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ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.1 A finalidade deste anexo é apresentar uma lista de termos mais utilizados na áreas de confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade. • CONFIABILIDADE (RELIABILITY) A capacidade de um item desempenhar uma função especificada sob condições e períodos de tempo pré-determinados. A característica de um item expressa pela probabilidade de que executará uma função exigida sob condições estabelecidas, e por um período de tempo pré- determinado. • DISPONIBILIDADE (AVAILABILITY) A probabilidade de que um sistema/item/equipamento usado sob certas condições, com uma política de manutenção corretiva, preventiva e/ou preditiva num meio adequado de apoio (ferramentas disponíveis, equipamentos de teste, peças de re- posição, pessoal capacitado de manutenção, manuais adequados, .... etc) irá operar satisfatoriamente por um período de tempo específico. • MANTENABILIDADE (MAINTAINABILITY) É uma característica de projeto e instalação, expressa como a probabilidade de que o item está de acordo com as condições especificadas para um determinado perío- do de tempo, onde a manutenção é desempenhada de acordo com os recursos e procedimentos prescritos. • ACESSIBILIDADE (ACESSIBILITY) Uma característica de projeto a qual está relacionada com a fácil admissão em uma área do equipamento, para o desempenho da manutenção visual e manipula- tiva. • MANUTENÇÃO CORRETIVA A manutenção desempenhada para restabelecer um item/equipamento para uma condição satisfatória, através da correção de um mau funcionamento ou estado. • MANUTENÇÃO PREVENTIVA A manutenção desempenhada para manter um item em condições satisfatórias de operação, através de inspeções sistemáticas, detecção e prevenção de falhas inci- pientes. • TEMPO MÉDIO PARA REPARO (MEAN TIME TO REPAIR) A média estatística da distribuição dos tempos de reparo. As siglas mais comu- mente utilizadas são: TMPR (português) e MTTR (inglês). ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.2 • TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS (MEAN TIME BETWEEN FAILURES) É o resultado do produto do número de itens por seus tempos de operação, dividi- do pelo número total de falhas detectadas. É utilizada para itens reparáveis. As si- glas mais comumente utilizadas são: TMEF (português) e MTBF (inglês). • FALHA Término da capacidade de um item para desempenhar sua função requerida. • FATOR HUMANO Características psicológicas do homem relativas a um sistema complexo e o de- senvolvimento e aplicação de princípios e procedimentos, para o acompanhamen- to ótimo da integração homem x máquina e sua aplicação. O termo é usado num senso amplo, para cobrir todas as considerações biomédicas e psicosociais perti- nentes ao homem no sistema. • TEMPO MÉDIO PARA FALHAR ( MEAN TIME TO FAILURE) É o tempo médio que um item pode funcionar antes de apresentar falha. É utiliza- do para os itens não reparáveis. • TAXA DE FALHAS (λ) É a relação entre um incremento do número de falhas e o incremento correspon- dente de tempo, em qualquer instante da vida de um item. • SEGURANÇA A conservação da vida humana, suas capacidades e a prevenção de danos para os itens, consistentes com as exigências do mesmo. • TESTES AUTOMÁTICOS O processo pelo qual a localização de falhas, possível predição de falhas ou con- firmação que o equipamento está operando satisfatoriamente é determinada por um equipamento, que é programado para desempenhar uma série de testes se- quênciais próprios, sem a necessidade do elemento humano, depois que a operação tenha sido iniciada. • SINTOMA Qualquer fenômeno ou mudança provocada num item. e que, observada e descrita nos conduz a estabelecer um diagnóstico da falha ou defeito. Exemplos: ruído, vi- bração, elevação de temperatura, vazamento, ... . ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.3 • TEMPO DE PARALISAÇÃO (DOWNTIME) Aquela porção do tempo durante o qual, o item não está em condições de desem- penhar suas funções operacionais. • TEMPO ATIVO DE REPARO O tempo durante o qual um ou mais técnicos estão trabalhando efetivamente sobre um item para efetuar um reparo. • TEMPO ATIVO DO TÉCNICO O tempo gasto pelo(s) técnico(s) no desempenho ativo das tarefas de manutenção. Expresso em Homens.hora (H.h). • TEMPO ATIVO DE MANUTENÇÃO O tempo durante o qual os trabalhos de manutenção corretiva e preventiva estão efetivamente sendo feitos sobre um item. • ANÁLISE DE UM MAU FUNCIONAMENTO (DIAGNOSE) O exame lógico e sistemático do item para identificar e analisar a probabilidade e consequência potencial do mau funcionamento, para determinar os requisitos ne- cessários, relacionados ao programa de manutenção ou manutenibilidade. • CRITICIDADE / CRITICABILIDADE (CRITICABILITY) O efeito de um mau funcionamento ou falha de um item para o desempenho de um sistema. • RECURSOS DIRETOS DE MANUTENÇÃO O tempo gasto em Homens.hora e reais gastos em material, diretamente sobre um item durante o tempo ativo de manutenção. • TEMPO PARA CORREÇÃO DA FALHA Aquele elemento do tempo ativo de reparo requerido para corrigir um mau fun- cionamento sob uma filosofia específica de manutenção. Pode consistir de corrigir a falha de um item no local, substituir o item por outro ou removê-lo para manutenção corretiva e reinstalar o mesmo item. • TEMPO PARA LOCALIZAÇÃO DA FALHA (TEMPO PARA DIAGNOSE) O tempo ativo de reparo consumido para testes e análises sobre um item para iso- lar um mau funcionamento. • TEMPO PARA TESTE ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.4 Aquele elemento do tempo ativo de reparo requerido, depois de completada a ma- nutenção, ajustes e calibração, para verificar através de medidas de desempenho, se o item se encontra em condições de desempenhar sua função satisfatoriamente. • PRINCÍPIO DA FREQUÊNCIA DE USO O princípio de posicionar os itens que necessitem freqüentemente de manutenção em locais mais acessíveis. • ANÁLISE DE FUNÇÕES PARA A MANUTENIBILIDADE Bases analíticas para distribuir tarefas para o pessoal e equipamentos, de modo a encontrarmos o ponto ótimo de manutenibilidade para o sistema. • RECURSOS INDIRETOS DA MANUTENÇÃO Aquele tempo em Homens.hora e material em reais, que embora gastos indireta- mente nas atividades de manutenção, contribuem para a ação global da manuten- ção através do apoio para as operações, administração, acúmulo de registro de in- formações e estatística, supervisão e manutenção de apoio. • PARÂMETROS DA MANUTENIBILIDADE Um grupo de fatores (humanos, ambientais, ... etc) os quais estabelecem limites para o desempenho da manutenção sobre um item. • REQUISITOS PARA A MANUTENIBILIDADE O estabelecimento compreensivo das características requeridas para a manuten- ção, expressas quantitativamente e qualitativamente, a ser satisfeita, quando do projeto de um item. • MANUTENÇÃO Toda ação necessária para manter um item, ou restabelecê-lo para um condição satisfatória. Manutenção inclui serviços, reparos, modernização, adaptação, modi- ficação, revisão,inspeção e determinação das condições do item. • PROCEDIMENTOS DA MANUTENÇÃO Métodos estabelecidos para checagens e serviços nos itens para evitar falhas ou efetuar um reparo. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.5 • EFICIÊNCIA DA MANUTENÇÃO O modo como o pessoal de manutenção aplica suas habilidades nas tarefas de ma- nutenção de um item. • RECURSOS DE MANUTENÇÃO Instalações, equipes, sobressalentes, fundos disponíveis, ... etc para manter um item no estado operacional. • TAREFAS DE MANUTENÇÃO Qualquer ação ou ações requeridas para evitar a ocorrência de um mau funciona- mento ou restabelecimento de um item/equipamento para condições satisfatórias de operação. • TEMPO ADMINISTRATIVO DE MANUTENÇÃO O tempo durante o qual nenhuma manutenção está sendo feita sobre o item por ra- zões administrativas ou de suprimento. • MANUTENÇÃO OPERACIONAL Manutenção efetuada sem interromper a operação de um item. • FATORES OPERACIONAIS Diversos fatores que afetam direta ou indiretamente o acompanhamento uma mis- são. Entre esses fatores estão o número de veículos, entrada ou saída de serviços, disponibilidade requerida, requisitos de treinamento, tempo de atendimento, ... etc. • FASE OPERACIONAL O período do ciclo de vida do sistema que começa com a liberação da instalação para a operação e termina com a saída de operação. • TEMPO DE PREPARAÇÃO (SET UP) O elemento do tempo ativo de reparo requerido para obter os equipamentos de testes e manuais de manutenção, e colocar o equipamento pronto para iniciar a lo- calização da falha. • TESTES DE EFICIÊNCIA (PROFICIÊNCIA) Um teste que mede o nível de habilidades de um elemento dentro de uma dada especialidade. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.6 • MANUTENIBILIDADE QUALITATIVA Manutenibilidade requerida a qual é expressa em termos qualitativos, por exemplo, minimização da complexidade, otimização do número de ferramentas e equipa- mentos de teste, otimização da acessibilidade, ... etc. • MANUTENIBILIDADE QUANTITATIVA Manutenibilidade requerida a qual é expressa em termos quantitativos, que é, uma figura de mérito em unidades mensuráveis de tempo, ou em recursos requeridos para efetuar uma tarefa específica de manutenção, ou em grupos de tarefas, em re- lação ao desempenho aplicável necessário (tempo de reação, disponibilidade, tem- po de paralisação, tempo de reparo, ... etc.) • TEMPO DE REAÇÃO O período de tempo durante uma missão que o item esta disponível para a opera- ção, mas não é requerido. • REPARO O processo de retornar um item para uma condição especificada, incluindo: prepa- ração, localização da falha, correção da falha, ajuste e/ou calibração e teste final. • RENOVAÇÃO PROGRAMADA Os períodos especificados de tempo que os itens devem ser substituídos. Renova- ção significa remover itens os quais estão se aproximando do fim de sua vida má- xima de uso, ou o intervalo de tempo especificado para rever ou retrabalhar (re- work) e instalar os itens servíveis no lugar destes. • TEMPO DE MISSÃO O período de tempo no qual um item deve desempenhar uma missão específica. • CONSERVAÇÃO O desempenho de qualquer ato (outro que não manutenção preventiva ou corretiva) requerido para manter um item em condições operacionais, tais como: lubrificação, abastecimento, limpeza, ... etc, mas não inclui substituição periódica de componen- tes ou qualquer tarefa de manutenção corretiva. • NÍVEIS DE HABILIDADES Um sistema de classificação utilizado para relacionar o pessoal às suas habilidades relativas para desempenhar suas tarefas atribuídas. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.7 • TEMPO DE SUPRIMENTO Porção do tempo durante a qual a manutenção está sofrendo atraso devido somente a necessidade de um sobressalente que não está imediatamente disponível. • CUSTO DE APOIO O custo total de posse de um item, onde excluímos os custos das equipes de opera- ção e de manutenção, durante sua vida operacional. Este custo inclui: os requisitos necessários para os níveis de habilidades requeridas, levantamento de dados técni- cos, aquisição de ferramental e peças sobressalentes, aquisição de ferramentas es- peciais e equipamentos de teste, equipamentos auxiliares para manutenção e opera- ção, instalações, nível e localização das instalações de manutenção, treinamento, ... etc. • EQUIPAMENTOS DE APOIO Itens necessários para a manutenção e operação de sistemas os quais não são fisica- mente componentes do sistema. • ANÁLISE DAS TAREFAS Um processo analítico empregado para determinar comportamentos específicos, re- queridos para os elementos humanos que fazem parte do sistema "homem x má- quina". Envolve: a determinação detalhada do desempenho requerido do homem e da máquina, a natureza e extensão de suas interações e os efeitos de condições ambientais e mau funcionamento. Dentro de cada tarefa as partes comportamentais são isoladas em termos de percepção, decisão, memória e saídas motoras requeridas, assim como, os erros os quais podem ser esperados. • TEMPO PERDIDO DOS TÉCNICOS O número de Homens.hora gastos nas tarefas de manutenção, quando nenhuma manutenção está sendo desempenhada devido a problemas de suprimento e/ou por razões administrativas. • TROUBLESHOOTING Localização e diagnose de um mau funcionamento ou parada de um equipamento por meio de checagem ou análise sistemática. • REDUNDÂNCIA ATIVA Termo utilizado quando todos os meios previstos para desempenhar uma dada fun- ção operam simultaneamente. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.8 • MANUTENÇÃO PREDITIVA Serviços executados através do acompanhamento de parâmetros (elevação de tem- peratura, nível de ruído, nível de vibração, nível de contaminação, ... ) que permi- tam avaliar o risco de falha de um item/equipamento. • TESTE DE DEMONSTRAÇÃO Um teste que demonstra a aceitabilidade de um sistema ou equipamento. • ANÁLISE DE FALHAS O exame lógico e sistemático de um item/equipamento ou de seus diagramas afim de identificar e analisar a probabilidade, causas e consequências de falhas reais ou potenciais. • ENGENHARIA HUMANA Área de fatores humanos os quais aplicam-se conhecimentos científicos para o pro- jeto de itens, com o objetivo de determinar a integração e utilização efetiva do homem e da máquina. • REDUNDÂNCIA A existência de mais de um meio para efetuar uma dada função. Cada meio, para efetuar uma dada função, não precisa ser identicamente igual. • REDUNDÂNCIA "STANDBY" Aquela redundância onde os meios alternativos para desempenhar as funções estão inoperantes, quando necessário, são chaveados em substituição da unidade que fa- lhou, de modo que possa desempenhar as funções da unidade em falha. • ITEM É qualquer parte, equipamento, subsistema ou sistema que possa ser considerado individualmente e ensaiado separadamente. • FALHA TOTAL Falha resultante do desvio das características abaixo do limite especificado, de tal modo que causa uma perda total das funções requeridas. • FALHA PARCIALFalha resultante do desvio das características abaixo do limite especificado, de tal modo que não causa uma perda total das funções requeridas. • FALHAS RANDÔMICAS ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.9 Falhas que têm seus tempos de ocorrências imprevisíveis ou aleatórias. • PERÍODO DE FALHAS PRECOCES (MORTALIDADE INFANTIL) Aquele período de tempo durante o qual a taxa de falhas de alguns itens decresce rapidamente. • PERÍODO DE FALHAS CONSTANTES Aquele período de tempo durante o qual as falhas de alguns itens ocorrem com uma taxa aproximadamente uniforme. • PERÍODO DE FALHAS POR DESGASTE Aquele período de tempo durante o qual as falhas ocorrem devido a um processo de deterioração ou desgaste mecânico. A taxa de falhas aumenta com o tempo. • DEPURAÇÃO DE FALHAS Quando da operação de um equipamento, se utiliza métodos próprios para detectar e substituir componentes que estão defeituosos ou com tendência a falhar , e tam- bém para corrigir erros de fabricação e montagem. • "K" DE "M" (K-OUT-OF M) - SISTEMA "B" O sistema o qual está operando normalmente se, e somente se, pelo menos "K" de seus "M" itens estão bons. • "K" DE "M" - SISTEMA "F" Aqueles sistemas os quais estão em falha se, e somente se, pelo menos "K" de seus "M" itens estão em falha. • CONJUNTO DE LIGAÇÃO (TIE-SET) O conjunto de elementos que funcionando, irá assegurar o sucesso do sistema. • CONJUNTO DE LIGAÇÃO MÍNIMO (MINIMAL TIE-SET) O conjunto de elementos os quais não têm subconjuntos próprios, e que funcionan- do independentemente irão assegurar o sucesso do sistema. • CONJUNTO DE CORTE (CUT-SET) O conjunto de elementos que falhando, irão causar a falha do sistema. • CONJUNTO DE CORTE MÍNIMO (MINIMAL CUT-SET) ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO I - TERMINOLOGIA Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx.I.10 O conjunto mínimo de elementos, os quais não têm subconjunto próprio, e que fal- hando independentemente irão causar a falha do sistema. • TEROTECNOLOGIA Abordagem do ciclo de vida do equipamento e dos fatores que afetam a sua manu- tenção em todos os estágios, objetivando a redução dos custos de manutenção. • CUSTO DO CICLO DE VIDA É a soma de todos os custos de aquisição e posse de um equipamento em função da sua vida total alcançada.
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