Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prova Discursiva de LIBRAS LILIAN DIONÍSIO DE LIMA CAMPOS - Nota: 96 Questão 1/5 Leia o fragmento de texto: A proposta de Stokoe de que CM, M e L são fonêmicos na ASL é uma ideia atrativa e antiga. Entretanto, o segmento em si, mais do que os aspectos de um segmento, é a unidade da ASL que carrega a função contrastiva de um fonema. Uma olhada preliminar no número de possíveis segmentos contrastivos na ASL sugere que o número será consideravelmente maior do que aqueles encontrados nas línguas orais. Se este for o resultado depois de uma análise detalhada, então isto representa uma diferença muito interessante de modalidade. (Liddel, 1984) QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.63. Os fonemas na língua portuguesa classificam-se em vogais, semi-vogais e consoantes totalizando 31 unidades mínimas. Como se organizam os fonemas na Libras? Nota: 20.0 Em Libras a configuração de mãos constitui unidades mínimas sem significação, os chamados fonemas. A partir da configuração de mão partem, o “Movimento da mão (M)” e a “Locação (L)” [...] livro-base p. 35. Resposta:Configuração de mão (CM)- é a forma das mãos, que podem ser ou não do alfabeto manual. Movimento da mão - Os sinais podem ter ou não movimento. uma pequena alteração no movimento pode mudar o significado do sinal. Locação ou ponto de articulação - É o lugar, tomando como ponto de partida no próprio corpo, onde é realizado o sinal, podendo haver ou não contato com o corpo. Orientação de mão (OR) - Battison propôs a inclusão do parâmetro de mão na fonologia das línguas de sinais, baseados nos diferentes significados que podem ocorrer numa simples mudança de direção da palma da mão na execução de determinado sinal. Aspectos não-manuais(NM) - são as expressões faciais e corporais. Questão 2/5 Leia o fragmento de texto abaixo: A escola tem sido alvo para muitos estudos e projetos educativos, políticos e sociais que vêm determinando a participação sócio-educativa de diferentes grupos econômicos, linguísticos e culturais. Várias são as “narrativas”, reconhecidas como verdades, que nutrem o desrespeito às diferenças entre sujeitos e grupos culturais. Nos discursos inflamados, vistos na educação através de diferentes épocas e domínios políticos, sempre houve a preocupação com o perfil da escola, seu poder, com o disciplinamento, com a educação de “cidadãos” e, por último, dentro de uma ótica que para muitos é recente, com a educação de excluídos oriundos das classes populares e de grupos culturais colonizados, tais como: negros, indígenas, mulheres, ciganos, surdos, etc. As diferenças existentes entre grupos e nos grupos culturais estão presentes na escola moderna, porém, tal instituição não sabe como trabalhar e pensar as mesmas. A escola está preparada para uniformizar os sujeitos que devem ser “livres”, educados e servis. Essa dificuldade em trabalhar com as diferenças não se observa só na escola, mas em todas as instituições modernas que se deparam com o crescimento material gerado pela ciência e tecnologia. DUSCHATZKY, S.; SKLIAR, C. Reflexões sobre os usos escolares da diversidade. Educação e Realidade, v.65, n.2. Porto Alegre, 2000. p. 106,107. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, algumas experiências de inclusão acabam por adquirir apenas caráter integrativo. A verdadeira inclusão necessita propiciar ao aluno surdo mecanismos para seu desenvolvimento cognitivo. Analise sobre: o que verdadeiramente deve ser o “estar incluído” em um sistema regular de ensino. Nota: 16.0 Estar incluído é muito mais do que uma presença física: é um sentimento e uma prática mútua de pertença entre a escola e a criança, isto é, o jovem deve sentir que pertence à escola e a escola sentir que é responsável por ele. [...] livro-base p. 85. Resposta:Estar incluído é muito mais do que uma presença física: é um sentimento e uma prática de pertença entre a escola e a criança, isto é, o jovem deve sentir que pertence à escola e a escola sentir que é responsável por ele. Esse sentimento de pertença pode assumir múltiplas formas e enquadramentos. Questão 3/5 Observe as informações do texto abaixo: Outro problema da proposta oralista está relacionado à questão da aquisição da língua oral. Pesquisas desenvolvidas nos Estados Unidos (Duffy 1987) constataram que, apesar do investimento de anos da vida de uma criança surda na sua oralização, ela somente é capaz de captar, através da leitura labial, cerca de 20% da mensagem. QUADROS, Ronice Mueller de. Educação de surdos: A aquisição da linguagem. – Porto Alegre: Artmed, 1997. p. 23. A criança surda é capaz de captar até 20% da mensagem através da leitura labial. Conforme esses dados e de acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, podemos afirmar que a criança surda se inclui socialmente pela realização da leitura labial? Por quê? Nota: 20.0 Espera-se que o aluno considere a resposta negativa pois, a criança surda não percebe o mundo como um todo somente através da leitura labial, ela necessita expressar-se em sua própria linguagem. Além disso, sua produção oral não é compreendia por pessoas que não convivem com ela, o que em nada contribui para a inclusão social do surdo. [...] Livro-base p. 53. Resposta:Não. Porque sua produção oral não é compreendida por pessoas que não convivem com ela, o que nada contribui para a inclusão social do surdo. Questão 4/5 A questão da seleção e da organização dos conteúdos escolares, até meados da década de 1980, foi tratada do ponto de vista exclusivamente técnico nos cursos de formação de professores. À escola atribuía-se a função de transmissão do saber acumulado historicamente, cientificamente organizado, considerando aspectos lógicos e psicológicos tendo como pressuposto básico a formação teórica sólida como garantia de uma prática consequente. Subjacente a essa abordagem, tem-se a concepção da teoria como guia da ação prática, caracterizando a separação entre teoria e prática. A partir da segunda metade da década de 1980, essa questão passou a ser alvo de muitas discussões entre os educadores progressistas que, comprometidos com a maioria da clientela presente nas escolas, buscaram alterar a lógica subjacente à abordagem anterior, passando a orientar a seleção e organização dos conteúdos escolares com base no pressuposto de que para essa maioria, teoria e prática constituem uma unidade. Em outros termos, no fazer gera-se um saber. MARTINS, Pura. Conteúdos Escolares: A quem compete a seleção e a organização? In VEIGA, Ilma. Repensando a didáctica. São Paulo: Papirus, 2008, p. 75. Com base na reflexão de Martins , nos conteúdos do livro-base e das aulas, explique qual a principal diferença entre as reflexões teóricas sobre a seleção de conteúdos e como esta se dá na prática ? Nota: 20.0 É importante que aluno tenha claro que na teoria ambiciona-se que o professor selecione os conteúdos ao organizar seu plano de ensino, entretanto na prática, partindo do exemplo de Martins, existe uma distância entre o conteúdo programático e a realidade dos alunos, o programa curricular vem pronto e é imposto ao professor o seu ensino. (LIVRO-BASE, p. 60-62) A distância entre os conteúdos e a prática/vida do aluno... Resposta:Na Teoria: Importante tarefa de responsabilidade do professor para a organização do plano de ensino. Deve seguir os interesses e as necessidades dos alunos. Exige originalidade, criatividade e imaginação do professor. organização: sequencia lógica, distribuição em pequenas etapas, continuidade, integração entre disciplinas. Na Prática: Programa de conteúdos é imposto pela escola. não é permitida a sua alteração. abismo entre o programa e a realidade do aluno. Alto volume de informação, distribuição e organização inadequadas. Questão 5/5 As teorias educativas do princípio do século foram marcadas pela influênciade Dewey que salientou a inoperância da pedagogia do século XIX, que procurava investigar o que queria o professor, em vez dos reais e genuínos problemas de interesse para o aluno, fazendo deste um ser passivo. Como antídoto a essa passividade aquiescente do aluno, Dewey propôs o método de aprendizagem por problemas, inspirado na metodologia científica. TAVEIRA, Maria do Céu; SILVA, José Tomás. Psicologia Vocacional. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008, p. 52 De acordo com os conteúdos abordados no livro-base e nas aulas, apresente: As etapas a serem percorridas pelo método de solução de problemas de Dewey. Explique cada uma. (70%) Quais os papéis desempenhados pelo professor e pelo aluno no processo. (30%) Nota: 20.0 Atividade: ponto inicial de qualquer aprendizagem; Problema: Situação problema o ponto de partida do pensamento é a tentativa do empreendimento, de se superar uma situação problemática; Coleta de dados: professor e aluno devem coletar dados que possam ajudar a superar a situação problemática; Hipótese: esses dados uma vez coletados permitem a formulação de uma ou mais hipóteses explicativas do problema; Experimentação: estas hipóteses devem ser testadas a fim de verificar sua validade. O professor é o orientador, facilitador, criador de desafios, aquele que estimula a investigação do aluno. O aluno desempenha papel ativo, participativo, é considerado o agente da aprendizagem. (LIVRO-BASE, p.40-41) Resposta:Atividade: O ponto inicial de qualquer aprendizagem na escola e na vida é uma atividade que já esteja sendo exercida espontaneamente q e que corresponde ao interesse do aluno. Problema; Servem para dificultar o seu desenvolvimento, levando o aluno à reflexão, ou seja, a origem do pensamento reside em tentar superar uma situação de desafio. Coleta de Dados: Professor e aluno devem, juntos coletar dados de todo o tipo, para que possam tentar superar a problemática. Hipótese: Esses dados uma vez coletados, permitem a formulação de uma ou mais hipóteses explicativas do problema. Experimentação: É preciso testar a hipótese levantada na etapa anterior, a fim de que se verifique sua validade. Sendo a hipótese verdadeira, deve-se prosseguir com a atividade, até um novo problema. Neste processo, o professor é um guia, um facilitador e criador de desafios, enquanto o Aluno é o Centro do processo, ativo e participativo - agente da sua aprendizagem.
Compartilhar