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1188039 A lei e o dia a dia na escola 0 976570


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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
DIÁRIO DE CAMPO 
SONIA MARA DE ARAUO PETA
RU- 1188039 
A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA
O presente trabalho foi desenvolvido em uma escola de ensino particular, de ensino fundamental, no período vespertino, na sala de terceiro ano da professora Janaina Ribeiro, durante uma semana de observação, e em conjunto com a profestema, utilizamos a metodologia de estudo de caso, de um aluno de nove anos, que tem autismo.
De acordo com a  Lei nº 12.764, que institui a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", sancionada em dezembro de 2012, pela presidente Dilma Rousseff, a medida faz com que os autistas passem a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país - entre elas, as de Educação.
O fato de se criar uma lei voltada especificamente ao autismo,mesmo que já tenha a Lei nº 13.146, de 6 dejulho de 2015, que trata sobre o assunto da inclusão escolar, essa medida se faz necessária por não ser especificado que os autistas são deficientes, sendo assim não teriam acesso aos benefícios existentes na lei de inclusão social na escola. 
No campo da educação, a nova lei é vista por especialistas como mais um reforço na luta pela inclusão, uma vez que o seu texto estabelece que o autista tem direito de estudar em escolas regulares, tanto na Educação Básica quanto no Ensino Profissionalizante, e, se preciso, pode solicitar um acompanhante especializado, e também define as sanções que deverão ser aplicadas aos gestores que negarem a matrícula a estudantes com deficiência, com punição de três a 20 salários mínimos e, em caso de reincidência, levará à perda do cargo.
Como o portador de autismo, tem problemas com a socialização e a convivência, ao colocá-lo em contato com outros alunos, é possível puxá-lo da zona de conforto e ajudá-lo a conviver em sociedade. 
De acordo com Rossana Ramos, professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e autora do livro Inclusão na Prática: Estratégias Eficazes para a Educação Inclusiva,o que faz o deficiente se desenvolver é a interação com pares diferentes dele, a criança aprende por imitação e colocá-la em um lugar em que só há pessoas com o mesmo problema não adianta.
Para este trabalho fizemos leituras, pesquisas bibliográficas, observação e uma pesquisa de campo com os professores da escola. 
 Os dados coletados revelaram que o autismo ainda é pouco estudado e trabalhado, mostra ainda como é a vida de um autista dentro e fora da escola, seus comportamentos e desenvolvimentos e os círculos afetivos, escolares e familiares, como ocorrem e qual a posição da família perante a deficiência. 
Também percebemos que algumas vezes a família não consegue identificar o problema, então, quando o aluno chega a escola, o educador geralmente identifica o transtorno, por estar atento às particularidades dos alunos.
Geralmente o aluno autista tem uma maior dificuldade em se relacionar e fazer alguns trabalhos, cabendo ao professor buscarem métodos novos, dinâmicos e lúdicos que chamem a atenção e incentivem o aluno a apreender. 
Aqui iniciamos o nosso o diário, e o relato está autorizado pela família e direção da escola. 
	Sobre o aluno, este faz acompanhamento médico, psicológico, cognitivo e fonoaudiologia na vizinha cidade de Londrina, já desde os seus dois anos de idade, pois o problema foi identificado antes de que entrasse para a vida escolar, o que facilitou quando de seu ingresso na escola, que ocorreu desde que ele tinha três anos de idade, sempre contando com o apoio de um 
professor auxiliar. 
	A sua rotina escolar compreende todas as atividades curriculares propostas no projeto pedagógico da escoal, e o aluno hoje já interage com os colegas e equipe escolar, inclusive participa das aulas de educação física, apresentações teatrais e até particpou do projeto de construção de um livro, no qual escreveu sua história.
Durante a observação, pudemos constatar que qualquer aluno, independente de sua limitação física ou mental, pode, desde que com acompanhamento especializado, frequentar a escola, como qualquer outra criança.
	Participar desse processo foi muito importante, pois nos mostrou novas formas de ensino, e de lidar com as diferenças, e mais importante, percebemos que as crianças que não tem nenhuma defeiciência, podem aprender desde cedo, como nesse caso, que ja se encontram juntos há vários anos, a respeitar e aprender com o outro, e se ajudam e cuidam, e é muito bonito de ver.
	Portanto, concluímos que, apesar do autista apresentar algumas dificuldades, no seu relacionamento social e no seu processo de aprendizagem, ele é pessoa capaz de conviver em sociedade e evoluir como qualquer outro indivíduo.
 E para que se torne concreta a sua evolução do, faz- se necessário que seja identificado e diagnosticado o transtorno quanto antes, para que ele seja acolhido, aceito e compreendido pelos seus grupos sociais.
 	Assim como é indispensável que tanto o educador quanto a sociedade tenham conhecimento sobre essa anomalia e viabilizem o acolhimento e a compressão em relação à condição do autista. 
REFERÊNCIAS:
AMY, Marie Dominique. Enfrentando o autismo: a criança autista seus pais e a relação terapêutica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. 
Brasil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei N°- 9.394/96 – 
BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista. Presidência da República, Casa Civil. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2018.
BRASIL, LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm > . Acesso em : 04 abril 2018.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parecer CNE/CEB N° 4, de 2002. Recomendação ao Conselho Nacional de Educação tendo por objeto a educação inclusiva de pessoas portadoras de deficiência. Disponível em: Acesso em: 04 abril. 2018.
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão: Psicologia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
Ramos, Rossana.Inclusão na Prática - Estratégias Eficazes para a Educação Inclusiva .Editora Summus, 2016, Rj.
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