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Seminário - Osteoporose

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OSTEOPOROSE UMA DOENÇA SILENCIOSA
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
• É o tipo mais comum de doença metabólica dos ossos e se caracteriza pela
diminuição de quantidade/densidade óssea através da redução dos minerais e da
matriz, o que causa deterioração da microarquitetura do osso. Com isso, a resistência
do tecido diminui e o risco de fraturas se eleva, sendo a principal responsável por
fraturas decorrentes de fragilidade óssea.
• A diminuição da densidade óssea se desenvolve
a partir de uma desordem no processo de
remodelação.
• Diretamente relacionada à locomoção e à
independência do indivíduo em suas atividades
motoras diárias e movimentação.
DEFINIÇÃO
• As fraturas osteoporóticas mais importantes são as de vértebras, colo do fêmur e 
radio distal. Tais fraturas se associam à elevada morbidade. 2,4 milhões de fraturas 
decorrentes da osteoporose ocorrem por ano no Brasil e 200 mil pessoas morrem 
todos os anos em decorrência dessas fraturas.
• No caso das fraturas de fêmur, também está
relacionado um aumento substancial nos custos de
assistência à saúde, sendo que em 2009 foram gastos
R$ 57,61 milhões com internações até outubro e R$
24,77 milhões com medicamentos para tratamento da
osteoporose.
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
• A queda da mortalidade (principalmente a infantil), a redução da fecundidade e o aumento
da expectativa de vida resultam no envelhecimento da população e aumento das taxas de
doenças crônico-degenerativas, entre as quais a osteoporose.
• Aumento no número de pesquisas epidemiológicas para estimar a prevalência da doença na
população empregando diferentes técnicas, principalmente a DMO.
• Em virtude do alto custo de estudos populacionais envolvendo densitometria óssea (DMO), a
prevalência de osteoporose tem sido avaliada nas mulheres que são encaminhadas para
determinação da densidade mineral óssea durante exames preventivos após o período da
menopausa.
• As taxas de ocorrência de osteoporose entre os estudos apresentam grande amplitude. Essa
variação pode ser explicada pelas diferentes características demográficas da população em
estudo (origem étnica, sexo, idade, nível de desenvolvimento social).
EPIDEMIOLOGIA
• População idosa no Brasil:
• Expectativa de vida atual: 75 anos
• 2002: 9,3%
• 2013: 12,6% da população acima dos 60 
anos (ou 24,85 milhões de indivíduos)
• 13,84 milhões de mulheres (55,7%)
• Previsão para 2060: 58,4 milhões acima 
dos 65 anos (26,7%)
• Expectativa de vida: 81 anos
EPIDEMIOLOGIA
• A prevalência da osteoporose e da incidência
de fraturas varia de acordo com o sexo e a
raça. A partir dos 50 anos, 30% das mulheres
e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo
de fratura decorrente da osteoporose até o
término de suas vidas.
• Estima-se que aproximadamente mais de 200
milhões de pessoas sofrem desta doença no
mundo.
• Mulheres brancas possuem uma chance em
nove de desenvolver Ca de mama ao mesmo
tempo em que possuem uma em seis de sofrer
uma fratura de quadril.
• Os riscos de sofrer fraturas vertebrais, de
quadril e antebraço combinados chegam a
40%, equivalente ao risco de desenvolver
doenças cardiovasculares.
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência de osteoporose acima dos 50 anos: 
• Na coluna lombar: 28,8%
• No colo do fêmur: 18,8%
• Prevalência de osteoporose entre 60 – 69 anos:
• Na coluna lombar: 33,2%
• No colo do fêmur: 17,4%
• Prevalência de osteoporose entre 70 – 79 anos:
• Na coluna lombar: 38,2%
• No colo do fêmur: 34%
• Prevalência de osteoporose acima dos 80 anos:
• Na coluna lombar: 54,5%
• No colo do fêmur: 72,7%
•Características da população 
estudada (627 mulheres com mais 
de 50 anos pós-menopausa)
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência de osteoporose e osteopenia por grupo etário
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência de osteoporose em coluna lombar e colo do fêmur de acordo com a 
história pessoal de fraturas quando jovem: 
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência de osteoporose de acordo com a prática de exercício físico:
• A prevalência no CF é significativamente menor em pacientes que praticam exercícios físicos (15%) e 
realizam caminhadas (13%), quando comparada com a de pacientes que não se exercitam (22%).
• Não há diferença significativa na prevalência em CL entre as pacientes que praticavam exercícios 
(30%) e aquelas que não se exercitavam (27,9%).
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalência de acordo com a renda familiar:
• Renda < 10 salários mínimos: 
• 61% em CL 
• 27% em CF
• 58,9% com baixa ingestão de cálcio (<600mg/dia)
• Renda > ou = 10 salários mínimos: 
• 27.7% em CL
• 21.3% em CF
• 8,5% com baixa ingestão de cálcio
• Prevalência de acordo com a ingesta de cálcio:
• < 600 mg/dia (baixa): 26,8% em CL e 16.9 em CF
• 600 – 1000 mg/dia (intermediária): 22,3% em CL e 17,3% em CF
• > 1000 mg/dia (alta): 35,8% em CL e 23,8% em CF
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
• Diversas modificações ocorrem com o envelhecimento nos diversos sistemas do
organismo. Verifica-se um incremento no peso com aumento da porcentagem de
gordura, diminuição da força e da massa muscular, da eficiência cardiovascular, da
coordenação motora, agilidade e da massa óssea.
• As mulheres após a menopausa tendem a ter o enfraquecimento ósseo de modo
mais intenso devido à brusca baixa de hormônio feminino, o estrogênio. Os homens
também correm o risco de adquirir osteoporose, mas por terem uma estrutura óssea
mais forte, uma queda mais gradual na produção hormonal e exercerem atividade
física com mais frequência, eles possuem uma chance menor de adquirir a doença e
também de que isso ocorra em período mais tardio da vida em comparação à
mulher.
FISIOPATOLOGIA - REVISÃO
• O osso é um órgão composto por um tecido altamente resistente e que está diretamente 
relacionado com a sustentação, movimentação, e também com a proteção de órgãos vitais. 
Serve também com um depósito de minerais como cálcio e fosfato, liberando-os no organismo 
de uma forma controlada mediada por hormônios.
• É formado por células e por um material extracelular calcificado.
FISIOPATOLOGIA - REVISÃO
• O osteoblasto é a célula responsável pela formação óssea
através da síntese de componentes da matriz óssea orgânica
(glicoproteínas, colágeno). Eles também possuem receptores para
o hormônio paratireoidiano que o induz a secretar um fator
chamado ligante osteoprotegerina (OPLG).
• O osteócito é o tipo celular presente em maior número no tecido
ósseo maduro, que ficam situados em lacunas no interior da
matriz óssea calcificada. Responsáveis pela manutenção do osso,
pois atuam em parte do controle das células que fazem o
remodelamento.
• Irradiam canalículos que entram em contato com as células
vizinhas (JC), compartilhando íons e fluidos.
FISIOPATOLOGIA - REVISÃO
• O osteoclasto é visto como um macrófago especializado e é responsável pela absorção óssea,
promovendo a erosão da matriz. Possui uma “borda estriada”.
• Matriz óssea é formada por uma parte orgânica (subst. fundamental + colágeno) e outra inorgânica.
FISIOPATOLOGIA - REMODELAMENTO
FISIOPATOLOGIA - PICO DE DENSIDADE ÓSSEA
• É a quantidade de tecido ósseo por unidade de volume (quantidade de osso 
mineral por unidade de área). Aumento durante a puberdade.
• Pico de densidade óssea em idades variadas.
• A enorme variabilidade está relacionada, principalmente, a fatores genéticos 
(filhas, gêmeos), mas também a parâmetros antropométricos, como peso e altura, 
hábitos dietéticas, influências hormonais diversas, atividade física, tabagismo e 
alcoolismo, uso de medicamentos e doenças intercorrentes.
• A massa óssea de um indivíduo adulto depende da diferença entre o pico de massa 
óssea alcançado no final do período de maturação sexual e esquelética, e as perdas 
acumuladas durante a vida.
FISIOPATOLOGIA - CAUSAS PRIMÁRIASEsteroides gonodais: 
• Apesar do mecanismo pelo qual a deficiência de hormônios sexuais leva a uma 
perda óssea elevada ainda não estar estabelecido, acredita-se que o efeito desses 
hormônios sobre os ossos possa ser mediado por um sistema de moléculas:
• RANKL, ou Ligantes do Receptor do Ativador do Fator Nuclear-kB
• RANK, ou Receptor do Ativador do Fator Nuclear-kB
• OPG, ou Osteoprotegerina
• O RANKL é expresso na superfície dos precursores dos osteoblastos, e o RANK na 
dos precursores dos osteoclastos. A ligação do RANKL ao RANK estimula a 
diferenciação dos precursores em osteoclastos maduros. Já a ligação do RANKL com 
a OPG, proteína produzida pelos osteoblastos, inibe o desenvolvimento de 
osteoclastos.
FISIOPATOLOGIA - CAUSAS PRIMÁRIAS
Esteroides gonodais: 
• A deficiência de estrogênio diminui a produção de OPG e aumenta a expressão de 
RANKL nas células precursoras de osteoblastos, o que aumenta o desenvolvimento de 
osteoclastos/reabsorção óssea.
• Aumento na produção óssea de citocinas que estimulam a reabsorção (IL-1, IL-6, 
TNF) e diminuição da produção de fator de crescimento-1e fator de crescimento-B-
transformase, que estimulam a formação.
• Aumento da sensibilidade do esqueleto ao hormônios paratireoidiano (reabsorção).
• Alteração direta na formação óssea (osteoblastos possuem receptores para o 
estrogênio).
FISIOPATOLOGIA - CAUSAS PRIMÁRIAS
• Pós-menopausa/Tipo I:
• Afeta principalmente as porções dos ossos que possuem uma camada mais superficial, como o 
compartimento esponjoso das vértebras.
• 5-10 anos: Perda acelerada, 25-30% de osso trabecular e 10-15% de osso cortical. 
• Senilidade/Tipo II:
• Nesse período a reabsorção óssea é mais intensa do que a formação. Além disso as proteínas depositadas 
na matriz (fatores de crescimento – estimulam a atividade dos osteoblastos) perdem seu vigor biológico com 
o passar do tempo. 
• Menor atividade física, imobilização ou paralisia de alguma região do corpo.
• Fraturas mais comuns: Quadril, pelve, punho, úmero proximal, tíbia proximal, corpos vertebrais.
• Causas fisiológicas: Diminuição da absorção de cálcio e hiperparatireoidismo leve devido à não 
formação/sensibilidade à 1,25-diidroxivitamina D (vitamina D biologicamente ativa). Ou diminuição da 
atividade dos osteoblastos devido ao envelhecimento.
• No homem:
• O envelhecimento no homem está mais associado a alterações hormonais graduais.
• Insuficiência gonodal pode ser uma das causas pela qual a osteoporose atinge tanto homens quanto mulher 
na senilidade.
FISIOPATOLOGIA - CAUSAS SECUNDÁRIAS
• Deficiência de estrogênio não causada pela menopausa:
• Hiperprolactinemia
• Anorexia nervosa
• Amenorreia hipotalâmica
• Hipogonadismo
• Aumento da reabsorção óssea:
• Hipertireoidismo
• Hiperparatireoidismo
• Diminuição da formação óssea e da absorção intestinal de cálcio:
• Síndrome de Cushing (30-35% dos pacientes apresentam fraturas de vértebras por compressão e o 
risco de fraturas de colo de fêmur é aumentado em 50% nessa população)
• Deficiência de hormônio do crescimento
FISIOPATOLOGIA - CAUSAS SECUNDÁRIAS
• Mulheres com histórico de depressão maior (produção elevada de cortisol)
• Pacientes com distúrbios relacionados à medula óssea como linfoma, leucemia e 
mieloma múltiplo (liberação de fatores sistêmicos que estimulam e atividade 
osteoclástica)
• Osteogênese imperfeita (comprometimento do pico de massa óssea)
• Drogas e medicamentos:
• Álcool (toxicidade)
• Heparina, ciclosporina e tacrolimus (reabsorção)
• Terapia anticonvulsivante (supressão da função dos osteoblastos, hiperparatireoidismo secundário,...)
• Tiroxina, Glicocorticoides, Quimioterapia.
• Artrite reumatoide 
• Imobilização
• Diabéticos sob uso de insulina
FISIOPATOLOGIA
• As trabéculas osteoporóticas ficam adelgadas e perdem suas interconexões, dando 
origem a microfraturas progressivas e eventual colapso.
FATORES DE RISCO (DESENVOLVIMENTO E FRATURAS) 
Incluem aqueles referentes à determinação do pico de desnsidade óssea e ás causas 
fisiológicas e secundárias de perda óssea no adulto:
 História prévia de fraturas ( fraturas por pequenos traumas – aumentam em 2 a 3x
o risco de novas fraturas);
 Osteoporose em parentes de 1º grau/fatores genéticos (com fratura sem trauma ou com 
trauma mínimo);
 IMC ≤ 20kg/𝑚2 associado a transtornos alimentares;
 Sexo feminino, brancas e asiáticas:
Conteúdo mineral ósseo total e massa muscular menor e maior risco de fraturas que 
homens (1,5x fratura de Colles (após 50 anos), 7x fratura vertebral (60 anos), 2x fratura de 
quadril ( 70 anos);
≥ 35 anos há perda progressiva de DMO que se acelera após a 
menopausa/deficiência de estrogênio; 
 Fatores ambientais/Estilo de vida: tabagismo, consumo abusivo de álcool ( parece diminuir DMO em 
mulheres) e cafeína, inatividade física e baixa ingesta de cálcio;
Atletas ( DMO 25%) ≥ indivíduos ativos ( DMO 30%) ≥ sedentários;
Imobilização prolongada ( 3 meses): diminui a massa óssea/ dose-tempo-dependente;
 Drogas ( costicosteróides, anti-epiléticos, hormônios tireoidianos, ciclosporina);
Corticosteróides: aumenta o risco de fraturas ósseas, por vários mecanismos e independente 
da DMO;
Quanto maior a dose e o tempo de corticoterapia, maior o risco de fraturas. A partir de 2,5 
mg de prednisona superiores a três meses; 
 Estado menstrual: menopausa precoce, menarca tardia, amenorreias;
FATORES DE RISCO (PARA FRATURAS POR OSTEOPOROSE)
 Não modificáveis:
 História de fratura na idade adulta;
 História de fratura em familiar de primeiro-
grau;
Raça branca (não-hispânica);
Idade avançada (acima dos 65 anos);
Sexo feminino;
Demência;
Saúde comprometida/fragilidade;
 Potencialmente modificáveis:
 Tto com corticosteroides;
 Insuficiência estrogênica: amenorreia superior a 1 
ano ou menopausa precoce (antes dos 45 anos);
 Baixo peso (<56Kg) ou IMC<19;
 Tabagismo;
 Alcool;
 Redução visual (apesar de usar óculos);
 Quedas frequentes;
 Baixa capacidade física;
 Saúde comprometida/fragilidade;
DIAGNÓSTICO (ADAPTADOS DO NATIONAL OSTEOPOROSIS GUIDELINE
GROUP)
ROTINA
HISTÓRIA E EXAME FÍSICO - fraturas e excluir causas secundárias. 
HEMOGRAMA, HEMOSSEDIMENTAÇÃO, PCR, CÁLCIO SÉRICO, ALBUMINA, CREATININA, FÓSFORO, FOSFASE ALACALINA, 
TRANSAMINASES HEPÁTICAS, CÁLCIO URINÁRIO DE 24 HS.
TESTES DE FUNÇÃO DA TIREOIDE
DENSIOMETRIA OSSEA POR DEXA
OUTROS PROCEDIMENTOS, QUANDO INDICADOS
RADIOGRAFIA LATERAL DA COLUNA LOMBRA OU TORÁCICA
IMUNOELETROFORESE DE PROTÉINAS E PROTEÍNA DE BENCE-JONES
TESTOSTERONA SÉRICA, SHBG,FSH,LH (homem)
PROLACTINA SÉRICA
CORTISOL URINÁRIO DE 24 HS OU TESTE DE SUPRESSÃO COM DEXAMETASONA
ANTICORPOS ANTIENDOMÍSIO E/OU TRANSGLUTAMINASE TECIDUAL (DOENÇA CELIACA)
CINTILIGRAFIA OSSEA
CRITÉRIOS DENSIOMÉTRICOS DA OMS
CATEGORIA ESCORE T
NORMAL ATÉ -1
OSTEOPENIA ENTRE -1 E -2,5
OSTEOPOROSE ≤ -2,5
OSTEOPOROSE ESTABELECIDA ≤ -2,5 ASSOCIADA À FRATURA DE FRAGILIDADE
• Critérios estabelecidos para: coluna lombar, colo do fêmur e 1/3 médio do rádio;
• Escore-T: é o número de DP em relação á média da DMO de adultos jovens, no pico da densidade
óssea, ajustado para gênero e etnia;
“ VALORES DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA INFERIORES A 2,5 PADRÃO DA MÉDIA DE VALOR PICO EM 
ADULTOS JOVENS (ESCORE T < -2,5) SÃO COMPATÍVEIS COM O DIAGNÓSTICO, DEVIDO AO ALTO 
RISCO DE FRATURAS.”
“PARA CADA REDUÇÃO DE 1 DESVIO-PADRÃO(DP) DA DMO NO COLO DO FÊMUR É POSSÍVEL PREVER 
UM AUMENTO DE 1,5 VEZES (GRADIENTE DE RISCO) NO RISCO DE FRATURAS NÃO VERTEBRAIS 
AJUSTADO PARA IDADE; E DO COLO DO FÊMUR, DE APROXIMADAMENTE 2,6/DP.” 
DEXA:ENERGIA DUPLA DE RAIO-X
 Método mais utilizado para medir a DMO;
 Fornece medidas muito precisas em sítios esqueléticosclinicamente relevantes ( os que com maiores consequências
clínicas quando ocorre uma fratura);
 Desvantagem: máquina é grande( não portátil) e caro; Utiliza a radiação ionizante, ainda que em 
doses muito baixas;
OUTROS EXAMES UTILIZADOS:
1. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA (QCT): medidas de QTC densidade óssea 
volumétrica da coluna e do quadril e pode analisar osso cortical e e trabecular separadamente. Útil na 
investigação clínica e pode ser usado em pacientes individuais para acompanhar as respostas 
terapêuticas para terapia onde podem ser vistas grandes alterações; Recomendado somente para 
triagem porque a aplicação do escore-T para prever o risco de fratura não foi validado com QCT. 
Além de maior exposição a radiação de DEXA.
2. MEDIÇÕES PERIFÉRICOS E ULTRA-SOM.
OBS: Apesar de ultra-som ter alguma utilidade para predição de fratura, 
devido à incapicidade de aplicar ultra-som e outras medições periféricas 
aos padrões atuais de diagnóstico e tratamento, e para monitorar a 
resposta à terapia, continuam a RECOMENDAR O DEXA para fins de 
rastreio.
“ A maioria da fraturas ocorrem em homens e mulheres que não têm 
osteoporose por critérios DEXA.
Os indivíduos com osteoporose estão em MAIOR RISCO RELATIVO 
DE FRATURA, mas HÁ MAIS FRATURAS EM PACIENTES COM BAIXA 
MASSA ÓSSEA/OSTEOPENIA ( escore-T entre -1,0 e -2,5), porque 
HÁ MUITO MAIS PACIENTES NESTA CATEGORIA. Portanto, a 
avaliação de fatores de risco que são independente da DMO é 
importante para predição futura” 
INDICAÇÕES DE REALIZAÇÕES DE DENSIOMETRIA ÓSSEA
 MULHERES ≥ 65 ANOS;
 MULHERES COM DE DEFICIENCIA ESTROGÊNICA COM ≤ 45 ANOS;
 MULHERES NA PERI E PÓS-MENOPAUSA COM FATORES DE RISCO (UM MAIOR OU DOIS MENORES- FATORES 
DE RISCO PARA FRATURAS POR OSTEOPOROSE);
 MULHERES COM AMENORRÉIA SECUNDÁRIA PROLONGADA;
 TODOS OS INDIVÍDUOS QUE TENHAM APRESENTADO FRATURA POR TRAUMA MÍNIMO OU ATRAUMÁTICA;
 INDIVÍDUOS COM EVIDÊNCIA RADIOLÓGICA DE OSTEOPENIA OU FRATURAS VERTEBRAIS;
 HOMENS ≥ 70 ANOS;
 PERDA DA ESTATURA( ACIMA DE 2,5 CM) OU HIPERCIFOSE TORÁCIA;
 USO DE CORTICOSTERÓIDES POR TRÊS MESES OU MAIS ( DOSES ≥ 5 mg DE PREDNISONA);
 MULHERES COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ABAIXO DE 19 kg/𝑚2 ;
 PORTADORES DE DOENÇAS OU EM USO DE MEDICAÇÕES ASSOCIADAS `A PERDA DE MASSA ÓSSEA;
 MONITORAMENTO DE TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE;
RAIO-X 
 Característica da osteoporose da coluna;
 Há perda do osso trabecular nos corpos vertebrais, as placas terminais das 
vertebras parecem estar acentuadas.
 O contraste normal entre radiodensidade da coluna vertebral e os tecidos 
moles adjancentes pode desaparecer. 
 A deformidade vertebral pode se apresentar na forma de um 
colapso(redução da altura anterior e posterior), encunhamento anterior 
(redução da altura anterior).
 A protrusão do disco intervertebral na direção dos corpos vertebrais produz 
nódulos de Schmorl.
 Na ausência de fraturas, as radiografias não são indicadores sensíveis de 
perda óssea porque é necessária uma redução substancial da massa antes 
que seja visível nas radiografias.
AVALIAÇÃO DE RISCO DE FRATURAS E DECISÃO 
TERAPÊUTICA
 OMS: CÁLCULO DE RISCO DE FRATURAS – FRAX;
 CALCULO DO RISCO: IMC E FATORES DE RISCO;
 Calculadora disponível on-line;
 OBJETIVO: definir em quais indivíduos é necessário realizar a DMO e estimar o risco de 
fraturas em 10 anos;
 Países que possuem dados epidemiológicos consistentes para usar o FRAX: Áustria, 
Alemanha, Suíça, China, Reino Unido, Itália, França, Espanha... 
 BRASIL: não dispões de banco de dados prospectivos de referência para a construção do 
algoritmo;
 Fatores de risco quantificados: idade, baixo IMC, fratura prévia, história de fratura de 
quadril materna ou paterna, tabagismo atual, consumo de álcool, uso de glicocorticoides, 
relato de artrite reumatoide e outras causas de osteoporose.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
1. Fratura vertebral: assintomática em 2/3 dos casos;
- Risco de recorrência das fraturas no primeiro: 19% nas mulheres; 
- Episódios de dor intensa, que podem durar vários dias e evoluir para 
dor crônica. 
- Consecutivas: cifose torácica, redução da estatura, e dores 
relacionadas a deformidades;
- compressão em geral ocorrem após mínimos estresses, como espirro, 
inclinação do corpo para frente ou o levantamento de um objeto leve;
2. Fratura fêmur proximal: É a mais grave!
- Associada a maior mortalidade e as importantes limitações no 
deambular e em outras funções cotidianas;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Exames úteis para investigação do diagnóstico diferencial e de causas 
secundárias;
Ex: 
- Hipertireoidismo no idoso, com dosagem do TSH
- Osteomalácia e defeitos de mineralização com Fosfatase alcalina total;
- Mulheres na menacme que apresentarem irregularidades menstruais,deve-se
documentar a etiologia do hipogonadismo;
- Homens com osteoporose: investigar possibilidades de hipogonadismo, com as 
dosagens de testosterona e de gonadotrofinas, e de alcoolismo como causas 
secundárias.
MONITORIZAÇÃO
 DMO óssea da coluna lombar e do fêmur proximal pode ser repetida anualmente nos 2 
primeiros anos;
 Indivíduos com fraturas ou alterações degenerativas lombares e nos idosos: valorizar as 
medidas do colo do fêmur proximal total para estimar a eficiência do tratamento;
 DMO AO FINAL DO PRIMEIRO ANO:
- Igual ou melhor que a basal: manter tratamento e repetir exame a cada 2 anos;
- Pior que a basal (com redução significante do escore): manter tratamento e repetir exame 
em 1 ano;
 DMO AO FINAL DO SEGUNDO ANO:
- Igual ou melhor que uma das anteriores: manter tratamento e repetir exame a cada 2 anos;
- Pior que as duas anteriores (com redução significativa do escore): considerar falha 
terapêutica e suspender o tratamento;
 Realizar RAIO-X da coluna vertebral torácica(perfil), antes do início do tratamento e após
o primeiro ano nos pacientes com osteoporose estabelecida. Havendo diminuição das
alturas vertebrais, mesmo por fraturas assintomáticas, reconsiderar a eficácia do
tratamento;
 Marcadores de ressorção (telopeptídeos) e /ou de formação óssea (fosfatase alcalina
óssea e osteocalcina): não se faz necessário sua monitorização. São extensamente
estudados, porém apresentam resultados conflitantes;
 CALCIÚRIA: monitorar a cada 6 meses.
Abaixo de 50mg/24hs pode indicar falta da ingestão de cálcio, má absorção
intestinal ou resistência a vitamina D;
Acima de 4mg/kg do peso/24hs, indica hipercalcúria, e as doses de cálcio e
vitamina D devem ser reduzidas
 Avaliação da CALCEMIA e da FUNÇÃO RENAL é recomendada anualmente e/ ou na s
situações de alteração da calciúria.
PACIENTE EM MEDIÇÃO DE REFERÊNCIA MAS SEM OSTEOPOROSE E 
QUE NÃO SÃO CANDIDATOS À TERAPIA FARMACOLÓGICA:
 NA presença de baixa massa óssea ( escore-T -2,00 para -2,49) em qualquer
local ou fatores de risco que podem causar perda óssea em curso ( uso de
glicocorticoides, hiperparatireoidismo), realiza medidas de acompanhamento a
cada 2 anos;
 Na presença de baixa massa óssea (escore-T -1,5 para -1,99), em qualquer
local, e sem fatores de risco para perda óssea acelerada, realizar um DEXA de
seguimento em 3 a 5 anos;
 Na presença de massa óssea normal ou ligeiramente baixa ( escore-T -1,01 para
-1,49) sem fatores de risco para perda óssea acelerada. Realizar um DEXA de
acompanhamento 10 a 15 anos;
OSTEOPOROSE NO HOMEM
 Perdem aproximadamente 30 % do osso trabecular e 20% do osso cortical;
30% de todas as fraturas de quadril e da coluna ocorrem nos homens;
Idades extremas,1 a cada 6 homens apresentará uma fratura de quadril;
 Causas secudárias semelhantes às encontradas nas mulheres: hipogonadismo, uso prévio
de glicocorticoides, ressecação gástrica,hipercalciúria idiopática e abusodo álcool.
15-20% com fraturas de quadril ou da coluna apresentam deficiência androgênica;
Pico de massa óssea é reduzido em homens com deficiência androgênica
durante a puberdade devido ao hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático ou síndrome
Klinefelter e em homens com história de retardo da puberdade;
 O grau de deficiência de androgênios que leva à perda óssea é ainda desconhecido;
 Homens com deficiência de androgênios: a reposição está indicada; Benefícios sobre a
massa óssea foram demonstrados em homens com: hipogonadismo hiperprolactinêmicos
hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático e hipogonadismo adquirido;
 Reposição de testosterona em homens com deficiência deste hormônio não trouxe
benefícios para a massa óssea;
 Homens com CA de próstata com hipogonadismo grave devido à terapia com análogos do
GnRH de longa atuação, o uso do pamidronato endovenoso reverte completamente a
perda óssea;
 Terapia com Alendronato (dose 10 mg/dia) e o hormônio paratireoidoano (dose 20µg por
via subcutânea): aumentam a densidade mineral óssea da coluna lombar e do fêmur
proximal em homens com osteoporose idiopática. Além desses benefícios, o Alendronato
ainda reduz o risco de fraturas vertebrais;
PREVENÇÃO
Revisar medicações e hábitos para reduzir perda óssea:
Glicocorticóides
Tireoide Realizar testes do TSH Menor dose possível
Fumo
*Idosos com deficiências neurológicas (AVC, Alzheimer, Parkinson) possuem um risco 
particularmente alto de queda, necessitam de assistência especializada.
PREVENÇÃO
Reduzir fatores de risco para a ocorrência de quedas 
Álcool
Hipotensão Ortostática
Sedação
Ambiente (tapetes, iluminação...)
Visão
TRATAMENTO
Ingestão de Cálcio:
 Os National Health and Nutritional Evaluation Studies documentaram que a ingestão média de cálcio 
é consideravelmente menor do que o recomendado.
Uso de suplementos de Cálcio + Vitamina D mostraram-se efetivos na ocorrência de 
fraturas clínicas.
TRATAMENTO
 A realização de atividade física exerce efeitos benéficos sobre a função 
neuromuscular e aprimora o equilíbrio, coordenação e resistência, diminuindo assim 
o risco de quedas.
 Hábitos relacionados com exercício devem ser consistentes, preferencialmente pelo 
menos 3 vezes/semana
 Pacientes que apresentam dificuldades ao caminhar são beneficiados pela 
natação ou pelos exercícios aquáticos
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 Sais de Cálcio
Indicação:
 Raquitismo
 Hipocalcemia
 Prevenção de Osteoporose
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 Vitamina D
A suplementação com vitamina D nas doses de 400 a 800UI ou 0,25 a 0,50 mcg/dia 
de calcitriol ao dia são usadas como tratamento adjunto às outras terapias para osteoporose, 
tanto anti-reabsortivas quanto estimuladoras da formação óssea. Combinado com cálcio 
reduz perda óssea e incidência de fraturas não-vertebrais em pacientes.
Modo de ação
 Estimula a absorção de cálcio no intestino
Indicação
 Prevenção da osteoporose
 Hipocalcemia
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 Bifosfonatos Orais
Modo de ação
 São análogos dos pirofosfatos. Suprimem a reabsorção mediada por osteoclastos por 
estimularem a apoptose nestes e diminuem indiretamente a atividade dos osteoblastos.
Indicação
 Tratamento da osteoporose nas mulheres na pós-menopausa, em homens e na 
osteoporose induzida por glicocorticóides
 Prevenção da osteoporose em mulheres na pré-menopausa e em pacientes em uso crônico 
de corticóides em altas doses (equivalentes a 7,5 mg de prednisona por 3 meses).
 Doença de Paget
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 Estrogênio
 Reduzem a renovação óssea, previnem a perda óssea e induzem pequenos aumentos na 
massa óssea da coluna vertebral, do quadril e do corpo como um todo.
 São eficazes quando administrados por via Oral ou Transdérmica, geralmente são 
preparados combinados de estrogênio/progestina.

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