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21 Resumo IV Berne A circulação periférica e o seu controle

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A circulação periférica e o seu controle
Resumo IV – Fisiologia cardiovascular
Berne
As arteríolas (vasos de resistência) principalmente regulam o fluxo sanguíneo através dos seus capilares a jusante. O músculo liso, que compõe a maior parte das paredes das arteríolas, contrai-se e relaxa-se em resposta aos estímulos neurais e humorais.
A auto-regulação do fluxo sanguíneo ocorre na maioria dos tecidos. Este processo é caracterizado por um fluxo constante de sangue em face a uma alteração na pressão perfusão. Uma explicação lógica para a auto-regulação é o mecanismo miogênico, pelo qual um aumento na pressão transmural deflagra uma contração do músculo liso vascular e uma redução na pressão transmural desencadeia um relaxamento.
O marcante paralelismo entre o fluxo sanguíneo tissular e o consumo do oxigênio tissular indica que o fluxo de sangue é regulado em grande parte por um mecanismo metabólico. Uma redução na relação entre o suprimento e a demanda de oxigênio de um tecido libera um metabólito vaso-dilatador que dilata as arteríolas e, portanto, intensifica o suprimento de oxigênio.
A regulação neural do fluxo sanguíneo é quase que completamente dada pelo sistema nervoso simpático. Os nervos simpáticos para os vasos sanguíneos são tonicamente ativos; a inibição do centro vaso-constritor no bulbo reduz a resistência vascular periférica. A estimulação dos nervos simpáticos faz a constrição dos vasos de resistência e de capacitância (veias).
As fibras parassimpáticas inervam a cabeça, as vísceras e a genitália; elas não inervam a pele e os músculos.
Os baro-receptores das artérias carótidas internas e na aorta são tonicamente ativos e regulam a pressão arterial de momento a momento. O estiramento desses receptores, por um aumento na pressão arterial, inicia um reflexo que inibe o centro vaso-constritor no bulbo e induz vaso-dilatação. Reciprocamente, uma redução na pressão arterial desinibe o centro vaso-constritor e induz vaso-constrição.
Os baro-receptores nas artérias carótidas internas predominam em relação àqueles na aorta e respondem mais vigorosamente a alterações na pressão (estiramento) do que o fazem a pressões elevadas ou reduzidas não-pulsáteis. Em outras palavras, eles adaptam-se a uma pressão constante imposta.
Os baro-receptores cardiopulmonares também estão presentes nas câmaras cardíacas e em grandes vasos pulmonares. Eles têm menor influência sobre a pressão arterial, mas participam na regulação do volume sanguíneo.
Os químio-receptores periféricos (corpos carotídeos e aórticos) e os químio-receptores centrais no bulbo são estimulados por uma redução na tensão de oxigênio no sangue (PaO2) e por um aumento na tensão sanguínea do dióxido de carbono (PaCO2). A estimulação destes químio-receptores aumenta a frequência e a profundidade da respiração, mas também produz vaso-constrição periférica.
A resistência periférica, e, portanto, a pressão arterial, são afetadas pelos estímulos que provêm da pele, vísceras, pulmões e cérebro.
O efeito combinado dos fatores neurais e metabólicos locais distribui sangue aos tecidos ativos e desvia-o dos tecidos inativos. Em estruturas vitais, como no coração e no cérebro, e no músculo esquelético em contração, os fatores metabólicos predominam.

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