1C TIRANTES GIII 2017

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Grupo Geotecnia - FURG 
Escola de Engenharia 
Universidade Federal do Rio Grande - FURG 
Prof. Dr. Diego Fagundes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– DIMENSIONAMENTO DE TIRANTES 
 
 Tirante injetado: peças especialmente montadas, tendo como componente principal um 
ou mais elementos resistentes à tração, que são introduzidas no terreno em perfuração 
própria, nas quais, por meio de injeção de calda de cimento (ou outro aglutinante) em parte 
dos elementos, forma um bulbo de ancoragem que é ligado à estrutura através do elemento 
resistente à tração e da cabeça do tirante. 
 
 
 
 
Fonte: ABEF (2002) 
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elementos do tirante: 
 
Fonte: ABEF (1999) 
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de tirantes: 
 
Fonte: JOPPERT Jr. (2007) 
TIRANTE TIPO MONOBARRA 
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Dimensionamento de Tirantes 
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 Dimensionamento: 
 
 Natureza do solo; 
 Deslocabilidade da estrutura de contenção; 
 Número de níveis de atirantamento; 
 Sequência executiva. 
 
1. Dimensionamento da seção de aço: 
 
 
 (tirantes permanentes) 
 
 
 
 (tirantes provisórios – tempo de permanência < 2 anos) 
 
 
 No caso de tirantes com elementos de aço, a seção individual de cada barra, fio ou cordoalha não 
deve ser inferior a 50 mm2. 
9,0
75,1
fyk
adm 
9,0
50,1
fyk
adm 
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Dimensionamento (preliminar) do bulbo de ancoragem – resistência à 
tração: 
 
 (solos arenosos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (solos argilosos) 
 
 Para su  40 kPa  a = 0,75. 
 Para su  100 kPa  a = 0,35. 
 
fb
'
v kLUT 
Kf 
 
SOLO 
Compacidade 
Fofa Compacta Muito compacta 
Silte 0,1 0,4 1,0 
Areia fina 0,2 0,6 1,5 
Areia média 0,5 1,2 2,0 
Areia grossa 1,0 2,0 3,0 
ub sLUT a
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ancoragem em rocha: estimada a partir de uma tensão de aderência rocha-
argamassa, que deve ser o menor dos dois valores: 
 
 1/30 da resistência à compressão simples da rocha; 
 1/30 da resistência à compressão simples da argamassa. 
 
 O trecho de ancoragem do tirante não pode ser executado nos seguintes solos: 
 
 Solos orgânicos moles. 
 Aterros ou solos coesivos, com NSPT  4. 
 Aterros sanitários. 
 
 Ensaio de qualificação: 
 
 Verificação da capacidade de carga do tirante, e de seus deslocamentos sob carga. 
 Devem ser realizados em no mínimo 1% dos tirantes por obra, por tipo de terreno e por 
tipo de tirante, com um mínimo de dois tirantes por obra. 
 Execução do ensaio: aplicação de cargas em 5 ciclos crescentes, partindo de uma 
carga inicial F0, seguida dos demais ciclos de carga, estabilização e descarga. 
 Tirantes provisórios: 0,4 Ft  0,75 Ft  1,25 Ft  1,5 Ft 
 Tirantes permanentes: 0,4 Ft  0,75 Ft  1,25 Ft  1,5 Ft  1,75 Ft 
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resultados do ensaio de qualificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Critérios de aceitação: definidos na norma NBR 5629/2006 
Fonte: ABNT NBR 5629 (2006) 
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Dimensionamento de Tirantes 
  
EA
2/LLFF
d bL0ea


 
EA
L8,0FF
d L0ea


 
EA
LFF
d L0ea


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ensaio de recebimento: 
 
 Controle da capacidade de carga do tirante, e de seus deslocamentos sob carga. 
 Devem ser realizados em todos os tirantes da obra. 
 Execução do ensaio: aplicação de cargas em estágios crescentes, partindo de uma 
carga inicial F0 (10% da carga de escoamento do aço), seguida dos demais estágios de 
carga até a carga máxima prevista, promover o descarregamento e voltar a carregar 
até a carga de trabalho. 
 Tirantes permanentes: o tirante deve ser carregado até atingir-se 140% da carga de 
trabalho em todos os tirantes (ensaio tipo B), sendo que 10% dos tirantes da obra, 
escolhidos aleatoriamente, deverão ser carregados até atingirem 175% da carga de 
trabalho (ensaio tipo A) 
 Tirantes provisórios: o tirante deve ser carregado até atingir-se 120% da carga de 
trabalho em todos os tirantes (ensaio tipo D), sendo que 10% dos tirantes da obra, 
escolhidos aleatoriamente, deverão ser carregados até atingirem 150% da carga de 
trabalho (ensaio tipo C) 
Tirante Ensaio Estágios de carga e descarga 
Permanente A F0 0,3 Ft  0,6 Ft  0,8 Ft  1,0 Ft  1,2 Ft  1,4 Ft  1,6 Ft  1,75 Ft 
Permanente B F0 0,3 Ft  0,6 Ft  0,8 Ft  1,0 Ft  1,2 Ft  1,4 Ft 
Provisório C F0 0,3 Ft  0,6 Ft  0,8 Ft  1,0 Ft  1,2 Ft  1,5 Ft 
Provisório D F0 0,3 Ft  0,6 Ft  0,8 Ft  1,0 Ft  1,2 Ft 
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Dimensionamento de Tirantes Resultados do ensaio de recebimento (tipo A): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Critérios de aceitação: definidos na norma NBR 5629/2006 
Fonte: ABNT NBR 5629 (2006) 
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Dimensionamento de Tirantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resultados do ensaio de recebimento (tipo A): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ensaio de Tirante
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0
Carga (tf)
De
sl
oc
am
en
to
 (m
m
)
Ensaio T9
Ensaio T9 (menos desloc. Cortina)
Desl. Elástico - L = 4,0 m
Desl. Elástico - L = 10,0 m
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ensaio de fluência: 
 
 Avaliação do comportamento do tirante sob cargas de longa duração, realizada em 
tirantes permanentes. 
 Devem ser realizados em no mínimo 1% dos tirantes por obra, por tipo de terreno e por 
tipo de tirante, com um mínimo de dois tirantes por obra. 
 Execução do ensaio: aplicação de estágios de carga constante nos seguintes níveis de 
carregamento: 0,4 Ft  0,75 Ft  1,25 Ft  1,5 Ft  1,75 Ft 
 Os deslocamentos da cabeça do tirante deverão ser medidos, em todos os estágios, 
nos seguintes tempos: 10 min  20 min  30 min  40 min  50 min  60 min. 
 Resultados: log t x deslocamento; carga x coeficiente de fluência. 
   12
12
tlogtlog
dd
CF



Fonte: ABNT NBR 5629 (2006) 
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Fonte: ABNT NBR 5629 (2006) 
3. Estabilidade global: 
 
 O centro das ancoragens em solo deve ser colocado sobre ou além da superfície potencial 
de escorregamento que ofereça um fator de segurança maior ou igual a 1,50 
(desconsiderando as forças de protensão introduzidas no maciço pelas ancoragens). 
 
 Com a consideração das forças dos tirantes, nenhuma superfície potencial de 
escorregamento pode ter um FS menor do que 1,50. 
 
 
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 Execução de trirantes submersos: 
 
 
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 Dados gerais de barras, fios e cordoalhas: 
 
 
 
TIPO DE BARRA DE AÇO f (mm) 
CARGA DE TRABALHO (kN) 
Permanente Provisório 
CA-50 
25 100 120 
32 160 190 
GEWI 50/55 32 200 240 
DYWIDAG 
ST 85/105 
15 75 90 
19 120 140 
26,5 240 280 
32 350 410 
36 445 520 
AÇO FIOS OU CORDOALHA 
CARGA DE TRABALHO (kN) 
QUANTIDADE DE FIOS OU CORDOALHAS 
4 6 8 10 12 
Perm. Prov. Perm. Prov. Perm. Prov. Perm. Prov. Perm. Prov. 
CP 150 RB Fios de f 8 mm 120 140 200 240 270 330 340 400 410 480 
CP 190 RB Cordoalha de f 12,5 mm 350 400 510 600 690 800 860 1000 1030 1200 
OBS: ST x/y; x = tensão de escoamento em tf/mm2; y = tensão de ruptura em tf/mm2 
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 Proteção dos tirantes contra corrosão: 
 
 
 Limpeza (mecânica ou química). 
 
 Pintura anti-corrosiva à base de resina. 
 
 Barreiras físicas, em função do grau de agressividade do terreno: 
 
• Trecho ancorado: calda de cimento + tubo plástico corrugado ou tubo metálico. 
 
• Trecho livre: graxa anticorrosiva + tubo plástico + calda de cimento. 
 
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 BIBLIOGRAFIA: 
 
 ABEF, Manual de Verificação e Manutenção de Cortinas Atirantadas, 2002. 
 
 ABEF, Manual de Especificações de Produtos e Procedimentos, 2ª. Edição, 
1999. 
 
 ABNT NBR 5629, Execução de Tirantes Ancorados no Terreno, 2006. 
 
 JOPPERT Jr., I., Fundações e Contenções de Edifícios – Qualidade Total na 
Gestão do Projeto e Execução, 2007. 
 
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