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Choque

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Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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Amigo (a)! 
 
Bem vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. Nessa aula, vamos falar do Choque. Mantenha a 
fé e determinação. A sua aprovação depende de seu envolvimento e disciplina. 
 
Boa aula! 
 
Profº. Caíque Jordan 
Profº. Rômulo Passos 
Profº. Sthephanie Abreu 
 
 
 
 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
4 
CHOQUE 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
Prezados concurseiros, choque é um assunto frequentemente apresentado nos livros textos e tratados 
de enfermagem, sendo frequentemente cobrados pelas bancas organizadoras dos certames da área. 
Precisamos inicialmente conceituar esta síndrome e esclarecer alguns pontos que geram dúvidas entre 
os profissionais da área como, por exemplo: 
 O choque não se resume simplesmente aos seus sinais e sintomas; 
 A hipotensão não é um sinal tardio; 
 Em nosso meio é comum dizer que o paciente “está entrando em choque”, porém o paciente “está 
ou não” em choque; 
 Os sinais clássicos de choque podem ser mascarados em idosos (pela baixa reserva fisiológica e 
polifarmácia), gestantes (devido ao aumento do débito cardíaco e do volume sanguíneo) e usuários de 
beta-bloqueadores. 
Portanto, choque é conceituado como estado de hipoperfusão celular generalizado no qual a liberação 
de oxigênio no nível celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas (AMLS, 2014; PHTLS, 
2012; SMELTZER et al., 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. FISIOPATOLOGIA GERAL 
 
Durante o estado de choque, o organismo lança mão de todos os seus mecanismos homeostáticos para 
restaurar o fluxo sanguíneo. Independentemente da etiologia, as respostas fisiológicas geradas incluem a 
hipoperfusão dos tecidos, hipermetabolismo e a ativação da cascata inflamatória, portanto, o choque afeta a 
“chave da vida”: o metabolismo aeróbio, por meio do qual nosso organismo produz energia na forma de 
adenosina trifosfato (ATP) (PHTLS, 2012; SMELTZER et al., 2011). 
As alterações acontecem desde o nível celular, sendo a mitocôndria a primeira organela afetada. Vale 
lembrar que tal organela é a responsável pela produção de ATP, o qual fornece estabilidade da membrana 
celular, pois é o combustível da bomba de sódio-potássio-ATPase. O comprometimento do metabolismo 
anaeróbio desencadeia a ativação da produção de energia de forma anaeróbica, que é tóxica e menos 
eficiente para o organismo. Devido à grande quantidade de ácido lático produzida, a acidose metabólica é 
causada pela anaerobiose causando: edema celular, morte celular, hipercalemia, amento do lactato, radicais 
livres e fatores inflamatórios, inclusive, citocinas depressoras do miocárdio (PHTLS, 2012; SMELTZER et al., 
2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013). 
Conceito 
Intensa ↓ da perfusão com isquemia tecidual sistêmica, desequilíbrio 
entre a oferta e a demanda de oxigênio, causando hipóxia. 
Se não revertido leva a insuficiência circulatória generalizada. 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
5 
3. MECANISMOS COMPENSATÓRIOS 
 
Os principais mecanismos compensatórios no estado de choque visam à manutenção da perfusão 
tecidual: 
 Ativação reflexa dos baroceptores nos seios aórtico e carotídeo (sistema nervoso simpático): ↑ FC e 
↑ contratilidade cardíaca; 
 ↑ FR: causando alcalose respiratória para compensar a acidose láctica; 
 Resposta hipotálamo-hipofisária com subsequente liberação dos hormônios antidiurético (ADH) e 
adrenocorticotrófico (ACTH); 
 Resposta adrenal com liberação dos hormônios característicos da resposta de adaptação ao estresse 
(lute ou fuja): epinefrina, norepinefrina e glicocorticoides; 
 
 Sistema renina-angiotensina-aldosterona que causa retenção de sódio e água para manutenção da 
volemia. 
(AMLS, 2014; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Hematológico 
Ativa a cascata de coagulação contraindo os vasos da hemorragia e ativando as plaquetas 
Sistema Cardiovascular 
Devido à ↓ do volume sanguíneo e consequente ↓ do oxigênio estimularão o SNC, liberando as 
catecolaminas que provocam o ↑da FC e vasoconstricção periférica. 
Rins 
Estimula o SRAA para manter PA 
Neuroendócrino ↑ o ADH 
Promoverá um ↑ de reabsorção de água e sal 
“A aula é importante, mantenha atenção!” 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
6 
4. CLASSIFICAÇÃO 
 
Os estados de choque podem ser classificados de acordo com a etiologia e o padrão hemodinâmico em 
(SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013): 
 
 
 
 
 
 
 
Principais características dos tipos de choque: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 
É um distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda real do volume circulante, ocasionando o 
desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos e as principais causas são hemorragias, 
vômitos, diarreias, diurese maciça e queimaduras; (SALLUM; PARANHOS, 2010). Pode ser classificado em 
quatro classes de acordo com a porcentagem de perda de sangue, como demonstrado a seguir (PHTLS, 2012): 
 
 
 
 
 
 
 
 
No atendimento pré-hospitalar são mantidas as prioridades ABCDE do trauma com foco na garantia de 
oxigenação. O controle de hemorragias deve seguir os seguintes passos: pressão manual direta no local da 
Cardiogênico 
Hipovolêmico 
Distributivo 
Obstrutivo 
Anafilático 
Neurogênico 
Séptico 
Hipovolêmico 
Hemorrágico; 
↓ volume sanguíneo. 
Desidratação; 
Vômitos. 
Distributivo 
Alterações do tônus 
vascular 
Neurogênico, séptico e 
anafilático 
Cardiogênico 
Coração 
Interferência no 
bombeamento do 
coração 
HEMORRÁGICO 
II: 15 - 30% 
III: 30 - 45% 
I: 15% 
IV: > 45% 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
7 
lesão - curativos compressivos - torniquetes (extremidades) - agente hemostático (tronco). Somente após da 
detecção da falha em conter o sangramento que o socorrista deve avançar na sequência citada (PHTLS, 2012). 
Geralmente, o tratamento definitivo das lesões é realizado no centro cirúrgico, por isso o transporte não 
deve ser retardado. 
Um dos principais diagnósticos de enfermagem encontrado em pacientes com choque hipovolêmico é o 
Volume de líquidos deficiente e as principais intervenções de enfermagem são: 
 Monitoramento dos parâmetros hemodinâmicos, nível de consciência e perdas volêmicas; 
 Estabelecimento de acessos venosos periféricos calibrosos e infusão rápida de cristaloides; 
 Cateterismo vesical de demora; 
 Assistência na administração de sangue e hemoderivados; 
 Promoção do conforto (SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011). 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 
É caracterizado pela “falha da bomba cardíaca”, isto é, pela incapacidade de o miocárdio realizar o 
débito cardíaco eficaz para proporcionar a demanda metabólica do organismo, gerando hipoperfusão tecidual 
generalizada: 
 Etiologias: distúrbio do ritmo ou da condução (arritmias), desordem estrutural (infarto agudo do 
miocárdio - IAM, lesões valvares, miocardiopatias, miocardites) e ação de determinadas toxinas (sepse); 
 Fatoresde risco: IAM pregresso, insuficiência cardíaca congestivas, miocardiopatias, arritmias, 
distúrbios eletrolíticos. 
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013). 
As principais ações de enfermagem são destacadas a seguir: 
 Afastar a causa base; 
 Monitorização hemodinâmica; 
 Realizar ausculta cardíaca e pulmonar: hipofonese de bulhas e crepitação (sinais de edema agudo de 
pulmão); 
 Avaliação e manejo da dor; 
 Estabelecimento de acessos venosos calibrosos; 
 Administração parcimoniosa de líquidos (devido ao risco de sobrecarga de líquidos); 
 Providenciar exames, p. ex. eletrocardiograma, gasometria arterial; 
 Administração de drogas vasoativas: dopamina, dobutamina, nitroglicerina; 
 Monitorar nível de consciência; 
 Monitorização do funcionamento do BIA: balão intra-aórtico. 
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013). 
 
CHOQUE ANAFILÁTICO 
 
É causado por uma reação alérgica grave quando os pacientes que já produziram anticorpos (IgE) para 
uma substância estranha (antígeno) desenvolvem uma reação antígeno-anticorpo sistêmica (de 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
8 
hipersensibilidade do tipo I). Esse processo requer que o paciente tenha sido previamente exposto à 
substância. 
Desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou menos severos. As 
principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores oriundos de sua 
degranulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica principal, etc). 
Principais sinais e sintomas associados: 
 Edema de glote; 
 Tosse e dispneia; 
 Rouquidão; 
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações; 
 Prurido; 
 Urticária e angioedema; 
 Sensação de calor. 
Principais intervenções em situações de choque anafilático são: 
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno); 
 Realização de cricotireoidostomia de urgência; 
 Proteção da via aérea e ventilação; 
 Reanimação volêmica; 
 Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos (difenidramina), broncodilatadores e 
corticoides. 
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013) 
 
 CHOQUE NEUROGÊNICO 
 
O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, no qual a vasodilatação ocorre como 
consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações parassimpática e simpática. Comum no 
cenário do trauma em lesões toracolombares. Não há estreitamento da pressão de pulso e possui como 
características que o diferenciam dos outros tipos de choque a bradicardia, pele rósea e quente (AMLS, 2014; 
PHTLS, 2015; SMELTZER et al., 2011). 
 
CHOQUE SÉPTICO 
 
 A sepse é definida como a presença, provável ou confirmada, de infecção junto a manifestações 
sistêmicas de infecção. 
 A sepse grave é definida como sepse associada à disfunção de órgãos ou hipoperfusão caracterizada por 
hiperlactatemia. 
 O choque séptico é definido como hipotensão induzida por sepse (PAS < 90 mmHG ou PAM < 70mmHg, 
ou PAS com diminuição de 40 mmHg ou dois desvios padrão abaixo do normal, excluídas outras causas de 
hipotensão) persistente apesar da ressuscitação fluida adequada. 
 
 
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Fonte: “Surviving Sepsis Campaign: International Protocol for Management of Severe Sepsis and Septic Shock : 2012” 
 
CHOQUE OBSTRUTIVO 
 
O choque obstrutivo ocorre quando existe uma oclusão ao fluxo de sangue nos grandes vasos. 
Citaremos a seguir as principais causas e os respectivos tratamentos: 
 Tamponamento cardíaco: pericardiocentese; 
 Embolia pulmonar: anticoagulação sistêmica e trombólise; 
 Pneumotórax hipertensivo: toracostomia ou descompressão torácica. 
 
5. SINAIS DE CHOQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Si
n
a
is
 -
 C
h
o
q
u
e 
Temperatura Quente, seca Fria, pegajosa 
Coloração Rosada Pálida, cianótica* 
Pressão Arterial Diminuída Diminuída 
Nível de Consciência Lúcido Alterado 
Enchimento Capilar Normal Retardado 
Sinais 
Choque 
Neurogênico 
Demais tipos de 
choque 
* A coloração do choque 
anafilático é pontilhada e 
pálida 
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10 
6. ESTÁGIOS DO CHOQUE 
 
A evolução do choque é classificada em três estágios: compensatório, progressivo e irreversível. 
Vejamos na tabela a seguir quais as principais características clínicas de cada estágio (SALLUM; PARANHOS, 
2010; SMELTZER et al., 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CONSEQUÊNCIAS DO CHOQUE 
 
Por se tratar de um problema multissistêmico, o choque pode trazer repercussões em todos os sistemas 
orgânicos: 
 CARDIOVASCULARES: insuficiência ventricular e trombose microvascular; 
 NEUROLÓGICAS: disfunção do sistema nervoso simpático, coma, falha na termorregulação e 
depressão cardio-respiratória; 
 PULMONARES: insuficiência respiratória aguda (IRA) e lesão pulmonar aguda (LPA); 
 RENAIS: necrose tubular aguda (NTA); 
 HEMATOLÓGICAS: coagulação intravascular disseminada (CIVD); 
 GASTROINTESTINAIS: insuficiência do TGI, úlceras de estresse, insuficiências hepática e pancreática. 
(URDEN; STACY; LOUGH, 2013). 
 
8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
 
Embora o choque possua diferentes etiologias, os pacientes apresentam necessidades ou problemas de 
enfermagem semelhantes (NANDA 2012-2014): 
 Débito cardíaco diminuído; 
 Perfusão tissular cardiopulmonar ineficaz; 
 Perfusão tissular periférica ineficaz; 
 Perfusão tissular renal ineficaz; 
 Perfusão tissular cerebral ineficaz; 
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11 
 Perfusão tissular ineficaz gastrointestinal; 
 Padrão respiratório ineficaz; 
 Troca de gases prejudicada; 
 Ventilação espontânea prejudicada; 
 Desequilíbrio eletrolítico; 
 Risco de sangramento; 
 Ansiedade; 
 Medo. 
 
9. ESTRATÉGIAS GERAIS DE TRATAMENTO 
 
 Suporte do sistema respiratório com oxigênio suplementar ou ventilação mecânica; 
 Reposição de líquido para restaurar o volume intravascular - assegurar acessos venosos; 
 Terapia com medicamentos vasoativos para restaurar o tônus vasomotor e melhorar a função 
cardíaca; 
 Suporte nutricional para suprir as necessidades metabólicas aumentadas. 
 
Hipovolêmico Cardiogênico Distributivo ou séptico Obstrutivo 
 Repor líquido PVC > 
12 
 Interromper perdas 
sanguíneas 
 Pesquisa de 
hemorragias 
 Infarto de VE: Balão aórtico e 
CATE 
 Infarto de VD: monitorar 
pressão pulmonar para guiar 
reposição volume e aminas 
 Cirurgias de urgência 
 Dobutamina 
 Identificar foco e 
remover 
 Monitorar PVC e PIA 
 Considerar Swan-Ganz 
 Albumina 
 Ajustar aminas e 
inotrópicos 
 Volume para manter DC 
 Reduzir acidose e lactato 
 Tamponamento: 
pericardiocentese de 
urgência 
 Drenar pneumotorax 
 Embolia Pulmonar: 
 Heparinização, 
trombolítico 
 
OBJETIVO: 
 PAM= 60 a 90mmhg , 
 PPulmonar 15 a18 mmhg, 
 PVC 8 a 12 mmhg, 
 DC=2 a 4l/min/m², 
 Hemoglobina>10G/dL, 
 SAT O2 >92% 
 Lactato <2,2 Mm/L ( avalia a perfusão dos órgãos sistêmicos) 
 Débito Urinário> 30 A 40ML/H (>0,5ML/KG/H) 
 Nível de Consciência- lucidez 
 
 
 
 
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12 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
Meu amigo (a), o focoe disciplina nos estudos o levará a aprovação, 
Então, vamos ver algumas questões importantes a respeito do tema abordado! 
 
1. (Marinha do Brasil/MARINHA/2015) O choque que tem como característica clínica a estimulação 
parassimpática e a hipotensão com bradicardia, é denominado: 
a) neurogênico. 
b) hipovolêmico. 
c) cardiogênico. 
d) séptico. 
e) anafilático. 
COMENTÁRIOS: 
O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, no qual a vasodilatação ocorre como 
consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações parassimpática e simpática. Comum no cenário 
do trauma em lesões toracolombares. Não há estreitamento da pressão de pulso e possui como características 
que o diferenciam dos outros tipos de choque a bradicardia, pele rósea e quente (AMLS, 2014; PHTLS, 2015; 
SMELTZER et al., 2011). 
 
 
2. (CNEN/ IDECAN/2014) O choque é definido como uma anormalidade circulatória, cuja perfusão orgânica e 
oxigenação tecidual estão inadequadas. Deve-se reconhecer precocemente sua presença e identificar sua 
provável causa. São causas que podem levar ao choque hipovolêmico, EXCETO: 
a) Sangramentos volumosos (exteriorizados ou não) 
b) Perda de líquido excessiva (diarreia, vômito, poliúria e febre) 
c) Sequestro líquido – tecidos inflamados (peritonite, colite e pleuris) 
d) Drenagem de grandes volumes de transudato (ascite e hidrotórax) 
e) Tamponamento cardíaco relacionado ao ferimento penetrante no tórax 
COMENTÁRIOS: 
Segundo o PHTLS 2012, o choque é quase sempre considerado um estado de hipoperfusão celular 
generalizada no qual a liberação de oxigênio no nível celular é inadequada para atender às necessidades 
metabólicas. 
 O choque hipovolêmico é um distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda do volume 
circulante efetivo, ocasionando o desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos 
(SALLUM; PARANHOS, 2010). 
 Suas principais causas (etiologias) são: 
 Hemorragias: rupturas de vasos (arteriais ou venosos) ou de órgãos após traumatismos, perda 
sanguínea após trauma cirúrgico, complicações obstétricas. 
 Desidratações: queimaduras, perdas gastrintestinais (diarreia persistente, vômito maciço, pancreatite), 
diaforese excessiva causada por febre e exercícios, com privação de líquidos. 
Dessa forma, o gabarito é a letra A. 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
13 
 Sequestro de líquidos e eletrólitos: perdas gastrintestinais e renais (diabetes mellitus descompensada, 
diabetes insipidus, insuficiência adrenal, poliúria, alta dosagem de diuréticos e ascite). 
 
 
3. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2015) O choque é uma emergência. Para o atendimento correto é 
necessário uma ação rápida e imediata, pois é uma condição que acarreta risco de vida em razão das diversas 
causas subjacentes. Assinale a alternativa que corresponde ao choque anafilático: 
a) Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às 
necessidades metabólicas dos tecidos. 
b) É uma reação de hipersensibilidade sistêmica que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância 
à qual é extremamente alérgico. 
c) É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma 
ou de água perdida em diarreia e vômito. 
d) Ocorre por vasodilatação e grandes perdas hídricas para o espaço intersticial que podem somar-se à 
depressão miocárdica. 
e) É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este 
choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal. 
COMENTÁRIOS: 
O choque anafilático é causado por uma reação alérgica grave quando os pacientes que já produziram 
anticorpos (IgE) para uma substância estranha (antígeno) desenvolvem uma reação antígeno-anticorpo 
sistêmica (de hipersensibilidade do tipo I), e esse processo requer que o paciente tenha sido previamente 
exposto à substância. 
O choque desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou menos 
severos. As principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores oriundos de 
sua de granulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica principal, etc). 
Principais sinais e sintomas associados: 
 Edema de glote; 
 Tosse e dispneia; 
 Rouquidão; 
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações; 
 Prurido; 
 Urticária e angioedema; 
 Sensação de calor. 
Principais intervenções em situações de choque anafilático são: 
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno); 
 Realização de cricotireoidostomia de urgência; 
 Proteção da via aérea e ventilação; 
 Reanimação volêmica; 
 Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos (difenidramina), broncodilatadores e 
corticoides. 
 
Tendo em vista o exposto, a única alternativa incorreta é a letra E. 
 
Portanto, o gabarito é a letra B. 
 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
14 
4. (EBSERH/HU-UFS/ Instituto AOCP/2014) O Choque Séptico, pode ser classificado com um tipo de choque 
a) obstrutivo. 
b) cardiogênico. 
c) hipovolêmico. 
d) distributivo. 
e) prospectivo. 
COMENTÁRIOS: 
 Caros concurseiros, o choque, enquanto entidade patológica, pode ser classificado em três subtipos: 
1. Choque hipovolêmico: volume vascular menor do que o espaço vascular normal. 
 Perda de fluidos e eletrólitos: desidratação 
 Perda de sangue e fluido: choque hemorrágico 
2. Choque distributivo: o espaço vascular é maior que o normal. 
 Choque neurogênico (hipotensão) 
 Choque psicogênico 
 Choque séptico 
 Choque anafilático 
3. Choque cardiogênico: insuficiência de bombeamento 
 
 
5. (Prefeitura de Sumé-PB/ UFCG-COMPROV/2014) O choque cardiogênico é causado por uma disfunção 
cardíaca. São sinais e sintomas do choque cardiogênico, EXCETO: 
a) Baixo débito urinário. 
b) Pele fria. 
c) Agitação. 
d) Bradipnéia. 
e) Hipotensão arterial. 
COMENTÁRIOS: 
O choque cardiogênico é caracterizado pela redução do débito cardíaco decorrente da contratilidade 
miocárdica diminuída, ocasionando hipotensão arterial e queda da perfusão coronariana e orgânica. Os sinais 
e sintomas apresentados por um paciente em estado de choque cardiogênico são: 
- pressão arterial sistólica < 90 ou 30 mmHg abaixo do nível normal do paciente em repouso; 
- taquicardia; 
- pele fria, pálida, úmida e pegajosa; 
- taquipneia; 
- estase jugular; 
- pulso filiforme; 
- crepitações pulmonares; 
- presença de B3 e B4, na ausculta cardíaca; 
- cianose; 
- baixo débito urinário; 
- alteração do estado mental. 
Logo, a reposta correta é a letra D. 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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O único item que não se enquadra na sintomatologia descrita é a letra D. 
 
 
6. (Universidade Federal Fluminense-UFF/ UFF-COSEAC/2014) O expansor plasmático natural, utilizado para 
tratar ou prevenir o choque relacionado à hipovolemia provocado por perdas de sangue abruptas e para 
fornecer proteínas em casos de hipoproteinemia e eritroblastose fetal é o(a): 
a) solução de Ringer. 
b) manitol. 
c) albumina. 
d) dramin. 
e) cloreto de sódio. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo Smeltzer et al. (2011), tipicamente, quando os coloides são usados para tratar a hipoperfusão 
tecidual, a albumina é o agente prescrito. Trata-se de uma proteína plasmática; uma solução de albumina é 
preparada a partir do plasma humano. Sua desvatagem é seu alto custo. Os coloides, como a albumina, 
expandem o volume intravascular ao exercerem pressão oncótica, puxando, assim, o líquido para o espaço 
intravascular. 
 
 
7. (Prefeitura de Cedro-CE/ URCA/2014)Que sinal levaria você a suspeitar que um paciente tem choque 
séptico? 
a) Escarro transparente, aquoso. 
b) Hipertensão grave. 
c) Hipotensão. 
d) Poliúria. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o PHTLS (2015), a avaliação da presença do choque deve incluir a busca de sutis 
evidências precoces do estado de hipoperfusão. Os sinais de menor perfusão e produção de energia e da 
resposta orgânica incluem: 
- Sistema nervoso central: redução do nível de consciência, ansiedade, desorientação, agressividade, 
comportamento bizarro; 
- Sistema cardiovascular: taquicardia e taquisfigmia, redução da pressão sistólica e de pulso; 
- Sistema respiratório: respiração rápida e superficial; 
- Sistema tegumentar: pele fria, pálida, úmida, pegajosa, diaforética ou mesmo cianótica, com redução 
do enchimento capilar; 
- Sistema renal: diminuição do débito urinário. 
 
 
 
8. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas-IPT-SP/ VUNESP/2011) Um indivíduo em choque cardiogênico 
apresenta, entre outros sinais e sintomas, 
Porém, a questão foi anulada! 
 
Logo, a resposta correta é a letra C. 
 
Logo, a resposta correta é a letra C. 
 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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a) pressão diastólica maior que 160 mmHg, hipotermia, bradicardia e bradipneia. 
b) cianose, estase de jugular, hipertensão e agitação psicomotora. 
c) pulso filiforme, pressão sistólica menor que 90 mmHg ou 30 mmHg abaixo do nível normal em repouso, e 
pele fria, pálida e pegajosa. 
d) estase de jugular, hipertermia, terceira e quarta bulhas inaudíveis na ausculta cardíaca, bradicardia e 
bradipneia. 
e) pele fria, pálida e pegajosa, bradicardia, agitação e ansiedade, dor retroesternal irradiada para o queixo e 
hipertensão. 
COMENTÁRIOS: 
O choque cardiogênico é caracterizado pela redução do débito cardíaco decorrente da contratilidade 
miocárdica diminuída, ocasionando hipotensão arterial e queda da perfusão coronariana e orgânica. Os sinais 
e sintomas apresentados por um paciente em estado de choque cardiogênico são (SALLUM; PARANHOS, 2010): 
- pressão arterial sistólica < 90 ou 30 mmHg abaixo do nível normal do paciente em repouso; 
- taquicardia; 
- pele fria, pálida e pegajosa; 
- taquipneia; 
- estase jugular; 
- pulso filiforme; 
- crepitações pulmonares; 
- presença de B3 e B4, na ausculta cardíaca; 
- cianose; 
- baixo débito urinário; 
- alteração do estado mental. 
 
 
9. (Prefeitura de Sooretama-ES/ FUNCAB/2012) A posição recomendada para paciente em choque 
hipovolêmico é: 
a) fowler. 
b) jacknife. 
c) ventral. 
d) sims. 
e) trendelenburg. 
COMENTÁRIOS: 
 
Todavia, as evidências científicas tem demonstrado que a posição de Trendelemburg não é adequada 
para casos de choque. Vamos conferir como o que dizem as diretrizes mais atuais do Prehospital trauma life 
support (2012): 
"Em geral, os doentes traumatizados em choque devem ser transportados em DECÚBITO DORSAL 
HORIZONTAL, imobilizados em prancha longa. Posições especiais como a de Trendelemburg (posição inclinada, 
com os pés elevados acima do nível da cabeça) ou a posição de "choque" (decúbito dorsal horizontal com as 
pernas elevadas), embora usadas há 150 anos, não são comprovadamente eficazes. A posição de 
Logo, a resposta correta é a letra C. 
 
Nobres concurseiros, a banca considerou correta a letra E como correta. 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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Trendelemburg pode piorar a função ventilatória já alterada e aumentar a pressão intracraniana em doentes 
com lesão cerebral traumática." 
 
 
10. (Marinha do Brasil/MARINHA/2015) Assinale a opção que apresenta sinais e sintomas de anafilaxia. 
 a) Hipotermia, bradicardia, tosse e prurido generalizado. 
 b) Hipotermia, broncoespasmo, náuseas e taquicardia. 
 c) Hemorragia, diarreia, vômitos e congestão nasal. 
 d) Confusão mental, edema, bradicardia e congestão nasal. 
 e) Prurido generalizado, taquicardia e congestão nasal. 
COMENTÁRIOS: 
O choque anafilático desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou 
menos severos. As principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores 
oriundos de sua de granulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica 
principal, etc). 
Principais sinais e sintomas associados: 
 Edema de glote; 
 Tosse e dispneia; 
 Rouquidão; 
 Congestão nasal; 
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações; 
 Taquicardia; 
 Prurido generalizado; 
 Urticária e angioedema; 
 Sensação de calor. 
Principais intervenções em situações de choque anafilático são: 
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno); 
 Realização de cricotireoidostomia de urgência; 
 Proteção da via aérea e ventilação; 
 Reanimação volêmica; 
Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo, a questão deveria ter sido anulada. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra E. 
 
“A aprovação é uma construção diária de estudo direcionado, 
disciplina e motivação!” 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34
 
 
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Chegamos ao final de nossa aula. 
Contamos com engajamento, estudo e determinação de todos vocês! 
Profº. Caíque Jordan 
Profº. Rômulo Passos 
Profº. Sthephanie Abreu 
 
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GABARITO 
 
1. A 
2. E 
3. B 
4. D 
5. D 
6. C 
7. C 
8. C 
9. E 
10. E 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Infectious Diseases Society of America. Practice Guidelines for management of skin and soft tissue infections: 
2014 update by the Infectious Disease Society of America. Clinical Infectious Diseases Jun2014:1-43. 
http://www.survivingsepsis.org/sitecollectiondocuments/guidelines-portuguese.pdf 
 
 
Janaina Marques de Lucena - 716.730.751-34

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