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Direito ao esquecimento CASO AINDA CURI Em tal caso, não se pode falar em direito de esquecimento, pois não se pode limitar a liberdade de expressão, ademais a constituição federal 'proíbe toda espécie de censura ou licença prévia nos meios de comunicação, inclusive no rádio e na televisão' no seu artigo 5 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Ademais, não há respaldo constitucional para impedir ou restringir previamente a veiculação de programas de ctv. Ou radio, e tal atuação para impedir o andamento da reportagem caracteriza censura previa, expressamente vedada pela constituição. Além disso, somente após a divulgação da reportagem que caberia averiguar se houve excessos e caso sim, ensejar a indenização ou ao direito de resposta. Além disso, reconhecimento de um direito subjetivo a esquecimento poderia ser utilizado como pretexto para a maioria das pessoas que passam por problemas financeiros a pedirem indenização por danos materiais e morais de forma indevida, bastando afirmar que as obras nas quais foram retratadas lhes causaram lembranças penosas. Assim como, em alguns casos o direito de esquecimento infringe o direito a memória, fundamentado no artigo art. 4º, II, da CF/88. A memória estabelece uma função importante no processo histórico da sociedade, e tal possibilidade de se lembrar permite que aquela comunidade não repita os mesmos erros dos seus antepassados. Vale lembrar, que existem casos que o crime fica gravado na memória coletiva da sociedade, que foram amplamente divulgados pela mídia e causaram enorme comoção social. Nestas situações, estando a divulgação relacionada a um caso histórico e consubstanciada em um interesse público que a justifique, o direito ao esquecimento não devera sobressair sobre a memória. Pois nesse caso em questão, tal crime ficou na história e marcou o rio de janeiro, pois com o assassinato de Aída Cury termina definitivamente a Copacabana ingênua que existia até então!
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