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MÉTODOS DE ANÁLISES DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS

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MÉTODOS DE ANÁLISES DE
FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
DESCREVER OS FUNDAMENTOS DOS MÉTODOS BEM COMO INDICAR A APLICABILIDADE DE CADA UM
NO ÂMBITO FARMACÊUTICO
AUTOR(A): PROF. CARLA TOSCANO DE OLIVEIRA SIMOES
O Controle de Qualidade (CQ), que é parte das Boas Práticas de Fabricação, é responsável, dentre outras
funções, pelos procedimentos de liberação que asseguram que os ensaios necessários e relevantes sejam
executados e que os materiais não são liberados para uso, nem os produtos liberados para venda ou
fornecimento, até que a qualidade dos mesmos seja julgada satisfatória.
São ensaios físicos, químicos e físico-químicos realizados pelo CQ tais como os de identificação, de pureza e
de potência.Abaixo seguem relacionados os ensaios empregados na análise de fármacos, medicamentos e
cosméticos.
Determinação de peso em formas farmacêuticas
A determinação do peso médio em formas farmacêuticas é efetuada em balanças com sensibilidade
adequada, tanto para produtos de dose única quanto de doses múltiplas.Em ambos os casos a determinação
do peso médio é dada pelo quociente da somatória dos pesos individuais e de cada unidade pelo número de
unidades amostradas. Quanto maior for o desvio padrão menor será a uniformidade de envase. O número de
amostras é de dez embalagens para amostras de dose múltipla, como pós e granulados, e vinte unidades
para medicamentos de dose individual como comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios e óvulos.
O procedimento para pós, granulados, cremes e pomadas consiste em pesar individualmente 10
embalagens, remover o conteúdo e lavar os respectivos recipientes com solvente adequado; secar, esfriar à
temperatura ambiente e pesar novamente, a diferença entre as duas pesagens é o peso do conteúdo.
Para pós estéreis e liofilizados deve-se pesar individualmente 20 unidades, remover o conteúdo e lavar os
respectivos recipientes utilizando água e em seguida etanol, secar em estufa a 105ºC por 1 hora, esfriar e
pesar, a diferença entre as duas pesagens é o peso do conteúdo.
01 / 22
Para sólidos destinados a soluções ou suspensões injetáveis, cujos pesos médios são maiores a 40 mg,
pesam-se 20 unidades, os conteúdos são removidos e após lavar, secar à 105ºC, esfriar, pesam-se as
embalagens.
O critério de aceitação é em função da utilização de tabelas oficiais que estão disponíveis na farmacopeia
brasileira.
Determinação de volume em formas farmacêuticas
A determinação do volume é importante para monitorar a eficiência de envase e condições de
acondicionamento e estocagem. Os limites permitidos variam entre 1% a 3% em função do volume total do
frasco.
O procedimento, para determinação do volume de produtos líquidos com dose múltipla, consiste em pesar
individualmente o número de unidades indicadas oficialmente em função do volume declarado, remover o
conteúdo, lavar os recipientes utilizando água e etanol, secar em estufa a 105ºC por 1 hora, esfriar e pesar
novamente, a diferença entre as duas pesagens é o peso do conteúdo, calculam-se os volumes
correspondentes aos pesos utilizando a densidade.
                                                                                                              V = m/d
                                                                                                              onde:     V =volume em mL
                                                                                                                           m = peso do conteúdo em g
                                                                                                                            d = densidade do produto em g/mL à
25ºC
Produtos líquidos com dose única e injetáveis deve-se testar o nº de unidades indicadas oficialmente,
remover o conteúdo total de cada unidade com seringa e medir.
Os resultados são avaliados em função de tabelas oficiais.
Teste de dureza
DEFINIçãO
Dureza é a resistência do comprimido ao esmagamento ou à ruptura sob pressão radial, é
proporcional a força de compressão e inversamente proporcional à sua porosidade.
Tal resistência diz respeito a estabilidade física de formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão e é
um parâmetro essencial e imprescindível no caso de comprimidos que serão submetidos a processos de
revestimento.
A dureza demonstra a resistência dos comprimidos à ruptura causada por golpes ou fricção durante os
processos de fabricação, embalagem, transporte, armazenagem, etc.
02 / 22
São utilizadas dez unidades de comprimidos ou drágeas que são submetidos, cada uma, à força aplicada
diametralmente por aparelho tipo bomba ou mola espiral.
A força é medida em newton N ( 1N equivale, aproximadamente à 0,1 Kgf) e o mínimo aceitável, para a
média dos valores obtidos, é entre 30N e 45N.
Legenda: DURôMETRO: APARELHO USADO PARA VERIFICAR A DUREZA DOS COMPRIMIDOS.
03 / 22
Teste de friabilidade
DEFINIçãO
Friabilidade é a falta de resistência dos comprimidos à abrasão, quando submetidos à ação
mecânica de aparelhagem específica. Traduz a resistência do comprimido ao desgaste.
O teste de friabilidade se aplica apenas a comprimidos não revestidos sendo este parâmetro fundamental
no controle de processo de núcleos intermediários de drágeas.Este teste demonstra a resistência dos
comprimidos à ruptura.
Consiste em pesar, exatamente, 20 comprimidos e introduzi-los no friabilômetro para 100 rotações num
período de cinco minutos.
Ao término, remove-se todo o resíduo de poeira e pesa-se novamente, porém, só devem ser pesados os
comprimidos íntegros não considerando aqueles lascados ou que se separam em duas camadas.
Consideram-se aceitáveis os comprimidos com perda inferior a 1,5% do seu peso ou diferente se
especificado na monografia.
A figura abaixo ilustra o friabilômetro que é o equipamento utilizado para esse teste.
04 / 22
Legenda: FRIABILôMETRO.
05 / 22
Determinação de diâmetro e espessura
Utiliza-se o paquímetro, ilustrado na figura abaixo, para medir o diâmetro e a espessura de formas
farmacêuticas sólidas tais como comprimidos, cápsulas, drágeas, supositórios e óvulos. A determinação do
diâmetro e espessura fornece parâmetros para o acondicionamento dessas formas farmacêuticas sólidas em
embalagens tais como blister, strip, etc.
Legenda: PAQUíMETRO
Testes de desintegração
Este teste determina se um comprimido, cápsula, drágea, supositórios e óvulos se desintegra dentro do
limite de tempo especificado na monografia de cada forma medicamentosa, quando unidades, em número
especificado, são submetidas às condições experimentais descritas.  Relaciona-se à biodisponibilidade da
forma farmacêutica.
A desintegração é o estado no qual nenhum resíduo da unidade permanece na tela metálica do aparelho ou,
é considerado desintegrada, quando as unidades que, durante o teste, transformam-se em massa pastosa
que permanece sobre a tela.
Adicionar 1 comprimido em cada um dos seis tubos da cesta, adicionar o disco a cada tubo e utilizar água a
37ºC +/- 1ºC como líquido de imersão.
Até 30 minutos todos os comprimidos deverão estar completamente desintegrados.
Comprimidos revestidos, cápsulas gelatinosas, cápsulas gastro resistentes e comprimidos sublinguais
apresentam pequenas variações nos procedimentos como descritos em suas monografias farmacopeicas.
O desintegrador, aparelho utilizado para esse teste, simula as condições de movimentos peristálticos e
discos acrílicos, que poderão ser adicionados conforme preconizado na farmacopeia de alguns
medicamentos, simulam o atrito do comprimido com alimento e paredes do trato gastro-intestinal.
06 / 22
Legenda: DESINTEGRADOR.
Testes de dissolução
07 / 22
Determina a percentagem da quantidade de princípio ativo, declarado no rótulo, liberado no meio de
dissolução, dentro do período de tempoespecificado na monografia de cada produto.
São ensaios oficiais de equivalência aplicados a estudos de cinética de dissolução e/ou determinação do
perfil de dissolução de formas farmacêuticas sólidas.
São utilizados seis unidades de comprimidos, cápsulas e drágeas.
Os meios de dissolução utilizados são especificados nas monografias dos medicamentos que podem ser
água, suco gástrico artificial ou suco entérico artificial.
Em tempos especificados retira-se uma alíquota do líquido de imersão e faz-se o doseamento do princípio
ativo. Com os resultado obtidos é construída a curva de liberação do princípio ativo (onde x = tempo em
min. e y = conc. analito em mcg/mL) conhecida como perfil de dissolução in vitro.
08 / 22
Legenda: DISSOLUTOR.
Realização de pesagens
Utilizam-se balanças analíticas que devem apresentar capacidade e sensibilidade adequadas.
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Para pesagens exatas é exigido a utilização de:
Balanças de 100 a 200 g de capacidade e com 0,1 mg de sensibilidade para pesagens de massas iguais ou
superiores a 50 mg.
Microbalanças de 20 g de capacidade e com 0,01 mg de sensibilidade para pesagens de massas inferiores a
50 mg.
As balanças deverão ser calibradas periodicamente, estar localizadas em bancadas específicas e em
ambientes especificados além de permanecerem limpas. O farmacêutico deverá seguir, rigorosamente, o
procedimento operacional padrão para a utilização correta da mesma para garantir a leitura valores de
massas exatos.
10 / 22
Legenda: BALANçA ANALíTICA.
11 / 22
Determinação do ponto de fusão (PF) e da faixa de fusão
DEFINIçãO
O ponto de fusão é a temperatura na qual uma substância se encontra completamente fundida e
faixa de fusão é a faixa de temperaturas entre o início e a completa fusão da substância.
Essas determinações deverão ocorrer em aparelhagem específica e podem ser empregadas como um ensaio
de identificação e de pureza.
A determinação pelo método do tubo capilar consiste em determinar a temperatura de fusão colocando a
amostra em um tubo capilar e introduzindo o mesmo em um béquer, com capacidade de 150 mL, contendo o
banho de imersão ( parafina líquida de alto PE, silicone fluído com alto PE, etilenoglicol, água ou ácido
sulfúrico concentrado). Utiliza-se um agitador para misturar o líquido e manter a homogeneidade da
temperatura do meio.
Determinação do PE e da faixa de ebulição
DEFINIçãO
O ponto de ebulição é a temperatura na qual um líquido ferve à 1 atm. e faixa de ebulição: é o
intervalo de temperatura, à 1 atm, dentro do qual o líquido destila inteiramente.
São utilizados, para este ensaio, o aparelho de destilação que é composto por balão de destilação e
condensador.
Determinação do ponto de congelamento
DEFINIçãO
É a mais alta temperatura na qual um líquido ou sólido fundido se solidifica.
Determinação da densidade
DEFINIçãO
A densidade absoluta de uma substância é definida como a massa de uma determinada unidade de
volume da mesma em condições padronizadas de pressão e temperatura.
12 / 22
Na prática, em análise farmacêutica, utiliza a determinação da densidade relativa que é dada pela razão
entre a densidade da substância em estudo e a densidade da água pura em uma mesma temperatura que
normalmente é de 20  graus.Para a determinação da densidade de líquidos são empregados densímetros ou
picnômetros sendo, com esses últimos, necessária uma balança analítica também para determinação das
massas do picnômetro vazio, do picnômetro com a substância em estudo e o peso do picnômetro com água
pura.
No caso de sólidos a determinação da densidade é prejudicada por características da partícula como
porosidade, tamanho e forma que determinam maior ou menor número de espaços vazios, por essa razão, é
mais correto empregar o termo densidade aparente. Para tanto são necessárias uma balança para pesagem e
uma proveta para medida do volume ocupado pelo pó que deve ser previamente compactado conforme o
método oficial preconizado pelas normas técnicas brasileiras que são 1.375 batidas a uma altura de 3 mm
que, na prática, se recorre a três batidas de uma altura de 3 cm.
Determinação do índice de refração
O princípio do método se baseia na diferença que se pode observar na direção de propagação de um feixe de
luz entre diferentes meios transparentes.
Além do seu emprego na identificação de matérias-primas líquidas a medida do índice de refração pode ser
utilizada como ensaio qualitativo de pureza ou semiquantitativo de teor, de modo que esse parâmetro tem
sido empregado na detecção de diluições fraudulentas.
Trata-se de um método rápido, fácil e de baixo consumo da amostra utilizado em ensaios de identificação e
pureza.
É empregado para caracterizar gorduras, óleos graxos, ceras, açúcares, solventes orgânicos e certos fármaco
como também para determinar a pureza de óleos vegetais.
O índice de refração (n) de uma substância é a relação entre a velocidade da luz no vácuo e sua velocidade
no interior da substância.  Um raio de luz monocromática passa de um meio transparente para outro de
densidade óptica diferente que pode ser refletido ou refratado.  A relação entre o seno do ângulo de
incidência e o seno do ângulo de refração é o índice de refração que é constante.
Utilizam-se, para este teste, aparelhos chamados refratômetros com luz branca (refratômetro de Abbé).
Determinação da viscosidade
É a resistência dos líquidos ao escoamento, a propriedade oposta é a fluidez.
O viscosímetro de Ostwald é o aparelho mais simples e popular para determinação da viscosidade de óleos e
outras substâncias líquidas. Consiste em um sistema de mangueiras onde é cronometrado o tempo de
escoamento do fluído do traço de referência superior até o menisco inferior sendo esse resultado
comparado com o da água feito nas mesmas condições.
o
13 / 22
A unidade usual é o centiPoise (cP) e é expresso, frequentemente, em função da viscosidade aparente a qual
é determinada em função da viscosidade da água cujo valor, a 25 C, é de 0,895 cP.
Determinação do poder rotatório - polarimetria
A base da polarimetria está no fato de que para algumas substâncias a extensão dos processos de absorção e
reflexão difere para luz polarizada de sentidos opostos (esquerda e direita).
Por esse ensaio faz-se a identificação de substâncias levógiras ou dextrógiras que são aquelas que têm a
propriedade de desviar o plano de luz polarizada, para a esquerda ou para direita respectivamente, quando
esta passa no meio delas, são consideradas substâncias opticamente ativas, então, podem ser identificadas
pela determinação do poder rotatório (α).
A determinação do poder rotatório estabelece a identidade e a pureza da substância além de ser útil para
avaliar a pureza e valor terapêutico de fármacos quirais, já que estes apresentam, frequentemente,
diferenças consideráveis no que diz respeito à atividade biológica.
Os aparelhos utilizados para esse ensaio são os polarímetros.
Determinação da perda por dessecação
Determina a quantidade de substância volátil de qualquer natureza eliminada nas condições especificadas
na monografia.
Para o ensaio coloca-se a amostra na forma de pó fino no pesa-filtro (profundidade de 5 mm).
O pesa-filtro tampado contendo a amostra é pesado e levado a estufa à 105 C por 2 horas. Ao término do
tempo chega-se a temperatura ambiente em dessecador e o pesa-filtro com a amostra dessecada é pesado
novamente.
O cálculo para determinação da porcentagem de perda por dessecação é feito utilizando-se a fórmula
abaixo:
% = Pu - Ps x 100 / Pa
onde:
Pa = peso da amostra antes de ser submetida à estufa
Pu = peso do pesa-filtro contendo a amostra antes da dessecação
Ps = peso do pesa-filtro contendo a amostra depois da dessecação
Determinação de resíduo por incineração (cinzas sulfatadas)
As cinzas sulfatadascompreendem o resíduo não volátil à incineração na presença de ácido sulfúrico.
o
o
14 / 22
Determina o teor de constituintes ou de impurezas inorgânicas contidos em substâncias orgânicas e de
componentes inorgânicos em misturas e da quantidade de impurezas contidas em substâncias inorgânicas
termolábeis.A amostra é colocada em cadinho e levada a mufla à 800ºC.
Após o tempo preconizado oficialmente, para cada substância, é feito o cálculo da porcentagem das cinzas
sulfatadas em relação à substância em ensaio.
Granulometria dos pós
DEFINIçãO
É o grau de divisão, tamanho da partícula, expresso em relação à abertura nominal da malha do
tamis utilizado.
A granulometria de partículas sólidas é fundamental à produção farmacêutica. O tamanho, a forma e a
uniformidade da partícula determinam suas propriedades de fluxo e a eficiência de uma mistura, de
enchimento e compactação.
A granulometria pode influir na solubilidade e tempo de dissolução do fármaco. Para a determinação da
granulometria da amostra é colocada uma quantidade de pó, que varia de 25 a 100g em função do tamanho
do mesmo, sobre o tamis que é agitado em movimentos horizontais rotativos e verticais por 20 minutos. O
pó recolhido na tamisação é pesado bem como a fração remanescente sobre o tamis.Em função dos pesos
obtidos, da fração recolhida e da remanescente, os pós são classificados em:
Pó grosso: passa no tamis de malha 1,70 mm mas retém 40% na malha de 0,355 mm.
Pó moderadamente grosso: passa no tamis de malha 355 µm mas retém 40% na malha de 250 µm.
Pó semifino: passa no tamis de malha 710 µm mas retém 40% na malha de 180 µm.
Pó fino: passa no tamis de malha 180 µm.
Pó finíssimo: passa no tamis de malha 125 µm.
Espectrofotometria de absorção atômica
A presença de metais em produtos farmacêuticos pode ter impacto na estabilidade ou na inocuidade, assim,
a determinação de metais em níveis de traços é de muita importância em análises farmacêuticas.
É um método de alta sensibilidade para o doseamento de átomos, íons ou complexos iônicos de elementos
metálicos.
15 / 22
É uma técnica que obedece a Lei de Beer e baseia-se na absorção de radiação ultravioleta por parte dos
elétrons que, ao sofrerem um salto quântico, depois de devidamente excitados, devolvem a energia recebida
para o meio voltando assim para a sua camada orbital de origem, então, mede a intensidade da luz
absorvida em dado comprimento de onda pelos átomos na promoção eletrônica ao estado excitado quando
submetidos à radiação.
A absorbância é proporcional ao número de átomos do elemento dosado, dessa forma, quantifica-se a
amostra. Os limites que podem ser determinados por esse método pode variar de 1 a 10 µg/L.
Espectrofotometria no VIS, UV e IV
DEFINIçãO
A espectrofotometria é um método espectrométrico que se baseia na interação entre energia
eletromagnética (E) e matéria (M). A energia eletromagnética é medida em função de seu
comprimento de onda que para a região do visível (VIS) a faixa espectral está entre 400 e 800 nm,
para a região do ultravioleta (UV) entre 200 e 400 nm e infravermelho (IV) acima de800 nm.
O UV –VIS é uma das técnicas mais utilizadas em todo o mundo em especial em análises quantitativas em
laboratórios químicos, clínicos e farmacêuticos. As principais vantagens do UV-VIS é sua facilidade de
manuseio ou operação, apresenta boa sensibilidade (10-4 a 10-7 mol/L), boa exatidão, seletividade
moderada e ampla aplicabilidade.Na faixa espectral do UV-VIS a interação entre matéria (analito) e energia
se dá por transições eletrônicas por isso é denominada de espectrometria de absorção eletrônica. Ocorre
absorção de energia pelo analito e a quantidade de energia absorvida é apresentada através de uma
grandeza chamada absorbância.
A absorção, em cada comprimento de onda, depende da natureza da substância, da concentração da amostra
e do caminho óptico que é a espessura da cubeta na qual está a solução que é atravessada pela luz e que,
normalmente, os fabricantes comercializam as cubetas com 1 cm de espessura.
A principal aplicação do UV-VIS é o doseamento de fármacos cuja concentração pode ser determinada
segundo as seguintes configurações metodológicas:
amostra x padrão (Ca.Ap=Cp.Ap)
amostra x equação da reta (curva padrão)
amostra x extinção especícifa (que é uma grandeza constante para a composição analito e solvente)
A quantidade de energia absorvida pelo analito, presente na amostra, em determinado comprimento de
onda, é diretamente proporcional à quantidade de analito da amostra. Trata-se de uma propriedade aditiva
e como toda instrumentação em controle de qualidade o espectrofotômetro deve ser calibrado para que
desvios físicos não comprometam a análise.
16 / 22
Na região espectral do infravermelho ocorrem pequenas diferenças na estrutura e composição molecular
que resultam em mudanças significativas no perfil do espectro do IV, em consequência, esta região é tida
como “impressão digital” do analito evidenciando a identidade da mesma.
Esta característica faz da espectrofotometria no infravermelho uma metodologia bastante útil na
identificação de compostos orgânicos e inorgânicos. A interpretação de um espectro no IV, o qual é formado
por picos, possibilita o emprego desta técnica em ensaios de identificação de fármacos e outras matérias-
primas com grande acurácia.No que diz respeito à sensibilidade e aos aspectos operacionais, o IV, apresenta
desvantagens importantes para seu emprego em análises quantitativas como o fato de vários solventes
comuns absorverem interferindo na análise.
Espectrofotometria de fluorescência
Compreendem a medida da fluorescência emitida quando estas substâncias, fluorescentes, são expostas à
radiação ultravioleta ou visível que promove a excitação de elétrons da molécula para níveis energéticos
mais elevados. Após curta permanência no estado excitado os elétrons retornam ao estado fundamental por
meio de processo chamado de luminescência (fluorescência). Para a maioria das substâncias a reversão não
compreende emissão de luz.
Turbidimetria e nefelometria
Métodos empregados para o doseamento das substâncias em função da turbidez de suas suspensões.
Na turbidimetria mede-se a intensidade da luz transmitida no mesmo sentido de direção da luz incidente e
na nefelometria mede-se a intensidade de luz refletida pelas partículas em suspensão em ângulo reto ao
feixe de luz incidente.
Utilizam-se turbidímetros, nefelômetros ou colorímetros ou ainda espectrofotômetros adaptados.
Cromatografia
Para quantificar ou identificar substâncias de qualquer natureza é necessário, na maioria dos casos, separar
o composto de interesse dos demais elementos constituintes da amostra. Quanto mais pura e homogênea a
substância a ser analisada menores serão as probabilidades de erro na sua identificação e quantificação.
Dentre as principais técnicas de separação utilizadas a cita-se a cromatografia como a mais utilizada. Essa
técnica apresenta versatilidade, rapidez, precisão, robustez, flexibilidade entre as suas principais
características.
O sistema cromatográfico é composto pela fase estacionária, que é colocada em um suporte que pode ser
uma placa ou uma coluna, onde a amostra é aplicada e pela fase móvel que, geralmente, é composta por
uma mistura de solventes. A fase móvel movimenta-se ao longo da fase estacionária arrastando os
diferentes componentes da amostra com velocidades diferentes por possuírem afinidades, pela fase
estacionária, com diferentes intensidades.
17 / 22
Existem vários sistemas cromatográficos que são:
Cromatografia planar: a fase estacionária está distribuída sobre uma superfície plana, que é a placa
cromatográfica ou cromatoplaca, formando uma película sobre ela, essas placas podem ser de plástico,
vidro ou metal. São exemplos de CPI a cromatografiaem camada delgada (CCD) e a cromatografia em
papel (CP). A placa é colocada verticalmente em uma cuba contendo certo volume de fase móvel de forma
a ficar dentro da fase móvel apenas a parte inferior da placa, local onde são aplicados a amostra e os
padrões, e por capilaridade a fase móvel se movimenta de baixo para cima arrastando os componentes ao
longo da placa com velocidades diferentes. Para identificar os componentes da amostra determina-se a
distância percorrida por cada um. Para substâncias coloridas utilizam-se reagentes cromogênicos.
Cromatografia em coluna: a fase estacionária preenche completamente a coluna que pode ser de vidro ou
de metal e a fase móvel pode ser uma mistura de solventes líquidos ou de gases, são exemplos a
cromatografia líquida em coluna clássica (CLC), cromatografia gasosa (CG) e cromatografia líquida de alta
eficiência (CLAE). A amostra é aplicada na coluna bem como a fase móvel que se move ao longo da fase
estacionária arrastando os componentes da amostra com velocidades diferentes. Com isso, os
componentes vão saindo pela coluna, em tempos diferentes, e são recolhidos individualmente. Na CG e na
CLAE estão acoplados, aos cromatógrafos, detectores para identificação dos componentes da amostra.
CLC: A fase móvel se arrasta pela coluna por ação da gravidade.
CG: A fase móvel é uma mistura de gases conhecidos por gases de arraste, essa cromatografia foi
desenvolvida para compostos voláteis, compostos que podem ser volatilizados sem degradação sob
aquecimento, ou ainda, compostos que após reações de derivação possam apresentar volatilidade adequada.
Não é indicada para compostos termolábeis pois o cromatógrafo possui um sistema que aquece o gás de
arraste e a coluna capilar.
CLAE: O cromatógrafo, utilizado na CLAE, possue seis elementos:
Coluna cromatográfica: medindo entre 10 e 30 cm e diâmetro interno entre 4 a 10mm, suporta altas
pressões e é o local onde se encontra empacotada a fase estacionária.
Reservatório de solventes: onde se encontram os solventes da fase móvel.
Bomba de alta pressão: sistema mecânico que impulsiona a fase móvel para a coluna.
Injetor: serve como sistema de entrada da amostra na coluna, permite a introdução de um volume fixo de
amostra.
Detector: para identificação de cada componente da amostra.
Processador de dados ou integrador: sistema que analisa e processa os dados dando origem ao
cromatograma onde cada componente da amostra é representado por um pico.
A CLAE é a técnica de separação mais utlizada pelos laboratórios de controle de qualidade na análise de
medicamentos.
18 / 22
Legenda: SISTEMA CROMATOGRáFICO DA CLAE
Potencial hidrogeniônico – pH
Para a determinação do Ph do meio são utilizados peagâmetros que são aparelhos potenciométricos que
possuem eletrodos são capazes de reproduzir valores correspondentes a 0,02 unidades de pH.
Os peagâmetros exigem calibração prévia, para aferição desses aparelhos são usadas soluções tampões, que
deverão ser aramzenadas sob refrigeração, tais como:
tetraoxalato de potássio 0,05M pH = 1,7
biftalato de potássio 0,05M pH = 4,0
fosfatoequimolar 0,05M (Na2HPO4 e KH2PO4) pH = 6,9
tetraborato de sódio 0,01M pH = 9,1
hidróxido de cálcio saturado a 25ºC pH = 12,4
 
Deteminação da água
19 / 22
A determinação quantitativa da água, presente na amostra, poderá ser feita pelo método volumétrico ou
pelo método gravimétrico.
Método volumétrico ou método de Karl Fisher baseia-se na reação quantitativa entre água e solução anidra
de iodo e dióxido de enxofre dissolvidos em piridina e metanol.
A solução titulada é composta pela amostra e metanol como solvente e a solução titulante é a solução de
Karl Fisher que é composta por uma mistura de piridina, iodo e dióxido de enxofre.
Titula-se até mudança de cor de amarelo-canário para âmbar e com o valor do volume gasto, da solução de
Karl Fisher, que foi necessário para reagir quantitativamente com a água presente na amostra, calcula-se,
estequiometricamente, a quantidade de água.
Método gravimétrico é o ensaio de perda por dessecação já explicado anteriormente.
Eletroforese
As técnicas eletroforéticas, empregadas em controle de qualidade, são a eletroforese em gel e a eletroforese
capilar. Ambas as técnicas empregam a aplicação de uma diferença de potencial sobre uma solução ou gel
onde se encontram solubilizados os componentes da amostra, essa diferença de potencial faz com que os
elementos carregados migrem em direção ao polo de carga oposta.
É uma técnica de separação indicada para amostras com componentes de várias espécies iônicas. Num
campo elétrico cada íon migra para polo de sinal contrário e após separação eletroforética os componentes
separados são identificados por métodos adequados.
Todas as substâncias ionizáveis podem ser analisadas por este método. Caracteriza-se uma substância pela
comparação de sua mobilidade com a mobilidade da solução padrão. Por esse método pode ser verificada a
pureza de um produto constatando-se a ausência de contaminantes iônicos de cargas diferentes.
Volumetria
DEFINIçãO
A volumetria é um método analítico quantitativo clássico onde através da determinação do volume
gasto, de solução padrão, necessário para reagir quantitativamente com o analito determina-se a
concentração da amostra.
A volumetria, também chamada de análise titrimétrica ou titulometria, é uma técnica muito útil no
doseamento de diversos fármacos. Uma das principais vantagens desse método é a simplicidade e o baixo
custo.
Na volumetria trata-se a substância a ser determinada, ou seja, a amostra (chamada de solução titulada e
que é adicionada a um erlenmeyer) com uma solução previamente padronizada que é a solução padrão
(chamada de solução titulante) através de uma bureta.
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A solução titulante reage quantitativamente com a solução titulada e à partir do volume gasto da solução
padrão calcula-se, estequiometricamente, a concentração da solução da amostra.
Entre a solução padrão e a solução da amostra poderão ocorrer quatro tipos de reações químicas,
denominadas reações analíticas, em função da natureza química das mesmas:  reação de neutralização, de
complexação, de precipitação e de oxiredução.
A classificação da volumetria se dá em função do tipo de reação analítica que ocorre entre as soluções
titulante e titulada. Os tipos de volumetria que são utilizadas na determinação de fármacos em
medicamentos são:
Volumetria de neutralização que classifica-se em alcalimetria, quando a solução padrão é uma solução
básica, e acidimetria quando a solução padrão tem natureza ácida. Empregada para dosear amostras com
substâncias ácidas ou básicas, respectivamente.
Complexometria quando a solução padrão é um agente complexante destacando-se aqui solução de EDTA
por ser de grande utilização. Empregada para dosear amostras contendo íons metálicos.
Volumetria de precipitação quando a solução padrão é um agente precipitante sendo a argentimetria,
onde a solução padrão utilizada é a de nitrato de prata, a mais utilizada.Empregada para dosear amostras
contendo cloreto, brometo etc.
Volumetria de oxiredução quando a solução padrão pode ser uma agente redutor ou oxidante, ex.:
permanganimetria, iodometria, iodimetria etc. Empregada para dosear amostras com substâncias
oxidantes ou redutoras, respectivamente.
ATIVIDADE FINAL
A volumetria é um método analítico empregado em análises
quantitativas de várias substâncias tais como reagentes, fármacos em
medicamentos etc. Trata-se de um método clássico de análise muito
empregado pelos laboratórios de controle de qualidade e se baseia na
reação química entre a solução padrão e a amostra. O tipo de
volumetria, que deverá ser utilizada por um analista, para o
doseamento de uma solução de hidróxido de sódio é:
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A. Volumetriade neutralização
B. Volumetria de precipitação
C. Volumetria de complexação
D. Volumetria de complexação
REFERÊNCIA
ANVISA. Farmacopéia Brasileira. 5ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2010.
GIL, E.S. Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos. 3ed. São Paulo: Pharmabooks. 2010
VOGEL, A., et alii. Análise Quimica Quantitativa. 6 ed. São Paulo: LTC. 2002
 
 
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