Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ERIKA OLIVEIRA DO PRADO - RU: 1812881 JAIR APARECIDO NEVES GOMES - RU: 1778772 LENIRA GIROLDO ASSUNÇÃO - RU: 1786516 PORTFÓLIO POLO DE GUAÍRA – PARANÁ MÓDULO A – FASE I GUAÍRA/PARANÁ 2018 2 CEEBJA/GUAÍRA-PR X INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA Em Guaíra-PR, no CEEBJA Valdir Fernandes, a inclusão sai da teoria e é feita na prática, assegurando e promovendo condições de igualdade a todos os alunos com deficiência que buscam o direito de ter uma escolaridade com qualidade. Conforme documentação escolar PPP, na página 9 cita que a: EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EJA “contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de: Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e Superdotação / altas habilidades. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. Ao chegar neste Estabelecimento de Ensino, no período vespertino nos deparamos com 10 alunos de inclusão (surdos, déficit de atenção, cego, baixa visão, esquizofrênico e deficiência motora bem comprometida), com uma escola com adaptações físicas adequadas para recebe-los e com alguns professores para o atendimento educacional especializado e de apoio, para que esses alunos consigam alcançar o pleno desenvolvimento físicos, sensoriais, intelectuais e sociais. 3 Durante as observações feitas e conversas realizadas, a pedagoga da escola relatou que cada aluno matriculado, é um desafio novo a percorrer: Primeiro desafio é montar um processo para SEED/PR solicitando demanda para contratar professor de atendimento especializado (conforme Lei da Inclusão de Pessoas com Deficiência - citado no Capítulo IV – Art. 28 XI) e muitas vezes materiais pedagógicos e recursos tecnológicos. Essa etapa muitas vezes e complicada e demorada, a escola acaba tendo que criar diversas formas para atender esses alunos sem ter o profissional especializado, nem sempre consegue dar um atendimento como previsto na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Transporte escolar especializado junto a Prefeitura Municipal, também é muito importante para os educandos. Outro desafio e conseguir o envolvimento da família nas diversas instâncias da comunidade escolar, nas atividades extraclasse e outras. Percebemos nas conversas com alunos e professores que a escola acaba sendo o único lugar onde esses alunos desenvolvem suas habilidades. Como diz a pedagoga da escola “ não há receita pronta e acabada, mais sim, um caminho a ser trilhado com sucesso e participação de todos”. A mesma ainda complementa que os profissionais de educação que atuam nesta escola entendem que esses alunos não são somente dos professores regentes de turma ou dos especializados, são de todos que aqui trabalham. Nas semanas pedagógicas sempre trabalham assuntos relacionados a inclusão, porque entendem que ainda há muito a superar e aprender, até porque grande parte dos professores não possuem nenhuma formação específica nessa área. Outras observações que chamaram nossa atenção, foram: Não tem professor especializado em Braille, para atender aluno cego, o mesmo não tem direito, a lei não cita e nem ampara esse aluno, percebemos o esforço e dedicação dos professores regentes para que o mesmo consiga ter um aprendizado com qualidade, mais ficou visível a grande dificuldade no processo ensino aprendizagem. 4 Alunos com deficiências neurológicas psicomotora, também não são contemplados pela lei para terem um professor especializado para dar o suporte necessário a eles. Percebemos que esses alunos acabam ficando um pouco excluídos durante as aulas, mesmo tentando muito o professor regente da turma não consegue atendê-los como merecem, “outro momento de muita inquietação e frustação para esses profissionais, palavras ditas por eles durante conversa na observação”. Observamos tendo como foco a Lei sobre o direito que pessoas com deficiência têm à educação, que apesar da lei existir a mesma deixa de contemplar algumas necessidades, deixando o aluno e a escola muitas vezes de mãos atadas, tendo que criar alternativas para atender esses alunos, o que não assegura e nem promove condições de igualdade. “A maior dificuldade na aplicação da lei na sua íntegra, no dia a dia da escola, é a falta de profissionais especializados, a Lei como tantas outras são feitas para serem cumpridas, mais se percebe que na maioria das vezes o não cumprimento com seriedade e responsabilidade da mesma ocorre por parte dos nossos governantes”, palavras do diretor do CEEBJA/Guaíra-PR. Por parte da escola nós observamos que todos que ali atuam fazem seu trabalho com muita seriedade, amor e responsabilidade para ir além do que podem para cumprir a Lei, ou melhor para dar aos alunos um atendimento com dignidade e qualidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Texto disponível no site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm/. Acesso em 10 de abril de 2018. Documentação escolar PPP/CEEBJA Valdir Fernandes – Guaíra/PR. Texto disponível no site: http://univirtus-277877701.sa-east- 1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava 5 FOTOS ALGUNS ALUNOS EM SALA DE AULA – CEEBJA/VESPERTINO ALUNOS SURDOS: ENSINO MÉDIO- PAULO E JAMIL-. INTERPRETE: CAMILA OUTROS ALUNOS E PROFESSORA ESPECIALISTA ALUNO CEGO SEM ACOMPANHANTE
Compartilhar