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PRODUÇÃO E CONTROLE 1 – P1 Introdução A qualidade é a condição de adequeção ao uso, sob o ponto de vista do consumidor. MEDICAMENTOS EFICÁFIA TERAPÊUTICA (segurança) *medicamento é o produto farmaceutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diágnostico. É um forma farmaceutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. - Substância ativa ou terapêutica (fármaco ou isumo farmacêutico ativo – IFA). Também denomidado fármaco, ou simplesmente principio ativo, é o compenente farmacologicamente ativo destinado ao emprego em medicamentos. MEDICAMENTOS ÁGUA, EXCIPIENTES/ADJUVANTES FARMACOTÉNICOS (Substância adicionada ao medicamento com a finalidade de prevenir alterações, corrigir e/ou melhorar as características organolépticas, biofarmacotécnicas e tecnológicas do medicamento), MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM (Recipiente, envoltório, invólucro ou não, destinado a envasar, proteger, manter, cobrir ou empacotar, especificamente ou não, as matériasprimas, reagentes e medicamentos.) GARANTIA DA QUALIDADE: - Sistema amplo que abrange todos os setores de empresa, em um esforço comum e cooprativo com o objetivo de estabelecer, melhorar e assegurar a qualidade da produção em níveis econômicos bem como para satisfazer aos desejos dos consumidores. > Controle físico-químico > Controle Microbiológico > Controle Biológico > Garantia da qualidade > Material de Acondicionamento-Embalagem Objetivos - Avaliar se as caractéristicas químicas, físicas, biológicas, microsbiológicas e organolépticas estão de acordo com especificações pré-estabelicidas; - Garantir a obtenção de medicamentos melhores, mais eficazes, menos tóxicos e mais estáveis. Como garantir a qualidade dos medicamentos? - expecificações: Controle das matérias-primas, controle do produto final, controle em processo. *Materia prima: qualquer substância ativa ou inativa, com especificações definidas, utilizada na pridução de medicamentos. Análises Farmacêuticas Quais são as análises que devem ser realizadas para avaliar a qualidade de matérias-primas? Quais são as especificações para cada análise? Farmacopeias – Códigos oficiais que trazem os métodos gerais e monografias para cada substância. O que tem na monografia? Descrição (características físicas, solubilidade e constantes físico-químicas) Testes de Identificação Ensaios de pureza Doseamento (análise de teor) Determinação de potência Testes de segurança biológica Características específicas para a forma farmacêutica Descrição Características fisícas, Solubilidade, entre outras coisas que descreve a substância. Testes de identificação Por método cromatográficos Por reações químicas Por métodos espectrofotométricos Ensaios de pureza Limpidez da solução pH Acidez/alcalinidade Índice de acidez, de ésteres, de hidroxila, de iodo, de peróxidos, de saponificação Matéria insaponificável Substâncias relacionadas Impurezas orgânicas e inorgânicas específicas Ensaios-limites Água Perda por dessecação Cinzas sulfatadas, totais e insolúveis em ácido Resíduo por evaporação Análise de teor - Doseamento: Por gravimetria Por titulação Por espectrofotometria de absorção no ultravioleta Por espectrofotometria de absorção no visível Por espectrofotometria de fluorescência Por fotometria de chama Por espectroscopia de absorção atômica Por polarimetria Por cromatografia líquida de alta eficiência Por cromatografia gasosa Métodos não oficiais Validação Linearidade Precisão Exatidão Especificidade Limite de quantificação Limite de detecção Robustez Ensaios com animais, preparações animais ou microrganismos Ensaio microbiológico de antibióticos Ensaio de potência de heparina Testes de segurança biológica Esterilidade Pirogênios Endotoxinas bacterianas Toxicidade Contagem de microrganismos viáveis totais Pesquisa e identificação de patógenos Substâncias vasodepressoras Histamina Substâncias pressoras - EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO: em recipientes herméticos, protegidos da luz; - ROTULAGEM: observar a legislação vigente; Conhecimentos Legislação Gerenciamento Química Orgânica Química Analítica quantitativa e qualitativa Análise instrumental Estatística Condições Padrões Reagentes e solventes Equipamentos Calibrações Teceirização - O que são produtos com desvio de qualidade? São produtos que durante o processo de fabricação, transporte ou armazenamentos se afastaram dos parâmentros de qualidade estabelecidos em seu registro na Anvisa. Alguns desvios de qualidade observados em madicamentos são: alterações de aspectos, cor, odor, sabor, número de comprimidos na embalagem, volumme ou presença de corpo estranho ou mesmo falata de efeito. Desvios decorrestes de: Processo de fabricação Durante o armazenamento do granel Embalagem primária Embalagem secundária Problemas relacionados às matérias-primas Problemas relacionados ao armazenamento Problemas relacionados ao transporte terrestre Mau uso Possível Fraude Classificação dos desvios Os desvios devem ser classificados segundo sua criticidade e as ações tomadas devem ser baseadas segundo o resultado desta avaliação: Criticidade: Desvios Crítico, Maior ou Menor. Desvio Crítico: Possui impacto direto nos seguintes requisitos: 1.Afeta a saúde do paciente (humano ou animal), ou podem comprometer a eficácia do tratamento. 2.Afeta ou compromete a qualidade do produto. 3.Infringe alguma Norma ou regulamentação (ex: ANVISA ou Código de Defesa do Consumidor) Ex: Contaminação cruzada – cartucho (embalagem) de um medicamento e blister contendo comprimidos de outro produto ou de dosagem diferente); Desvio Maior: É caracterizado como uma falha de qualidade sistêmica (isolada – pontual – ou significativa), mas que não comprometa: a segurança, os direitos, o bem-estar dos pacientes (humanos ou animais). Ex: falha no sistema de inspeção visual na embalagem primária liberando um blister com alvéolo vazio. Desvio Menor É aquele que ocorre isoladamente ou que não possuem qualquer impacto na saúde, qualidade do produto e não infringe nenhuma norma ou requisito legal. Geralmente está relacionado à aparência, mas não à qualidade do produto. Ex; mancha no cartucho sem prejuízo de leitura de informações imprescindíveis do medicamento; sujeira na embalagem. PROPRIEDADES E CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO SÓLIDO Biodisponibilidade Biodisponibilidade: A quantidade relativa da dose administrada de um fármaco, que atinge a circulação sistêmica de forma intacta. Dose biodisponível: É a fração de fármaco administrado que chega de forma intacta (inalterada) à circulação sistêmica. Fatores biofarmacotécnicos que afetam a biodisponibilidade Fatores ligados ao fármaco: Solubilidade Espécie Química Polimorfismo Estado físico Solvatos, hidratos e anidros Coeficiente de partição Tamanho de partícula Quiralidade Fatores formulação: Adjuvantes Fatores tecnológicos Introdução ao Polimorfismo Estrutura Cristalina Sólidos orgânicos cristalinos são constituídos por moléculas ordenadas em arranjo específico São mantidas juntas por ligações hidrogênio e Van der Walls O arranjo das moléculas é definido pela unidade celular e determina a forma do material Estrutura Cristalina: É o modo pelo qual os átomos ou moléculas ou íons se encontram especialmente arranjados. Celas Unitárias: É a estrutura geométrica básica que repetida no espaço gera a rede cristalina – “é o menor tijolo”. *Organizadas simetricamente e repetidas regularmente em um espaço tridimensional, célula unitária Introdução ao Polimorfismo – Formas Cristalinas Hábito Cristalino: é a forma do cristal. A estrutura externa. *Os hábitos cristalinos formados pelo conjunto de celas unitárias representamas formas externas dos cristais que podem ser classificadas em: tabular, laminar, prismática, piramidal, acicular ou cúbica. Introdução ao Polimorfismo – Formas Amorfas Composta por átomos, moléculas ou íons que não apresentam uma ordenação Moléculas sem arranjo específico Não apresentam ponto de fusão específico (faixa) Apresentam maior mobilidade Aumentam a biodisponibilidade Apresentam geralmente maior solubilidade e velocidade de dissolução Termodinamicamente um sólido amorfo demonstra elevados níveis de energia livre de Gibbs e de entropia Polimorfismo – Aspectos Gerais A capacidade que uma substância possui de existir em mais de uma estrutura cristalina com diferentes conformações moleculares é chamada polimorfismo. *Só existe no estado sólido. Estados Sólidos dos Fármacos Sais – são sólidos que possuem o fármaco protonado ou não e seu correspondente contraíon incorporado na estrutura cristalina. Co-cristais – são sólidos que possuem moléculas de diferentes fármacos incorporados na sua estrutura cristalina. Solvatos – são cristais que contêm agregadas nas suas celas unitárias, moléculas do solvente de cristalização. Hidratos – são um caso particular de solvato em que a molécula de solvente é a água. Anidros – são sólidos que contêm apenas um fármaco na estrutura cristalina. Obs.: As formas hidratadas são frequentemente mais estáveis e menos solúveis em água que as formas anidras. Polimorfismo – Aspectos Gerais Todas as Classes Terapêuticas podem apresentar polimorfismo 70% dos barbitúricos 60% das sulfonamidas 23% dos esteróides Como saber quais fármacos apresentam polimorfos? Todos os polimorfos possíveis são conhecidos? “O número de formas cristalinas ou polimorfos que se conhece de um dado composto é proporcional ao tempo e recursos econômicos e humanos dedicados à investigação do mesmo” (McCRONE, 1965). Todas as Classes Terapêuticas podem apresentar polimorfismo 70% dos barbitúricos 60% das sulfonamidas 23% dos esteróides. A existência de formas polimórficas de um mesmo fármaco pode alterar as características físico-químicas, afetando diretamente o processo de síntese do fármaco, produção, qualidade e biodisponibilidade. Implicações Farmacêuticas do Polimorfismo Propriedades de interesse para a área farmacêutica que se alteram com o polimorfismo – Propriedades farmacêuticas e biofarmacêuticas: Solubilidade Ponto de fusão Densidade Configuração do cristal Propriedades ópticas Estabilidade Características distintas de dissolução Alterações na biodisponibilidade. Impactos dos processos farmoquímicos e farmacêuticos no estado sólido de fármacos: Processos Farmacêuticos: Moagem / Micronização Liofilização Compactação Granulação Via Úmida Granulação Via Seca Spray drying Armazenamento Como garantir a qualidade integral da substância através dos processos de fabricação? Utilizar substâncias com sistemas cristalinos termodinamicamente estáveis. Caracterização da Substância Natureza Química Estado físico Polimorfismo Aspectos Regulatórios Discutem a identificação dos polimorfos e questões relacionadas com o impacto e o controle do polimorfismo ICH – documento que visa melhorar o controle do polimorfismo nos medicamentos novos e já existentes FDA (EUA) – questões relacionadas ao polimorfismo devem estar contempladas tanto na fase clínica como na de registro de medicamentos ANVISA – estabeleceu alguma resoluções: Resolução RDC nº 136 de 29 de maio de 2003 - Regulamento Técnico para Medicamentos Novos com Princípios Ativos Sintéticos ou semi- sintéticos Resolução RDC nº 16 de 02 de março de 2007 – Registro de medicamentos genéricos – Relatório de Controle de Qualidade de matérias-primas Resolução RDC nº 17 de 02 de maio de 2007 – Registro de medicamentos similares PROPRIEDADES E CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO SÓLIDO (PARTE 2) - Propriedades de empacotamento: . Volume molar e empacotamentos . índece de refração . condtividade térmica e elétrica . higroscopicidade . cor - Propriedades termodinâmicas . temperaturaturas de fusão e sublimação . energia interna e entropia . capacidade calorífica . potencial quimico eenergia livre . atividade termodinâmica . pressão de vapor . solubilidade - Propriedades espectroscópicas . transição eletronicas UV-Vis . transição vibracionais IR-Raman . transição rotacionaveis IR Distante . transição spin nucleares RMN -Propriedades Cinéticas . velocidade de dissociação . velocidade de ração do estado sólido . estabilidade - Propriedades Superficiais . energia livre de superfície . tensões interfaciais . hábito cristalino (forma) - Propriedades Mecânicas . dureza, compactibilidade e “tableting” . fluidez, tensão superfíciais, misturas - Propriedades farmacêuticas e biofarmacêuticas . densidade . dureza . tensão superficial . fluidez . pomto de fusão . higroscopicidade . propriedadesóticas e elétricas . estabilidade química e física/reatividade . solubilidade . velocidade de dissolução . biodisponibilidade . bioequivalência Técnicas Técnicas de determinação da estrutura cristalina: Difração de raios-X (DRX) (mono e policristais) com fontes convencionais e radiação sincrotron. Técnicas de caracterização térmica: Calorimetria Exploratória Diferencial, Termogravimentria. Técnicas de caracterização molecular e interações intra e intermoleculares: Espectroscopias de Infravermelho (FT-IV), Raman, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Ressonância Quadropolar Nuclear (RCN) Técnicas de caracterização morfológica: Microscopia Óptica (com e sem luz polarizada) e de Barredura Electrónica Técnicas de caracterização de tamanho de partículas: Distribução de tamanho de partículas Técnicas para avaliação de desempenho: Perfis de Dissolução e Velocidade de Dissolução Intrínseca Técnicas Simultâneas Técnicas de determinação da estrutura cristalina Difração de raios-X (DRX) (mono e policristais) com fontes convencionais e radiação síncrotron em função da temperatura Técnicas de caracterização térmica Calorimetria Diferencial com DRX utilizando rad. sincrotron Calorimetria Diferencial com detecção por IV Técnicas de caracterização molecular e interações intra e intermoleculares Espectroscopias de Infravermelho (FT-IV), Raman em função da temperatura, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Ressonância Quadropolar Nuclear (RCN) em função da temperatura Técnicas de caracterização morfológica Microscopia Óptica (com e sem luz polarizada) em função da temperatura. CARACTERIZAÇÃO DE POLIMOSFISMO Técnicas analíticas: . difração de raios X . espectrometria vibracional (IV) . análises térmica *calometria diferencial explotatória *termogravimetria . RMN . MEV Difração de Raios X É a técnica ouro no estudo de sólidos cristalinos Impressão digital do cristal – única para cada substância As posições correspondem ao espaçamento dos átomos A intensidade = átomos tenho no plano Linhas largas = baixa cristalinidade Linhas finas = altamente cristalino O padrão de difração único para cada estrutura cristalina é chamado padrão de difração O que ocorre é a passagem de feixes de raio-X no material, estes raios difratam de acordo com forma do cristal e formam um ângulo de difração. Espectroscopia de infravermelho Vibrações moleculares são observadas. Exposição da amostra a uma radiação eletromagnética de comprimento de onda na região do infravermelho, que induz transições vibracionais e rotacionais. Faixa espectral da radiação de infravermelho compreende 3 regiões: .Infravermelho distante - entre 10 e 400 cm-1 .Infravermelho médio - entre 400 e 4000 cm-1 (Regiões das bandas de absorção dos grupos funcionais são conhecidas .Infravermelho próximo - entre 4000 e 20000 cm-1 Informações sobre a estrutura e conformação molecular da substância no estado sólido por investigar as vibrações dos átomos. Espectroscopiade infravermelho Em suas absorções vibracionais, as ligações covalentes se comportam como se fossem elásticas; EXEMPLOS GRUPAMENTOS FRENQUÊNCIA (cm-1) Estiramento Ar-H ~ 3300 O-H (álcool, fenóis) 3200 – 3600 C=O (cetonas, ác.carb ...) 1690 – 1750 N-H (aminas) 3300 – 3500 C=N (nitrila) 2200 – 2600 * Diferentes estruturas cristalinas dos polimorfos afetam as vibrações moleculares por isso IV consegue identificar polimorfos! Técnicas Termoanalíticas Calorimetria Exploratória Diferencial – determina o fluxo de calor Análise Térmica Diferencial – determina a variação de temperatura Termomicroscopia – permite a visualização óptica das transições Termogravimetria – determ Algumas propriedades observadas por DSC:ina a variação de massa EVENTOS ENDOTÉRMICOS EVENTOS EXOTÉRMICOS Fusão Cristalização Vaporização Condensação Sublimação Solidificação Dessorção Absorção, quimiossorção Dessolvatação Solvatação Redução Oxidação Degradação Degradação Decomposição Decomposição Ressonância Magnética Nuclear Técnica de pesquisa que explora as propriedades magnéticas de certos núcloes atômicos para determinar propriedades físicas ou químicas de átomos ou moléculas nos quais eles estão contidos. Baseia-se no fenômeno da RMN e podem prover informações detalhadas sobre a estrutura, dinâmica, estado de reação e ambiente químico das moléculas. Na presença de um campo magnético, núcleos ativos à NMR (tais como 1H ou 13C) absorvem radiação eletromagnética a uma frequência característica. A frequência de ressonância, a energia de absorção e a intensidade do sinal são proporcionais à força do campo magnético. Microscopia Eletrônica de Varredura Caracterização dos diferentes hábitos e efeitos superficiais dos polimorfos. Irradiação de um feixe fino de elétrons sobre uma amostra. Interação entre o feixe e a superfície da amostra provoca a emissão de uma série de radiações: elétrons secundários. A detecção dos elétrons secundários é responsável pela imagem de alta resolução da topografia da superfície da amostra analisada. CARACTERIZAÇÃO DE PÓS Observação através do MEV das características de superfície permitem avaliar as características dos pós com relação: Tamanho de partícula Fluxo Tamanho da partícula Influencia processo fabricação medicamentos (volume) Influencia fluxo e propriedades de compressão Variações tamanho partícula: segregação de pós . influencia na velocidade de dissolução Segregação de pós Efeito oposto à mistura, componentes tendem à separação Cuidado para que pós previamente misturados não sofram segregação durante enchimento de máquinas de compressão Variação de conteúdo nas amostras = reprovação lote no teste de uniformidade de conteúdo Tamanho partícula Fator mais importante Densidade Pouca influencia Proporção dos diferentes componentes Tamanho da partícula 220 – 250 µm fluxo geralmente bom 250-75 µm fluxo pode ser ruim (aumento área superficial e efeitos) < 100 -75 µm fluxo se torna problema para a maioria das subs. (aumento coesão, superficial, cargas elétricas) Fluxo Importância • Alimentação uniforme da máquina • Enchimento uniforme das matrizes-unif. massa • Evitar defeitos nos comprimidos • Evitar contaminação ambiente (part. finas) Caracterização por métodos indiretos • Determ. ângulo de repouso Caracterização por métodos diretos • Escoamento dinâmico Ângulo de Repouso Método indireto de quantificar o fluxo de um pó em função da sua relação com a coesão entre as partículas Ângulos de repouso tendem a ser variáveis e nem sempre são representativos de fluxo Escoamento dinâmico Método direto de quantificar o fluxo de um pó Avalia-se o aumento da massa com o tempo *Avalia-se o aumento da massa com o tempo. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS PÓS E GRÂNULOS Estado físico LOCAL DE ADMINISTRAÇÃO FORMA FARMACÊUTICA SÓLIDAS ORAL PÓS, GRANULOS, CÁSULAS, COMPRIMIDOS PARENTERAL IMPLANTES/PÓS PELE/MUCOSA PÓS RETAL/VAGINAL/URETRAL SUPOSITÓRIOS/ÓVULOS LÍQUIDAS ORAL SOLUÇÕES, SUSPENSÕES, EMULSÕES PARENTERAL INJETÁVEIS(soluções, suspensões, emulsões) PELE/MUCOSAS SOLUÇÕES TÓPICAS, COLÍRIOS, GOTA (óticas e nasais SEMI-SÓLIDAS PELE/MUCOSAS POMADAS (pomadas, cremes, géis, pastas) DEFINIÇÃO Produtos pulvéreos e granulados como formas farmacêuticas (FF): GRÂNULOS - consistem em partículas que sofreram um processo de agregação de pós/desagregação de pós compactados para obtenção de outras partículas de maior tamanho que os pós originais (~2 a 4 mm)* destinadas ao uso interno ou forma intermediária na preparação de comprimidos e cápsulas. *pellets: 0,5 – 1,5 mm PÓ - refere-se a preparações farmacêuticas destinadas ao uso interno ou externo, cujos componentes encontram-se pulverizados, fazendo parte de misturas ou não, com ou sem adjuvantes, subdivididos ou não em doses unitárias. Interno: “pó” ou “pó oral” Externo: pó para uso sobre a pele GRANULAÇÃO VIA ÚMIDA – agregação (molhagem, granulação, secagem, calibração) VIA SECA – desagregação (compacta, moagem, calibração) DISPENSADOS COMO Uso interno: • PÓS OU GRÂNULOS A GRANEL • PÓS OU GRÂNULOS DIVISOS (preparações unitarizadas) Uso externo: PÓS A GRANEL INSUFLAÇÕES (auricular, nasal, garganta) Para reconstituição antes do uso • XAROPES ANTIBIÓTICOS • INJETÁVEIS PÓS SECOS utilizados em inaladores - VANTAGENS - Estabilidade química, física e microbiológica - Dispensação de altas doses de fármaco - Melhor dissolução que outras FF sólidas - absorção mais rápida - Estabilidade química, física e microbiológica - Dispensação de altas doses de fármaco - Melhor dissolução que outras FF sólidas - absorção mais rápida - DESVANTAGENS -Maior volume que cápsulas e comprimidos -Substâncias com sabor e odor desagradável -Inadequados para pequenas doses de fármacos potentes -Baixa precisão na dosagem ↑ degradação em função da ↑ superfície de contato -Substâncias eflorescentes, deliqüescentes ou higroscópicas EFLORESCÊNCIA E DELIQUESCÊNCIA - EFLORESCÊNCIA (latim = florescer) perda de água de cristalização Pvapor H2Oatm < Pvapor sistema hidratado - DELIQUESCÊNCIA solução saturada - sal pode liquefazer Pvapor H2Oatm > Pvapor sistema PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Perda de água de cristalização (temperatura altas, umidade baixa) Fenômenos de sorção (adsorção e absorção) Formação de aglomerados Higroscopicidade Fenômenos eletrostáticos REOLÓGICAS FLUXO DOS PÓS (escoamento) (importante na mistura, preenchimento de cápsulas e comprimidos) - comportamento influenciado pela - forma e tamanho das partículas (maiores e mais arredondadas, melhor o fluxo) - força de coesão entre as partículas (mais lisa, menos coesão, maior o fluxo) - formação de películas na superfície (ex: água) dificulta o fluxo 1.3 TECNOLÓGICAS-FARMACÊUTICAS SOLUBILIDADE: * TAMANHO e FORMA DA PARTÍCULA X ATIVIDADE TERAPÊUTICA CLASSIFICAÇÃO Quanto á forma farmaceûtica DOSE: unitária e multidose USO: externo e interno Quanto ao produto intermediário - comprimido - cápsula - extração - solução - suspensão - excipiente (adjuvante) PREPARAÇÃO DA FF PÓS Operações PRELIMINARES trituração, tamisação triagem, divisão grosseira, estabilização e secagem (drogas vegetais) ↓ Operações PRINCIPAIS mistura (pulverização e/ou trituração) ↓ Operações ACESSÓRIAS tamisação do produto e acondicionamento EQUIPAMENTOS UTILIZADOS GRAL e pistilo – pequena escala TRITURADORES ou MOINHOS Martelos: impacto e atrito Facas: corte Rolos: compressão Bolas: impacto e atrito Micronizador ou moinho pneumático: impacto e atrito MISTURA DE PÓS Tamanho da partícula Proporção entre os componentes Densidade da partículaMÉTODOS Adição por ordem crescente: proporções semelhantes entre os componentes Diluição geométrica: proporção extremas entre os componentes (geralmente <20% ou >80%) PÓS/GRANULOS DE USO ORAL antiácidos, laxativos, suplementos alimentares Pós finamente divididos Suspensão Dissolução em água Mistura com alimentos Pós/Granulos efervescentes (CO2) (fármaco + mistura de ácidos orgânicos e bases carbonadas) Mascarar sabor desagradável Antiácidos Laxantes Xaropes Extemporâneos Preparados no momento da dispensação. Prazo de validade após reconstituição com água(solução ou suspensão): 1 a 2 semanas Ex: Erythroped em suspensão e amoxacilina oral PÓS para INJETÁVEIS - Extemporâneos Quando o pó é instável em solução, deve ser preparado imediatamente antes do uso, sendo comercializados como pós estéreis em ampolas. Uma segunda ampola contém um diluente estéril apropriado (ex: água para injetáveis). O pó pode conter adjuvantes para tornar o produto final isotônico PÓS para AEROSSÓIS Rapidamente absorvidos Tamanho de partícula adequado (MICRONIZAÇÃO) PÓS para USO EXTERNO REQUISITOS Tamanho de partícula < 100 µm (finíssimos) Ausência de efeito irritante pH levemente ácido (~ pH da pele) Boa aderência e dispersibilidade Quimicamente inerte Sem desagregação/dissolução Capacidade de adsorção de líquidos (água ou óleo) PÓS para USO EXTERNO: adsorvente, refrescante, antisséptico, cosmética Matérias-primas para uso tópico INORGÂNICAS boa conservação talco, óxido de zinco, óxido de titânio, dióxido de silício, dióxido de silício finamente dividido = coloidal (Aerosil®) ORGÂNICO-INORGÂNICAS Sais metálicos de elevado nº de carbonos (Ex: estearatos) ORGÂNICAS baixa conservação amido, lactose TIPOS DE PÓS de uso tópico Pós refrescantes - Extraem calor da pele e exercem efeito refrescante devido a sua boa condutibilidade térmica (amido, estearatos) Pós adstringentes (fechamento dos poros) - substâncias adstringentes (taninos, sais de bismuto) são misturados a bases para pós (talco, amido, caolim) Pós de enxofre - efeito queratolítico devido ao pH alcalino (8,5 – 9,0) do enxofre coloidal (até 30%) (bases: óxido de zinco, talco) Pós antipruriginosos - produzem sensação de frio sobre a pele e acalmam o prurido (mentol: 1 – 2%) ACONDICIONAMENTO Pós não divididos - FRASCOS DE DOSE MÚLTIPLA. Dosagem geralmente com auxílio de uma colher Pós divididos - Sistemas de doses unitárias: SACOS PLÁSTICOS, PAPÉIS DOBRADOS, SACHETS - Um envelope corresponde a um dose INCOMPATIBILIDADES MISTURAS EUTÉTICAS: fenol, cânfora, mentol, timol, antipirina, fenacetina, acetanilida, aspirina, salol UMIDADE: contornada pela adição de pequenas quantidades de CARBONATO DE Mg, LACTOSE, AMIDO SUBSTÂNCIAS DELIQÜESCENTES E HIGROSCÓPICAS SUBSTÂNCIAS EFLORESCENTES CONTROLE DE QUALIDADE Determinação e distribuição do tamanho de partículas (dispersão) Determinação da capacidade de fluxo (ângulo de repouso) Determinação da densidade aparente (bruta) e de compactação (índice de Carr, razão de Hausner) – fluxo e compactabilidade Determinação da capacidade de aderência - pós de uso externo Determinação da capacidade adsorvente - pós de uso externo CONTROLE DE QUALIDADE Análise granulométrica Análise da forma e superfície Densidade e Volume aparente Capacidade de fluxo Porosidade Superfície específica Friabilidade Umidade residual Desintegração Dissolução Capacidade de compressão Exercícios para revisar 1. Quais as vantagens e desvantagens da FF Pós em relação a outras FF sólidas? E em relação às FF líquidas? 2. Diferenciar substâncias eflorescentes, deliquescentes e higroscópicas. 3. Mecanismo e importância da efervescência. 4. Qual o problema de se trabalhar com misturas eutéticas na preparação da FF Pós? 5. Comentar sobre as propriedades físico-químicas dos pós. 6. Operações farmacêuticas utilizadas na preparação da FF Pós. 7. Características que devem ser consideradas na operação de mistura de pós. 8. Importância tecnológica da determinação da granulometria dos pós. 9. Importância tecnológica da determinação do fluxo de Pós. Exemplificar. 10. Importância tecnológica da determinação da densidade aparente (ou bruta) e densidade de compactação. COMPRIMIDOS DEFINIÇÃO Comprimidos são preparações sólidas de dosificação utiária, obtidas por compressão de granulos ou mistiras pulverulantes de uma ou mais substancias ativas e diversos adjuvantes. VANTAGENS Precisão na dosagem Facilidade de transporte Facilidade de administração Estabilidade Baixo custo de produção (muitas unidades produzidas) Possibilidade de mascarar sabores desagradáveis Fácil identificação Possibilidade de modular a liberação DESVANTAGENS Impossibilidade de obtenção de quantidades reduzidas (relativo ao alto custo dos equipamentos) Permite, e facilita, em grandes proporções, a automedicação Impossibilidade de administração em pacientes com dificuldade de deglutição Impossibilidade de utilização para fármacos irritantes da mucosa gástrica, fármacos líquidos e deliquescentes. Critérios de qualidade que os comprimidos devem preenche Devem ser consideradas nas fases iniciais do processo de desenvolvimento – como indicadoras dos objetivos serem alcançados: Conter a conc. correta do fármaco Aparência elegante – peso, dimensões e aparência constantes Fármaco deve ser liberado – modo controlado e reprodutível Deve ser biocompatível: adjuvantes, contaminantes e microorganismos não causar danos ao paciente Resistência mecânica ao manuseio: resistir à fratura e erosão Ser estável durante vida útil (química, física, microbiologicamente) Planejado como um produto de fácil aceitação pelo paciente Acondicionado de maneira segura CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO Perorais • Convencionais • Mastigáveis • Revestidos • Multicamadas Orais • Bucais • Sublinguais Parenterais • Para injetáveis • Para implante Externo • Oftálmicos • Vaginais • Retais • Uretrais Dispersantes • Efervescentes • Dispersante • Solúveis (soluções antissépticas) COMPONENTES DA FORMULAÇÃO Substâncias ativas Adjuvantes: • Fluxo livre • Coesividade • Lubrificação • Desagregantes Adjuvantes ... 2 TIPOS • ADJUVANTES DE COMPRESSÃO (fluxo/lubrificacão e coesividade) DILUENTES, AGLUTINANTES, ADSORVENTES, DESLIZANTES, LUBRIFICANTES... • ADJUVANTES BIOFARMACEUTICOS DESINTEGRANTES/DESAGREGANTES, UMECTANTES, ESTABILIZANTES, EDULCORANTES... PREPARAÇÃO DOS COMPRIMIDOS Compressão com GRANULAÇÃO PRÉVIA Compressão DIRETA GRANULAÇÃO SECA GRANULAÇÃO ÚMIDA COMPRESSÃO DIRETA Simplicidade Baixo custo FATORES QUE INTERFEREM Forma e tamanho das partículas Estado cristalino (sistema isométrico: capacidade plástica e de encadeamento de partículas) Teor de umidade residual Presença de água de cristalização EX: AAS, ÁCIDO BÓRICO Quando não se pode comprimir diretamente... ≠ densidade entre FÁRMACO e ADJUVANTE - segregação Fármacos que se dosificam em grandes quantidades – grande volume Cargas eletrostáticas (processo a seco!) – mistura heterogênea Porque GRANULAÇÃO PRÉVIA? Evita segregação dos componentes (≠ densidade e tamanho) ↑ fluxo: partículas maiores, esféricas, ↓fricção Melhor distribuição do aglutinante Favorecimento de expulsão de ar entre as partículas ↑ dissolução ↑ densidade VIA ÚMIDA Mecanismos gerais de ligação particular Forças interfaciais em filmes líquidos móveis Mistura de pós em estado seco: adição de líquido aglutinante em quantidade superior à necessária para formação de filmes líquidos imóveis. Adesão por forças de tensão superficial na interface líquido/ar interna e externa e pressão de sucção hidrostática nas pontes líquidas. Adesão por sucção capilar - Componentes principais das Máquinas de compressão: Punções Matriz Sistema de distribuição do pó ou granulado - Compressora excêntrica • Um a três conjuntos de punções • Matriz fixa sob o alimentador • Alimentador se movimenta sobre a matriz • Poucas unidades produzidas • Qualidade do comprimido: força de compressão desigual nos dois lados do comprimido • Escala de produção: pequena - Compressora ROTATÓRIA • Vários conjuntos de punções • Matriz se movimenta – gira sob o alimentador • Alimentador fixo • Maior número de unidades produzidas • Melhor qualidade do comprimido: força de compressão igual nos dois lados do comprimido • Escala de produção industrial - Fundamentos da compressão: fases de consolidação de um comprimido Reordenamento e empacotamento das partículas Deformação das partículas: deformação deve ser plástica - ACONDICIONAMENTO: Pré-avaliações • Caracterização da subst. ativa • Dose, tamanho, forma, peso, incompatibilidades, solubilidade, estabilidade • Local de absorção: estômago, intestino • Coleta e análise de dados para a seleção físico-química dos excipientes (densidade, porosidade, umidade, dissolução) • Identificação dos excipientes e função na formação dos comprimidos • Descrever as propriedades de cada sólido, as características do produto e do processo (tamanho, forma, solubilidade, umidade) • Descrever todas as operações farmacêuticas que serão realizadas • Descrever todos os processos de avaliação dos comprimidos (controles)
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