a síntese de proteínas colágenas e não colágenas aumento na degradação metabólica do folato Influenciando reparo e manutenção tecidual ALTERAÇÕES GENGIVAIS E PERIODONTAIS GRAVIDEZ• Gengivite • Periodontite • Granuloma Gravídico • Doença periodontal = fator risco para parto prematuro / bebês baixo peso • Doença periodontal = préeclâmpsia GENGIVITE • 30 – 100 % GESTANTES • Não está diretamente relacionada a quantidade de biofilme presente • Aumento bactérias anaeróbias Prevotella intermedia Utilizam os hormônios sexuais como substituto da menadiona e naftoquinonas para crescimento. • Portanto, a gravidez não é o fator etiológico primário da gengivite, mas sim, um fator agravante de um quadro gengival infeccioso clínico ou subclínico, estabelecido previamente à gestação. • Iniciase no 2º mês de gravidez, aumentando progressivamente do 4º ao 9º mês, regredindo após o parto. GENGIVITE • Características clínicas: • Cor vermelhoviva • Tecido edematoso (superfície lisa e aspecto brilhante) • Maior volume na região interproximal do que nas superfícies V ou L/P • Grande tendência a sangrar durante a mastigação e deglutição • Aumento da mobilidade, da profundidade de sondagem e severidade da gengivite, sem envolvimento do periodonto de inserção (PASSANEZI et al 2007). PERIODONTITE NA GRAVIDEZ • Infecções causadas por: Porphyromonas gingivalis aumento da toxicidade placentária Fusobacterium nucleatum liberação de citocinas e TNF • Fatores de riscos para a gestante e o bebê • De 2 à 3 vezes mais chances de bebês nascerem abaixo do peso, levando a problemas crônicos, respiratórios e até mentais. GRANULOMA GRAVÍDICO • “ Tumor gravídico ” • Lesão benigna • Prevalência de 0 a 9,6% nas gestações • Resposta inflamatória exagerada (gengivite inflamatória prévia) a um fator irritante (próprio cálculo recoberto por biofilme) • Superfície V e interproximal da região anterior da maxila, junto da margem gengival, a partir do espaço proximal (papila) • 2º trimestre gestacional GRANULOMA GRAVÍDICO • Características Clínicas e histologicas ≈ granuloma piogênico • Massa exofítica • séssil ou pediculada, junto a superfície dental em direção coronal • Indolor • mole à palpação • grande velocidade de crescimento • raramente ultrapassa 2 cm de diâmetro GRANULOMA GRAVÍDICO • Coloração entre vermelhopúrpura e vermelhoazulado • Pode apresentar superfície ulcerada e coberta por exsudato amarelo • Regride espontaneamente x Massa fibrosa residual • Tratamento: RAPCR + controle do biofilme Desconforto Alterações alinhamento dental Remoção cirúrgica Sangramento durante mastigação DP = FATOR RISCO PARTO PREMATURO / BEBÊS BAIXO PESO • Parto prematuro = antes da 37ª semana gestação (oms, 1972) • Baixo peso = < 2,5 kg • Infecção materna fator predisponente para parto prematuro • Bactérias anaeróbicas gram negativas, apresentam mecanismo biológico para afetar o desenvolvimento da gestação mesmo com ocorrência a distância. DP = FATOR RISCO PARTO PREMATURO / BEBÊS BAIXO PESO • DP microrganismos e toxinas entram na cavidade uterina pela corrente sanguínea • A exposição crônica da mãe aos patógenos bucais não garante imunidade ao feto, expondoo a diferentes toxinas bacterianas. DP = FATOR RISCO PARTO PREMATURO / BEBÊS BAIXO PESO • Trabalho de parto é iniciado pelo ↑ súbito dos níveis de IL1β PGE2 e TNF mediadores químicos inflamatórios associados com processos infecciosos aumentados na DP • Citocina (PGE2) e TNF ↓ de 1518% do peso fetal • DP reservatório crônico para transferência de bactérias ou seus produtos através da disseminação sanguínea, para a unidade fetoplacentária, induzindo a síntese de PGE2 e TNF próprios sítios com infecção periodontal, ao produzir mediadores inflamatórios, atuam como fonte sistêmica potencial de citocinas fetotóxicas (IL1 β, PGE2 e TNF) que alcançam a placenta através da circulação sanguínea. Infecção periodontal Microrganismos ou suas toxinas, como as endotoxinas (lipopolissacarídeos) Corrente sanguínea Cavidade uterina Parto prematuro DP = FATOR RISCO PARTO PREMATURO / BEBÊS BAIXO PESO • Espécies bacterianas anaeróbias: Bacteroides sp. Prevotella sp. Porphyromonas sp. Líquido aminiótico Periodontopatógenos Peptostreptococos sp. (durante trabalho parto) Fusobacterium nucleatum Doença ou infecção Periodontal Exposição materna aos patógenos e produtos periodontais Exposição do feto a patógenos periodontais Bacteremias, endotoxemias Resposta materna: CRP, IgG Início da inflamação (TNF, IL 1) Resposta do feto: IgM, CRP, TNF, PGE2, 8 isoprostano Ruptura prematura das membranas, parto prematuro, baixo peso ao nascer, pré eclampsia, restrição do crescimento fetal intra uterino Idade da mãe, peso, estatura, tabagismo, etnia, estresse e fatores genéticos Modelo proposto para relação entre doença periodontal e desfechos adversos na gravidez ESTUDOS SOBRE A DP X PARTO PREMATURO E BEBÊS DE BAIXO PESO Autor Ano Avaliados Riscos Resultados Campos 2003 Grávidas com SS em mais de 80% dos sítios Elevado risco de parto prematuro e bebês de baixo peso Viu a relação dos riscos para os bebês em relação a doença periodontal das mães. Gazolla 2007 Avaliou a incidência de parto prematuro e bebês de baixo peso em 450 pacientes. ∙ 122 pacientes apresentaram periodonto saudável ∙ 328 pacientes com o periodonto doente. Incluir os cuidados periodontais nos programas de pré natal. PRÉECLÂMPSIA • Elevação da pressão arterial (≥ 140/90mmHg), a partir da 20ª semana de gestação, na presença de proteinúria (≥ 300mg/ em 24 horas). • É uma das maiores causas de morbidade e mortalidade materna e perinatal, acometendo 5% a 8% das gestantes dos países em desenvolvimento. • Etiologia parcialmente desconhecida fatores de risco:primiparidade obesidade alterações renais infecções, incluindo a doença periodontal TRATAMENTO POR TRIMESTRES 1º trimestre 2º trimentre 3ºtrimestre Período crítico onde ocorre organogênese, onde existe maior risco de malformações. Deve ser realizado apenas terapia periodontal básica, não utilizar medicamentos, exceto em caso urgentes. É o período ideal para os procedimentos odontológicos que não podem ser postergados, a organogênese já está completa. Não há risco para o feto, porem a paciente possui aumento no nível de desconforto em relação a postura e tempo de atendimento. ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DP NA GESTANTE • Raspagem, alisamento e polimento coronário e radicular • Controle mecânico caseiro do biofilme • Educação / Orientação em saúde: higiene flúor dieta • Procedimentos clínicos – entre 4º e 6º mês de gestação BIBLIOGRAFIA: • Politano, Gabriel Tilli P759d Doença periodontal, alterações inflamatórias e pré eclâmpsia: avaliação clínica e imunológica / Gabriel Tilli Politano. Campinas, SP: [s.n.], 2009. • www.revistasobrape.com.br/arquivos/junho2007/artigo4.pdf • http://sadato.hypermart.net/livroendocrino/node113.html • http://www.jped.com.br/conteudo/01770123/port.pdf • www.delas.ig.com.br/filhos/20120819/assistenciaabebesprematurosimplicadecisoes dificeis.html • www.intelligentdental.com/2010/07/10/whatisoralpyogenicgranuloma/pyogenic granuloma • www.doutordente.wordpress.com/2012/11/25/gengivitexgravidez/ • Lindhe J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia oral. Rio de Janeiro: 2014. • https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/viewArticle/5891 FIM!!
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