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Trabalho de Fisiologia Gastrointestinal

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SUMÁRIO
1-Introdução.....................................................................................................02
2-Trato Gastrointestinal – Digestão e Absorção...........................................03
Estômago............................................................................................................03
Base Anatômica de absorção.............................................................................03
Digestão de carboidratos....................................................................................04
Síndromes de Disabsorção dos Carboidratos.....................................................05 
Digestão de Proteínas.........................................................................................05
Digestão de Lipídios..........................................................................................06
Formação do Quilomícron.................................................................................07
Absorção dos Ácidos Biliares............................................................................07
Absorção de Água..............................................................................................07
Absorção de Sódio.............................................................................................08 
Absorção de Cl- e HCO3...................................................................................08 
Absorção de Cálcio............................................................................................08
Absorção de Ferro..............................................................................................08 
Absorção das Vitaminas Lipossolúveis.............................................................09
Absorção de Vitaminas Hidrossolúveis.............................................................09
Absorção da Vitamina B12................................................................................09
Absorção no Intestino Grosso............................................................................09
Ação Bacteriana no Cólon.................................................................................09 
Composição das Fezes.......................................................................................09 
3- Distúrbios Gastrintestinais.........................................................................10
Gastrite...............................................................................................................10
Atrofia gástrica...................................................................................................10
Anemia perniciosa na atrofia gástrica................................................................10
Úlcera péptica....................................................................................................10
Disabsorção no Intestino Delgado.....................................................................10
4- Bibliografia....................................................................................................11
1- Introdução
 As funções do trato gastrointestinal são a digestão e absorção de nutrientes, para que tais funções sejam realizadas de maneira eficiente, alimentos tem que ser reduzidos a partículas muito pequenas de forma que possam passar no final do processo de digestão da parede do intestino para a corrente sanguínea e daí para as diferentes células que compõem todos os sistemas do corpo. Essa redução dos alimentos tem origem na boca e é denominada digestão mecânica porque pelas ações dos dentes é reduzido de tamanho, com auxílio da língua e glândulas salivares anexas, o alimento desce pelo esôfago onde será conduzido até o estômago onde será dado início a um processo químico de redução com a ação de ácidos. No intestino delgado são lançadas sobre o bolo alimentar, denominado de quimo, outras enzimas como a bile que emulsiona as gorduras lipase pancreática que efetivamente as degrada em ácidos graxos e glicerol para que fiquem pequenas o suficiente para passar pelas paredes do intestino e irem parar no sangue e por fim nas células
 Em todo o trato gastrintestinal, as glândulas têm duas funções básicas: secreção de enzimas digestivas e produção de muco para lubrificação e proteção de todas as partes do trato digestivo. A maioria das secreções digestivas só é formada em resposta à presença de alimentos no trato digestivo.
 O sistema gastrintestinal (SGI) é formado por órgãos ocos em série que se comunicam nas duas extremidades com o meio ambiente, constituindo o denominado trato gastrintestinal (TGI), e pelos órgãos anexos, que lançam suas secreções na luz do TGI. Os órgãos do TGI são: cavidade oral, faringe, esôfago, intestino delgado, intestino grosso ou cólon e ânus.
2 - Trato Gastrointestinal – Digestão e Absorção
 As principais funções fisiológicas do sistema gastrointestinal consistem em digerir as substancias alimentares e absorver as moléculas de nutrientes para a corrente sanguínea. O sistema gastrointestinal realiza essas funções por meio de motilidade, secreção, digestão e absorção.
 Os alimentos de que depende o organismo, com exceção de pequenas quantidades de substâncias como vitaminas e minerais, podem ser classificados como carboidratos, gorduras e proteínas. Os carboidratos, as gorduras e as vitaminas devem ser digeridos dando origem a substâncias suficientemente pequenas para serem absorvidas.
Sendo:
Digestão: moléculas ingeridas são convertidas para formas que podem ser absorvidas pelas células epiteliais do trato gastrointestinal. 
Absorção: processos pelos quais as moléculas são transportadas através das células epiteliais que revestem o trato gastrointestinal para penetrarem no sangue ou na linfa. Ocorre por transporte ativo e/ou por difusão. Existem 2 vias para a absorção no intestino delgado: Celular e paracelular.
Estômago
 Estrutura do estômago: Função do estômago é homogeneizar e processar quimicamente o alimento semi-sólido deglutido (preparar o quimo). Absorção: álcool e alguns fármacos.
 Para o estômago realizar sua função: 
•Contração da parede muscular (movimentos peristálticos); 
•HCl (célula parietal) - H+/K+-ATPase- inibida pelo omeprazol; 
•Enzimas secretadas pela mucosa; 
•Fator intrínseco- produzido pelas células parietais é importante para a absorção da vitamina B12 no íleo terminal. 
Base Anatômica da Absorção 
 Existem milhões de pequenas vilosidades que se projetam cerca de 1mm acima da superfície da mucosa, elas aumentam cerca de 10 vezes a área absortiva. 
 Válvulas Coniventes: pregas da mucosa intestinal, que aumentam em 3 vezes a área da mucosa. As células epiteliais na superfície das vilosidades são caracterizadas por terem borda em escova, consistindo em até 1000 microvilosidades, que aumentam 20 vezes a área exposta ao conteúdo intestinal. Assim a combinação de válvulas coniventes com as vilosidades e as microvilosidades aumenta a área de absorção da mucosa talvez em outras 1000 vezes, resultando em uma área total muito grande, 250 ou mais metros quadrados, para todo o intestino delgado. 
 O sistema vascular tem disposição adequada para a absorção de líquidos e substâncias dissolvidas para o sangue porta e a disposição do vaso quilífero central para a absorção pelos linfáticos. 
 Como ocorre a digestão e absorção de carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, H2O e eletrólitos.
Digestão de Carboidratos 
 Principais carboidratos da dieta: 
Amido (polissacarídeo) - alimentos não-animais, principalmente nos cereais „ Sacarose (dissacarídeo) - açúcar da cana-de-açúcar.
 
Lactose (dissacarídeo) - leite 
 Outros carboidratos: amilose, glicogênio, álcool, ácido láctico, ácido pirúvico, pectinas, dextrinas. 
Celulose: carboidrato não absolvido pelo organismo humano. 
 Os Carboidratos são digeridos até seus monossacarídeos constituintes, enzimasespecíficas combinam Hidrogênio e radicais hidroxilas, derivados da água, com os poli e dissacarídeos e desse modo, separam os monossacarídeos uns dos outros. Esse processo é denominado hidrólise:
	
R´-R´´ + H2O ----> R´H + R´´OH
 
 
 A digestão do amido começa na boca com a ação da alfa-amilase (Ptialina), que hidrolisa o amido, quando o alimento chega ao estômago, a alfa-amilase é inativada pelo ácido gástrico (pH menor que 4,0). A alfa-amilase pancreática é muito ativa, completando este processo. Originam principalmente maltose. 
 A digestão subsequente dos oligossacarídeos é realizada por enzimas denominadas oligossacarídeos localizados na membrana da borda-em-escova do epitélio do duodeno e jejuno: 
 Lactase 
 Sacarase 
 Maltase (glico-amilase) 
 Alfa-dextrinase 
 O duodeno e o jejuno proximal tem a mais alta capacidade de absorver os açúcares. 
 Os únicos monossacarídeos dietéticos quem são bem absorvidos são: glicose, galactose e frutose. 
Síndromes de Disabsorção dos Carboidratos 
 Síndrome de disabsorção de Lactose - Deficiência de lactase 
 Intolerância congênita à Lactose 
 Deficiência de sacarase 
 Síndrome de disabsorção de glicose-galactose - Deficiência de SGLT1 
Digestão de Proteínas 
 As proteínas são formadas de aminoácidos unidos através de ligações peptídicas. 
 A digestão de proteínas envolve o processo de hidrólise, enzimas proteolíticas combinam íons hidroxila e íons hidrogênio derivados da água com as moléculas de proteínas para decompô-las em seus aminoácidos constituintes. Nos humanos normais essencialmente toda a proteína ingerida é digerida e absorvida. 
 Estômago: Pepsinogênio => pepsina 
 Proteínas em formas absorvíveis: tridipeptídeos e aminoácidos.
 Enzimas usadas: 
Pepsina (3 isoenzimas, estômago) 
Enzimas Pancreáticas tripsina, quimotripsina, e carboxipeptidase 
Enzimas da borda em escova – aminopeptidases, carboxipeptidases, e dipeptidases.
	Digestão de proteínas
 A pepsina não é essencial para a digestão normal de proteínas. Indivíduos cujos estômagos foram removidos ou que não secretam H+.
Digestão e a absorção de proteínas estão normais.
 Conclusão: proteases pancreáticas e da borda em escova podem digerir de forma adequada as proteínas ingeridas
 Intestino delgado: 
Secreção pancreática: Tripsina, Quimiotripsina, Carboxipeptidase, Elastase 
Intestino delgado: A borda em escova do duodeno e do jejuno contém inúmeras peptidases (aminopolipeptidase e dipeptidases) 
Digestão de Lipídios
 Na dieta humana além dos triglicerídeos existem também pequenas quantidades de fosfolipídios, colesterol e ésteres do colesterol. Como os lipídios são apenas ligeiramente solúveis em água, cada estágio de seu processamento gera problemas especiais para o trato gastrointestinal. Quase toda a gordura da dieta consiste em triglicerídeos (gorduras neutras), que são combinações de três moléculas de ácidos graxos e uma única molécula de glicerol.
 A digestão dos triglicerídeos é efetuada por enzimas lipolíticas que separam as moléculas de ácidos graxos do glicerol (hidrólise). 
No estômago os lipídios tendem a separar-se em uma fase oleosa, os triglicerídeos sofrem ação inicial da lipase lingual e lipase gástrica. 
 No duodeno e intestino delgado os lipídios são emulsificados, com ajuda dos ácidos biliares. A grande área superficial das gotículas da emulsão permite o acesso das enzimas lipolíticas hidrossolúveis a seus substratos. Sobre a influência da lipase pancreática a maior parte da gordura é decomposta em 2-monoglicerídeos e ácidos graxos. Ocorre ação também da lipase entérica. 
 Os produtos da digestão dos lipídios formam pequenos agregados moleculares, conhecidos como micelas, com os ácidos biliares. As micelas são tão pequenas que conseguem difundir-se entre as microvilosidades e permitem a absorção de lipídios. Secreção pancreática: Hidrólise dos ésteres de colesterol e Foslipase A2.
Formação do Quilomícron 
 Os produtos da digestão lipídica são transferidos para o retículo endoplasmático liso onde são reesterificados, originando os pré-quilomícrons. Estes são transferidos para o aparelho de Golgi que forma os quilomícrons, sendo então ejetados da célula por exocitose e atravessam os capilares linfáticos. 
Absorção dos Ácidos Biliares 
 A absorção dos lipídios dietéticos já terá sido tipicamente completada quando essas substâncias alcançarem o jejuno médio, em contraste os ácidos biliares são absorvidos essencialmente na parte terminal do íleo. 
Absorção de Água
 Em condições normais, os humanos absorvem quase 99% da água e dos íons contidos no alimento ingerido e nas secreções gastrointestinais. A água é absorvida por mecanismo de osmose, se deslocando conforme a osmolaridade do conteúdo intestinal. 
 Ocorre pouquíssima absorção de água no duodeno, em geral existe acréscimo de água no quimo. Ocorre grande absorção de água no intestino delgado, o jejuno é mais ativo que o íleo na absorção de água. 
 Por volta 95% da água é absorvida pelo intestino delgado por osmose.
 Água se movimenta em ambas direções na camada mucosa. Esse fluxo osmótico é dirigido de acordo com o gradiente de concentração estabelecido pelo transporte de solutos.
Absorção de Sódio 
 O Na+ é absorvido ao longo de todo o intestino, a velocidade efetiva de absorção é mais alta no jejuno (Glicose, Galactose). O Na+ cruza a membrana da borda-em-escova através de seu gradiente eletroquímico, sendo removido ativamente das células epiteliais pela Na+ -K+ -ATPase na membrana plasmática basal e lateral. 
 O Na+ desloca-se ao longo de seu gradiente de potencial eletroquímico e fornece energia para movimentar os açúcares (Glicose e Galactose) e os aminoácidos para o interior das células epiteliais, contra gradiente de concentração. 
Absorção de Cl- e HCO3 
 No duodeno proximal o HCO3 - é secretado para o lúmen, no jejuno tanto o HCO3 - quanto o Cl- são absorvidos em grande quantidade. No final do jejuno a maior parte do HCO3 - existente nas secreções hepáticas e pancreáticas já terá sido absorvida. No íleo o Cl- é absorvido e o Bicarbonato pode ser secretado. No cólon o transporte desses íons é qualitativamente semelhante ao que ocorre no íleo, pois Cl- é absorvido e o Bicarbonato costuma ser secretado. A secreção de bicarbonato combate à acidez provocada por metabolismo das bactérias intestinais 
Absorção de Cálcio 
 Os íons Cálcio são absorvidos ativamente por todos os segmentos no intestino. Duodeno e jejuno são particularmente ativos e conseguem concentrar o Cálcio contra gradiente de concentração. A absorção de Cálcio intestinal é estimulada pela Vitamina D, que é essencial para a obtenção de níveis normais de absorção de Cálcio pelo intestino. O PTH estimula a absorção de Cálcio ao promover a ativação da Vitamina D pelo rim. A Vitamina D aumenta o nível de calbindina (proteína fixadora de cálcio - CaBP) IMCal - Proteína fixadora de cálcio da membrana intestinal 
Absorção de Ferro 
 A absorção do Ferro é limitada, pois tende a formar sais insolúveis com certos ânions, como hidróxido, fosfato e bicarbonato; que estão presentes nas secreções intestinais. A Vitamina C promove efetivamente absorção do Ferro, formando um complexo solúvel com o Ferro e prevenindo a formação de complexos insolúveis; também reduz Fe+3 a Fe+2, menor tendência a formar complexos insolúveis. 
 O Ferro é absorvido pela membrana apical das células epiteliais intestinais, como Ferro livre (Fe+2) ou como Ferro hêmico (ligado à hemoglobina e mioglobina). Ferro hêmico sofre a ação enzimática da Mobilferrina.
 Na circulação o ferro ligado a uma beta-globulina, transferrina é transportado do intestino delgado para os locais de armazenamento no fígado. O Ferro que seliga a ferritina não será absolvido; sendo eliminado junto com a descamação das células intestinais. 
Absorção das Vitaminas Lipossolúveis
 
 As vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) são absorvidas junto com as micelas mistas formadas pelos ácidos biliares e pelos produtos de digestão lipídica. A presença dos ácidos biliares e dos produtos da digestão lipídica aceleram a absorção das vitaminas lipossolúveis. Nas células epiteliais as vitaminas lipossolúveis penetram os quilomícrons e deixam o intestino na linfa. 
Absorção de Vitaminas Hidrossolúveis 
 Vitaminas, B1 (Tiamina), B2 (Riboflavina), B6 (Piridoxina), B12, C (Ácido Ascórbico), Niacina (Ácido Nicotínico), Ácido Pantotênico (B5) e Ácido Fólico (Ácido Pteroilglutâmico). Na maioria dos casos ocorre por co-transporte dependente de Na+ no intestino delgado ou por difusão facilitado, exceção vitamina B12 (Cobalamina) que depende do fator intrínseco. 
Absorção da Vitamina B12 
 Geralmente está presente na alimentação ligada às proteínas. No estômago (pH baixo) se torna livre e é fixada as proteínas R, presentes na saliva e no suco gástrico. O Fator intrínseco possui menos afinidade que as proteínas R; mas no intestino as proteases pancreáticas dissolvem a ligação com a proteína R e a vitamina B12 se liga com o fator intrínseco, sendo este complexo (B12-FI) absorvido no íleo. 
Absorção no Intestino Grosso 
 A maior parte da absorção no intestino grosso ocorre na metade proximal do cólon, o que confere a essa porção o nome de cólon absortivo. A mucosa do intestino grosso tem uma grande capacidade de absorver ativamente o Sódio e o Cloreto, o que cria um gradiente osmótico para a absorção da água. 
Ação Bacteriana no Cólon 
 Numerosas bactérias, principalmente os bacilos colônicos, estão presentes no cólon absortivo. As substâncias formadas em consequência da atividade bacteriana são a Vitamina K, Tiamina, Riboflavina e vários gases que contribuem para a presença de flatos no cólon. 
Composição das Fezes 
• 3/4 águas 
• 1/4 matéria sólida 
- 30% bactérias mortas 
- 10 - 20% matéria inorgânica 
- 2 a 3% proteínas 
- 30% são resíduos alimentares não digeridos e constituintes de sucos digestivos, como pigmentos biliares e células epiteliais descamadas. 
Cor: quantidade de estercobilina. 
Odor: individual, depende da flora bacteriana.
3 - Distúrbios Gastrintestinais
Gastrite: O termo gastrite significa inflamação da mucosa gástrica. Essa afecção é muito comum na população como um todo, principalmente nos anos mais tardios da vida adulta. 
Em alguns casos, a gastrite pode ser muito aguda e grave, com escoriação ulcerativa da mucosa gástrica pelas secreções pépticas do próprio estômago. Pesquisas recentes sugerem que boa parte dos casos de gastrite é causada por uma infecção bacteriana crônica por Helicobacter pylori na mucosa gástrica. Tal infecção pode ser tratada com sucesso pela administração de um esquema intensivo de medicamentos anti-bacterianos como o metronidazol e o bismuto. 
Algumas substâncias têm efeito irritativo sobre a mucosa gástrica causando gastrite aguda ou crônica. Dessas substâncias, as duas mais comuns são o álcool e a aspirina. 
Atrofia gástrica: Em muitas pessoas que apresentam gastrite crônica, a mucosa gradualmente se atrofia até restar pouca ou nenhuma atividade das glândulas gástricas. A perda das secreções gástricas na atrofia do estômago causa acloridria e, ocasionalmente, anemia perniciosa. 
Em geral, quando o ácido não é secretado, a pepsina também não é secretada, e, ainda que o seja, a ausência de ácido impede seu funcionamento porque a pepsina exige meio ácido para sua atividade. 
Assim, quando há acloridria, obviamente ocorre perda de quase toda a função digestiva do estômago. 
Anemia perniciosa na atrofia gástrica: A anemia perniciosa frequentemente acompanha a acloridria e a atrofia gástrica. A deficiência do fator intrínseco de Castle e a incapacidade de utilizar a vitamina B12 provoca insuficiência na maturação das hemácias na medula óssea, resultando em anemia perniciosa.
Úlcera péptica: Uma úlcera péptica é uma área escoriada da mucosa, causada pela ação digestiva do suco gástrico. O local mais afetado é frequentemente a primeira porção do duodeno, além da pequena curvatura na extremidade antral do estômago e, mais raramente, em outros locais.
Disabsorção no Intestino Delgado – Espru: Ocasionalmente, as substâncias nutrientes não são absorvidas de maneira adequada pelo intestino delgado, embora o alimento seja bem digerido. Diversas doenças podem causar redução da capacidade de absorção da mucosa; reunidas freqüentemente sob o nome genérico de espru. Um tipo de espru, conhecido como doença celíaca (em crianças), resulta dos efeitos tóxicos do glúten, uma 
proteína presente em grãos de trigo e centeio. Em algumas pessoas suscetíveis, o glúten causa a destruição das vilosidades, talvez como conseqüência de uma reação imunológica ou alérgica. A remoção do trigo ou do centeio da dieta, principalmente nas crianças com essa doença, não raro produz uma cura aparentemente milagrosa, em questão de semanas. Nas etapas iniciais do espru, a absorção de gorduras está mais prejudicada do que a absorção de outros produtos da digestão. A gordura aparece nas fezes quase inteiramente sob a forma de sabões, e não como gordura neutra não-digerida. Nessa fase do espru, a afecção é muitas vezes denominada esteatorréia idiopática, o que significa simplesmente excesso de gordura nas fezes.
 Nos casos mais graves de espru, ocorre grande redução na absorção de proteínas, carboidratos, cálcio, vitamina K, ácido fólico, vitamina B12 e outras substâncias.
Constipação: A constipação consiste no movimento vagaroso das fezes ao longo do intestino grosso, geralmente associada a grandes quantidades de fezes secas e endurecidas no cólon ascendente, que aí se acumulam em razão do longo tempo disponível para a absorção de líquido.
4 – Bibliografia
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA5sEAL/fisiologia-sistema-digestorio?part=2
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe_tUAG/resumo-fisiologia-medica-guyton?part=5
http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/52531/fisiologia-gastrointestinal
http://pt.slideshare.net/letreb/fisiologia-gastrointestinal

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