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DOENÇAS AUTOIMUNES Professora: Sarah Falcão Disciplina: Imunologia médica A autorreatividade do sistema imune é normal? A autorreatividade do sistema imune é normal? ... É benéfica? O que é tolerância ao próprio e como ela é mantida? O que é doença autoimune? CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos Mediada por anticorpos e/ou linfócitos T CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos Mediada por anticorpos e/ou linfócitos T Órgão-específicas ou sistêmicas ÓRGÃO-ESPECÍFICAS OU SISTÊMICAS Distribuição tecidual restrita: doenças órgão- especificas. ÓRGÃO-ESPECÍFICAS OU SISTÊMICAS Formação de complexos imunes circulantes compostos por antígenos próprios e de anticorpos específicos: doenças sistêmicas. CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos Mediada por anticorpos e/ou linfócitos T Órgão-específicas ou sistêmicas Diversidade de autoantígenos CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos Mediada por anticorpos e/ou linfócitos T Órgão-específicas ou sistêmicas Diversidade de autoantígenos Tratáveis mas não curáveis CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Imunomediadas Reatividade desregulada de linfócitos a autoantígenos Mediada por anticorpos e/ou linfócitos T Órgão-específicas ou sistêmicas Diversidade de autoantígenos Tratáveis mas não curáveis Evolução crônica MECANISMOS DE CRONICIDADE DE DOENÇAS AUTOIMUNES Antígenos próprios são persistentes e mecanismos de amplificação que perpetuam a resposta são ativados. MECANISMOS DE CRONICIDADE DE DOENÇAS AUTOIMUNES Antígenos próprios são persistentes e mecanismos de amplificação que perpetuam a resposta são ativados. MECANISMOS DE CRONICIDADE DE DOENÇAS AUTOIMUNES Antígenos próprios são persistentes e mecanismos de amplificação que perpetuam a resposta são ativados. Expansão de epítopos: prolongada e autoperpetuadora. MECANISMOS DE CRONICIDADE DE DOENÇAS AUTOIMUNES Antígenos próprios são persistentes e mecanismos de amplificação que perpetuam a resposta são ativados. Expansão de epítopos: prolongada e autoperpetuadora. QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? Susceptibilidade genética ou fatores ambientais (infecções). QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? MHC II (HLA) Susceptibilidade genética ou fatores ambientais (infecções). Alterações anatômicas nos tecidos, inflamação, lesão isquêmica ou trauma: expõe antígenos normalmente ocultos. QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? FREQUÊNCIA DAS DOENÇAS AUTOIMUNES QUAL OUTRO FATOR CONTRIBUI PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? Susceptibilidade genética ou fatores ambientais (infecções). Alterações anatômicas nos tecidos, inflamação, lesão isquêmica ou trauma. Hormônios. QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS AUTOIMUNES? Susceptibilidade genética ou fatores ambientais (infecções). Alterações anatômicas nos tecidos, inflamação, lesão isquêmica ou trauma. Hormônios. • O lúpus afeta cerca de 10x mais mulheres do que homens. • Em estudos com camundongos a doença é retardada com tratamento androgênico. • Não se sabe se essa predominância é resultado só de influência hormonal ou de outros fatores relacionados com o gênero. PATOGENIA DAS DOENÇAS AUTOIMUNES Anergia Reação cruzada Febre reumática Pericardite fibrinosa Febre: por causa do Streptococcus. Fase aguda: artrite. Imunopatogenia da cardite reumática C janeway et al. Immunobiology, 2000 Febre reumática Sintomas • Dor nas juntas (artrite migratória); • Sopro cardíaco, quando há comprometimento das válvulas do coração; • Inflamação no músculo do coração (cardite); • Febre baixa (37,5º C); • Prostração; • Inapetência; • Falta de ar. Lesões valvulares na cardite reumática Miastenia grave Miastenia grave A pessoa apresenta fraqueza muscular, paralisia, por isso as pálpebras caídas. Autoanticorpos na miastenia grave Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Autoanticorpos na miastenia grave Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Doença causada por anticorpos sem que haja lesão tecidual! Doença de Graves ou hipertiroidismo Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Autoanticorpos estimuladores Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Autoanticorpos estimuladores Doença causada por anticorpos sem que haja lesão tecidual! Doença de Graves ou hipertiroidismo Doença de Hashimoto Doença de Hashimoto Inflamação crônica, acarretando aumento de volume da glândula (bócio) e diminuição do seu funcionamento (hipotireoidismo). Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Tireoidite de Hashimoto Glândula tireoide normal, com células epiteliais quadradas. Corte de tireoide de paciente com Hashimoto mostrando inflamação linfocítica. Anti-peroxidase da tireoide Manifestações clínicas do diabetes melito tipo 1 Vista embaçada Sede ou necessidade de urinar Cansaço/doente Infecções recorrentes na pele, gengiva e bexiga Pele irritada e seca Perda de peso Dificuldade na cura de feridas e contusões Perda de sensibilidade e formigamento dos pés Ilhotas de Langerhans no diabetes Goldsby et al. Kuby Immunology, 5th edition, 2003 Ilhotas de Langerhans do pâncreas de um camundongo normal. Corte de pâncreas de camundongo com diabetes melitos com infiltração linfocítica nas ilhotas. Diabetes melito tipo 1 Diabetes melito tipo 1 Os pacientes sendo deficientes de insulina, é necessária a terapia e reposição hormonal continua. Anemia hemolítica autoimune IgG IgM IgG IgM CR1 Fc Ativação do complemento e hemólise intravascular Anemia hemolítica autoimune IgG IgM IgG IgM CR1 Fc ANEMIA www.csmc.edu/images/351455_Arthritis-1.jpg Artrite reumatoide www.csmc.edu/images/351455_Arthritis-1.jpg Artrite reumatoide Inflamação: Pequenas articulações das extremidades: principalmente dos dedos. Ou maiores: ombros, cotovelos, joelhos e tornozelos. Artrite reumatoide citrulinação Artrite reumatoide citrulinação Ativação de células sinoviais, produção de citocinas e inflamação. Murphy et al., Imunobiologia, 7ª Ed., 2010. Artrite reumatoide Ativação de células sinoviais, fibroblastos que produzem: • Metaloproteinase (MMP) – atacam os tecidos. • Enzimas proteolíticas como a colagenase – que destrói a cartilagem, rica em colágeno, ligamentos e tendões. • Ligante Rank – induz a diferenciação e ativação dos osteoclastos que leva a destruição óssea. Esclerosemúltipla Comum em adultos jovens. Doença neurológica. Inflamação da substância branca do sistema nervoso central. Com desmielinização. Fraqueza, paralisia. JJA Hendriks et al. Brain Research Reviews 48:185-195, 2005 Imunopatogenia da esclerose múltipla Células T (Th1 e Th17) (que circulam pelo sistema nervoso central) ↓ Reconhecem antígenos da mielina e liberam citocinas ↓ Recrutam e ativam macrófagos e outras células T. Destruição da mielina Anormalidades na condução nervosa e defeitos neurológicos Nefropatias imunes Lupus eritematoso sistêmico Crônica, multisistêmica, afeta predominantemente mulheres, apresenta erupções na pele, artrite. Manifestações do LES (convulsões) (erupções em forma de borboleta, lupus discóide) Serositose: inflamação da membrana serosa - presente na pleura do pulmão e no periocardio no coração. RW Hoffman. Clinical Immunology 113:4-13, 2004 Autorreatividade de linfócitos T no LES Proteínas da maquinaria de processamento do pré-mRNA (complexo spliceossoma. Lupus eritematoso sistêmico e irradiação solar Lupus TLR9 TLR9 EXCERBAÇÃO DA INFLAMAÇÃO LA Lee. Transient autoimmunity related to maternal auto-antibodies: neonatal lupus. Autoimmunity Reviews 4:207-213, 2005 Lupus neonatal por transferência de Ac maternos Uso de drogas anti-inflamatórias (corticosteróides). Antagonistas de moléculas co- estimuladoras (ensaios clínicos - Lúpus). Casos graves: drogas imunossupressoras (ciclosporina - bloqueio da ativação de linfócitos T). ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA DOENÇAS AUTOIMUNES Metotrexato: droga anti-proliferativa, reduz a geração e expansão de linfócitos. Plasmaferese: diminui o número de anticorpos e imuno-complexos circulantes. Tentativas de indução de tolerância em clones de linfócitos ou indução de células T reguladoras específicas para antígenos próprios. ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA DOENÇAS AUTOIMUNES
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