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1 CAPÍTULO 6 Energia e Transferência de Energia EXERCÍCIOS: Sala: 4; 7; 15; 22; 25; 30; 38. Casa: 1; 6; 9; 11; 17; 21; 28; 29; 32; 35; 37; 38. 6.1 Sistemas e Arredores Sistema: É a parte do universo sobre a qual queremos focar nossa atenção ao fazer cálculos e previsões. Ø Ser um corpo ou partícula única; Ø Ser um conjunto de corpos; Ø Ser um volume com uma porção de matéria; Ø Variar de tamanho e forma. Arredores (ou vizinhança): É tudo mais que está fora das fronteiras do sistema e que pode interagir, de algum modo, com o sistema. O sistema pode: 2 rΔ iv fv m 6.2 Trabalho Feito por uma Força Constante ΔrFW r= rF Trabalho, W, da força constante, F: θ)Δr(F cos= ( ) θΔrF cos⋅= Unidades: mN ⋅= msmkg ⋅⋅= )( 2r][[F][W] Δ⋅= joule= J=22 smkg ⋅= Obs: 900 ≤≤θ 18090 ≤≤θ 0≥W 0≤W Enigma rápido 6.1: Considere um cabo de guerra no qual os dois times puxando a corda estão equilibrados, de forma que não ocorra movimento. Há trabalho realizado: (a) sobre as cordas? (b) sobre as pessoas que estão puxando? (c) sobre algum outro sistema? Enigma rápido 6.2: Na figura temos quatro situações nas quais uma força é aplicada a um corpo. Nos quatro casos, a força tem o mesmo módulo e o mesmo deslocamen- to para a direita. Ordene os trabalhos realizados, do mais positivo ao mais negativo. 3 6.3 O Produto Escalar de Dois Vetores iv fv m rΔ ΔrFW r= rF O Trabalho, W, da força constante, F: θ)Δr(F cos= ( ) θΔrF cos⋅= é equivalente ao produto escalar: rΔFW ⋅= zFyFxF zyx Δ+Δ+Δ= Enigma rápido 6.3: Qual das seguintes afirmativas é verdadeira sobre as relações entre o produto escalar de dois vetores e o produto de seus módulos? (a) A·B > AB; (b) A·B < AB; (c) A·B pode ser maior ou menor que AB, dependendo do ângulo entre A e B; (d) A·B pode ser igual a AB 4 curva a sob área= jjj xFW Δ⋅≈Δ 6.4 Trabalho Feito por uma Força Variável Uma força que varia com posição da partícula: Valor aproximado do trabalho de F, no deslocamen- to Δx = xf - xi: jxΔ jA= ∑≈ jif WW ∑= jA A≈ Valor exato do trabalho de F, no deslocamento Δx = xf - xi: Matematicamente, escrevemos WWif = ),x(x fi intervalo no curva a sob área= ∑ Δ⋅= →Δ jj x if xFW lim 0 ∫= f i x x dxxF )( Quando a força tiver componentes x e y: rdFWif ⋅= ∫∫ += f i f i y y y x x x dyyFdxxF )()( 5 Ø Trabalho Feito por uma Mola A força de uma mola: Experimentalmente, verifica-se que: kxF −= (lei de Hooke) (mola relaxada) ff xkx )2 1(−+21 WWWs += ∫= f i x x s dxxFW )( Gráfico: kxFs −= Trabalho da força da mola: 22 2 1 2 1 fis kxkxW −= xi xf (trabalho da força da mola ao deslocar o bloco de xi até xf) 1W 2W o eixo x a curva eárea entre= ))( 2 1( ii xkx −−= 2 2 1 kxWs −=ou 0=ix xx f = 6 ))(( 2 1 iffiapp xxkxkxW −+= Trabalho realizado pela força que estica a mola (força aplicada): Então: Fazendo xi = 0 e xf = x, temos: kxFapp = )( kx−−=sapp FF −= kx= ) 2 1 2 1( 22 fi kxkx −−= )( sW−= 2 2 1 kxWapp = xi xf Wapp 22 2 1 2 1 if kxkx −= ikx fkx ü PONTO DE VERIFICAÇÃO 4: Para três situações, as posições inicial e final do bloco da figura, ao longo do eixo x, são, respectivamente; a) -3 cm, 2 cm; b) 2 cm, 3 cm; c) -2 cm, 2 cm. Em cada situação, o trabalho realizado pela força da mola sobre o bloco é positivo, negativo ou nulo? 7 6.5 Energia Cinética e o Teorema do Trabalho e da Energia Cinética 1. Energia cinética, K, do bloco: 2 2 1 mvK = (energia cinética) Um bloco move-se sem atrito, sob a ação da força resultante, constante, ΣF: fv m iv xΔ xFWres Δ⋅Σ= Unidades: 22 smkg ×= joule1≡ J1≡2]][[][ vmK = 2. Variação na energia cinética, ΔK: 22 2 1 2 1 if mvmv −=if KKK −=Δ 3. Trabalho da Força Resultante (Constante): x t vm Δ Δ Δ = )( ) 2 ( fi vv v + = ) constquando a (só . = KKKW ifres Δ=−= (teorema do trabalho e da energia cinética) ) 2 )(( fiifres vv vvmW + −= )( 2 1 22 if vvm −= if KK −= ))(( vvm Δ=xma Δ= )( 8 O Teorema do Trabalho e da Energia Cinética conti- nua válido quando a força resultante varia: Obs: Wres é o trabalho da força resultante sobre o corpo. 4. Trabalho da Força Resultante (Variável): KKKW ifres Δ=−= EXERCÍCIO 01: Uma partícula se move ao longo de um eixo x. A energia cinética da partícula aumenta, diminui ou permanece a mesma se a velocidade da partícula mudar: a) de -3 m/s para -2 m/s? b) de -2 m/s para 2 m/s? c) Em cada situação, o trabalho realizado sobre a partícula é positivo, negativo ou nulo? 6.6 Sistema não Isolado Definição: O trabalho é a energia transferida para o sistema (ou retirada dele) por uma força externa. Convenção de sinais: (a energia do sistema aumenta) sistema sistema (a) (b) (a energia do sistema diminui) 0>W W 0< Possíveis formas de energia no sistema: Ø Energia potencial (U) – associada à posição relativa de partes do sistema (próx. capítulo); Ø Energia interna (Eint) – associada à temperatu- ra do sistema; Ø Energia cinética (K) – associada à rapidez do sistema; 9 Possíveis formas de transferência de energia entre o sistema e os arredores: Ø Calor (Q) – transf. associada à diferença de temperatura entre o sistema e a vizinhança; Ø Ondas mecânicas (OM) – energia é transferida por vibrações que se propagam em meios materiais em contato com o sistema; Ø Transferência de matéria (TM) – energia é transferida por matéria que cruza as fronteiras do sistema; Ø Transmissão elétrica (TE) – energia é transferida por correntes elétricas que cruzam as fronteiras do sistema; Ø Radiação eletromagnética (RE) - energia é transferida por ondas eletromagnéticas que cruzam as fronteiras do sistema; Ø Trabalho (W) – transf. associada ao desloca- mento do ponto de aplicação de uma força externa sobre o sistema; Equação da continuidade da energia (geral): RETETMOM HHHHQWEK +++++=Δ+Δ int ∑=Δ HEsistema (variação na energia do sistema) (energia transferida entre vizinhança e sistema pelas várias formas) mais explicitamente: Quando a temperatura do sistema não muda, e o único mecanismo de transferência de energia é a realização de trabalho, temos: WK =Δ que é o teorema do trabalho e energia cinética. 10 6.7 Situações Envolvendo Atrito Cinético xΔ Um bloco desliza sob ação de uma força de atrito cinético, fk: xfK kΔ−=Δ A redução na energia cinética é igual à energia dissipada pela força de atrito: Essa energia aparece na forma de energia interna (a temperatura aumenta): intΔEΔxfk = Então: KΔE Δ−=int ou 0int =+Δ ΔEK Quando trabalho é realizado sobre o sistema (bloco + piso): (sistema bloco + piso) teEΔ mecEΔ extW intEKWext Δ+Δ= (trabalho externo sobre o sistema na presença de atrito) Assim, a variação na energia cinética é: intEWK ext Δ−=Δ ou xfWK kext Δ−=Δ 11 Enigma rápido 6.5: Você está viajando numa rodovia a 65 mi/h. Você agora breca até parar em virtude de um congestionamento no tráfego. Onde está a energia que seu carro possuía? Isto é, que forma tem a energia agora e onde está localizada essa forma de energia? 6.8 Potência Mede a rapidez com que um trabalho é realizado por uma força. t WPméd Δ = (potência média) dt dWP = (potência instantânea) Definições: Uma expressão alternativa para a potênciainstan- tânea: vF dt dWP ⋅== dt rdF ⋅ = )( dt rdF ⋅= vF ⋅= dt dWP = Em geral, potência é definida para a transferência de qualquer tipo de energia é transferida: dt dEP = 12 W= Unidades: Unidade alternativa para energia (ou trabalho, W): Jhoraquilowatt 6106,31 ×=⋅ [ ] [ ] [ ]t WP = segundo joule = s J = watt= [ ] horaquilowattW ⋅=1 hkW ⋅=1 )3600()10( 3 sW ⋅= J6106,3 ×=sW ⋅×= 6106,3 Enigma rápido 6.6: Um carro antigo acelera de 0 até a uma rapidez v em 10 s . Um carro esportivo mais novo e mais potente acelera de 0 a 2v no mesmo tempo. Qual é a razão das potências dos dois carros se eles têm a mesma massa? 13 EXERCÍCIOS: Sala: 4; 7; 15; 22; 25; 30; 38. Casa: 1; 6; 9; 11; 17; 21; 28; 29; 32; 35; 37; 38. 4. Uma gota de chuva de massa de 3,35×10-5 kg cai verticalmente com velocidade escalar constante sob a influência da gravidade e da resistência do ar. Qual é o trabalho feito sobre a gota (a) pela gravidade e (b) pela resistência do ar após a gota ter caído 100 m? 7. Uma força F = (6i - 2j) N age sobre uma partícula que realiza um deslocamento Δr = (3i + j) m. Encontre (a) o trabalho feito pela força sobre a partícula e (b) o ângulo entre F e Δr . 14 15. Um vagão de carga de 6000 kg rola ao longo dos trilhos com atrito desprezível. O vagão é parado por uma combinação de duas molas em espiral, como ilustrado na figura abaixo: As duas molas obedecem à lei de Hooke com k1 = 1600 N/m e k2 = 3400 N/m. Após a primeira mola ser comprimida por uma distância de 30,0 cm, a segunda mola age juntamente com a primeira para aumentar a força quando uma compressão adicional ocorre, como mostrado no gráfico. Se o vagão for parado 50,0 cm após o primeiro contato com o siste- ma de duas molas, encontre a velocidade escalar inicial do vagão. 15 22. Uma partícula de 4,00 kg está sujeita a uma força total que varia com a posição como mostrado na figura abaixo. A partícula parte do repouso em x = 0. Qual é sua velocidade escalar em (a) x = 5,00 m, (b) x = 10,0 m, (c) x = 15,0 m? 25. Um bloco de massa de 12,0 kg desce deslizando por um plano inclinado 35,0° desde o repouso e é parado por uma mola forte com k = 3,00×104 N/m. O bloco desliza 3,00 m desde o ponto em que é solto até o ponto onde pára contra a mola. Quando o bloco atinge o repouso, quanto foi comprimida a mola? 16 30. Um bloco de 15,0 kg é arrastado sobre uma superfície horizontal áspera por uma força de 70,0 N agindo a 20,0° acima da horizontal. O bloco é deslocado 5,00 m, e o coeficiente de atrito cinético é de 0,300. Encontre o trabalho feito (a) pela força de 70 N, (b) pela força normal, e (c) pela força gravitacional. (d) Qual é o aumento na energia interna devido ao atrito? (e) Encontre a mudança total na energia cinética do bloco. 38. Um elevador de 650 kg parte do repouso. Ele sobe durante 3,00 s com aceleração constante até alcançar sua velocidade escalar de operação de 1,75 m/s. (a) Qual é a potência média do motor do elevador durante esse período? (b) Como se compa- ra essa potência com a potência do motor quando o elevador está em movimento à velocidade de operação? 17 Fim
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