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FRAGMENTAÇÃOFRAGMENTAÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS -- UFMGUFMG EMN120 TRATAMENTO DE MINÉRIOSEMN120 TRATAMENTO DE MINÉRIOS FRAGMENTAÇÃOFRAGMENTAÇÃO 20172017 1 FRAGMENTAÇÃO 2 FRAGMENTAÇÃO A fragmentação ou cominuição: é o conjunto de operações responsáveis pela redução do tamanho das partículas minerais tendo como objetivos: • Obtenção de uma parte ou de todo o minério dentro das especificações granulométricas para seu uso posterior;posterior; • Obtenção de grau de liberação necessário para se efetuar uma operação de concentração; • Aumentar a área superficial específica dos minerais de um minério expondo-os mais facilmente ao ataque por reagentes químicos. 3 FRAGMENTAÇÃO Mecanismos de Fragmentação • Compressão: é a mais comum, desde blocos da ordem de metros até partículas micrométricas. Ocorre quando forças de compressão são aplicadas de maneira lenta e progressiva, permitindo-se que, com o aparecimento da fratura, o esforço seja aliviado. Em geral, as forças de compressão aplicadas são pouco superiores à resistência dos blocos rochosos ou são pouco superiores à resistência dos blocos rochosos ou partículas. Gera um número reduzido de fragmentos homogêneos de tamanho intermediário. 4 FRAGMENTAÇÃO Mecanismos de Fragmentação • Impacto: é o mais eficiente em termos de utilização da energia. Ocorre quando as forças de fragmentação são aplicadas de forma rápida e em intensidade muito superior à resistência das partículas. Faz uso, em geral, da energia cinética de corpos em movimentos cadentes. 5 FRAGMENTAÇÃO Mecanismos de Fragmentação • Cisalhamento: leva a um consumo alto de energia e a uma produção alta de superfinos. As forças aplicadas são insuficientes para provocar fraturas ao longo de toda a partícula. Prevalece uma concentração de esforços na área periférica que leva ao aparecimento de pequenas fraturas. Partículas muito pequenas convivem com partículas de Partículas muito pequenas convivem com partículas de tamanho próximo ao original. 6 FRAGMENTAÇÃO 7 FRAGMENTAÇÃO Cisalhamento Compressão Tamanho original Impacto Distribuição de tamanhos 8 FRAGMENTAÇÃO - ESTAGIAMENTO aresta = a Área = 6a2 Volume = a3 ASEv = 6a 2/a3 = 6/a 9 FRAGMENTAÇÃO - ESTAGIAMENTO Aresta = a/2 Área = 8 . 6. (a/2)2 = 12 a2 Volume = 8 . (a/2)3 = a3 ASEv = 12 a 2/a3 = 12/a 10 FRAGMENTAÇÃO Britagem - primeiro estágio do processo de fragmentação (m ao cm). Divisão básica em primária e secundária. Britagem primária - alimentação é o ROM, localização próxima ou dentro da cava, operação a seco e circuito aberto com ou sem grelha para escalpar alimentação.aberto com ou sem grelha para escalpar alimentação. Britagem secundária - alimentação é o produto da britagem primária ( < 15 a 30 cm) operação normalmente via seco com circuito fechado ou aberto. 11 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de Mandíbulas Britadores Giratórios Britadores Cônicos Britadores de Impacto 12 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de Mandíbulas - britagem realizada entre uma superfície fixa e outra móvel, material escoado por gravidade. Grau de redução de 5/1. O tipo Blake é o mais usado e tem uma abertura de alimentação fixa e abertura de saída móvel. alimentação fixa e abertura de saída móvel. Alimentação nominal = 0,5 a 1,5 m Velocidade = 200 a 350 rpm 13 Sistema Móvel de Britagem e Peneiramento na MinaSistema Móvel de Britagem e Peneiramento na Mina 14 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores giratórios - superfície externa em forma de tronco de cone com vértice para baixo e interna, móvel, com vértice para cima. Maior capacidade que os britadores de mandíbula, podem receber alimentação direta de caminhões.receber alimentação direta de caminhões. Alimentação nominal = 1 a 1,6 m Grau de redução = 8/1 15 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores cônicos - concepção semelhante aos giratórios diferenciando - se pela superfície externa, alta capacidade. São os mais usados em britagem secundária. Alimentação nominal = 0,2 a 0,5 m Grau de redução = 3/1 a 7/1 16 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de impacto - rotor que gira a grande velocidade, preso a peças(martelos) que se chocam com o material alimentado arremessando-o contra placas fixas, 500 a 3000 rpm. Limitação→ materiais abrasivos ( sílica + óxidos metálicos < 15 %). Alimentação nominal = 0,2 a 0,8 m Grau de redução = 6/1 a 10/1 17 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores Barmac - rotor que gira a grande velocidade, jogando as partículas de encontro às próprias partículas. 18 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de rolos - Consistem de dois rolos lisos que giram um contra o outro fragmentando o material alimentado entre os rolos. Baixa capacidade e aplicação restrita a materiais friáveis. Alimentação nominal = 0,2 m Grau de redução = até 4/1 19 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de rolos dentados- Consiste de um rolo dentado que gira de encontro a uma placa fixa ou contra outro rolo dentado. Aplicações = carvão, calcário, caulim, fosfatos, ferro ( materiais friáveis e pouco abrasivos). pouco abrasivos). Alimentação nominal = 0,10 a 0,3 m Grau de redução = 2/1 a 4/1 20 Característica Mandíbula Giratório Impacto Rolo dentado Capacidade Baixa a média Média a alta Baixa Baixa Potência (kW) 2,25 a 225 5 a 750 11 a 450 15 a 300 Abrasividade do material sem restrição Sem restrição sílica + óxidos Restrição BRITADORES PRIMÁRIOS do material óxidos metálicos <15% Granulometria do produto top size alto para lamelares Top size menor que mandíbula alta produção de finos Produz menos finos Grau de redução 5/1 8/1 até 40/1 até 4/1 21 Um britador realiza uma operação de fragmentação com os seguintes dados: - Granulometria da alimentação: 80% < 75mm - Granulometria do produto: 80% < 25mm Qual é o grau de redução deste equipamento? EXEMPLO 6.1 Qual é o grau de redução deste equipamento? 22 Solução: 3= mm25 mm75 =GR tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5" 8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 23 Supondo-se que as curvas representem adequadamente os produtos de britagem, responda as questões abaixo: a) Estime as quantidades de material produzido (m3/h) nas seguintes faixas granulométricas: > 1”, < 1” > ½”, < ½” > ¼”, < ¼”, considerando-se uma alimentação de 50 EXEMPLO 6.2 ½” > ¼”, < ¼”, considerando-se uma alimentação de 50 m3/h, e abertura de saída na posição fechada de 1”. b) Explique a influência da variação da abertura de saída sobre a operação de britagem. c) Qual deve ser o grau de redução deste britador se a granulometria da alimentação é 80% < 6”. 24 tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5"8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a > 1 “ 100 - 70 = 30% 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 25 tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5" 8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a < 1” > ½ “ 70 - 37 = 33% 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 26 tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5" 8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a < ½ “ > ¼ “ 37 - 21 = 16% 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 27 tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5" 8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a < ¼ “ 21% 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 28 APF 1 granulometria % m3/h Solução a) Quantidades Produzidas > 1 30 15.0 < 1" > 1/2" 33 16.5 < 1/2" > 1/4" 16 8.0 < 1/4" 21 10.5 100 50.0 29 Solução b) Os britadores que possuem abertura de saída variável, tem possibilidade de regulagem desta abertura. Assim, o aumentado-se valor da abertura de saída dos britadores a granulometria do produto será mais grosseira e a capacidade do equipamento será aumentada. Por outro 30 lado, reduzindo-se o valor desta abertura a granulometria do produto será mais fina e a capacidade será reduzida. tamanho de pedra 98,8 90 80 70 60 50 40 98,8 90 80 70 60 50 40 1" 8 16 3" 4 1" 16 5" 8 3" 2 1" 8 5" 4 3" 1" 4 1" 1 21 1" 4 3" 1 2 1" 22" 3" 4" 5" 6"10 mesh20 mesh CURVAS GRANULOMÉTRICAS DE BRITAGEM (CURVA FRAGMENTATRIZ) % P a a s a n te A cu m u la d a Granulometria do produto do britador 40 30 20 10 8 6 abertura de saída - lado fechado Distribuição granulométrica aproximada do produto de britagem conforme a aber- tura de saída na posição fechada (APF). CIRCUITO ABERTO 30 40 20 10 % p a s s a n t e % p a s s a n te % P a a s a n te A cu m u la d a 31 Solução c) 8,4= "25,1 "0,6 =GR 32 FRAGMENTAÇÃO Circuitos de Britagem Britagem primária na mina ou local próximo, circuito aberto. Britagem secundária ou terciária em geral circuito fechado com peneira → granulometria homogênea. • Circuito fechado normal • Circuito fechado reverso Britagem Primária Peneira Vibratória OS C ar ga C ir cu la nt e Fechado Reverso Britagem Primária Britagem Secundária C ar ga C ir cu la nt e Fechado Normal • Circuito fechado reverso Britagem Secundária Peneira Vibratória Produto US C ar ga C ir cu la nt e Peneira Vibratória Produto US OS C ar ga C ir cu la nt e 33 FRAGMENTAÇÃO Circuitos de Britagem Britagem primária na mina ou local próximo, circuito aberto. Britagem secundária ou terciária em geral circuito fechado com peneira • Circuito fechado normal • Circuito fechado reverso R = 10 - 100 EY 6 1 R = 1 10 - 100 Z Y E 6 2 R , R = carga circulante em porcentagem da alimentação nova E = eficiência de peneiramento Y = % passante na peneira presente na descarga do britador secundário 1 2 34 Calcule a carga circulante em um circuito fechado normal de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - eficiência de peneiramento: 85 % EXERCÍCIO PROPOSTO 6.1 R = 10 - 100 EY 6 1 35 Calcule a carga circulante em um circuito fechado reverso de britagem secundária, que utiliza peneira vibratória, considerando-se os seguintes dados: - abertura da peneira: 12,5 mm - granulometria da descarga do britador secundário: 60% < 12,5 mm - granulometria da descarga do britador primário: 30% < 12,5 mm - eficiência da peneira: 85% EXERCÍCIO PROPOSTO 6.2 R = 1 10 - 100 Z Y E 6 2 36 FRAGMENTAÇÃO Moagem - último estágio do processo de fragmentação (cm ao μm). Moinhos revolventes ou tubulares são, ainda, os mais usados. São cilindros rotativos onde é realizada a fragmentação em seu interior pela ação de corpos moedores. Corpos moedores • Barras cilíndricas• Barras cilíndricas • Bolas • Cylpebs - tronco de cone • Fragmentos do minério Carga = corpos moedores + material a ser fragmentado Carga = 30 a 50 % do volume interno do moinho 37 FRAGMENTAÇÃO Moagem - a fragmentação ocorre através da movimentação da carga. Em moinhos de bolas podem ocorrer dois regimes distintos de movimentação da carga: • Cascata - menor velocidade • Catarata - maior velocidade• Catarata - maior velocidade Velocidade crítica = ponto de mudança de trajetória parabólica para circular: operação entre 40 e 80% da Velocidade Crítica Nc = 42,30 √D - d Nc = velocidade crítica (rpm) D = diâmetro interno do moinho (m) d = diâmetro da bola (m) 38 FRAGMENTAÇÃO Moagem - a fragmentação ocorre através da movimentação da carga. Em moinhos de bolas podem ocorrer dois regimes distintos de movimentação da carga: • Cascata - menor velocidade • Catarata - maior velocidade• Catarata - maior velocidade Velocidade crítica = ponto de mudança de trajetória circular para parabólica: operação entre40 e 80% da Velocidade Crítica Nc = 42,30 √D - d Nc = velocidade crítica (rpm) D = diâmetro interno do moinho (m) d = diâmetro da bola (m) 39 Velocidade crítica FRAGMENTAÇÃO 40 Moagem - os moinhos são revestidos internamente ( aços especiais, ferro fundido e borracha). • proteger a carcaça • diminuir escorregamento da carga moedora • adequar levantamento e trajetória da carga moedora FRAGMENTAÇÃO 41 Moagem - Moinhos de Barras - usam como carga moedora barras de aço cilíndricas. Relação comprimento / diâmetro (L/D) > 1,25 / 1. Barras 150 mm menores que o moinho e de aço de alto carbono. Usual circuito aberto. Descarga por transbordo: relações L/D entre 1,4 a 1,7 /1, grau de redução de 15 a 20/1, velocidade entre 60 e 65% Vc FRAGMENTAÇÃO MOINHOS DE BOLAS de redução de 15 a 20/1, velocidade entre 60 e 65% Vc Descarga periférica central: alimentação nas duas extremidades, L/D entre 1,3 a 1,5/1, grau de redução entre 4 e 8/1 velocidade entre 65 e 70% Vc Descarga periférica: L/D entre 1,3 e 1,5/1, grau de redução entre 12 e 15/1 entre 65 e 70% Vc 42 MOINHOS DE BARRAS - TIPOS DE DESCARGAS FRAGMENTAÇÃO 43 MOINHOS DE BOLAS FRAGMENTAÇÃO TIPOS DE DESCARGA 44 FRAGMENTAÇÃO Alimentação < 0,15 mm > 0,15 mm Alimentação < 0,15 mm > 0,15 mm > 0,15 mm < 0,15 mm 45 MOINHO DE BOLAS FRAGMENTAÇÃO 46 Moagem - Moinhos de Bolas - usam bolas, cylpebs e ballpebs como carga moedora. Relação L/D 1 a 2/1. Bolas de aço ou ferro fundido. Operação é normalmente feita em circuito fechado e descarga por transbordo. Velocidade entre 65 e 78% da Vc. FRAGMENTAÇÃO ballpeb cylpeb bola 47 FRAGMENTAÇÃO MOINHOS INDUSTRIAIS 48 Moagem - Autógena/Semi-autógena - Usam fragmentos grandes do próprio minério ou mistura de fragmentos e bolas como corpos moedores. Possibilitam redução de custo de corpos moedores e eventual eliminação de estágios de britagem. Diâmetro muito maior que o comprimento ( L/D 1/ 1,5 a 3). % de enchimento de carga de 25 a 35% do volume do moinho. FRAGMENTAÇÃO volume do moinho. 49 Moagem - algumas variáveis da moagem • Diâmetro e comprimento do moinho • Porcentagem de enchimento • Porcentagem de sólidos FRAGMENTAÇÃO • Porcentagem de enchimento • Porcentagem da velocidade crítica • Tipo e material do corpo moedor • Tipo e material do revestimento 50 FRAGMENTAÇÃO Moagem - Moinhos de rolos de alta pressão - pistãos hidráulicos forçam um dos rolos contra o outro rolo que é fixo. A pressão comprime um leito de partículas levando à quebra “entre partículas” e induzido trincas residuais. Aplicações em carvão, calcário, cimento, produção de pellet feed e outros produtos. Parâmetro Faixa de Valor Diâmetro do rolo 750 - 2100 mm Largura do rolo 260 - 1600 mm Velocidade periférica do rolo 0,5 - 2,0 m/s Pressão 2000 - 8500 KN/m Potência motor 100 - 4000 kW Produção 10 - 2000 t/h 51 Moagem - Moinhos de rolos de alta pressão FRAGMENTAÇÃO 52 53 Circuito Descrição Aplicações A moinho de barras em circuito aberto moagem grosseira. Minério de urânio. Produção sinter-feed. Moagem a seco de coque B moinho de barras em circuito fechado pouco comum. Moagem relativamente grossa com pequena produção de slimes. Serrana, moagem de silvinita C moinho de bolas em estágio único muito comum em minério de cobre. Alimentação deve ser britada fina D moinho autógeno ou semi-autógeno em estágio único usado na África do Sul e em moagem de taconito. Alimentação brita primária. Alto consumo energético E moinho de barras em circuito aberto e de bolas em circuito fechado alto investimento, baixo consumo energético. Recomendado para materiais debolas em circuito fechado energético. Recomendado para materiais de difícil britagem fina F moinho autógeno ou semi-autógeno seguido de moinho de bolas aplicações tendem a expandir-se por apresentar baixo investimento e razoável consumo energético G idêntico ao anterior substituindo o moinho de bolas por de seixos investimento mais elevado que no F e custos mais baixos H circuitos A-B-C. Moinho autógeno, britador e moinho de bolas utiliza britador para moer partículas nas faixas granulométricas críticas do moinho autógeno I moinho multi-câmara. Circuito fechado a seco moagem de cimento ou bauxita J moinho de rolos (roller-mill) moagem a seco de materiais pouco abrasivos. Usado em moagem de carvão, fosfato e cru de cimento (quando o teor de sílica livre na matéria prima é baixo) 54 Estagiamento do Trabalho de Fragmentação • A fragmentação de blocos ou maciços rochosos é um processo que é realizado em estágios. • O desmonte de rochas, com explosivos, constitui a primeira etapa de fragmentação. Desmonte mecânico também pode ser utilizado em minérios friáveis. • A britagem é aplicada na redução de blocos maiores - metros até centímetros. • Caso seja necessária maior redução no tamanho das partículas, • Caso seja necessária maior redução no tamanho das partículas, a moagem é processo mais adequado - centímetros até micrômetros. • Em partículas maiores, é necessária uma grande quantidade de energia para a fragmentação. Por outro lado, a quantidade de energia necessária por unidade de massa (kWh/t) é pequena. • Ao se reduzir o tamanho das partículas, reduz-se também energia necessária para a sua quebra, ao passo que a energia aplicada por unidade de massa aumenta. 55 Aspectos Energéticos da Fragmentação • Num circuito de fragmentação, o tipo de equipamento selecionado varia na medida em que o tamanho das partículas diminui. Na grande maioria dos equipamentos existentes, as forças associadas à quebra são aquelas que envolvem ou compressão ou impacto. As diferenças entre equipamentos estão associadas aos diferentes tipos de mecanismos que levam a aplicação dessas forças de mecanismos que levam a aplicação dessas forças sobre as partículas minerais. • Conseqüentemente, os equipamentos primários, referindo-se aos britadores, devem apresentar estruturas mecânicas maciças, concentradoras de energia. Na redução mais fina, no caso os moinhos, devem ser capazes de distribuir a energia de fragmentação sobre uma grande extensão de superfície. 56 Equação de Bond Determinação da energia necessária para a moagem FRAGMENTAÇÃO ) 11 (10 FP WiE 57 Considerando-se: - granulometria da alimentação: 80% < 15000mm - granulometria do produto: 80% < 1500 mm - Wi = 12 kwh / tonelada curta - alimentação: 500 t/h EXEMPLO 6.2 a) Determine o grau de redução do moinho. b) Determine a potência necessária ao moinho (HP) 58 Solução a) Cálculo do grau de redução do moinho: b) Cálculo da energia em 1 tonelada curta: 10= μm1500 μm15000 =GR curtadakWh/tonela12,2=) 1 - 1 (12. 10=E Cálculo da energia em 1 tonelada: 2,12 ----------------------- 917 kg x ----------------------- 1000 kg x = 2,31 kWh / tonelada 59 curtadakWh/tonela12,2=) 15000 1 - 1500 1 (12. 10=E Solução Cálculo da potência em kW: 2,31 kW ------------------------- 1 t y ------------------------- 500 t/h y = 1155 kW Cálculo da potência em HP: 1 HP ----------------------------- 0,745 kW z ----------------------------- 1155 kW z = 1550 HP 60 FRAGMENTAÇÃO Leis da Fragmentação Autor Formulação Equação Resultante Rittinger, (1867) "O trabalho necessário para realizar a fragmentação é proporcional à superfície nova nela gerada" E K d d0 1 1 0 1 1 ( ) Eq. (2.7) Kick, (1885) "O trabalho necessário para produzir mudanças análogas em corpos de mesmageometria e do mesmo estado tecnológico é proporcional ao volume ou peso dos corpos" E K d d0 1 0 2 ln( ) Eq. (2.8) corpos" Bond, (1951) "O trabalho despendido por unidade de volume ou peso é inversamente proporcional à raiz quadrada do tamanho" E K d d 0 3 1 8 0 0 8 0 1 1 ( ) [ , ] [ , ] Eq. (2.9) Charles, (1957) "O trabalho (dE) necessário para realizar uma variação elementar (dd) numa dimensão (d) de um dado corpo é proporcional à variação (dd) e inversamente proporcional a uma potência (n) da dimensão (d)." dE K dd dn 0 ou E K d n d n 0 1 0 1 1 1 1 [ ( ) ( ) ] Eq.(2.10) 61 Aspectos Energéticos da Fragmentação • Diferentes tipos de relações matemáticas, empíricas, têm sido propostas para correlacionar a resistência que partículas de composição, tamanho e forma diferentes apresentam à fragmentação. • Entretanto, tais índices não têm apresentado nenhuma relação com a fragmentação industrial visto que esta se realiza em máquinas onde milhares de partículas estão presentes. Na fragmentação industrial a ruptura estão presentes. Na fragmentação industrial a ruptura de partículas não é um fenômeno isolado. • No interior das máquinas de fragmentação ocorrem outros fenômenos que, num processo caótico, contribuem para a dissipação de energia de fragmentação. Podemos citar diversos tipos de dissipação de energia como, por exemplo, a deformação, o atrito e até mesmo o ruído 62 FRAGMENTAÇÃO Tabela 2.3: Alguns Valores Médios de Wi (Ref.: Silva)(01) Material Peso Específico (g/cm3) Índice Wi (kWh/907 kg) Barita Gipsita Fluorita Minério Piritoso Quartzito Magnetita Minério Pb-Zn 4,50 2,69 3,01 4,06 2,68 3,88 3,54 4,73 6,73 8,91 8,93 9,58 9,97 10,57 Minério Pb-Zn Feldspato Dolomita Calcário Minério de Cobre Minério Hematítico Quartzo Minério de Ouro Granito Grafita Esmeril 3,54 2,59 2,74 2,65 3,20 3,56 2,65 2,81 2,66 1,75 3,48 10,57 10,80 11,27 12,54 12,73 12,93 13,57 14,93 15,05 43,56 53,70 63
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