Buscar

Hepadnaviridae, Parvoviridae, Circoviridae

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 20 – DNAvirus
Hepadnaviridae
São os vírus causadores da hepatite B, que afeta apenas humanos. Seu genoma é formado de DNA fita parcialmente dupla e possui envelope.
Os antígenos do vírus que estimulam o sistema imune são do tipo:
HBsAG = antígeno utilizado em vacinas. É uma proteína do envelope viral
HBcAG = é uma proteína encontrada no capsideo
HBeAG = proteína que fica entre o envelope e o capsideo, sem uma função conhecida.
O receptor que esses vírus utilizam para entrar nas células é o receptor polipeptídio cotransportador sódio/taurocolato.
Ele tem um período de incubação médio de 70 dias e podendo causar hepatite aguda e crônica. Na hepatite aguda, os sintomas são anorexia, náuseas, vômitos, dores abdominais, artralgia, icterícia, erupção e febre. A hepatite crônica pode causar uma pré-disposição ou até a própria cirrose ou carcinoma hepático.
Sua transmissão se da através de material que teve contato com sangue infectado, relações sexuais, tatuagens, piercings, manicure e gestantes positivas a HBeAG.
Alem de estar em grande quantidade no citoplasma da célula infectada, ele também está em alta quantidade no sangue, soro e exsudado de feridas. Sua concentração é menos alta em sêmen, fluido vaginal e saliva, e sendo baixa nas excreções de forma geral. 
O diagnostico é feito através dos sinais clínicos com prova da função hepática e por exames laboratoriais como ELISA anti-proteina viral. A presença de IgM indica uma infecção recente, presença de IgG uma infecção crônica ou recuperados, anti-HBe a queda no numero viral, anti-HBs durante a convalescência. 
Parvoviridae
É um vírus pequeno sem envelope com genoma de DNA fita simples. São bem resistentes e conseguem permanecer infectáveis durante 1 ano. 
Por ser um vírus muito pequeno, ele é extremamente dependente da célula hospedeira, precisando que ela esteja na fase S ou em divisão celular para se replicar, alem de depender totalmente da maquinaria da célula a síntese e replicação do seu genoma. Genoma esse que possui 4 genes, tendo seu tamanho proporcionalmente pequeno ao vírus. 
Eles infectam de preferência órgão com atividade de multiplicação celular alta como medula óssea, células embrionárias e precursores de epitélio intestinal de formação das criptas intestinais. 
O gênero dependoparvovirus precisa, alem da maquinaria da célula, que outros vírus infectem a célula para completar seu ciclo reprodutivo. 
O tipo de vírus que afeta os humanos é o parvovirus humano B19, que vai causar abortos e doença exantematosa em crianças. Existem gêneros dessa família que infectam macacos e símios também. Mas em animais, os mais importantes são:
Parvovirus canino
Por um tempo apenas se tinha o conhecimento de um parvovirus canino, o canine minute vírus, mas em meados dos anos 70 surgiu o parvovirus canino tipo 2, que é um vírus de origem felina, tendo sofrido algumas alterações. 
Por ser um vírus novo para a espécie, ele se disseminou rápido por não ter um antígeno contra ele e se tornando o principal patogeno para caninos.
A alteração sofrida no vírus felino foi a alteração de alguns aminoácidos da proteína VP2 do capsideo, que é a que se liga ao receptor celular (transferrina em cães)
É causa a parvovirose canina, que causa enterite grave, anorexia, vomito diarréia hemorrágica e choque.
Seu principal meio de transmissão é pelas fezes do animal. Ao entrar em contato com o vírus, ele vai para os linfonodos onde vai se replicar, caindo na circulação e atingindo órgãos e tecidos com alta taxa de divisão celular (medula óssea, cripta intestinal e órgãos linfóides).
Quando o vírus tipo 2 acomete filhotes de gato vai afetar o cerebelo e em filhotes de cães o miocárdio e causando diarréia infecciosa em filhotes com menos de 6 meses. Já em adultos vai afetar o sistema linfóide e epitélio intestinal. 
Raças de médio e grande porte de cães desenvolvem sintomas mais graves ao se infectarem e o SRD tem um índice de infecção maior pelo maior contato com locais contaminados.
O problema da destruição das criptas intestinais é a infecção secundária por endotoxinas de bactérias Gram- e a coagulação intravascular disseminada.
Animais muito jovens que estão na janela de susceptibilidade precisam de um cuidado maior porque é o momento em que os anticorpos maternos já não têm a capacidade total de defesa e as células próprias ainda não estão maduras.
O diagnostico é feito através dos sinais clínicos e por exames laboratoriais com isolamento do vírus.
O tratamento é para cuidar dos sintomas, combatendo a desidratação com soro, uso de antivirais e antibióticos para evitar ou combater infecções secundarias.
A prevenção é por meio da vacinação dos filhotes com 30 dias, desinfecção do ambiente e isolamento dos animais infectados.
Parvovirus suíno
A doença esta ligada a ambientes contaminados, igual ao parvovirus canino. Ele vai causar problemas reprodutivos com morte de embriões, mumificação de fetos, infertilidade e volta precoce do cio.
Ele é um vírus de origem suína, e por isso não causa problemas em animais adultos não gestantes, vivendo em seu intestino.
O animal infectado, mas sem sintomas, ao engravidarem, podem transmitir esse vírus aos embriões/fetos. As fêmeas de primeiro cio soronegativas tem uma susceptibilidade um pouco maior.
Ele é um vírus com uma resistência alta, ficando nas granjas por um bom período de tempo mesmo com as condições de higiene sendo satisfatórias. 
A transmissão ocorre por meio das fezes, sêmen e restos de abortos.
O que característica a infecção são fetos mumificados, natimortalidade e retorno do cio.
O diagnostico é feito com exames de amostras dos fetos mumificados, restos fetais e soro do animal através de ELISA. 
A vacinação deve ser feita em fêmeas 30 dias antes da cobertura com reforço anual e em cachaços jovens.
Vírus da panleucopenia felina
Circoviridae
São vírus extremamente pequenos não envelopados com DNA fita simples. Existem apenas 2 gêneros de vírus dessa família.
Eles costumam infectar células mononucleares fagociticas e causam enfermidades em bicos e penas de aves.
O PCV-2 é um dos agentes causadores da síndrome multissitemica do definhamento em leitões, causando perda de peso, problemas respiratórios e digestivos, linfonodo aumentado, anemia e icterícia. Os linfonodos possuem tecido necrosado, diminuindo a resistência do animal.
O diagnostico é feito com a analise das características clinica, lesões macro e micro e presença de antígenos em lesões. É preciso coletar e analisar amostras de órgãos afetados e realizar o cultivo de células PK15.
Anelloviridae = São vírus que atingem varias espécies. Em galinhas vai causar a anemia das galinhas, afetando o timo, atrapalhando a maturação de linfócitos T e causando imunossupreção deixando o animal exposta a outras infecções.
Asfarviridae
É o vírus causador da peste suína africana. Ele tem o genoma de DNA fita dupla grande, é envelopado e é um DNAvirus que não replica no núcleo, mas sim no citoplasma. 
Tem algumas características do genoma e da replicação semelhantes ao poxvirus. Seus sinais clínicos são parecidos com a peste suína clássica.
Ele causa uma enfermidade severa e mortal em suínos na região leste e sul da áfrica.
Ela teve ocorrência na metade do século 20 no Brasil, mas está erradicada. É o único DNAvirus a ser transmitido por astropodes, sendo chamada essa caracteristica de arbovirus. 
Em suínos domésticos ela é fatal e ele continua vivo na carne desse animal até um ano congelado. Sua infecção é por contato de secreção e ingestão de carne contaminada.
Eles são bem resistentes ao ambiente mas é sensível a solvente lipídico e agentes oxidativos.
Após a infecção, ele vai para tonsila e linfonodos para replicar e se disseminar em monócitos resultando em imunodeficiência que podem acarretar em hemorragias e edemas nas cavidades corporais.
Os sinais clínicos são febre alta, anorexia, congestão, cianose de focinho, orelha e causa. Seu diagnostico é feito pela analise clinica e exames laboratoriais de ELISA e PCR.Não existe vacina para essa doença. Ao se detectar animais infectados, eles precisam ir para quarentena e abate e a formação de uma barreira sanitária.

Outros materiais