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Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 1 de 1 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Benjamin Brandão Pitta INTRODUÇÃO A obesidade mórbida é uma epidemia mundial chegando nos últimos anos à prevalência em torno de 19% da população, principalmente nas nações mais desenvolvidas.1 A obesidade é determinada baseando-se no índice de massa corpórea (IMC), que é a divisão do peso em kilograma (kg) pela área da altura em centímetro quadrado (cm2), IMC=peso (kg) / altura x altura (cm2), definindo-se como obesidade mórbida quando IMC maior que 30 kg/cm2 (classe I), IMC entre 35 e 40 kg/cm2 (classe II) e IMC maior que 40 kg/cm2 (classe III).2,3 Como fator de risco a obesidade mórbida estar presente em 280.000 óbitos/ano nos Estados Unidos da América só perdendo para o tabagismo,2,4 estando associado uma prevalência maior de doença coronariana, diabetes tipo 2 e apnéia do sono.3 Entre a década de 1980 e 1990 houve um aumento da prevalência de 1,3% para 2,9% da classe III.1 Quando relacionamos a presença de doença varicosa com a obesidade, encontramos uma prevalência aumentada de varizes de membros inferiores nas mulheres.5 Independente dos níveis de hormônios femininos na pós-menopausa, a obesidade aumenta o risco de veias varicosas 6. Em vários estudos não foi encontrado maior prevalência de varizes em homem com obesidade mórbida.5,7,8,9,10 A classe III da obesidade mórbida pode ser considerada, o fator mais importante para na severidade da insuficiência venosa crônica de membros inferiores 1 e para recorrência de úlceras varicosas.11 Pacientes com sobrepeso (IMC entre 25 e 30 kg/cm2) e com obesidade mórbida são submetidos cada vez mais a cirurgia de varizes de membros inferiores e necessitam de preparo adequado para este tipo de procedimento pelo risco cirúrgico aumentado.012 Com o advento das cirurgias bariáticas para o tratamento da obesidade mórbida temos um contingente de pacientes que necessitam de tratamento cirúrgico de varizes após redução de peso.13 fisiopatologia das varizes na obesidade Dentre os principais fatores envolvidos na fisiopatologia das varizes em pacientes obesos, temos alteração na função de bomba muscular da panturrilha, advindo da menor mobilidade e falta de exercícios físicos, tendo como conseqüência uma menor redução da pressão Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 2 de 2 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro venosa deambulatória, favorecendo a estase venosa sanguínea nos membros inferiores.1 Temos também o aumento crônico da pressão no compartimento abdominal elevando a pressão venosa sanguínea, dificultando o retorno venoso sanguíneo dos membros inferiores, evoluindo com edema, hipercromia, varizes e às vezes ulceração na perna.13 Cuidados pré-operatórios Consulta e esclarecimentos. Os pacientes obesos portadores de varizes de membros inferiores candidatos à cirurgia, deverão ser submetidos a anamnese e exame clínico detalhados com ênfase para os sistemas cardiovascular, endócrino e metabólico esclarecendo para os possíveis riscos do tratamento cirúrgico das varizes de membros inferiores, estabelecendo um bom relacionamento médico-paciente com reciprocidade de confiança entre ambas as partes.12 Exames pré-operatórios. Devemos solicitar os exames de hemograma, coagulograma, glicemia de jejum, hemoglobina glicolisada, dosagem de uréia, creatinina, sódio, potássio, proteinograma e sumário de urina. O eletrocardiograma e as provas de função pulmonar é obrigatório na avaliação pré-operatória.12 No estudo do sistema venoso superficial e profundo dos membros inferiores é mandatório a realização do eco-Doppler colorido para a avaliação da perviedade, diâmetro e refluxo venoso.14,15 Doenças associadas. As principais doenças associadas aos pacientes obesos portadores de varizes de membros inferiores são o diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença coronariana, depressão, hipotireoidismo, refluxo gastro-esofágico, dermatite, apnéia do sono e o tabagismo.1,3,12 Devemos oferecer aos pacientes diabéticos obesos que irão se submeter à cirurgia de varizes, cuidados especiais. Faz-se necessária uma criteriosa avaliação pré- operatória a fim de que sejam identificados fatores de risco para a cirurgia proposta. Sabemos que em resposta ao trauma cirúrgico ocorrem alterações metabólicas que colocam em risco a vida do paciente diabético obeso com varizes de membros inferiores, desde alterações metabólicas (cetoacidose, estado hiperosmolar, hipoglicemia, hipopotassemia e hipercalcemia), infecciosas, cardiovasculares (arritmias, infarto agudo do miocárdio e tromboembolismo pulmonar) e renais (insuficiência renal aguda).16 Os cuidados pré – operatórios de rotina devem ser tomados. A avaliação do estado da glicemia de jejum, bem como pela glicemia pós – prandial, sendo esta última um importante critério de controle metabólico e um importante fator de risco. A dosagem da hemoglobina glicolisada é de extrema importância, pois através desse parâmetro temos noção de como se encontra o controle glicêmico do nosso paciente nos últimos dois a três meses. Os exames laboratoriais obrigatórios no pré – operatório são: glicemia, sódio, potássio, cloro, pH, bicarbonato, uréia, provas de função hepática. Avaliar a presença de neuropatia autonômica, pois a sua presença implicaria no aparecimento mais freqüente de distúrbios cardiovasculares, disfunções gastrintestinais, íleo paralítico, disfunções urinárias, retenção urinária e conseqüente risco aumentado de infecções.16 É importante frisar que o controle metabólico prévio mostra com clareza se existe um maior comprometimento das defesas humorais, com risco maior ou menor de complicações infecciosas.16 A realização de uma cuidadosa avaliação cardiovascular, por sabermos que é a maior causa de morte no paciente diabético.16 Avaliação da função renal, com especial atenção ao uso de drogas nefrotóxicas e de contraste iodados16. Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 3 de 3 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro As cirurgias devem ser agendadas para o período matutino. Os pacientes devem ser colocados em jejum 12 horas antes da cirurgia, tal procedimento se justifica por haver um esvaziamento gástrico devido à neuropatia autonômica, com aumento do risco de broncoaspiração. Quando iniciar o jejum e mandatório a instalação de soro glicosado a 5% na velocidade de 100 a 200ml/h. No pré-operatório de diabéticos tipo 2 controlado com dieta: apenas manter em dieta zero e monitorar as glicemias capilares de 4 em 4 horas. Diabéticos tipo 2 controlado com dieta e com hipoglicemiantes orais: manter dieta zero, suspender os hipoglicemiantes orais, monitorar as glicemias capilares de 4 em 4 horas e fazer insulina regular conforme esquema. Quadro 1 até 180mg/dl não fazer 181 – 250mg/dl 04U SC 251 – 350mg/dl 06U SC 351 – 450mg/dl 08U SC 451 – 500mg/dl 10U SC > 500mg/dl 12U SC. Quadro 1 – Uso de insulina regular Manter hidratação inclusive com soro glicosado a 5% com infusão de 100ml/h. A metformina e a clorpropramida deve ser suspensos 3 dias antes de cirurgia. As sulfonilureias desegunda geração devem ser interrompidas no dia da cirurgia; e a acarbose quatro dias antes da cirurgia proposta. Diabetes tipo 1 ou 2 em uso de insulina: cirurgia de pequeno porte: com anestesia local, pode aplicar metade da dose habitual de insulina NPH e monitorar as glicemias capilares, para fazer cobertura com insulina regular se necessário. Cirurgia de grande porte: internar paciente com 24 às 48h de antecedência, reajustar NPH e manter controle de glicemias capilares e insulina regular conforme esquema. Monitorar glicemias de hora em hora. Preparar solução para infusão com 25U de insulina regular em 250ml de solução fisiológica a 0,9% e infundir conforme esquema de bomba de infusão a seguir: glicemia insulina solução glicosada (mg/dl) ( u/h) (ml/h) <80 0 50 81 – 100 0,5 40 101 – 140 1,0 30 141 – 180 1,5 25 181 – 220 2,0 20 221 – 260 2,5 15 261 – 300 3,0 10 301 – 340 4,0 5 > 341 5,0 Quadro 2 – esquema de infusão contínua de insulina Reintroduzir terapêutica (hipoglicemiantes) utilizada anteriormente de forma gradual e conforme níveis de glicemia. O tratamento do hipertenso pode ser inadequado. Na revisão clínica deve-se avaliar o grau de alterações evolutivas da hipertensão, como a hipertrofia concêntrica do miocárdio, dilatação atrial esquerda, fibrilação atrial e comprometimento renal. Este grupo de pacientes é pré-carga dependentes devido à hipertrofia do ventrículo esquerdo. Pequenas variações da volemia (diminuição) ou do ritmo cardíaco alteram as pressões de enchimento, diminuindo débito cardíaco e pressão arterial sistêmica.17 A reserva coronariana é menor, mesmo sem alterações anatômicas, devido a grande demanda, assim pode ocorrer isquemia miocárdica, em resposta a aumentos de freqüência cardíaca e de pressão arterial17. A circulação cerebral é colocada em risco, quando houver hipertensão ou hipotensão, devido ao desvio dos limites pressóricos da autoregulação do fluxo sangüíneo.17 A função miocárdica alterada pode decorrer de infartos prévios, cardiomiopatia e exposição crônica ao excesso de trabalho ventricular, como na doença hipertensiva ou valvular.18 Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 4 de 4 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro A incapacidade de ejetar sangue adequadamente pelo ventrículo, acumula volume de sangue nos pulmões, tendo como conseqüência o extravasamento de fluidos nos vasos, inicialmente peri-bronquial (já detectado ao radiograma) e após edema com sintomatologia clínica. As alterações da ventilação / perfusão que sobrevem ao edema levam a hipóxia que por sua vez deteriora mais a função cardíaca, podendo ocasionar arritmias graves e complicações cardíacas fatais. Para o anestesiologista este quadro na sala de cirurgia é dramático, principalmente em pacientes de emergência que não puderam se beneficiar das medidas pré-operatórias17. Pacientes com cardiomegalia ao radiograma, clínica de baixa capacidade física, ritmo de galope, fração de ejeção menor que 35% devem ser mais bem avaliados quanto ao risco / benefício do procedimento proposto. A doença renal preexistente é comum nos vasculopatas e estão relacionadas com arteriosclerose das artérias renais, hipertensão arterial crônica, diabetes, ou mesmo com o uso de contrastes nos exames angiográficos.19 As doenças pulmonares crônica, comuns em tabagistas ditos “pesados”, leva a uma variada manifestação que consta de infecção da mucosa alveolar e brônquica, obstrução ao fluxo aéreo, acúmulo de secreções, problemas na relação ventilação / perfusão, hipóxia, hipertensão pulmonar e arritmias.17 A suspensão precoce do fumo, antibioticoterapia, fisioterapia agressiva com nebulizações e drenagem postural das secreções melhoram os resultados espirométricos, diminuem os riscos de atelectasias e da própria infecção no pós-operatório.17 Consulta pré-anestésica. O paciente candidato à cirurgia eletiva deverá ser submetido a detalhado exame clínico que é um instrumento poderoso para identificar estágios de doenças associadas. Simplificando pode-se determinar se o paciente se enquadra em baixo, intermediário ou grande risco. Na seqüência considera-se o risco e benefício do procedimento. O custo social desencadeado por infarto do miocárdio pós-operatório em cirurgia vascular é apreciável, o que tem motivado importantes estudos multicêntricos analisando as possíveis causas e tratamentos profiláticos. Embora as avaliações de predição1 de risco sejam limitadas, elas promovem ações clínicas capazes de preveni-los. 20 Índices usados a) ASA: quantifica o risco anestésico, universalmente aceito e praticado, da Sociedade Americana de Anestesiologia. b) Índice multifatorial de Goldmann (1977): identifica e pontua causas de complicação, inclusive de óbito (por exemplo, ao somar 25 pontos prevê 78% de complicações cardíacas):11 pontos (pt); terceira bulha ou distensão jugular, 10 pt; IAM recente, 7 pt; ritmo não sinusal ou mais de 7 extra-sístoles ventriculares, 5 pt; idade maior que 70 anos, 4 pt; emergência,a da aorta, pobre condição clínica, estenose aórtica. c) Detsky modificou o índice, acrescendo angina e infarto antigo. d) Cinco fatores de risco de Eagle: história de infarto, idade maior que 70 anos, insuficiência cardíaca, diabete e angina (por exemplo, se igual ou maior que 3 fatores existe a chance de 50 % de eventos isquêmicos cardíacos). Testes funcionais recomendados para pacientes com evidência ou suspeita de cardiopatia: a) Ergometria; b) Avaliação da função ventricular: ventriculografia radioisotópica, ecocardiografia transtorácica ou esofágica, testes de stress farmacológico Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 5 de 5 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro (cintilografia com tálio, ecocardiografia com dobutamina), eletrocardiografia ambulatorial (Holter), estudo hemodinâmico com cinecoronariografia. Intervenções que podem reduzir os riscos: a) Uso de betabloqueadores; b) Angioplastia coronariana ou revascularização miocárdica antes da cirurgia vascular. Algoritmo prático Avaliação cardiovascular peri-operatória para cirurgia não cardíaca elaborado por comitê coordenado por American Heart Association, American College of Cardiology, Society for Cardiovascular Anesthesiologists e Society for Vascular Surgery.21 O fluxograma sugerido engloba: Classes cirúrgicas: a) óbvio benefício do tratamento b) discutível c) sem indicação. Risco cirúrgico: a) alto risco: emergência, idosos, aorta b) intermediário: carótida, vascular periférica c) baixo risco: desbridamentos, pequenas amputações Quadros clínicos prognósticos ou preditivos: a) maiores: angina instável, insuficiência cardíaca (ICC) descompensada, diabete, arritmia significativa, baixa capacidade funcional, doença valvular severa; b) intermediários: angina leve, infarto prévio, ICC compensada; c) menores : idade avançada, ECG anormal, ritmo não sinusal, históriade AVC isquêmico, hipertensão não controlada. Capacidade funcional segundo Duke: a) 1-4 MET: atividades mínimas como caminhar, alimentar-se, lavar-se; b) 4-10 MET: subir escadas. Caminhadas longas; c) 10 ou mais ME: atividades esportivas. A combinação da classe cirúrgica, risco cirúrgico, quadro clínico preditivo e da capacidade funcional objetiva a racionalização de exames e tratamentos prévios à cirurgia, abrangendo ainda custos e riscos próprios. Trabalhos prévios mostraram que nos pacientes em estudo, a angioplastia coronariana22 e a revascularização do miocárdio23 antes da cirurgia vascular proposta diminuem a morbidade cardíaca pós-operatória. Drogas utilizadas Betabloqueadores. Foi demonstrado que pacientes com risco coronariano tratados no período perioperatório com betabloqueadores são “protegidos” da isquemia miocárdica. Essa sendo decorrente da anestesia ou eventos de estresse intraoperatórios, assim sugerem sua manutenção e indicação até antes da cirurgia.24 Bloqueadores dos canais de cálcio. Este grupo de drogas potencializam os anestésicos inalatórios, pela ação sinérgica na musculatura lisa (inibem o influxo do cálcio), possibilitando efeitos hemodinâmicos mais acentuados, além de diminuir a condução atrioventricular.24 Inibidores da enzima conversora da angiotensina. Possui largo uso no tratamento da insuficiência cardíaca e hipertensão. Bradicardia e a hipotensão são achadas freqüentes na indução da anestesia e devido a este fato, alguns autores sugerem maiores cuidados, enquanto outros, até a sua suspensão.24 Aspirina e heparina. Usadas freqüentemente nos pacientes com doenças vasculares, aumentam o risco de sangramento cirúrgico e a possibilidade de hematomas nos bloqueios anestésicos. 17 Devemos a suspender a heparina doze horas antes da cirurgia de varizes e a aspirina uma semana antes do procedimento cirúrgico.12 Digitálicos e diuréticos. Podem ocasionar arritmias por alterações metabólicas que necessitam ajustes pré-operatório.17 Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 6 de 6 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Diagnóstico Clínico Em todos pacientes foi realizado exame clínico nos moldes clássicos que consta de:30 a) anamnese; b) exame físico geral e vascular. Exame físico vascular dos membros inferiores: a) inspeção – foram inspecionados os membros inferiores quanto a: coloração, presença de edema, deformidades, hemangiomas, hipertrofia de membros inferiores, hiperpigmentação, presença de telengectasias, varizes dérmicas, varizes superficiais e tronculares e alterações tróficas e fâneros. (figuras 1 e 2). Figura 1 – varizes de membros inferiores em paciente obeso. Figura 2 – Varizes de membros inferiores em paciente obeso b) palpação – com o paciente em decúbito dorsal foram examinados: pulsos femoral, poplíteo, pedioso e tibial posterior. Com o paciente em pé foram examinados: inicialmente, a junção safeno-femoral, no hiato safeno, com realização de manobra de Valsalva e palpação ou não do refluxo venoso (frêmito) (insuficiência safeno-femoral) e, posteriormente, a junção safeno-poplítea, colocando-se o joelho em semi-flexão, apoiando-se o membro com os dedos, e mantendo a musculatura da panturrilha relaxada e palpação na fossa poplítea da veia safena parva. Pesquisou-se desta maneira a insuficiência safeno-poplítea. Logo após foram palpadas as faces medial, lateral e posterior da coxa e da perna na avaliação das perfurantes insuficientes (depressão na fáscia muscular), geralmente acompanhadas de dor . c) percussão – com o paciente em pé ou sentado. A mão receptora do examinador fica apoiada, sem exercer pressão, sobre o segmento proximal ou distal de uma veia superficial, enquanto a outra mão produz a onda de impulso pela percussão, ajudando a rastrear o trajeto venoso que não é visível nem palpável. d) ausculta – Pesquisando-se a presença de sopro contínuo com reforço sistólico, nos casos em que a história e o exame físico lembram a possibilidade de fístulas artério- venosas congênitas ou adquiridas. Avaliação com eco-Doppler colorido O eco-Doppler colorido é o melhor método de avaliação das varizes tronculares primárias dos membros inferiores25 26 em pacientes obesos, por apresentar superioridade com relação ao exame clínico e Doppler ultra-som contínuo. A vantagem do eco-Doppler está na identificação da insuficiência de veias colaterais próximas da Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 7 de 7 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro safena magna, utilizando além do Doppler colorido a imagem modo B, que, no Doppler ultra- som contínuo, seriam confundidas com insuficiência da veia safena magna. O eco-Doppler colorido apresenta altas sensibilidade e especificidade, 27 28 quando comparado com a flebografia e pletismografia, sendo importante na técnica de localização dos sítios de incompetência venosa, usando o modo B e Doppler ultra-som29. Determinado pela sua importância na avaliação dos sistemas venoso profundo, perfurante e superficial, propomos o eco-Doppler colorido, como método padrão para diagnóstico do refluxo venoso e demonstração da anatomia em casos de doença venosa dos membros inferiores.30 Exame ultra-sonográfico (eco-Doppler colorido) Para a realização do exame utiliza-se as sondas lineares de alta freqüência (7,5 ou 10 Mhz), com módulo B (imagem bi-dimensional) estuda-se a anatomia venosa. Utilizando-se o Doppler pulsado (fluxo venoso) mais o mapeamento em cores, completam-se os estudos anatômico e hemodinâmico das varizes tronculares primárias.26 a) Perviedade: compressibilidade da veia, fluxo fásico, variando com a respiração, presença de fluxo espontâneo, audível de boa intensidade ao Doppler e com boa resposta às manobras de compressão (compressão distal nos níveis da perna e coxa, aumenta a velocidade de fluxo) (figura 3). Figura 3 – Eco-Doppler colorido da junção safeno-femoral suficiente e pérvia. b) Semi-oclusão: veia semicompressível, apresentando imagem ecogênica mural, que não oclui totalmente a veia. O fluxo pode ser fásico ou contínuo. c) Oclusão: veia de calibre normal ou aumentado, incompressível. Presença de imagem ecogênica, ocluindo totalmente a luz da veia e ausência de fluxo. d) Recanalização: veia de calibre normal, semicompressível. Presença de imagem ecogênica trabeculada com canais anecóicos, onde se evidencia a presença de fluxo (figura 4), geralmente contínuo, com refluxo venoso, quando se realiza a manobra de VALSALVA. e ocorre resposta reduzida ou normal à compressão distal na coxa ou perna. Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 8 de 8 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 4 – Eco-Doppler colorido da veia poplítea com sinais de recanalização. e) Refluxo venoso: fluxo em sentido inverso de alta velocidade, com pico elevado de onda e tempo maior que cinco segundos, quando da manobra de Valsalva. f) Fluxo reverso: fluxo invertido de baixa velocidade, não apresenta pico elevado de onda, quando da manobra de Valsalva. Com o paciente em decúbito dorsal, com membro inferior levemente rodado lateralmente: Avalia-se a perviedade do sistema venoso profundoe superficial com cortes transversais e manobras de compressão venosa no segmento fêmoro-poplíteo, junção safeno-femoral, tributárias da croça e tributárias diretas da veia femoral. Estuda-se o fluxo em cortes longitudinais, com manobras de compressão distal do membro na veia femoral, e com manobra de Valsalva o refluxo no sistema venoso profundo para caracterização de competência ou incompetência Valvar (refluxo venoso). Com o paciente em pé, em frente ao examinador, apoiando-se no membro contra- lateral, com o membro a ser examinado levemente fletido e rodado lateralmente, realizam-se cortes transversais para estudo da perviedade, com compressibilidade venosa e mensuração do diâmetro da veia safena magna, desde a junção safeno-femoral até o nível do tornozelo. Determina-se o ponto “J” que é a interseção da linha originada pelo sulco formado no joelho flexionado com a linha imaginária da safena magna. A partir do ponto J, 10, 20 e 30 cm na coxa e 10, 20 e 30 cm na perna, onde se medem os diâmetros da veia safena magna 22 (figura 5). Figura 5 – Membro inferior com a determinação dos pontos de referência para medição dos diâmetros da veia safena magna. O estudo do fluxo é feito em cortes longitudinais, realizando-se manobras de compressão distal do membro inferior (coxa e perna) para aumento da velocidade de fluxo, e manobra de Valsalva para estudo do refluxo venoso: no sistema venoso profundo; no segmento fêmoro-poplíteo. Na junção safeno- femoral, a valva ostial, as tributárias da croça, as conexões com veias pélvicas, a veia safena magna e as perfurantes das faces anterior, posterior, medial e lateral da coxa. Na região poplítea, a junção safeno-femoral, e as perfurantes das faces anterior, lateral, posterior e medial da perna; na panturrilha as veias soleares e do gastrocnêmio. Serão Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 9 de 9 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro insuficientes os segmentos de veias e perfurantes que apresentarem refluxo venoso. No final do exame teremos construído o mapeamento em cores (cartografia do membro inferior) (figura 6) com o registro das varicosidades, insuficiências das junções safeno- femoral e safeno-poplítea, dos locais da insuficiência das veias perfurantes (com marcação em cm a partir da face plantar), sendo marcado em azul quando o fluxo venoso sanguíneo for ascendente e no sentido do sistema venoso superficial para o profundo, em vermelho quando apresentar-se descendente e com refluxo do sistema venoso profundo para o superficial, assim estaremos ajudando no planejamento cirúrgico.31 Figura 6 – Mapeamento (cartografia) das varizes dos membros inferiores. Com a realização do estudo através do eco- Doppler colorido diagnosticamos aparecimento do refluxo venoso sangüíneo (profundo- superficial), temos as principais alterações encontradas: insuficiência da junção safeno- femoral (figuras 7a e 7b) associada a insuficiência das veias perfurantes (figura 8), insuficiência da junção safeno-femoral isolada, insuficiência das veias perfurantes isoladas (figura 9), insuficiência da junção safeno- femoral associada a insuficiência da junção safeno-poplítea, insuficiência da junção safeno- poplítea associada a insuficiência de veias perfurantes e insuficiência da junção safeno- poplítea isolada (figura 10).30 Figura 7a – Eco-Doppler colorido com insuficiência da junção safeno-femoral. Figura 7b – Mapeamento de insuficiência da junção safeno- femoral Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 10 de 10 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 8 – Eco-Doppler colorido de insuficiência de perfurante de perna Figura 9 – Mapeamento de veia perfurante de perna insuficiente Figura 10 – Eco-Doppler da junção safeno-poplítea insuficiente. Técnica Operatória No centro cirúrgico, o paciente é colocado em pé por 10 minutos, para enchimento do sistema venoso superficial e sua melhor identificação, baseando-se no eco-Doppler com mapeamento em cores. Marcam-se com caneta colorida às varizes superficiais e as veias perfurantes insuficientes (figura 11). Figura 11 – Marcação pré-operatória das varizes. Técnica cirúrgica Os pacientes devem ser operados por pelo menos três cirurgiões vasculares sob anestesia regional (bloqueio peridural), colocados em decúbito dorsal horizontal e se necessário em Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 11 de 11 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro decúbito ventral horizontal. Realizado o preparo da região a ser operada, desde os membros inferiores até o nível da cicatriz umbilical, com tricotomia prévia de uma hora, anti-sepsia com iodopovidine, foram colocados os campos cirúrgicos estéreis. A técnica de preservação da veia safena magna é a mais indicada em pacientes obesos pela facilidade de correção do refluxo venoso safeno-femoral sem a necessidade de safenectomia magna, diminuindo os riscos de hematoma no subcutâneo da coxa e perna e de lesão de nervo safeno.30 Em seguida, foram realizados os seguintes procedimentos: incisão de 2 a 4 cm na prega inguinal 1 cm medial ao pulso femoral (figura 12), com dissecção cuidadosa; reparo da veia safena magna e tributárias da junção safeno-femoral (figura 13); ligadura das tributárias com fio de algodão 2-0 (figura 14) e secção com posterior extirpação (figura 15); pinçamento da veia safena magna justa veia femoral; secção total e ligadura dos cotos com fio de algodão 0 (figura 16). Revisão do campo operatório e hemostasia complementar, quando necessária, síntese da fáscia superficial e fechamento do forame oval com sutura em pontos contínuo em bolsa com fio poliglicólico 2-0 e sutura intradérmica com fio de poliamida 4-0. Figura 12 – Incisão na prega inguinal Figura 13 – Reparo da croça da veia safena magna e tributárias Figura 14 – Ligadura de tributárias da croça da veia safena magna Figura 15 – Extirpação de tributárias da croça da veia safena magna Cirurgia de Varizes na Obesidade Guilherme Pitta 23/04/2004 Página 12 de 12 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 16 – Ligadura e secção da veia safena magna Com lâmina de bisturi no 11 e/ou agulha 40 x 1,2 mm realizaram-se pequenas incisões e/ou microincisões; e ressecções de veias varicosas (figura 17), utilizando a agulha de crochê; exposição da veia perfurante insuficiente e ligadura com fio de algodão 3-0 (figura 18). Finalmente, curativo com adesivo plástico e enfaixamento com atadura. Com 24 horas, foram retiradas as ataduras e concedida alta hospitalar. Com sete a oito dias foram retirados os adesivos plásticos, os pontos cirúrgicos e prescritas meias elásticas. Profilaxia de trombose venosa profunda aguda Pacientes obesos portadores de varizes de membros inferiores com mais de 40 anos são classificados em alto risco de ter trombose venosa profunda aguda e embolia pulmonar, devendo ser realizado profilaxia física e medicamentosa para trombose venosa profunda. Devemos mobilizar precocemente o paciente no pós-operatório realizandofisioterapia ativa e passiva dos membros inferiores, elevação dos membros e alta precoce com 24 horas. Na profilaxia medicamentosa devemos introduzir duas horas após o bloqueio anestésico enoxaparina 40 mg ou nadroparina 0,6 ml subcutânea por dia, mantendo enquanto o paciente estiver internado.32 Complicações Tivemos 14% de infecção de ferida cirúrgica na região inguinal, 19% de infecção ao nível da perna e um caso de trombose venosa profunda aguda (2%). Não tivemos nenhum caso de óbito entre os pacientes obesos operados de varizes.12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos que realizando avaliação clínica adequada, eco-Doppler do sistema venoso superficial e profundo dos membros inferiores e cuidados pré e pós-operatório, poderemos operar pacientes obesos com varizes de membros inferiores sem elevar os riscos de morbidade pós-operatória. REFERÊNCIAS 1. Padberg Jr F, Cerveira JJ, Lal BK, Pappas PJ, Varma S, Hobson RW. Does severe venous insufficiency have a different etiology in the morbidly obese? Is it venous? J Vasc Surg 2003;37:79-85. 2. Buchwald H. Overview of bariatric surgery. J Am Coll Surg 2002;194:367-75. 3. NHI clinical guidelines on the identification, evaluation, and treatment of overweight and obesity in adults: summary of evidence-based recommendations. Available from: URL:http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/obesity/sum_r ec.htm. Accessed Mar 22, 2002. 4. Allison DB, Fontaine KR, Manson JE, Stevens J, VanItallie TB. 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Data da última modificação: 12 de abril de 2004. Como citar este capítulo: Pitta GBB. Cirurgia de varizes na obesidade. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2004. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro Sobre o autor: Guilherme Benjamin Brandão Pitta Professor Adjunto,Doutor, do Departamento de Cirurgia da Fundação Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Maceió, Brasil. Endereço para correspondência: Guilherme Benjamin Brandão Pitta Rua Desportista Humberto Guimarães no 1081, apto 702. 57035-030, Maceió – Alagoas +82 231 9029 Fax: +82 231 1897 Correio eletrônico: guilhermepitta@lava.med.br URL: http://www.lava.med.br
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