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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS PROF. CARLA ELIANA TODERO RITTER RELATÓRIO SOBRE AULA PRÁTICA GUILHERME LUÍS GRASSI BENTO GONÇALVES 2014 Introdução. No presente trabalho serão apresentadas as experiências realizadas em aula, seu material e métodos, uma breve pesquisa, seus resultados e a conclusão obtida. Ligações Químicas. Podem ser Ligações Iônicas: A ligação iônica resulta da transferência de elétrons de um átomo á outro, com a consequente formação de íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions) como o cátion e ânion têm cargas opostas, eles se atraem eletrostaticamente formando um par iônico. Essa atração entre os íons do par é conhecida como ligação iônica. Podem ser comumente encontradas em sólidos iônicos, onde cátions e ânions unidos entre si em arranjos regulares formam o sólido. Estes têm alto ponto de fusão e apresentam fragilidade, pois possuem atrações e repulsões idênticas entre seus íons. (RUSSEL; BROTTO, 1994) Nota: todo metal forma ligação iônica combinado com o hidrogênio. . Ligações covalentes: A ligação covalente resulta do emparelhamento de elétrons entre dois átomos. São formadas por dois ametais combinados entre si, incluindo também os átomos de hidrogênio. (RUSSEL; BROTTO, 1994) Ligações Intermoleculares – Ligações de Hidrogênio. Os compostos moleculares covalentes, quando se encontram no estado sólido ou líquido tem suas moléculas unidas umas as outras por meio de ligações chamadas de intermoleculares. Quanto mais forte for esse tipo de interação, mais difícil será para separar as moléculas. Isso afeta diretamente os pontos de fusão e ebulição das substâncias, por exemplo, as moléculas de um líquido devem vencer as forças de atração para se separar e formar o vapor. (BIANCHI; MAIA, 2007) Entre estas forças, as que têm intensidades mais elevadas são as Ligações de Hidrogênio. Este tipo de interação ocorre quando a molécula possui um hidrogênio (“polo positivo”) ligado ao flúor, nitrogênio ou oxigênio, ou seja, elementos muito eletronegativos (“polos negativos”). Como esta força é muito forte, origina dipolos muito acentuados; e é necessária uma energia muito alta para romper as moléculas. Exemplo de moléculas com ligações de H: H20, HF, NH3. (SILVA; SILVA, 1982) Polaridade. A polaridade de uma ligação e de uma molécula está relacionada à distribuição dos elétrons ao redor dos átomos. Se essa distribuição for simétrica, a molécula será apolar, se for assimétrica, sendo que uma das partes da molécula possui maior concentração de elétrons, a molécula é polar. A polaridade das moléculas pode ser visualizada quando a sua substância constituinte é submetida a um campo elétrico externo. Se as moléculas se orientarem na presença desse campo, ou seja, se uma parte for atraída pelo polo positivo e a outra parte da molécula for atraída pelo polo negativo, então, elas são polares. Do contrário, se elas não se orientarem, elas são apolares. (MAIA; BIANCHI, 2007) Por exemplo, quando atritamos bastante um bastão de vidro com uma flanela, ele fica carregado positivamente (como fizemos no experimento 1) . Se o aproximarmos de um filete de água que cai de uma torneira, veremos que a água não continuará caindo na trajetória retilínea na vertical, mas ela será atraída pelo bastão, sofrendo um desvio. Isso mostra que a água é polar. Mas se fizermos essa mesma experiência com um filete de hexano, ele não sofrerá desvio na sua trajetória, mostrando que suas moléculas são apolares. (SILVA;SILVA, 1982) Para determinarmos a polaridade de uma molécula contendo duas ou mais ligações covalentes polares temos que saber a forma geométrica da molécula e além disto, devemos associar cada ligação covalente polar um vetor momento do dipolo, efetuando a soma vetorial dos vetores presentes. (BARBOSA, 2012) Existem 5 formas de geometria básicas (figura 1) das quais todas as moléculas derivam: Figura 1.Geometria das moléculas (http://www.agracadaquimica.com.br/imagens/artigos/trigonal.png) Material e Método. Experimentos: 1 - Ação de um campo elétrico em líquidos. Foram montadas 3 buretas nos suportes, colocando abaixo de cada uma um copo de Bécker. Foi carregada a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira com n-hexano, identificando-as. Antes de abrir cada bureta com seu respectivo elemento, foi atritada uma caneta esferográfica contra o cabelo. Logo após isso se aproximou a caneta de cada líquido, sem encostar. Foram anotados os resultados em uma folha de papel. 2- Dissolução de substâncias iônicas e covalentes. O grupo enumerou quatro tubos de ensaio, e adicionou 1ml de água em cada tubo. No 1° tubo os integrantes acrescentaram 0,02g de CaSO4, no 2º tubo 0,02g de KCl, no terceiro tubo, 0,02g de enxofre sólido e no quarto tubo, 0,02g de sacarose. Os tubos foram agitados e as reações anotadas. 3 - Classificação de substâncias pelo seu ponto de fusão. O grupo preparou 5 cadinhos de porcelana e adicionou uma ponta de espátula dos seguintes reagentes em cada um: Cadinho 1: sacarose (C12H22O11) Cadinho 2: sal de cozinha (NaCl) Cadinho 3: enxofre sólido (S8) Cadinho 4: sulfato de cobre hidratado (CuSO4.5H2O) Cadinho 5: sulfato de alumínio [Al2(SO4)3] Os cadinhos foram aquecidos sobre uma chapa de aquecimento a 300º. Após o experimento as substancias foram classificadas em iônicas ou covalentes. 4 – Separando o Etanol da Gasolina. A gasolina que utilizamos nos automóveis é uma mistura de gasolina e etanol na proporção de 20 a 25%(v/v). Assim, esta prática visou determinar a porcentagem volumétrica de álcool na gasolina através do seguinte método: Procedimento experimental: Em uma proveta de 10 mL foi adicionado 5 mL de gasolina e posteriormente 5 mL de água. Então foi observado o que ocorreu com o volume da solução. Questionamentos: a) Determine a % volumétrica de etanol na gasolina. b) Explique o que ocorreu com o álcool ao adicionar água na mistura. 5 - Atividade Experimental – Produção de Biodiesel. “O biodiesel é um combustível renovável, pois é produzido a partir de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol (pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras). A tecnologia de fabricação do biodiesel está em desenvolvimento avançado no Brasil. A Petrobrás possui esta tecnologia e o combustível orgânico já está sendo utilizado em alguns veículos em nosso país. Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir nos veículos os combustíveis fósseis. Será um grande avanço em busca da diminuição da poluição do ar.” Vidraria e soluções: Erlenmeyer 50 mL, balança, provetas de 200 e 100 mL, solução alcoólica (1:6) metanol/etanol), hidróxido de sódio, solução salina saturada, etiquetas, placas de aquecimento, óleo de soja. Procedimento experimental: Grupo 1. Foi pesado em um Erlenmeyer de 100 mL a massa de óleo necessária para cada ensaio (13,5g) essa massa foi acondicionada em um banho com água à 50 °C para aquecer o óleo; Em um béquer de 50 mL foi adicionado 10 ml de álcool e 0,1 gramas de NaOH, medidades designadas ao nosso grupo. Com o auxílio de um bastão de vidro, dissolveu-se o NaOH no álcool até estar totalmente solubilizado; Após ter aquecido o óleo, a solução álcool:NaOH foi adicionada com cuidado nosErlenmeryers ficou sob agitação por 40min. Após o término da reação, acrescentou-se o biodiesel junto com o glicerol em uma proveta de 100 ml, para determinar o volume total . Após a amostra estar a temperatura ambiente, o grupo adicionou um volume de solução salina saturada (volume igual ao da solução alcoólica) a fim de obter uma melhor separação dos produtos da reação de transesterificação. Resultados e discussão. Experimento 1: Ação de um campo elétrico em líquidos. Após atritar a caneta ao cabelo, criando assim um campo elétrico, observamos que a água (h2o) foi repelida pelo campo eletromagnético, pois suas moléculas são altamente eletronegativas, devido ás pontes de hidrogênio presentes e ao seu formato geométrico, levando a conclusão de que a molécula é polar. Com o etanol, aconteceu um desvio parecido com o da água, devido ás diferentes cargas presentes, onde em seu composto apresenta um grupo hidroxila – OH (polar) ligado a um carbono, que representa a outra parte da molécula que é apolar. E com o n- hexano, que é inteiramente apolar, não ocorre nenhuma interação com o bastão eletricamente carregado. (SILVA; SILVA, 1982) Experimento 2: Dissolução de substâncias iônicas e covalentes. Ao enumerar, e acrescentar 1 mL de água, acrescentar o soluto e agitar para acelerar a reação, observamos que nos tubos de ensaio onde haviam sido colocados KCl e Sacarose, houve dissolução, pois como são compostos polares assim como a água, foram dissolvidos, criando soluções homogêneas. Com o CaSO4 e enxofre sólido não houve a dissolução, havendo a presença de mais de uma fase nos tubos de ensaio. Os compostos são apolares, o que dificulta sua dissolução em água, que é polar. (MAIA; BIANCHI, 2007) Experimento 3: Classificação de substancias pelos seus pontos de fusão. Após a colocar as substâncias em cadinhos, e aquecê-los a 300º, observamos que a sacarose e o enxofre fundiram, devido às ligações covalentes apresentadas nas moléculas. (RUSSEL; BROTTO, 1994) O sal de cozinha (cadinho 2), o sulfato de cobre hidratado (cadinho 4) e o sulfato de alumínio (cadinho 5), não fundiram, apresentando assim possuir ligações iônicas em suas moléculas, ligações muito fortes devido a atração entre os íons de cargas opostas presentes na molécula. Compostos iônicos fundem somente em altíssimas temperaturas. (RUSSEL; BROTTO, 1994) Experimento 4: Separando o etanol da gasolina. Após adicionarmos a gasolina na proveta com a água ouve, um acréscimo no volume da água de 1 ml. Formando uma mistura heterogênea. “Existem mistura tais como água com gasolina, que não apresentam as mesmas propriedades em toda a sua extensão, e, além disso, pode-se observar uma superfície de separação entre a água e a gasolina. Tais misturas são chamadas misturas heterogêneas” (SILVA & BRAGA, 1982) Chegamos então à conclusão de que esse 1 ml era o etanol da gasolina, que devido a sua polaridade se juntou aos átomo de água. Este volume representou 20% da gasolina. (SOUZA, 2005) Experimento 5 - Atividade experimental: Produção do Biodiesel Neste experimento, onde obtivemos Biodiesel a partir da mistura de óleo vegetal, álcool e hidróxido de sódio, observou-se que o rendimento do Biodiesel foi inversamente proporcional à quantidade de NaOH nos grupos onde a solução alcoólica foi de 10 ml. Sendo que no grupo 1 aonde foi usado apenas 0,1 g de NaOH se obteve rendimento de 100%. Nos grupos 4, 5, 6 onde foi usado 15ml de alcool o rendimento da solução ficou entre 63% e 76%. Concluiu-se que quanto menos álcool for usado na mistura, maior o rendimento. Tabela de controle dos processos grupo Massa de NaOH(g) Volume de solução Rendimento (%) Observações alcoólica (mL) 1 0,1 10 100 2 0,2 10 96 3 0,3 10 83 4 0,1 15 63 5 0,2 15 76 6 0,3 15 67 A salina é uma solução com boa condutividade elétrica, e foi usada na separação do biodiesel devido aos sais minerais presentes nela, ela atraí as moléculas de glicerina, separando a do biodiesel. Conclusão Com este relatório podemos concluir que as ligações químicas, ligações intermoleculares e a polaridade foram os principais fenômenos atômicos por trás dos cincos experimentos feitos no laboratório. Referencias Bibliográficas SILVA, Ronaldo Henriques da; SILVA, Edson Braga da. Princípios básicos de química. São Paulo: Harbra, 1982. RUSSELL, John Blair; BROTTO, Maria Elizabeth. Química geral. 2.ed. São Paulo: Pearson, 1994. MAIA, Daltamir Justino; BIANCHI, José Carlos de Azambuja. Química Geral: fundamentos. São Paulo: Pearson, 2007. . http://www.brasilescola.com/quimica/ligacoes-hidrogenio.htm - (Autor: Jeniffer Fogaça) Acessado em 02/09/14 23:45 http://www.salesianorecife.com.br/rede/public/arquivos/tarefa/20130412120330introd ucaoaquimicaorganica.pdf - (Autor: Eder Barbosa) Acessado em 01/09/14 19:20 (http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?&ds=1&acao=quimica/ms2&i=22&id =294 Acessado: 06/09/14 17:11 http://zeus.qui.ufmg.br/~qgeral/downloads/aulas/aula%2016%20- %20geometria%20molecular.pdf Acessado em 03/09/14 20:50 http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000022006000200040&sc ript=sci_arttex (Autor: Carlos Alexandre de Souza) Acessado em 02/09/14 23:04
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