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1 
 
EMULSÕES 
 
 
 
 
 
Profa. Daniele Rubert Nogueira 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA INDUSTRIAL 
DISCIPLINA DE FARMACOTÉCNICA – FID 102 !
SISTEMA DISPERSO = FASE DISPERSA + FASE DISPERSANTE 
Sistema 
disperso 
Tamanho da 
partícula 
Estado de agregação 
das fases do sistema 
Exemplos 
Solução < 1 nm Gás-gás; gás-líq.;líq.-
líq.;sól.-líq.- sól.-sól. 
Soluções moleculares e 
iônicas 
Colóides 1 nm a 
1 µm 
Líq.-gás; sól.-gás; sól.-
líq. 
Névoa, fumaça, gelatina, 
lipossomas 
Suspensões > 1 µm Sól.-gás; sól.-líq. Aerossóis medicinais, 
suspensões, leite de 
magnésia 
Emulsões > 1 µm Líq.-líq. Leite, emulsões de uso 
farmacêutico 
SISTEMA DISPERSOS 
Micela (5 – 20 nm) 
Microemulsão (10 – 75 nm) 
Macroemulsão (0,25 – 10 μm) 
emulsão múltipla 
Lipossoma 
Suspensão 
DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES DAS EMULSÕES 
v  São sistemas bifásicos que consistem em duas fases 
líquidas imiscíveis; 
 
v  Um líquido está disperso em um outro líquido na forma de 
pequenas gotículas, o que é possível pelo uso de agentes 
emulsionantes; 
v  A fase que está presente como gotículas é chamada de fase 
dispersa, e a fase na qual as gotículas encontram-se 
suspensas é denominada fase contínua; 
v  São termodinamicamente instáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
EMULSÕES 
FASE DISPERSA, INTERNA ou DESCONTÍNUA 
+ FASE DISPERGENTE, EXTERNA ou CONTÍNUA 
+ AGENTE EMULSIFICANTE 
Emulsão simples 
4µm 
A/O 
ou 
O/A 
Emulsão múltipla 
A/O/A 
ou 
O/A/O 
FINALIDADE E VANTAGENS DAS EMULSÕES 
• Via oral: mascarar sabor e odor desagradáveis; 
• Mistura estável e homogênea de 2 líquidos imiscíveis; 
• Via tópica: possibilita a formulação de cremes e loções 
dermatológicas. Emoliência, diminuição da irritação, proteção; 
• Via parenteral: emulsões contendo óleos podem ser 
administradas por via endovenosa (lipídios, vitaminas). Ex: 
emulsões intravenosas de meio de contraste e de nutrição 
parenteral; 
• Liberação controlada e/ou prolongada; 
• Melhorar absorção; 
• Administração de drogas pouco solúveis em água; 
2 
TIPOS DE EMULSÕES 
O/A ou O/W A/O ou W/O 
• Fase interna (dispersa) 
Óleo 
• Fase externa (dispersante) 
Água 
Emulsões 
simples 
• Fase interna (dispersa) 
Água 
• Fase externa (dispersante) 
Óleo 
TIPOS DE EMULSÕES 
A/O/A O/A/O 
Gotículas de água 
dispersas em gotas de 
óleo, dispersas em água 
(A/O/A) 
Gotículas de óleo 
dispersas em gotas de 
água, dispersas em óleo 
(O/A/O) 
Emulsões 
múltiplas 
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES QUANTO AO USO 
• Emulsões para uso interno 
 
 
Via Oral: 
 
-  emulsões O/A: melhoria da palatabilidade, disfarça sabor 
desagradável de alguns fármacos e/ou dos óleos utilizados; 
-  Propicia aumento da absorção de gorduras pelo intestino 
 
 
Ex.: ácido valpróico (anticonvulsivante), óleo mineral (laxante), 
vitaminas oleosas, óleo de rícino, óleo de fígado de bacalhau 
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES QUANTO AO USO 
• Emulsões para uso interno 
 
 
Via endovenosa: 
 
-  Emulsões O/A na nutrição parenteral de substâncias lipídicas 
(fontes de calorias e aminoácidos essenciais); 
-  Para pacientes que não conseguem ou não querem se alimentar; 
-  Emulsões de contraste. 
 
Ex.: óleo de semente de algodão, óleo de cártamo 
 IntralipidR (Cutter) e LiposynR (Abbot). 
 
* Cuidados: o emulsificante deve ser inócuo e não-iônico; diâmetro 
dos glóbulos internos formados deve ser uniforme. 
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES QUANTO AO USO 
• Emulsões para uso externo 
 
 
-  O/A ou A/O para aplicação cutânea. Menor irritabilidade, melhor 
espalhabilidade; 
-  bases dermatológicas A/O (efeito oclusivo, + emolientes); 
-  Bases dermatológicas O/A (agradáveis ao uso, laváveis, sem 
sensação oleosa). 
 
 
Ex.: 
 - Loções: baixa viscosidade 
 - Emulsões semissólidas: cremes 
EMPREGO NO CAMPO FARMACÊUTICO 
v  Administração oral, tópica e parenteral 
 
q  Emulsões múltiplas: 
 
- Ação prolongada: (A/O/A) liberação sustentada devido à 
 camada de óleo que forma um membrana controlando a 
 liberação do soluto; 
- Potencial aplicação em produtos cosméticos 
- Microencapsulação de fármacos lipofílicos e proteínas 
- Outros englobamentos: anticorpos, enzimas 
- Outros: mascarar sabor, preparação de parenterais 
3 
FASES DE UMA EMULSÃO 
FASE AQUOSA 
hidrofílica 
FASE OLEOSA 
lipofílica 
AGENTE 
EMULSIFICANTE 
Água e substâncias 
hidrossolúveis 
Formação e 
estabilização da 
emulsão 
Óleos, ceras, gorduras 
e substâncias 
lipossolúveis 
EMULSIFICAR 
Dividir ou dispersar uma fase em outra que é imiscível 
Aumentar a superfície de contato - energia 
Adição de tensoativos 
Glóbulos finos de um líquido em 
outro que constitui a fase externa 
EMULSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
Água 
2 
Óleo 
1 
Fase inicial: 
fase oleosa e 
aquosa 
separadas 
Fase 
intermediária: 
gotículas 
dispersas de O/A 
e A/O presentes 
no sistema 
emulsão final tipo O/A 
quando v 2 > v 1 
emulsão final tipo A/O 
quando v 1 > v 2 
Aplicação de energia 
(trituração, agitação) 
TEORIAS DA EMULSIFICAÇÃO – ESTABILIZAÇÃO DE EMULSÕES 
• Teoria da tensão superficial: 
* Tensão superficial/interfacial: força que faz com que os líquidos resistam à 
fragmentação em pequenas gotículas quando ocorre a mistura de líquidos 
insolúveis e imiscíveis entre si. 
Substâncias que reduzem a 
tensão superficial facilitam a 
fragmentação em gotas ou 
partículas menores 
 
 
 TENSOATIVOS 
Quando dois líquidos imiscíveis entram em contato se forma uma superfície 
de separação caracterizada por uma tensão superficial 
Teorias da emulsificação – estabilização de emulsões 
• Teoria da cunha (molécula) orientada: 
Camadas monomoleculares do emulsificante estão dispostas ao redor 
da gotícula da fase interna de uma emulsão 
Orientação do agente emulsificante na superfície ou no interior do líquido 
Reflexo da solubilidade do emulsificante em uma das fases 
A/O O/A 
• Teoria plástica ou do filme interfacial: 
Ocorre a formação de uma fina película adsorvida à superfície 
devido à orientação do emulsificante na interface óleo-água, 
circundando as gotículas da fase interna 
Película: impede a coalescência da fase dispersa 
v  Diminuição da tensão interfacial 
v  Formação do filme 
Teorias da emulsificação – estabilização de emulsões 
4 
Teoria plástica ou do filme interfacial 
Teorias da emulsificação – estabilização de emulsões 
Tipos de películas formadas 
pelos agentes emulsificantes na 
i n te r face ó l eo -água pa ra 
emulsões O/A (Gennaro, 2004). 
v Fase aquosa: solubilização componentes hidrossolúveis da 
formulação; 
v Fase oleosa: solubilização componentes lipossolúveis da formulação; 
v Agente emulsificante: facilita a emulsificação durante o processo de 
produção e proporciona estabilidade à emulsão, reduzindo a tensão 
superficial entre o óleo e a água e retardando a separação das 
fases; 
ü  Antioxidantes: preferencialmente solúveis na fase oleosa; 
ü  Conservantes: preferencialmente adicionados na fase aquosa; 
ü  Sequestrantes: complexam íons metálicos; 
ü  Essências e/ou corantes (opcionais): essências hipoalergênicas e 
corantes certificados 
COMPOSIÇÃO DE UMA EMULSÃO 
FASE AQUOSA 
v Água (destilada ou deionizada) 
v Umectantes: glicerina, propilenoglicol, sorbitol 
v Conservantes: ácido sórbico, p-hidroxibenzoatos, imidazolidinil uréia, ... 
 * fase aquosa é a que mais necessita de proteção 
 
v Substâncias hidrossolúveis: vitaminas, aminoácidos, proteínas, extratos 
vegetais,... 
v Espessantes: polissacarídeos (goma arábica, goma xantana), polímeros 
derivados da celulose 
v Flavorizantes e corantes: hidrossolúveis 
v Edulcorantes: xaropes, glicerina (emulsões orais) 
 * aumentam a viscosidade/ estabilidade 
 
v Tampões 
COMPONENTES DE UMA EMULSÃO 
FASE OLEOSA 
v Óleos: origem animal (óleo de peixe), vegetal (óleo de coco, abacate, 
amêndoas, semente de uvas), mineral (vaselina), sintéticos (silicone) 
v Álcoois graxos: álcool cetílico, álcool cetoestearílico, álcool estearílico 
v Ácidos graxos saturados: ácido esteárico, palmítico, mirístico 
v Ácidos graxos insaturados: óleo de amêndoas doces; germen de trigo; óleo 
de macadâmia; rosa mosqueta 
v Ésteres graxos (líquidos ou ceras): miristato de isopropila, monoestearato 
de glicerila 
v Ceras naturais: cera de abelha, cera de carnaúba 
v Emolientes: vaselina líquida, óleos vegetais 
v Conservantes lipossolúveis: propilparabeno 
v Substâncias lipossolúveis: vitamina E, filtro solares 
v Antioxidantes: BHT, BHA, vitamina E, palmitato de ascorbila 
Componentes de uma emulsão 
AGENTE EMULSIFICANTE 
• Características necessárias: 
- compatível com outros componentes da formulação; 
- não interferir na estabilidade e eficácia do princípio ativo; 
- quimicamente estável; 
- inócuo; 
- inodoro, insípido e incolor; 
- capacidade de formar emulsão estável; 
- efetivo em baixas concentrações 
• Tipos de agentes emulsivos: 
1.  Colóides hidrofílicos 
2.  Agentes tensoativos 
3.  Sólidos finamente divididos 
Componentes de uma emulsão 
TIPOS DE AGENTE EMULSIFICANTE 
-  Materiais à base de carboidratos; 
-  Polissacarídeos naturais: 
 - goma arábica; 
 - goma adragante; 
 - ágar; 
 - pectina; 
 - celulose microcristalina 
-  Polissacarídeos semi-sintéticos: 
 - carboximetilcelulose; 
 - metilcelulose. 
-  Geralmente formam emulsões O/A. 
 
1 – Colóides hidrofílicos 
5 
Tipos de agente emulsificantes 
2 – Agentes tensoativos 
• Tensoativos divididos em: 
 
 - não-iônicos; 
 - aniônicos; 
 - catiônicos; 
 - anfóteros. 
Eficácia em função do pH 
 Grupos hidrófilos e lipófilos 
• Tensoativos não-iônicos (pH 3 - 10): Spans e Tweens 
 
- Spans: 
 - monolaurato de sorbitano (Span 20); 
 - monopalmitato de sorbitano (Span 40); 
 - monoestearato de sorbitano (Span 60); 
 - monoleato de sorbitano (Span 80). 
 Emulsionantes 
 A/O 
Emulsionantes O/A 
- Tweens: spans + radicais hidrófilos (polissorbatos) 
 
 - monopalmitato de sorbitano polioxietileno (Tween 40); 
 - monoestearato de sorbitano polioxietileno (Tween 60); 
 - monoleato de sorbitano polioxietileno (Tween 80). 
Agentes tensoativos 
- Não-ionizam; 
- Eficazes em pH 3 a 10; 
- Baixa toxicidade e irritabilidade; 
- Uso interno e externo 
• Tensoativos aniônicos (pH alcalino): emulsões O/A de uso externo 
 
 - álcool éter sulfatos; 
 - alquil sulfatos; 
 - sabões alcalinos; 
 - sulfosuccinatos. 
 - Ex: estearato de sódio, oleato de cálcio, lauril sulfato de sódio 
Emulsionantes O/A 
• Tensoativos catiônicos (pH ácido): emulsões O/A de uso externo 
 
-  componentes do amônio quaternário 
 (cetrimida) 
Emulsionantes O/A 
ANIÔNICO + CATIÔNICO = FORMAÇÃO DE SAIS INSOLÚVEIS 
Agentes tensoativos 
• Tensoativos anfóteros: 
 
-  Duplo caráter iônico; agem em ampla faixa de pH 
-  Maior estabilidade química, agem em ampla faixa de pH 
-  Betaínas e Lecitina (estabiliza emulsões lipídicas de uso IV) 
3 – Sólidos finamente divididos 
-  Adsorção na interface óleo/água, formando um filme que previne a 
coalescência; 
-  Emulsões O/A ou A/O; 
-  Boa estabilidade; 
-  Menos susceptíveis à contaminação microbiana. 
-  Ex.: 
 
 - bentonita; 
 - hidróxido de magnésio; 
 - hidróxido de alumínio; 
 - talco; 
 - silicato de alumínio e magnésio (Veegum®) 
Tipos de agente emulsificantes 
Outros exemplos 
v Álcoois de alto peso molecular e 
ésteres de álcoois poli-hídricos 
-  Agentes espessantes e estabilizantes; 
-  Emulsões O/A; 
-  Uso externo. 
-  Ex.: 
 - monoestearato de glicerila; 
 - álcool estearílico; 
 - álcool cetílico; 
 - álcool cetoestearílico etoxilado; 
 - álcool estearílico etoxilado. 
v Substâncias proteicas 
-  Alta fluidez; 
-  Emulsões O/A; 
 
-  Ex.: 
 - gelatina; 
 - gema de ovo; 
 - caseína. 
 
Tipos de agente emulsificantes 
ESCOLHA DO AGENTE EMULSIFICANTE 
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
v  Introduzido por Griffin em 1949; 
v  EHL representa a relação entre os grupos hidrofílicos e lipofílicos 
constituintes da molécula dos tensoativos; 
v  Um número EHL é atribuído a cada tensoativo, o qual é característico 
da sua polaridade relativa; 
v  Geralmente aplicado para tensoativos não-iônicos 
hidrofilia/lipofilia deve ser 
convenientemente equilibrada 
Tensoativos 
ou emulsionantes 
* grupamentos polares condicionam a afinidade 
da molécula de tensoativo pela água 
* parte apolar condiciona a afinidade da 
molécula de tensoativo solventes pouco polares 
6 
EHL = 7 + ∑n grupos hl - ∑n1 grupos hb 
 
v  n = número de grupos hidrofílicos 
v  hl = hidrofílicos 
v  n1 = número de grupos hidrofóbicos 
v  hb = hidrofóbicos 
Valor de EHL baixo = número de grupos hidrofílicos é pequeno, 
significando que o tensoativo é mais lipofílico 
 
Valor de EHL alto = grande número de grupos hidrofílicos na 
molécula, indicando que o tensoativo é mais hidrofílico 
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
Emulsificantes A/O 3 a 6 
Emulsificantes O/A 8 a 18 
Valor de EHL requerido por uma emulsão 
 
v  Valores de EHL são característicos para cada emulsão; 
 
v  Ao valor de EHL corresponde o máximo de estabilidade do 
sistema; 
v  Mistura de tensoativos: valores de EHL iguais ou próximos ao 
da fase oleosa pretendida. 
 
 
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
SISTEMA EHL 
 Agentes emulsificantes = moléculas anfifílicas 
Tabela de Griffin : permite classificar os 
agentes emulsificantes ou tensoativos com 
base na sua constituição química em termos 
de EHL. 
a/o 
o/a 
Atividade e valor de EHL de agentes tensoativos 
 
 Atividade Valor de EHL 
 
 antiespumante 1 a 3 
 emulsificantes (a/o) 3 a 6 
 umectantes 7 a 9 
 emulsificantes (o/a) 8 a 18 
 solubilizantes 15 a 20 
 detergentes 13 a 15 
SISTEMA EHL 
 ⇒ calcular EHL requerido para um emulsificante 
 ⇒ substituição e mistura de emulsificantes 
 ⇒ determinação do EHL de um óleo 
 ⇒ determinação da quantidade de emulsificante 
 Calculando o EHL requerido - Seleção de emulsificante 
Parafina líquida .......................... 35 % 
Lanolina ..................................... 1 % 
Álcool cetílico ............................. 1 % 
Agente emulsificante ................. 5 % 
Água destilada ....q.s.p...............100 % 
Calcular a concentração das 
substâncias da fase oleosa 
Fase oleosa: 35% parafina + 1% lanolina + 1% álcool cetílico = 37% 
Parafina = 35/37 x 100 = 94,6% 
Lanolina = 1/37 x 100 = 2,7% 
Álcool cetílico = 1/37 x 100 = 2,7% 
Valores de EHL necessários para alguns óleos ou ceras: 
 Para emulsão A/O Para emulsão O/A 
Ácido oleico - 17 
Ácido esteárico 6 15 
Álcool cetílico - 15 
Álcool estearílico - 14 
Cera de abelha 4 12 
Cera de carnaúba 12 - 
Lanolina anidra 8 10 
Óleo de rícino 6 14 
Óleo de algodão 5 10 
Óleo mineral 5 12 
Lanolina 810 
Parafina (cera) 4 10-11 
Parafina liquida 4 12 
Vaselina sólida 5 7-12 
SISTEMA EHL 
Verificar a escala de EHL dado (tabelado), emulsão O/A: 
EHL requerido emulsão = 12,1 
Tipo de emulsão = O/A 
Componente EHL tabelado EHL parcial requerido 
Parafina (94,6 %) 12 11,4 (94,6 /100 x 12) 
Lanolina (2,7 %) 10 0,3 (2,7 /100 x 10) 
Álcool cetílico (2,7 %) 15 0,4 (2,7 /100 x 15) 
 Total = 12,1 
⇒  Ex: OLEATO DE TRIETANOLAMINA = 12.0 = O/A EHL requerido 
7 
SISTEMA EHL 
 Calculando a proporção de uma mistura de emulsificantes 
de alto e baixo EHL 
 TWEEN 80 = EHL = 15.0 (A) hidrofílico 
 
 SPAN 80 = EHL = 4.3 (B) hidrofóbico 
 
 * EHL emulsão = 12,1 
%A = 100 (x – EHL B) 
 EHL A – EHL B 
A = concentração percentual do 
tensoativo hidrofílico 
B = concentração percentual do 
tensoativo hidrofóbico 
x = valor de EHL desejado A = 100 (12,1 – 4,3) = 72,9 % 
 15 – 4,3 
5 % --------- 100 % 
x --------- 72,9 % 
x = 3,64 % 
Tween 80 3,64 % 
Span 80 1,36 % 
%B = 100 - % A = 27,1% 
Outro método algébrico: 
 
 
 
Sistema EHL 
Óleo mineral ........................... 50 ml 
Span 60 ..................................qs 
Tween 40 ................................qs 
Xarope de cereja .................... 40 ml 
Água destilada ....q.s.p............120 ml 
EHL = EHL total 
EHLA = EHL Tween 
EHLB = EHL Span 
fA e fB = fração em peso de Tween 
 e Span 
fA + fB = 1; fA = 1 - fB 
EHL = fA (EHLA) + fB (EHLB) 
 
 
12 = (1 – fB)(15,6) + fB(4,7) 
12 = 15,6 – (fB)(15,6) + fB(4,7) 
3,6 = 10,9fB 
fB = 0,33 (fração em peso de Span) 
fA = 1 – fB = 1 - 0,33 = 0,67 (fração em peso de Tween) 
 0,33 x 6g = 1,98 g de Span 
 0,67 x 6g = 4,02g de Tween 
5% 
5% x 120 mL = 6 g 
 
EHL Span 60 = 4,7 
EHL Tween 40 = 15,6 
EHL emulsão = 12 
Por aligação alternada: 
 
 
 
 
Sistema EHL 
Óleo mineral ........................... 50 ml 
Span 60 ..................................qs 
Tween 40 ................................qs 
Xarope de cereja .................... 40 ml 
Água destilada ....q.s.p............120 ml 
5% 
5% x 120 mL = 6 g 
 
EHL Span 60 = 4,7 
EHL Tween 40 = 15,6 
EHL emulsão = 12 
15,6 
4,7 
7,3 
3,6 
12 
Partes de Tween 40 
Partes de Span 60 
10,9 Partes Totais 
Subtrair diagonalmente 
7,3 Partes de Tween 40 x 6 g de emulsificante total = 4,02 g de Tween 40 
10,9 Partes Totais 
3,6 Partes de Span 60 x 6 g de emulsificante total = 1,98 g de Span 60 
10,9 Partes Totais 
SISTEMA EHL 
 Determinação de EHL necessário para emulsionar um óleo com EHL desconhecido 
Determinação da quantidade necessária de emulsificante 
 EHL testado 
 4.3 6.0 8.0 8.5 9.0 10.0 11.0 12.0 14.0 15.0 
 
Óleo a emulsionar (%) 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 
Demais componentes (%) 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 
Tween 80 (%) - 15.8 34.4 39.2 44.0 53.2 62.6 71.8 90.6 100 
Span 80(%) 100 84.2 65.6 60.8 56.0 46.8 37.4 28.2 9.4 - 
Água dest. q.s.p. (%) 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 
 
5% 
Determinada a mistura correta das fases, prepara-se uma série de emulsões de 
mesmo EHL, adicionando concentrações (g) crescentes da mistura de emulsificantes. 
Aspecto 
homogêneo 
Demais emulsões: aspecto grumoso 
ou separação de fases 
EHL 
6,0 
EHL 
8,0 
SISTEMA EHL 
 Desvantagens 
q  Não considera o efeito da temperatura (inversão de fases) 
q  Não considera a presença de adjuvantes 
q  Não considera a concentração do emulsificante 
DIAGRAMA TERNÁRIO DE FASES 
Ilustra o equilíbrio entre várias fases de substâncias 
constituintes de um sistema 
A B
C
0,2
0,5
0,3
8 
DIAGRAMA TERNÁRIO DE FASES 
q  Permite detectar a concentração ideal de cada componente da formulação 
(água, óleo e tensoativo) para obter uma formulação adequada; 
q  O diagrama varia para cada tipo de formulação; 
q  Análise grosseira da região em que se obtém emulsões mais estáveis; 
 
q  O ideal é obter uma emulsão mais estável empregando a menor 
concentração de emulsificante. 
PREPARAÇÃO DE EMULSÕES 
v Agitação manual (gral e pistilo) 
v Agitação mecânica (misturadores e agitadores) 
v Agitação em frascos 
v Industrialmente: moinhos coloidais 
 e homogeneizadores 
• Métodos: 
 
 - continental ou goma seca; 
 - inglês ou da goma úmida; 
 - método de Forbes; 
 - sabão in situ; 
 - método empregando tensoativos. 
PREPARAÇÃO DE EMULSÕES 
• Emulsões líquidas extemporâneas: emulsões de goma arábica 
 
Método continental ou da goma seca - adição da fase externa á 
fase interna 
 
v  4 partes de óleo, 2 partes de água e 1 parte de goma “4:2:1” = 
formação da emulsão primária 
 
1. Emulsificante (goma arábica) é misturado com o óleo antes da adição 
da água, no gral = mistura homogênea; 
2. Incorporação da fase externa (água) = emulsão primária (branca e 
cremosa); 
3. Adição dos demais componentes solúveis ou miscíveis na fase externa; 
4. Ajuste do volume final em recipiente apropriado. 
 
 
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO 
Preparação de emulsões 
Método inglês ou da goma úmida – método da dissolução 
 
 
v  Ordem de mistura diferente 
 
1. Trituração da goma no gral com agente molhante, após adição da água 
(2x a quantidade de goma) = mucilagem; 
2. Adição do óleo, lentamente; 
3. Adição dos demais componentes; 
4. Ajuste do volume final em recipiente apropriado. 
 
 
Preparação de emulsões 
Método do frasco ou Forbes 
 
 
v  Preparação extemporânea de emulsões de óleos voláteis ou 
substâncias oleosas de baixa viscosidade 
1. Mistura de goma e 2 partes de óleo, agitação vigorosa no recipiente 
tampado; 
2. Adição de água (volume semelhante ao óleo), em pequenas porções, 
agitando-se após cada adição = formação da emulsão primária; 
3. Adição dos demais componentes e ajuste do volume final. 
 
 
9 
• Emulsões líquidas sabões nascentes 
 
 
Método sabão “in situ” 
 
v  O emulsificante é formado durante a preparação das emulsões 
 
Emulsão de água de cal: o emulsificante oleato de cálcio é formado 
quando a solução tópica de hidróxido de cálcio (água de cal) é adicionada 
a um óleo vegetal. 
 
-  Método da garrafa 
-  Método do gral 
 
Preparação de emulsões 
• Emulsões líquidas que contêm tensoativos não-iônicos 
 
 
Método empregando tensoativos 
 
v  Utilização de combinações de agentes emulsificantes com base 
no sistema EHL (equilíbrio hidrófilo-lipófilo) 
-  2 a 5% (p/v) de agente emulsificante para emulsões líquidas 
-  Agente emulsificante: 10 a 20% (p/v) da fase interna 
-  Combinação mais utilizada: polissorbatos e ésteres de sorbitano 
 
Preparação de emulsões 
Método geral de preparação de emulsões simples 
• Aquecimento das fases em separado 
• Dissolução das substâncias 
Hidrofílicas na FA 
• Dissolução das substâncias 
Lipofílicas na FO 
• Mistura da FA na FO 
• Homogeneização • Acondicionamento 
Fase aquosa ~ 75 ºC Fase oleosa ~ 70 ºC 
Essências, corantes 
e substâncias ativas 
termolábeis 
Adição após 
resfriamentoMistura de ambas as fases após aquecimento: utilização 
 de calor e agitação • Aspectos importantes: 
 
 - ordem de adição dos componentes: 
 - solubilidade em cada fase; 
 - substâncias termolábeis; 
 - substâncias voláteis; 
 
 - temperatura: 
 - F.O. 5 ºC acima do PF; 
 - F.A. 3 a 5 ºC acima da F.O.; 
 
 - mistura: 
 - adição lenta e constante da F.A. na F.O. 
Preparação de emulsões 
Método geral de preparação 
• Considerações importantes: 
 
v  A fase presente em maior concentração apresenta a tendência 
de ser a externa; 
v  Na produção, normalmente a fase dispersa (interna) é 
adicionada à fase contínua no estágio inicial da mistura; 
v  É de particular importância seguir essa ordem durante a 
preparação de de emulsões A/O; 
v  No entanto, emulsões O/A são geralmente preparadas pela 
técnica de inversão de fase: 
 - fase aquosa é lentamente adicionada à oleosa 
 - no início forma-se uma emulsão A/O 
 - à medida que a fase aquosa continua sendo adicionada, 
 ocorre a inversão da emulsão, formando a emulsão O/A. 
 
Preparação de emulsões 
• Creme emoliente: 
Cera branca.................40 g 
Lanolina.......................10 g 
Óleo de amendoim.......57 g 
Óleo de rícino...............5 g 
Emulsificante(s)...........3 % 
Água.............................20 g 
 
Preparação de emulsões 
• Loção hidratante: 
Cera branca ………………………… 5,0 g 
Óleo mineral ………………………. 26,0 g 
Óleo de amêndoas ………………. 18,0 g 
Lactato de amônia ………………… 4,0 g 
Emulsificante(s) …………………… 5,0 g 
Água destilada ………. qsp …… 100 mL 
 
EMULSÃO O/A 
EMULSÃO A/O 
Considerar valores 
EHL para uma 
emulsão O/A 
Considerar valores 
EHL para uma 
emulsão A/O 
10 
MÉTODO GERAL DE PREPARAÇÃO DE EMULSÕES MÚLTIPLAS 
FA 
FO + tensoativo lipofílico 
Emulsão A/O 
Tensoativo hidrofílico 
mistura 
mistura 
Emulsão A/O/A 
mistura 
Pontos críticos 
 
q  Tipo e quantidade de tensoativos; 
 
q  Aumento indesejado na consistência de emulsões ð alto 
grau de divisão das gotículas. ê velocidade de agitação; 
 
q  Boa textura e estabilidade ð 0.5 e 2.5 µm; 
 
q  Arrefecimento ð lento; 
 
q  Incorporação de ar ð degradação, enchimento. 
 ê velocidade de agitação. 
 
Preparação de emulsões 
REGRA DE BANCROFT 
A fase na qual o emulsificante se dissolve é a que 
constitui o meio dispersante e define o tipo de 
emulsão a ser formada = O/A ou A/O 
Fase externa aquosa 
Emulsão O/A 
Fase externa oleosa 
Emulsão A/O 
óleo água 
Água (polar) 
 
 
 
 
Óleo (apolar) 
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES 
v  A estabilidade física: caracterizada pela ausência de 
coalescência, sedimentação da fase interna, 
cremagem, floculação, alterações na aparência, cor, 
odor, pH e viscosidade 
v  Estabilidade química e microbiológica 
Fatores que podem alterar a estabilidade: 
v  Temperatura 
v  Agitação 
v  Oxidação 
v  Crescimento microbiano 
v  Material de acondicionamento 
Estabilidade das emulsões 
Emulsão instável: 
-  A fase interna tende a formar agregados de gotículas, quando em 
repouso 
-  Grandes gotículas ou agregados aparecem na superfície ou 
sedimentam 
-  Formação de camada separando a fase dispersa da fase contínua 
v  Natureza física do filme interfacial 
v  Barreiras elétricas e/ou estéricas nas 
gotas dispersas 
v  Viscosidade da fase contínua 
v  Distribuição de tamanhos das gotas 
v  Percentagem de volume da fase 
interna 
Instabilidade da emulsão: 
 
 - sedimentação ou “creaming”; 
 - coalescência 
 - floculação 
Estabilidade das emulsões 
Sistema termodinamicamente 
estável 
ENERGIA LIVRE 
DO SISTEMA 
Sistema termodinamicamente 
instável 
11 
Coalescência 
Floculação 
Inversão de fases 
Cremagem ou 
sedimentação 
óleo 
água 
Estabilidade das emulsões 
Floculação: 
◊ Associação dos glóbulos da fase interna 
Fenômeno REVERSÍVEL quando o filme 
interfacial e as partículas individuais 
permanecerem intactas 
◊ Não conduz necessariamente à coalescência 
◊ Ausência de barreira mecânica na interface 
◊ Quantidade insuficiente de agente emulsivo 
Estabilidade das emulsões 
Cremagem (“creaming”) ou sedimentação: 
◊ Diferença de densidade entre as fases 
• Equação de Stokes: 
 2r2 (di - de ) g 
 V = 
 9η 
◊ Fenômeno REVERSÍVEL 
◊ Manutenção da película do tensoativo 
◊ Utilização de espessantes 
◊ Utilização de tensoativos 
◊ Perda visível da homogeneidade 
Estabilidade das emulsões 
◊ Cremagem: formação de uma película ou grandes 
gotículas ou agregados na superfície 
◊ Sedimentação: grandes gotículas ou agregados se 
depositam no fundo do recipiente 
LEI DE STOKES: 
• Equação de Stokes: 
 2r2 (di - de ) g 
 V = 
 9η 
Onde: 
V = velocidade de sedimentação 
g = aceleração da gravidade 
r = raio dos glóbulos da fase interna 
di e de = densidade das FI e FE, respectivamente 
η = viscosidade FE 
 
Estabilidade das emulsões 
Estabilização das emulsões: 
 
q  Quanto menor for o raio das gotículas emulsões finas e uniformes 
q  Quanto menor di - de 
q  Quanto mais elevada for a η da fase dispersante 
Coalescência: 
◊ IRREVERSÍVEL 
◊ Separação completa das fases (quebra, desestruturação) 
◊ Ruptura do filme interfacial de tensoativo 
óleo 
água 
◊ Agente emulsivo com pouca eficácia 
◊ + de 74% de óleo na fase interna 
Estabilidade das emulsões 
Inversão de fases: 
◊ Emulsão O/A passa a ser A/O 
◊ À medida que a temperatura aumenta, diminui o 
valor de EHL do tensoativo não-iônico, tornando-o 
mais hidrofóbico 
◊ Efeito da temperatura e/ou quantidade da fase 
externa 
◊ Inversão de fases ocorre em concentrações de 
fase interna de aproximadamente 60% 
Estabilidade das emulsões 
◊ A estabilidade de uma emulsão tem sido 
relacionada à temperatura de inversão de fases 
(TIF) do seu agente emulsificante. 
12 
Estabilização cinética: produção de emulsões com tamanho 
 pequeno de gotícula 
Estabilidade das emulsões 
Métodos para aumentar a estabilidade física das emulsões 
Previne a 
cremagem e 
sedimentação 
Aumento da viscosidade 
Stokes: 
 2r2 (ρi - ρe ) g 
 V= 
 9η 
Estabilidade das emulsões 
Previne a 
cremagem e 
sedimentação 
Barreira energética (kT) 
• Potencial Zeta: dupla camada 
 elétrica 
Estabilidade das emulsões 
Previne a 
floculação Barreira energética (kT) 
• O/A = Impedimento estérico: presença de uma camada de 
emulsificantes lipofílicos e hidrofílicos fortemente adsorvida 
sobre cada gotícula ou de polímeros hidrofílicos adsorvido na 
interface óleo-água 
Estabilidade das emulsões 
Previne a 
coalescência 
• A/O = presença de cadeias 
hidrocarbonadas longas e coesas, 
projetadas para a fase oleosa. 
TESTES PARA AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DAS EMULSÕES 
v  Exame macroscópico: análise do grau de creaming ou 
coalescência 
v  Exame microscópico: análise do tamanho das gotículas 
v  Alterações de viscosidade 
v  Análise microbiológica 
v  pH 
v  Para emulsões injetáveis: esterilidade, tonicidade, 
pirogênios 
Garantir o prazo de validade 
TESTE DE ESTABILIDADE ACELERADA 
◊ OBJETIVO: predizer o prazo de validade da 
 emulsão armazenada em condições de stress 
◊ CONDIÇÕES DE STRESS: relacionados com os fatores que 
afetam a estabilidade de uma emulsão: 
 - envelhecimento 
 - temperatura de armazenagem 
 - centrifugação 
 - agitação 
Determinar a estabilidade física 
13 
TESTE DE ESTABILIDADE ACELERADATemperatura altas (45 – 50°C) e baixas temperaturas (5°C, 
ciclos de gelo e degelo) 
 
Centrifugação 2000 a 5000 rpm, 45 – 60 min 
1 – Sem separação de fases 
2 – Leve separação de fases 
3 – Notável separação de fases 
4 – Produto com 50% de separação 
5 – Produto com + de 50% de separação 
ESTABILIDADE QUÍMICA 
◊ Alterações químicas podem resultar na perda do PA, causar 
 toxicidade, irritação ou quebra da emulsão 
 
◊ Elucidação das vias de degradação de modo a evitá-las e inibi- 
 las, resultando no aumento da estabilidade 
 
◊ Ajuste do pH 
 
◊ Diminuição da taxa de hidrólise 
 
◊ Uso de antioxidantes 
 
◊ Agentes quelantes para prevenir a inativação de preservantes 
 
◊ Embalagem adequada para proteção contra fotodegradação 
 
ESTABILIDADE MICROBIOLÓGICA 
◊ Aplicação tópica: prolongado contato com a pele: MO’s 
 patogênicos ausentes 
 
◊ Emulsões parenterais: esterilidade 
 
◊ A contaminação das emulsões por MO’s pode afetar 
adversamente as propriedades físico-químicas do produto 
 
◊ MO’s podem causar degradação físico-química e diminuição da 
biodisponibilidade do PA 
 
◊ Separação física das fases 
 
◊ Alteração na coloração, pH, propriedades reológicas, odor, etc 
 
PROPRIEDADES DESEJADAS DE EMULSÕES LÍQUIDAS 
q  Gotículas de tamanho reduzido (agitação); 
q  Lenta agregação das gotículas, cremagem e 
sedimentação do produto (agente emulsificante, 
agentes de viscosidade); 
q  Fácil redispersão quando agitadas; 
 
q  Não deve ocorrer coalescência. 
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE EMULSÃO 
◊ Método dos corantes, ex.: 
 - azul de metileno ( O/A) 
 - sudam 3 (A/O ) 
Exame microscópico, 
em lâmina 
◊ Método da diluição (teste de miscibilidade): 
2 gotas 
água Óleo 
1 ou 2 mL da 
emulsão 
Se misturar (O/A) 
Não ( A/O) 
Se misturar (A/O) 
Não ( O/A) 
Diferenciar emulsões O/A e A/O 
◊ Condutividade elétrica: 
 
 O/A = boa condutora de eletricidade 
 A/O = características isolantes 
 
 *cloreto de sódio intensifica o fenômeno se a emulsão foi 
 preparada com agente emulsificante não iônico 
Determinação do tipo de emulsão 
14 
EMBALAGEM, ROTULAGEM E ACONDICIONAMENTO 
– emulsões líquidas - 
q  Utilizar frascos de vidro âmbar com boca larga; 
 
q  O recipiente deve possuir headspace suficiente para permitir 
a agitação; 
 
q  Rótulo: 
 - “Agitar antes de usar” 
 - “Conservar em local fresco” 
 - Emulsões de uso externo: rotuladas com a informação 
 “PARA USO EXTERNO” 
 
q  Armazenamento: temperatura ambiente. 
MICROEMULSÕES 
• Termodinamicamente estáveis = tensão interfacial nula 
• Emulsificação espontânea 
• 6 - 8% de tensoativos = custo relativo mais alto 
• Gotículas entre 10 - 100 nm 
• Opalescentes 
• Gotículas da FI são sistemas dinâmicos 
• Menos equipamentos 
• Microencapsulamento, síntese de polímeros e potencialmente 
utilizados em cosmética e demais aplicações farmacêuticas 
• Tensoativos mais utilizados: EHL 15 - 18 
• Absorção oral e transdérmicas otimizadas 
Microemulsões 
REFERÊNCIAS 
 
q  AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Ed. 
Artmed, 2005. 
q  FERREIRA, A.O. Guia prático da farmácia magistral. 4. ed. São 
Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. 
q  THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de 
medicamentos. Ed. Artmed, 2006. 
q  LACHMAN, L., LIEBERMAN, H.A, KANING, J.L. 2001. Teoria e prática 
na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. v. 
II, p. 855 – 905 
q  ALLEN JR., L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas 
farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8. ed. Porto 
Alegre: ArtMed, 2007.

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