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Linguagem escrita

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LINGUAGEM ESCRITA 11.docx
LINGUAGEM ESCRITA – (AULA 11) 
DISCALCULIA E TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO
Relembrando...
• Transtornos da expressão escrita = disgrafia e disortografia
• Disgrafia = alteração motora da escrita – alteração no traçado da letra – coordenação motora fina prejudicada
• Disortografia = alteração de ortografia e sintaxe – faz parte do quadro de dislexia – diferentes tipos de erros – ortografia natural e arbitrária
• Discussão sobre o filme: “Como estrelas na Terra: toda criança é especial”: resumo, aspectos do protagonista que chamaram a atenção, informações fidedignas e ficcionais, condutas fonoaudiológicas poderiam ser adotadas no caso exposto.
CONSCIÊNCIA NUMÉRICA
• Também conhecida como numerosidade;
• Fluência e flexibilidade com números;
• Entendimento de seus signficados;
• Habilidade para realizar cálculos matemáticos mentais;
• Capacidade de olhar o mundo e fazer comparações.
Raciocínio Lógico: Bases Neuropsicológicas
- Cálculo: função cerebral complexa
- Em uma operação aritmética simples, vários mecanismos cognitivos estão envolvidos, como:
Processamento verbal e/ou gráfico da informação
Percepção
Reconhecimento e produção de números
Representação número/símbolo
Discriminação visoespacial
Memória de curto e longo prazo
Raciocínio sintáxico
Atenção
Dificuldades em Matemática
• Dificuldade de aprendizagem em matemática (DAM): considerada “normal” – disciplina tida como difícil de compreender.
• Experiência com a matemática escolar: costuma ser fonte de frustrações e sentimentos auto-depreciativos.
• Muitas vezes os sentimentos negativos em relação à matemática na vida escolar afetam as escolhas profissionais: dificuldades para dominar essa disciplina
Transtornos da Matemática
- Acalculia: perda da capacidade de executar cálculos e desenvolver o raciocínio aritmético, devido a um dano cerebral;
- Discalculia: transtorno no desenvolvimento das habilidades matemáticas, devido a um comprometimento funcional do SNC.
Discalculia
Transtorno de aprendizagem específico e persistente
Déficit geneticamente condicionado – não é lesional
Possíveis áreas cerebrais envolvidas: sulco intraparietal, áreas do córtex frontal inferior e pré-central, área têmporo-parietal esquerda próximo do giro angular.
Afeta na mesma proporção meninos e meninas em idade escolar
Pode se manifestar isoladamente, mas é comum se apresentar em comorbidade com outros transtornos como: TDAH e dislexia
• Observa-se dificuldade acentuada em:
– identificar números,
– efetuar a relação termo a termo,
– contar,
– aprender os sistemas cardinais e ordinais,
– compreender os conjuntos,
– entender o princípio da conservação,
– efetuar operações aritméticas,
– aprender a dizer as horas,
– compreender a linguagem matemática e o significado dos sinais das quatro operações básicas (+, -, x, :) e da igualdade (=),
– recordar a tabuada,
– completar sequências,
– reconhecer princípios de medidas,
– reconhecer o valor de moedas,
– resolver problemas orais.
- Capacidade para a realização de operações aritméticas (cálculo e raciocínio matemático) acentuadamente abaixo da esperada para a idade cronológica, a inteligência e a escolaridade do indivíduo;
- Interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades matemáticas;
- Não se deve a alteração na acuidade visual ou auditiva ou a um transtorno neurológico.
- Estima-se que 3 a 8% das crianças em idade escolar têm discalculia
- Aproximadamente 50% dessas crianças também apresentam dificuldade em leitura e muitas apresentam o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
- Diagnosticada a partir do terceiro ou quarto ano.
Sinais de risco na Educação Infantil:
- não conhecer os nomes dos números básicos
- não conhecer as quantidades associadas a números pequenos (menores do que quatro)
- não saber contar pequenos conjuntos de objetos
- não compreender adições e subtrações simples
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)
Diferentes terminologias
- Disfunção cerebral mínima
- Disfunção de integração sensorial
- Motoramente deficiente
- Desajeitamento
- Déficit psicomotor
- Dispraxia
- Prejuízo acentuado no desenvolvimento da coordenação motora, que interfere significativamente no rendimento escolar e em atividades da vida diária;
- Alterações na coordenação não relacionadas a uma condição médica geral (por ex., paralisia cerebral, hemiplegia ou atrofia muscular), nem a Transtornos Do
Espectro do Autismo.
- Manifestações variam de acordo com a idade e o estágio do desenvolvimento:
 Crianças pequenas: falta de destreza e atrasos em alcançar marcos do desenvolvimento motor (por ex.: andar, engatinhar, sentar, amarrar cadarços, abotoar camisas, fechar zíperes).
Crianças mais velhas: dificuldades com os aspectos motores da montagem de quebra-cabeças, construção de modelos, jogos com bola e caligrafia.
Características observáveis:
- Em casa: dificuldades com autocuidado, vestir-se e alimentar-se, maior lentidão para adquirir habilidades motoras como andar de bicicleta;
- Na escola: dificuldade com o uso de bola, principalmente em jogos coletivos, dificuldades com escrita, em mudar de atividade e em cópia;
- Problemas associados: problemas acadêmicos e de comportamento, baixa autoestima, depressão, ansiedade,dificuldade de organização pessoal, de seus pertences e de administração do tempo e alto risco para excesso de peso.
LINGUAGEM ESCRITA 12.docx
LINGUAGEM ESCRITA – AULA 12
AVALIAÇÃO DE LEITURA E ESCRITA 
RELEMBRANDO...
 Consciência numérica
 Bases neuropsicológicas para o cálculo
 Dificuldades x Transtornos de Matemática
 Acalculia / Discalculia
 TDC
AVALIAÇÃO – ETAPAS
- Entrevista/Anamnes
- Aplicação de provas e testes
- Análise dos dados
- Levantamento de hipóteses diagnósticas fonoaudiológicas
- Encaminhamento/devolutiva/relatório
AVALIAÇÃO – ANAMNESE
• Dados Gerais: nome, idade, filiação, endereço, encaminhamento.
• Queixa e duração: tempo, forma de início, sintomas principais, relato, antecedentes clínicos e recursos utilizados anteriormente.
• História das primeiras aprendizagens: desenvolvimento cognitivo da criança
• Evolução geral: gestação, infância (desenvolvimento físico, motor, de linguagem), alimentação, sono, etc.
• História clínica: problemas de saúde, cirurgias, internações, doenças diversas e suas consequências, tratamentos realizados, condições auditivas e visuais, etc. 
• História da família nuclear: fatos marcantes dos pais e irmãos, perspectiva socioeconômica e cultural, relações afetivas, estimulação oferecida, situações negativas vividas pela criança; alterações de aprendizagem na família;
• História da família ampliada: interferências e ligações com as diferentes pessoas das famílias materna e paterna, bem como quadros patológicos existentes;
• História escolar
– como se deu a entrada da criança na instituição,
– aspectos positivos e negativos de sua passagem em cada instituição que frequentou,
– evolução escolar,
– razão de escolha e características da escola,
– entrada tardia ou precoce,
– troca constante de escola,
– como se processou a alfabetização (metodologia, exigências da escola e dos pais, reação do paciente)
– relações sociais estabelecidas.
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
- Deve englobar:
Avaliação da linguagem oral
Avaliação da linguagem escrita
Avaliação audiológica completa
AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM ESCRITA
• Instrumentos padronizados ou não padronizados de avaliação de leitura/escrita podem ser utilizado
• O que avaliar:
– Habilidades metalinguísticas
– Leitura: decodificação, fluência e compreensão
– Escrita: grafia, ortografia e produção textual
Habilidades Metalinguísticas
• Avaliação: verificação do desenvolvimentos das habilidades e se há dificuldades que possam comprometer o processamento da leitura, influenciando todo seu aprendizado;
• Devem ser avaliadas as habilidades de: rima, aliteração, identificação e manipulação de sílabas e fonemas e a memória fonológica.
CONFIAS – Consciência Fonológica - Instrumento de Avaliação Sequencial
-Objetivo: avaliar os diferentes níveis de consciência fonológica, de forma abrangente e sequencial – escala crescente de complexidade das tarefas silábicas e fonêmicas;
- Pode ser utilizado com crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização, assim como nos casos de suspeita de dificuldades e/ou transtornos de aprendizagem;
-Faixa etária: crianças a partir de 4 anos de idade;
-Validado em crianças brasileiras.
-Pode ser utilizado por fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e professores
PROHMELE – Provas de Habilidades Metalinguísticas e de Leitura
- Objetivo: avaliar o desempenho de escolares de 1a a 4a série do ensino fundamental em habilidades metalinguísticas e de decodificação, necessárias para o desenvolvimento da leitura
- Pode ser utilizado por fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e professores – contexto escolar ou clínico
- Protocolo dividido em duas partes:
A = provas de habilidades metalinguísticas
B = provas de leituras de palavras reais e pseudopalavras
A) Provas de Habilidades Metalinguísticas
A.1 – Habilidades silábicas: identificação de sílaba inicial, final e medial segmentação; adição; substituição; subtração; combinação de sílabas.
A.2 – Habilidades fonêmicas: identificação de fonema inicial, final e medial; segmentação; adição; substituição; subtração; combinação de fonemas.
B) Provas de Leitura
B. 1 – Leitura de palavras reais
B. 2 – Leitura de pseudopalavras
TDE – TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR (1994)
- instrumento psicométrico
- objetivo: avaliar as capacidades fundamentais para o desempenho escolar = escrita, aritmética e leitura.
- indica: quais áreas da aprendizagem escolar estão preservadas ou prejudicadas no examinando.
- faixa de utilização: do 2o ao 6o ano do ensino fundamental - pode ser utilizado com algumas reservas para estudantes do 8o e 9o anos.
- elaborado a partir da realidade escolar brasileira
- tempo de aplicação: aproximadamente 20 a 30 minutos.
- pode ser utilizado por profissionais que atuam na área escolar
-Composto por três subtestes:
1. Escrita: de nome próprio e de palavras isoladas apresentadas sob ditado;
2. Aritmética: solução oral de problemas; cálculos de operações aritméticas por escrito;
3. Leitura: reconhecimento de palavras isoladas do contexto.
- Há três classificações para o desempenho escolar: superior, médio e inferior, sendo esta última um indicativo de dificuldade de aprendizagem, que pode ser específica (dificuldade de escrita, leitura ou aritmética), ou geral
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES COGNITIVO-LINGUÍSTICAS (2008 – ED. REVISADA E ATUALIZADA - 2012)
- Objetivo: avaliar diferentes aspectos do processamento cognitivo- linguístico de crianças em fase de alfabetização, auxiliando na identificação daquelas com mau desempenho, em relação ao seu grupo- classe.
- Não tem como objetivo estabelecer normas ou padrões – cada profissional (terapeuta ou professor) poderá estabelecer os parâmetros necessários para uso na população de escolares de seu interesse.
- 2 versões:
- Coletiva: 5 subtestes = conhecimento do alfabeto em sequência, cópia de formas, aritmética, escrita sob ditado e memória de curta duração;
- Individual: 10 subtestes = leitura de palavras e pseudopalavras, habilidade metalinguística, habilidade matemática, processamento auditivo, processamento visual, velocidade de processamento.
PROLEC – Provas de Avaliação dos Processos de Leitura
- Objetivo: identificar as dificuldades que interferem no processo de desenvolvimento da leitura, atuando como um guia para orientar programas de intervenção.
-Indicação: 1a a 4a série do Ensino Fundamental
- Análise: por pontuação e por série escolar - são obtidas informações sobre as estratégias que cada escolar utiliza na leitura de um texto, bem como os mecanismos que não estão funcionando adequadamente para que se realize uma boa leitura.
Processo de Identificação das Letras
- Igual/Diferente (composta por 20 pares de palavras ou
- pseudopalavras)
Processo Léxico
- Leitura de Pseudopalavras (composto de 30 pseudopalavras)
Processo Sintático
-Estruturas Gramaticais (consta de 15 itens, sendo cada um deles é composto de um desenho e três orações para que a criança indique qual das orações corresponde ao desenho.
Processo Semântico
-Compreensão de Textos (formado por quatro pequenos textos sendo dois do tipo narrativo e os outros dois expositivos, contendo quatro Perguntas cada) 
AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO LEITORA DE TEXTOS EXPOSITIVOS (SARAIVA ET AL., 2006)
Abrange até a idade adulta
Contém dois textos para cada faixa de escolaridade
Leitura oral e silenciosa
Há perguntas norteadoras
(Filmar e cronometrar a leitura)
Como calcular a velocidade de leitura, ou palavras lidas por minutos (PPM)
Ex. João leu o texto “As Lhamas” em 3’45’’ (225 segundos) 
139 x 60 ÷ 225 = 37 PPM
Avaliação da Compreensão de Leitura
• Recursos não padronizados
-Reprodução oral da história lida (reconto)
-Resposta a questões de múltipla escolha sobre a história
-Teste Cloze (complementação de texto): omissão sistemática de todos os vocábulos múltiplos de 5 de um texto de 250 palavras, substituídos por um traço proporcional ao tamanho da palavra deletada. Deve-se completar as lacunas com a palavra que se julgar mais adequada para completar o sentido do texto
AVALIAÇÃO DA ESCRITA
PRÓ-ORTOGRAFIA - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA ORTOGRAFIA PARA ESCOLARES DO 2O AO 5O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - BATISTA ET AL, 2014
•10 provas: ordem crescente de exigência cognitiva para as atividades de notação
• Versão coletiva:
Prova 1. Escrita das Letras do Alfabeto.
Prova 2. Ditado Randomizado das Letras do Alfabeto.
Prova 3. Ditado de Palavras.
Prova 4. Ditado de Pseudopalavras.
Prova 5. Ditado com Figuras.
Prova 6. Escrita Temática Induzida por Figura.
•Versão individual:
Prova 7. Ditado de Frases.
Prova 8. Erro Proposital.
Prova 9. Ditado Soletrado.
Prova 10. Memória Lexical Ortográfica.
• Pode ser aplicado por professores e coordenadores pedagógicos em contexto educacional e ambiente de coletividade e por fonoaudiólogos em contexto clínico.
COMO ESCREVEM NOSSAS CRIANÇAS (ZORZI, 2009)
A ESCRITA ORTOGRÁFICA NA ESCOLA E NA CLÍNICA (MOOJEN, 2009)
AVALIAÇÃO DA ESCRITA
• Recursos não padronizados
-Ditado de letras - Ditado de palavras e pseudopalavras
-Ditado de frases - Cópia
-Produção textual - Observação dos trabalhos escolares
-Escrita de palavras a partir de figuras
LINGUAGEM ESCRITA aula 08.docx
LINGUAGEM ESCRITA (AULA 08) 
 DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
RELEMBRANDO...
 Etapas do desenvolvimento da leitura
 Leitura = decodificação, fluência, compreensão
 Escrita: grafia, ortografia, produção de texto
 Teoria dos estágios do desenvolvimento da leitura: logográfico, alfabético e ortográfico
 Transparência da ortografia
 Modelo de dupla rota: fonológica e lexical
 Modelo conexionista: 4 processadores interligados = fonológico, ortográfico, semântico e contextual
NÃO APRENDIZAGEM
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
X
DISTÚRBIOS/ TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
Dificuldade de Aprendizagem = Origem social, econômica,cultural, pedagógica e/ou emocional
Transtorno de Aprendizagem = Origem neurobiológica
Sem dificuldades de aprendizagem (60%)
Com dificuldades de
aprendizagem (35%)
Transtornos específicos de aprendizagem (4 a 6%)
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
 Termo mais global e abrangente
 Características principais:
- baixo rendimento escolar em atividades de:
* leitura, /* escrita, /* raciocínio lógico-matemático /- inteligência normal
Naturais
- situações experimentadas por todos os estudantes em alguma matéria e/ ou algum momento de sua vida escolar;
- são transitórias e tendem a desaparecer a partir de um esforço maior do aluno ou de intervenções adequadamente realizadas;
- fatores causadores: proposta pedagógica, capacitação do professor, padrões de exigência da escola e/ou dos pais, falta de assiduidade do aluno, conflitos familiares.
Secundárias
- problema na aprendizagem escolar decorrente de alterações que atuam primariamente sobre o desenvolvimento humano normal e secundariamente sobre a aprendizagem.
- estão incluídas:
 deficiência mental
 deficiência sensorial
 quadros neurológicos
 transtornos emocionais significativos.
Principais manifestações na leitura:
• falha na decodificação e reconhecimento do material lido;
• substituições, omissões, adições e transposição de fonemas e sílabas, ocasionando lentidão na leitura;
• dificuldade em compreender o texto lido.
Principais manifestações na escrita:
• substituições, omissões, adições e transposição de grafemas e sílabas;
• reversão (rotação) de letras;
• dificuldade e lentidão na cópia da lousa;
• dificuldade em produzir um texto escrito espontaneamente.
Principais manifestações no cálculo-matemático:
• dificuldade para identificar números
• dificuldade para contar;
• dificuldade na compreensão da linguagem matemática e dos símbolos;
• dificuldade em resolver problemas oralmente e por escrito;
• dificuldade no cálculo.
Principais manifestações comportamentais
• sentimento de incompetência pessoal
• vergonha;
• baixa estima, inferioridade
• distanciamento das demandas de aprendizagem;
• raiva/agressividade.
TRANSTORNO / DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM
Inabilidade específica na leitura, na expressão escrita ou na matemática, em indivíduos que apresentam resultados abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.
• É PERSISTENTE e se relaciona a alterações específicas do Sistema Nervoso Central (SNC).
Disfunção neurológica = intrínseca ao indivíduo: responsável pelo insucesso na escrita, na leitura e no cálculo
 Falha no processamento das informações no SNC = indivíduo recebe adequadamente as informações do meio externo (visuais, auditivas e cinestésicas), mas há um problema na integração, no processamento e no armazenamento dessas informações
 Prejuízo na "saída" das informações, seja pela escrita, leitura ou cálculo.
Fatores de exclusão:
 falta de oportunidade de aprender;
 descontinuidades educacionais;
 traumatismos ou doença cerebral adquirida;
 comprometimento da inteligência global;
 comprometimentos sensoriais (visuais ou auditivos) não corrigidos.
Resultados normais nos exames neurológicos tradicionais:
 Eletroencefalograma (EEG)
 Ressonância Magnenética
 Tomografia Computadorizada
 Grupo de alterações mais difíceis de serem identificadas, mais
específicas e pontuais.
Dificuldades x Transtornos
Nem todas as dificuldades de aprendizagem são distúrbios:
1) muitas crianças são simplesmente mais lentas na aquisição e desenvolvimento de certas habilidades;
2) crianças são diferentes, não só no desenvolvimento, mas na forma de aprender.
- Nas dificuldades escolares, não há patogenia e sim um obstáculo que pode comprometer o processo de aprender como: fatores relacionados ao meio cultural/social, ambiente escolar e familiar.
TRANSTORNO DE LEITURA
 Muita divergência na literatura;
 Vários nomes propostos no decorrer dos anos;
 1a expressão empregada: cegueira congênita das palavras;
 Outros nomes:
- dislexia; 
- dislexia específica de desenvolvimento;
- dificuldade específica de leitura; 
- distúrbio específico de leitura;
- atraso específico de leitura; 
- leitores fracos;
- distúrbios de leitura; 
- distúrbio de aprendizagem de leitura
DISLEXIA
- Terminologia mais utilizada para o transtorno da leitura;
- Palavra de origem grega: significa “dificuldade (dis) com palavras (lexia)”.
- Dois tipos principais:
 dislexia do desenvolvimento: condição inata
 dislexia adquirida: perda da habilidade de ler e escrever como resultado de uma lesão no cérebro ou uma doença.
Transtorno ESPECÍFICO de leitura
- Condição neurológica vitalícia - frequentemente herdada: alterações genéticas de ordem neurobiológica
- Alteração de linguagem - processamento fonológico: conversão fonema grafema;
- Inteligência preservada: funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem
- Discrepância inesperada entre: potencial para aprender e desempenho escolar;
Não é originada por:
 déficits sensoriais (visuais e auditivos),
 problemas emocionais,
 distúrbios neurológicos,
 dificuldades socioeconômicas
 má alfabetização,
 desatenção, / desmotivação,/ baixa inteligência.
LINGUAGEM ESCRITA aula 10.docx
LINGUAGEM ESCRITA (AULA 10 )
Transtornos de Expressão Escrita
Relembrando...
- Dislexia: conceito, marca neural, características, sinais de risco, alterações emocionais e comportamentais associadas
- Diagnóstico – multidisciplinar – papel do fonoaudiólogo
- Diagnóstico e intervenção precoce
TRANSTORNOS DA EXPRESSÃO ESCRITA
- Prejuízos:
- Precisão na ortografia
- Precisão na gramática e na pontuação
- Clareza ou organização da expressão escrita
- Em geral: encontrados em combinação com Transtorno da Leitura ou Transtorno da Matemática.
- É raro, quando não associados a outros Transtornos da Aprendizagem;
- Diagnóstico: a partir do terceiro ano também em crianças mais velhas e em adultos. Pouco se sabe sobre seu prognóstico a longo prazo.
- Dividem-se em: disgrafia e disortografia.
DISGRAFIA
- Transtorno funcional na execução da escrita, que afeta a forma, a inteligibilidade, o ritmo ou o significado da mesma, sem alterações intelectuais, sensoriais, neurológicas, motoras ou afetivas que a justifiquem
- Desenvolvimento anormal da habilidade de traçar as letras – ilegibilidade da escrita
- Divide-se em:
- Disgrafia do desenvolvimento: desenvolvimento anormal da habilidade de escrever, resultante de uma disfunção do sistema nervoso central
- Disgrafia adquirida: perda de habilidades anteriormente adquiridas, decorrente de lesão no SNC
- • Incapacidade de produzir uma escrita culturalmente aceitável, em termos de legibilidade (forma, alinhamento, espaçamento e dimensionamento de letras e palavras) e velocidade da escrita (taxa de produção reduzida)
• Nível intelectual adequado
• Recebe as devidas instruções
• É submetido ao processo de prática da escrita no decorrer de sua formação acadêmica
• Persistente – não desaparece com a progressão da escolaridade
Alterações na caligrafia, na cópia e na escrita de sequência de letras em palavras comuns, em função de alteração na coordenação motora fina.
• Escrita cursiva extremamente prejudicada
• Dificuldades de realização do movimentos necessários à escrita
• Presença de:
– Flutuações na linha
– Inacabamento
– Ilegibilidade
– Confusão das letras
– Irregularidades de dimensão
Afeta:
• FORMA
• FLUIDEZ
• QUALIDADE
• SIGNIFICADO da escrita
• Origem:
– Déficit na integração perceptovisomotora
– Falta de domínio do controle muscular necessário para realizar a produção escrita
• Quando a escola não trabalha as habilidades perceptovisomotoras relacionadas à grafia, possivelmente a qualidade de escrita disgráfica aparecerá
– diagnóstico difícil
• Brasil: ainda são escassos estudos em relação à disgrafia - não é possível ter estimativas de sua prevalência.
• Pode se manifestar junto dos seguintes quadros:
- Transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC)
- TDAH
- dislexia
- dificuldade de aprendizagem
DISORTOGRAFIA
• Alteração de ortografia e sintaxe: problemas na aprendizagem da gramática e redação - potencial intelectual e escolaridade do indivíduo: adequados para a idade
• Padrão de escrita: foge à regras ortográficas e limita a produção textual
• Raramente ocorre de modo isolado – em geral, está associada à dislexia ou a outros transtornos de aprendizagem – sistema fonológico deficiente
• Todo disléxico tem também disortografia: consequência da dislexia
• Alteração na organização, planificação e sequenciamento da escrita;
• Número muito maior de trocas ortográficas do que o esperado para idade/escolaridade – quadro persistente
• Alteração na produção textual: vocabulário, uso de maiúscula, pontuação, acentuação, organização espacial do texto
• Confusão, inversão, transposição, omissão e substituição de letras
• Erros na conversão letra-som - ordem de sílabas alteradas
• Lentidão na percepção visual
• Alteração na idealização, formulação e produção da escrita
• Frases incorretamente construídas: mal estruturadas, inacabadas, com falta de elementos, palavras repetidas, vocabulário reduzido e falta de pontuação
• Grande dificuldades na produção de textos escritos
• Ausência de revisão da produção
• Dificuldade em expressar ideias com boa sintaxe, sequência e estrutura adequadas
• Ocorrência dos mesmos erros sistematicamente
CLASSIFICAÇÃO – ERROS ORTOGRÁFICOS
 ORTOGRAFIA NATURAL: correspondências fonema-grafema que estão mais relacionadas com a linguagem oral; sua grafia depende mais da relação letra-som do que do conhecimento das regras ortográficas
 Erros:
 correspondência fonema-grafema unívoca,
 na sequencialização dos grafemas: omissão, adição e alteração na ordem dos segmentos,
 segmentação da cadeia de fala: junções e separações indevidas na escrita.
Exemplos de erros de ortografia natural:
• correspondência fonema-grafema unívoca :
– dola => bola;
– cato=> gato
erros de letras que possuem apenas um som independente do contexto grafêmico em que se apresentam
• erros na sequencialização dos grafemas:
– barço => braço;
– amo => amor;
– pasata => pasta
erros relacionados à omissão, adição e alteração na ordem dos segmentos
• erro de segmentação da cadeia de fala:
– fute bol =>futebol;
– derrepente = de repente;
erros relacionados às junções e separações indevidas na escrita
• ORTOGRAFIA ARBITRÁRIA: são erros relacionados às regras ortográficas propriamente ditas.
• Dois tipos de erros:
– correspondência fonema-grafema dependente do contexto
– erros independentes de regras
Exemplos de erros de ortografia arbitrária:
• correspondência fonema-grafema dependente do contexto:
– caza => casa;
– tanbén => também
erros por desconhecimento de regras (‘s’ entre vogais; ‘m’ antes de ‘p’ e ‘b’)
• erros independentes de regras:
– valores de x : xale, exato, táxi, próximo;
– ‘z’ com som /s/: nariz, arroz;
– uso de s, ss, ç, sc, sç, xc
Mais relacionados com radicais, sufixos e prefixos da língua do que com regras propriamente ditas
• Estudos que investigaram a aquisição da ortografia do Português Brasileiro verificaram que:
– erros de ortografia natural: tendem a se estabilizar nas séries iniciais (2o/3o ano)
– erros de ortografia arbitrária: demoram mais tempo para serem superados (por volta do 5o ano)
– palavras de baixa frequência tendem a provocar erros mesmo em leitores/escritores experientes.
LINGUAGEM ESCRITA AULA 13.docx
LINGUAGEM ESCRITA – (AULA 13)
TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA DE LINGUAGEM ESCRITA
Relembrando...
• Etapas da avaliação de linguagem escrita
• Dados de anamnese
• Avaliação fonoaudiológica: linguagem escrita
• O que avaliar: Habilidades metalinguísticas; Leitura: decodificação, fluência e compreensão; Escrita: grafia, ortografia e produção textual
• Instrumentos padronizados/não padronizados
- CONFIAS E PROHMELE
- TDE
- PROTOCOLO DE HABILIDADES COGNITIVO- LINGUÍSTICAS
- PROLEC
- AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO LEITORA DE TEXTOS EXPOSITIVOS
- PRÓ-ORTOGRAFIA
- PERFIL DE REGISTRO ORTOGRÁFICO (ZORZI)
- DITADO BALANCEADO (MOOJEN)
- TIPITI
INTERVENÇÃO EM LINGUAGEM ESCRITA
Estratégias de estimulação de:
• Habilidades Metalinguísticas
• Leitura: decodificação, fluência e compreensão
• Escrita: grafia, ortografia e produção textual
HABILIDADES METALINGUÍSTICA
Nivel Da Silaba
• Síntese
• Segmentação
• Identificação de sílaba inicial
• Identificação de rima
• Produção de palavra com a sílaba dada
• Identificação de sílaba final
• Identificação de sílaba medial
• Produção de rima
• Exclusão
• Transposição
Nivel do Fonema
• Produção de palavra que inicia com o som dado
• Identificação de fonema inicial
• Identificação de fonema final
• Exclusão
• Síntese
• Segmentação
• Transposição
Sugestões de Atividades
Frases, Palavras e Sílabas
Bater palmas correspondentes aos números de sílabas, de palavras ou frases de uma poesia ou música
 Recitar um poema marcando com os pés as palavras ou as sílabas.
 Dizer palavras que comecem ou terminem com determinada sílaba.
 Fazer perguntas que exijam reflexão sobre as sílabas.
Cantar uma música excluindo determinadas sílabas:
O sapo não “__va” o pé
Não “__va” porque não quer
Ele mora “__” na “__goa”
Não “__va” o pé porque não quer
Mas que chulé!
Brincar com a língua do pê: pe – ca – pe – sa (casa).
 Tirar uma sílaba e desenhar o que sobrou: bolacha / soldado
Site execicios de desenvolvimento da consciência fonológica. https://dislexicos.files.wordpress.com/2014/02/conscic3aancia-fonolc3b3gica-2.pdf
Sugestões de Atividades
Exclusão Sílaba Inicial
Sapato 			Carroça
Aloja 				Macaco
Rebola 			Separa
Amassa 			Sorriu
Partiu 				Navio
Fivela 				Jibóia
Roupão 			Salmão
Selado 			Esquilo
Despede 			Escola
Estanque 			Esmola
Rimas e Aliterações
Ler um poema em voz alta e perguntar quais palavras rimam.
Corre cutia / na casa da tia
corre cipó / na casa da vó
lencinho na mão / caiu no chão
moça(o) bonita(o) / do meu coração
 Dizer palavras que rimem com o próprio nome.
Ex.: Gabriela – panela.
 A partir de figuras, agrupar as palavras que rimam
 Completar as rimas
Fui na horta apanhar couve
marimbondo me mordeu
Fui dar parte à polícia
A polícia me ______________
 Descobrir
O que Marieta guarda dentro da gaveta?
( ) uma revista em quadrinhos
( ) a sua primeira chupeta
( ) um cachorrinho pequeno
•Formar palavras baseando-se em outra, mantendo o início da palavra. Ex: FLOR / TERRA
•Formar palavras com diferentes morfemas como: eiro(a) , ado(a) , oso(a) , ista(o)
•Jogar STOP, oral, evocando palavras nas diferentes categorias determinadas no jogo, utilizando sílabas sorteadas; posteriormente podem ser sorteados os fonemas.
•Falar palavras que iniciem com a sílaba ou o som final da palavra emitida pelo outro jogador
SITES
https://neuropsiinfantil.wordpress.com/intervencoes/leit_e_escrita/
http://www.fonologica.com.br/blog/2013/10/atividades-de-consciencia-fonologica-ii/
http://problemasdeaprendizagem.blogspot.com.br/2009/06/consciencia-fonologica-atividade.html
http://www.fonologica.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/09/Conscie%CC%82ncia-Rimas.jpg
http://serdislexico.blogspot.com.br/
http://ww2.professoraedenilsa.com.br/textos-e-atividades-com-rimas-1%C2%BA-ano
Fonemas
 Fazer perguntas que exijam a reflexão sobre os fonemas:
Quantos sons
tem a palavra ‘sala’ ? (segmentar os sons batendo palmas)
Qual o último som da palavra ‘dominó’? (ó)
Qual palavra resta se eu tirar o / l / de ‘luva’? (uva)
 Dizer palavras que comecem com um determinado som.
Ex.: /s/ - sapo, sacola, sorvete, sopa, sino.
 Brincar com parlendas, trocando determinados sons:
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
O pato poeu a poupa do pei de poma.
A partir de figuras, dizer palavras que comecem com os mesmos sons.
Trocar todas as vogais das músicas pelo som /a/, depois /e/; /i/; /o/; /u/.
Utilizar um cartaz chamando a atenção sobre a vogal que será utilizada.
Assim:
Caranguaja nãa á paaxa 			A sapa nãa lava pá
Caranguaja paaxa á,
Nãa lava parque não quar
Caranguaja só á paaxa
Na anchanta da mará 			Ala mara lá na lagaa,
Palma, palma, palma 			Nãa lava, parque não quar
Pá, pá, pá
Rada,rada,rada,
Caranguaja paaxa á
SUGESTOES DE ATIVIDADES
Consciência fonológica (GEARTE)
-Objetivo: consciência da formação das palavras (sílabas) e dos fonemas:
Mesma sílaba inicial
Mesmo som inicial/final
Rimas
Substituição de sílabas
*Substituição de sons
A aranha arranha (GEARTE)
-Objetivo: estimular o processamento fonológico
- Atividades propostas envolvem as seguintes tarefas:
• Identificação e discriminação de palavras repetidas.
• Identificação de sílabas iguais/diferentes em palavras
• Exclusão, adição e síntese de sílabas.
• Identificação de fonemas iguais/diferentes em palavras.
• Exclusão, adição, síntese e segmentação de fonemas
Programa de Remediação Fonológica
Estratégias trabalhadas
1) Identificação do som e da letra
2) Identificação de palavras dentro de uma frase
3) Identificação e manipulação de sílabas na palavra
4) Síntese fonêmica
5) Rima
6) Identificação e discriminação de fonemas
7) Segmentação de fonemas
8) Subtração de fonemas
9) Substituição de fonemas
10)Transposição fonêmica
Habilidades Auditivas e Consciência Fonológica
• Material composto por 22 cartelas ilustradas e um CD, para a realização de exercícios de estimulação do processamento auditivo e da consciência fonológica;
• CD: 41 faixas com sons não-verbais (animais, instrumentos, sons do corpo e da natureza) e sons verbais (palavras, frases, histórias, canções, parlendas etc.);
• Uso clínico com crianças, adolescentes e adultos ou em atividades que os pais possam realizar em casa com os filhos, sob a orientação de um fonoaudiólogo.
Pedro no Parque de Diversões: estimulando a consciência fonológica
Objetivo: desenvolver a consciência fonológica nos níveis silábico e intrassilábico, mediante as seguintes habilidades
 segmentação
 síntese
 contagem
 identificação
 inclusão
 exclusão
 substituição
 Transposição
Pluck no Planeta dos Sons (Faria)
• 10 jogos interativos
• Idade: 6 a 12 anos
• Habilidades trabalhadas:
-Processamento auditivo: discriminação, memória, atenção seletiva, figura-fundo e fechamento auditivo
- Consciência fonológica: análise, adição, segmentação, subtração, substituição, aliteração, reversão e rima
- Estimulação da leitura e da escrita
- Treino com logatomas
• Sons competitivos: música, ruído e fala.
As novas aventuras do Pluck 1 e 2 (Faria)
-16 jogos interativos.
-Idade: a partir de 8 anos.
-Foco: desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.
-Sons competitivos: música, ruído e fala.
-CD1 - Habilidades Estimuladas: auditivo-visual
- CD 2 - Habilidades Estimuladas: visual-auditivo
INTERVENÇÃO EM DECODIFIÇÃO 
Decodificação
- Leitura = decodificação x compreensão
- Decodificar = transformar os sinais gráficos em pronúncia
- É possível que um leitor decodifique, mas não compreenda
- Objetivo do trabalho com a decodificação: torná-la cada vez mais rápida e precisa, para facilitar a compreensão
ESTRATÉGIAS
1) Trabalhar a identificação e o reconhecimentos das letras, a sequência alfabética e o som de cada letra.
2) Apresentar dois cartões com uma palavra em cada um.
TIA				DIA
Ler as palavras apresentadas, apontando cada uma durante a leitura. Após 10 segundos, dizer novamente uma das palavras e pedir que a criança a aponte.
3) Usando o jogo Lince Alfabeto (ou figuras, com a letra inicial destacada), montar enigmas para que a criança una a 1ª letra de cada figura apresentada e forme uma palavra nova
Variação: repetir a atividade, usando apenas as figuras, sem o apoio das letras
4) Apresentar cartões com não-palavras, ler e apontar cada palavra para a criança e, após 10 segundos, dizer uma das não-palavras novamente e pedir que a criança a aponte
FUAS 					VUAS
5) Colocar cartões com sílabas variadas virados para que a criança não os veja e sorteá-los aleatoriamente, formando palavras ou não-palavras, de duas ou três sílabas
6) Apresentar palavras com a 1a letra omitida, que possam ser completadas com letras diferentes, com sentido e incentivar a criança a pensar na sequência do alfabeto para realizar a atividade
Ex: ___anto ___edo ___ola
7) Dividir palavras dissilábicas em colunas e solicitar que a criança ligue as sílabas formando palavras reais. Quando a criança conseguir realizar esta tarefa, pode-se dificultá- la usando palavras com três ou quatro sílabas distribuídas em colunas a serem ligadas.
8) Escrever em uma folha algumas palavras-alvo e fazer perguntas para que a criança as identifique.
Ex: atriz – camaleão – pato – azul – Raul
- Qual palavra começa com a 1a letra do alfabeto e termina com a última?
- O final desta palavra esconde o nome do rei das selvas.
9) Brincar de FORCA, buscando relacionar o som ao nome das letras
10) Apresentar um cartão com três palavras e pedir que a criança aponte aquela que se inicia com a sílaba ou o som dado:
Ex: som /g/
GALO				FADA				PAPO
 INTERVENÇÃO NA FLUÊNCIA DE LEITURA
- Fluência = velocidade, precisão e expressividade daleitura
- Velocidade = reconhecimento automático das palavras
- Atenção e memória: liberados para recuperar o significado da frase e do texto
ESTRATÉGIAS 
- Confeccionar as letras do alfabeto em formato grande e vendar a criança para que ela descubra a letra dada pelo tato. Após a realização desta atividade, também pode-se pedir a ela que preencha as letras com materiais como algodão, feijão, bolinhas de papel, etc
- Estimular a nomeação rápida, através de listas de figuras, letras, números, sílabas ou palavras
- Selecionar palavras, iniciando pelas mais frequentes e depois inserir as mais complexas, pedir que a criança faça a leitura e cronometrar um minuto para essa tarefa, marcando a quantidade de palavras lidas e os erros cometidos
- Repetir a mesma estratégia com pequenos textos (dois parágrafos) ou poesias. Esta leitura também pode ser gravada e ouvida com a criança, fazendo-se um monitoramento semanal, quinzenal ou mensal deste desempenho.
- Fazer leitura em uníssono, inicialmente de textos curtos e simples, aumentando a quantidade de palavras e a complexidade.
- Trabalhar a percepção sobre os sinais de pontuação e suas funções e, em seguida, apresentar um texto sem estes sinais, fazer a leitura para a criança sem entonação e sem pausas e solicitar que ela coloque os sinais que considerar necessários
- Escolher uma história com muitos diálogos e propor dramatização com fantoches
- Escolher uma breve notícia de jornal e solicitar que a criança seja a jornalista. Filmar esta leitura para que a mesma possa avaliar seu desempenho.
INTERVENÇÃO NA COMPREENSÃO
- Um bom nível de compreensão leitora depende:
- do conhecimento lexical (vocabulário) e sintático
- da experiência individual da leitura que permite reconhecer a estrutura global do texto
- do conhecimento de mundo acumulado pelo leitor
 Deve ser ensinada explicitamente:
- Esquema básico do texto
- Estratégias para compreensão de palavras
- Necessidade de busca pela coesão (sintaxe)
- Geração de inferências
- Formação de imagens mentais que representam o conteúdo lido
ESTRATÉGIAS
- Estimular a categorização, primeiramente com figuras e depois com palavras
http://serdislexico.blogspot.com.br/
- Fazer listas de palavras que se encaixem em determinadas categorias
Ex: O que eu compro no supermercado?
O que eu encontro num parque?
Que animais eu vejo numa fazenda?
- Repetir a estratégia acima, usando uma letra-alvo. Ex:
animais que comecem com “c”
- Caso a criança já saiba escrever, pode-se brincar de
STOP, estipulando as categorias com a criança
- Trabalhar com sinônimos e antônimos
http://www.portalescolar.net/2012/06/sinonimos-antonimos-atividades-para_30.html
- Usar palavras novas na oralidade e/ou na leitura e estimular a descoberta do significado pelo contexto ou com o uso do dicionário
- Estimular a compreensão de frases, utilizando uma lista em que algumas têm sentido e outras não. A criança deverá marcar se as frases são verdadeiras ou falsas. Exemplo:
- Os peixes voam. ( )
- As pessoas andam. ( )
- Os pássaros têm dois braços. ( )
- O gato latiu. ( )
	- Apresentar um texto à criança e estimulá-la a observar os aspectos gráficos do mesmo (estrutura de parágrafos, título, presença de diálogos, figuras, etc)
- Exploração do título do texto, questionando a criança sobre as palavras chave ali presentes. Estimulá-la também a imaginar os personagens e o cenário da história
- Estimular também a leitura do nome do autor e verificar se a criança tem algum conhecimento sobre ele.
- Ler um trecho e estimular a criança a formar imagens mentais do que acabou de escutar
- Apresentar um texto com os parágrafos separados, fazer a leitura com a criança e pedir que ela recorte os pedaços da história e cole-os em outra folha na ordem correta. Verificar a compreensão de cada parágrafo do texto isoladamente. Quando essa estratégia for dominado, o terapeuta pode apresentar o texto já recortado, para que a criança faça a organização da forma como julgar adequado.
- Oferecer um texto com os parágrafos fora de ordem e pedir que a criança numere a sequência da história de modo a torná-la coerente.
- Estimular a criança a encontrar no texto as seguintes informações:
- Quem?
- O quê?
- Onde?
- Como?
- Quando?
- Por que?
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ABC Training (Sanches e Alvarez)
•FORCA
•STOP
•FORME PALAVRAS
MemoTraining (Sanches e Alvarez)
Categorias que compõem o jogo:
• Letras 		• Animais 		• Sinônimos
• Sílaba Inicial 	• Palavras 		• Objetos
• Instrumentos 	• Sílaba Final		 • Antônimos
• Pássaros 		• Sílaba Medial 	• Contas
• Cores 		• Pseudopalavras 	• Seq. de Palavras
• Números 		• Letras Misturadas
Super Treino – Esportes / Animais / Países (FOZ)
-Objetivo: melhorar a velocidade e a precisão da leitura de palavras
- Jogo: o jogador deverá ler o nome dos esportes/animais/países, reconhecendo-os rapidamente.
- Faixa etária/escolaridade: crianças alfabetizadas e jovens que permanecem lendo de forma silabada ou sem precisão (acurácia) e que precisam aprimorar a leitura.
Mistura - Bichos / Comidas (FOZ)
- Objetivo: trabalho com consciência fonológica e leitura, melhora da decodificação, estimulação do acesso lexical, desenvolvimento de vocabulário e da memória de trabalho.
- Jogo: o jogador deve ler a “palavra inventada” e descobrir a “mistura” (pseudopalavra)
- Faixa etária/escolaridade: crianças em fase de alfabetização (com mediação adequada) e crianças alfabetizadas.
Contos / Detetive Bichos (FOZ)
- Objetivo: promover a eficiência da decodificação, fechamento visual e auditivo, consciência fonológica, manipulação silábica, memória de trabalho, acesso lexical, ampliação de vocabulário, entre outras.
- Jogo: descobrir o nome do conto de fadas / bichos apresentado, nas sílabas que estão embaralhadas. Caso o jogador não consiga fazer a manipulação silábica mentalmente, utilizar apoio da escrita
Aramumo (ITABits/iABCD)
- Objetivo: auxiliar no ensino de crianças com distúrbios de aprendizagem (especialmente dislexia).
- Jogo: o jogador dever ouvir um conjunto de palavras e então arrastar as bolhas flutuantes (sílabas) nas posições corretas na grade quadricular, de forma que as setas correspondam às palavras ouvidas.
Mimosa no Reino das Cores (ITABits/iABCD)
- Objetivo: auxiliar no ensino de crianças com distúrbios de aprendizagem (especialmente dislexia).
- Jogo: associar a palavra ouvida à seu correspondente escrito.
INTERVENÇÃO NA GRAFIA
 Envolve:
- Planejamento motor
- Coordenação olho-mão
- Percepção visual
- Integração visomotora
- Percepção cinestésica
- Controle motor fino
- Atenção sustentada
-Manipulação com as mãos
INTERVENÇÃO
Ligar pontos para formar desenhos
-Reforçar as linhas do caderno para ajudar a visualização
-Recorte de figuras de uma cor e colagem em folha de cor contrastante
-Treinar localização espacial com mapas e atividades com espelho
-Completar desenhos de acordo com a figura-alvo
-Circuitos de exercícios que demandem habilidades motoras e perceptovisuais, como correr uma distância, ultrapassando obstáculos
-Atividades gráficas de labirinto
- Atividades de organização do esquema corporal: distinguir cima e baixo, dentro e fora, perto e longe, esquerda e direita
-Identificar igualdades e diferenças em forma e posição
-Atividades em computador que incluam busca visual e motora
-Recorte, colagem, jogos de encaixe de tamanhos variados, jogos de construção e manipulação, modelagem, picotagem
-Distinção e classificação de objetos por cor, forma e tamanho
-Descobrir uma figura em fundo distrator
INTERVENÇÃO EM ORTOGRAFIA
- Convenção social que visa facilitar a comunicação escrita
- Parâmetro para a escrita das palavras
- Unificação das diferentes formas de falar uma mesma língua
- Contém regras de naturezas diferentes e envolve diferentes competências para sua aprendizagem
- Adquirida de forma progressiva até sua automatização
- Três peculiaridades:
- sons representados por uma única letra (correspondência unívoca)
- sons representados por diversas letras
- letras que podem representar mais de um som
Programa de intervenção com as dificuldades ortográficas: proposta de um modelo clínico e educacional
- Dificuldades ortográficas contempladas:
- [p] / [b] - [t] / [d]
- [f] / [v] - [m] / [n]
- omissão, adição e alteração na ordem de letras/segmentos
- hipo/hipersegmentação
- M e N antes de [p] e [b]
- X 				- R/RR
- ÃO/AM			 - G/GU
- C/QU 			- S/C/SS/SC/XC/Ç
- J/G (vogais [e] e [i] 		- Z/S
- H (em início de palavra) 	- CH/X
Complete / Questões / Lacunas / Trilha / Dominó / Cruzadinhas : oposição surda-sonora (GEARTE)
-criança deverá realizar atividades, selecionando a letra correspondente aos fonemas que se opõem pelo traço sonoridade
•p/ x /b/
• /t/ x /d/
• /k/ x /g/
• /f/ x /v/
• /s/ x /z/
• "x","ch”, "j", "g"
Onde vai o “R”; Aplicação da Regra M ou N; Jogo da Reforma Ortográfica (GEARTE)
- atividades que abordam as diferentes posições da letra “R” na sílaba, a regra "m antes de p e b” e as principais regras que semodificaram na Língua Portuguesa
Representações Múltiplas – Loto / Cruzadinha (GEARTE)
Objetivo: trabalhar a ortografia dos 4 fonemas que contém múltiplas representações:
/ s /: s, c, ç, ss, sc, x, xc, sc;
- / z /: z, s, x
- x, ch;
- g, j
Sopa de Letrinhas (Escola Games)
• Indicação: Lembra um jogo da forca com letras e construção de palavras. Estimula a concentração e reforça o aprendizado ortográfico.
• Objetivo: O jogador deve ler a dica e formar a palavra correspondente com as letras que estão na sopa. Após formar 5 palavras, a sopa ficará pronta e as moscas devem ser derrubadas para que não caiam no prato.
Ditado
(Escola Games)
• Indicação: estimula a concentração, o manuseio do teclado, a escrita de palavras, a relação fonema-grafema, o processamento visual e o aprendizado ortográfico.
• Objetivo: O jogador deve ouvir a palavra, observar o desenho corresponde a ela e escrever corretamente a palavra ditada. É dado um tempo de 30 segundos para a digitação de cada uma. Após o ditado, há um caça-palavras com os vocábulos trabalhados.
Fábrica de Palavras (Escola Games)
Indicação: jogo educativo relacionado à ortografia
Objetivo: completar a palavra apresentada com a letra que está faltando. Após essa etapa, a criança vai controlar um robô, encontrar letras espalhadas pela fábrica para montar outras palavras.
Abelha Kiddy / Fazendeiro Joe (BRAUN) – software/aplicativo
- Indicação: estimulação da discriminação visual e das trocas de grafemas que se assemelham auditivamente.
- Jogo: uma imagem é mostrada e, em seguida, o jogador deve selecionar a palavra que a descreve e que possui a grafia correta.
- Grafemas disponíveis:
- /b/ e /p/ - /t/ e /d/ - /f/ e /v/ - /g/ e /c/
- /r/ e /rr/ - /gr/ e /gl/ - /x/ e /ch/ - /ss/ e /ç/
- /m/ e /n/ - /s/ e /c/
- Pode-se configurar o tempo de exibição de cada imagem e selecionar o nível de dificuldade do jogo.
LÉC: Omissões, trocas e inversões de grafemas
Composto por 5 jogos:
1. Tiro ao Alvo: trabalhar com omissões e trocas dos grafemas /m/, /n/, /l/ e /u/.
2. Professor Coruja: trabalha a posição correta dos grafemas nos encontros consonantais e arquifonemas /L/ e /R/.
3. Tartaruga Léc: o paciente deverá optar pela sílaba correta para completar a palavra. As sílabas trabalhadas são: /ge/, /gi/, /je/, /ji, /gue/ e /gui/
4. Quebra Cabeça: trabalha as inversões de grafemas dos grupos consonantais de /r/ e /l/ e também os arquifonemas /L/ e /R/.
5. Vôlei Espacial: Durante o jogo serão exibidas imagens e o aprendente deverá então identificá-las, digitando corretamente o seu nome. Trabalha as trocas e omissões dos grafemas: /l/,/ m/,/n/, e /s/ (Arquifonemas).
Soletração: uma aventura no reino de Soletra (software/aplicativo)
-Disponibiliza mais de 600 palavras em áudio divididas em 3 níveis de dificuldade diferentes: Fácil, Médio e Difícil.
- Para passar pelos diversos portais e desafios, o jogador deverá ouvir as palavras e digitá-las da forma correta.
- Faixa etária: a partir dos 7 anos.
Memomix: Memória, atenção e processamento ortográfico (Santos) - cartelas/aplicativo/software
-Objetivo: potencialização da memória e atenção
- Jogo: cada uma das palavras do par está escrita com letras, cores, design e tamanhos diferentes. Muitas delas também possuem uma separação incomum. Objetivo: encontrar as palavras iguais
-Palavras poderão ser selecionadas de quatro campos semânticos: Animais, Alimentos, Vestuário, Profissões ou Mix (os quatro misturados).
- Indicação: crianças a partir de 7 anos.
Escolha Certa (FOZ)
- Objetivo: treino ortográfico da regra envolvendo os grafemas S e SS entre vogais e o R e RR entre vogais - promover a escolha da palavra ortograficamente correta oferecendo-a em oposição. Ajuda no reconhecimento da regra ortográfica e na sua fixação.
- Faixa Etária/Escolaridade: crianças alfabetizadas até o 5o ano do ensino fundamental.
Arqueiro Defensor (ITABits – iABCD)
-Objetivo: atirar flechas em inimigos que estão tentando invadir o seu castelo. Caso a flecha atinja um inimigo, será necessário ainda acertar uma palavra que será falada, para que ele realmente seja imobilizado.
- Benefícios:
- O jogo trabalha com palavras de grafia parecida mas diferente orientação no espaço, ou seja, confusões entre u e n, m e w, etc
Forma Palavras (Escola Games)
-Objetivo: Organizar as lâmpadas, até formar a palavra indicada no desenho.
- Benefícios:
- Memorizar a escrita convencional das palavras;
- Reconhecer as diferenças escritas e sonoras das palavras;
-Ampliar o repertório de letras e palavras;
- Favorecer a compreensão do processo de construção das palavras por meio das letras.
INTERVENÇÃO NA PRODUÇÃO DE TEXTO
- Estratégias utilizadas durante a elaboração de um texto:
- fase de textualização: organização das ideias sobre o tema escolhido a partir das experiências prévias sobre o assunto, conhecimentos estruturais (tipo de texto, gramática, ortografia)
- revisão: verificação do material produzido visando analisar se este cumpriu os objetivos antes planejados e está de acordo com as regras gramaticais
- reformulação: finalização do texto produzido com base na análisede erros feita anteriormente
- Gênero textual narrativo: parece ser o que mais possibilita a formação de um leitor reflexivo
- Conhecimento metatextual = habilidade de refletir sobre a estrutura e a organização do texto
INTERVENÇÃO 
- Técnica “Cloze”
	
- Montando um texto:
- escolher um personagem e organizar um texto com o paciente, oralmente e por escrito, a partir das seguintes questões:
- Personagem: João
- Escreva todas as suas ideias sobre João: família, amigos, escola, esportes, passatempos
- Organização: escolha três ideias que melhor se relacionem com cada tema
- Sentença inicial: crie uma frase que introduza o assunto (Ex: Essa é a história de um menino que se chama João)
- Organização dos demais parágrafos: a partir das ideias levantadas, ajude o paciente a montar a história.
- História em quadrinhos: a partir de um livro infantil, um capítulo, um fato histórico ou um evento, transformar esse conteúdo em história em quadrinhos
HagáQuê:
- editor de histórias em quadrinhos com finspedagógicos.
- desenvolvido de modo a facilitar o processo decriação de uma história em quadrinhos por uma criança ainda inexperiente no uso do computador, mas com recursos suficientes para não limitar sua imaginação.
Download gratuito:
http://www.nied.unicamp.br/?q=content/hag%C3%A1qu%C3%AA
- PRONARRAR: Programa de Intervenção Metatextual apoio para escolares com atraso no processo de alfabetização
- PRONARRAR: Programa de Intervenção Metatextual apoio para escolares com atraso no processo de alfabetização
-16 sessões, podendo ser ampliado
- Recomenda-se alternar entre maior e menor apoio do terapeuta na atividade, a fim de facilitar, gradativamente, a emergência de histórias sem mediação
- Etapas de implementação do programa:
- Etapa 1: escolhe e leitura de uma história; explicação dos elementos que compõem uma história; pintura das partes de uma história
- Etapa 2: sequência das ilustrações; elaboração de uma história oral
- Etapa 3: escrita do cenário, do tema, do enredo e da resolução da história com apoio da ilustração correspondente.
Kid Pix
- permite escrita, imagem, vídeo e som, podendo gerar apresentações
- exemplos de utilização:
- apresentação própria, família, amigos, etc.;
- apresentação de temas como escola ideal, adolescência, etc.;
- criação de histórias;
- "venda" de produtos ou idéias a partir dos modelos já existentes.
LINGUAGEM ESCRITA aula 9.docx
LINGUAGEM ESCRITA (AULA 09)
Transtorno de Leitura
Relembrando...
• Dificuldades de aprendizagem x transtornos de aprendizagem
• Dificuldades de aprendizagem: naturais e secundárias
• Transtornos de aprendizagem: leitura, escrita e matemática
• Critérios diagnósticos: CID-10 e DSM 5
- Dislexia: desenvolvimental e adquirida
DISLEXIA
- Transtorno ESPECÍFICO de leitura
- Condição neurológica vitalícia - frequentemente herdada: alterações genéticas de ordem neurobiológica
- Alteração de linguagem - processamento fonológico: conversão fonema-grafema;
- Inteligência preservada: funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem
- Discrepância inesperada entre: potencial para aprender x desempenho escolar;
- Não é originada por:
 déficits sensoriais (visuais e auditivos),
 problemas emocionais,
 distúrbios
neurológicos,
 dificuldades socioeconômicas
 má alfabetização,
 desatenção
 desmotivação,
 baixa inteligência.
- Prevalência: 5 a 17% da população – pesquisas internacionais
- Não há estudos da prevalência da dislexia no Brasil – índice estimado: 4 a 10%
- Estudo realizado em Portugal: prevalência de 5,4%, após avaliação de 1460 crianças falantes do português europeu
- História familial positiva: um dos mais importantes fatores na identificação de dislexia - se ambos os pais são disléxicos, a chance de um filho ter dislexia é de 70%; se um dos pais é disléxico, a chance é de 30 a 40%
- Quanto ao gênero: 3 meninos para cada menina afetada
As três partes salientadas na figura mostram as regiões das áreas posterior e anterior do hemisfério esquerdo do cérebro, relevantes para o sistema de leitura
MARCA NEURAL DA DISLEXIA
Falha no sistema funcional no hemisfério esquerdo, durante a leitura
CARACTERÍSTICAS DA DISLEXIA
• Prejuízos na leitura, escrita e soletração;
• Demora na aquisição da leitura e da escrita;
• Leitura lentificada/silabada, com baixa compreensão;
• Dificuldade em organizar e executar tarefas;
• Dificuldade de organização quanto a espaço, tempo e direção (esquerda/direita);
• Desatenção e dispersão em atividades que envolvam a leitura;
• Confusão de letras com pequenas diferenças na grafia: e-c, i-j, u-v
• Confusão entre letras com diferentes orientações espaciais: b/d, p/b
• Costuma receber o rótulo de imaturo ou preguiçoso;
• Dificuldade na coordenação motora fina e/ou grossa;
• Dificuldade no aprendizado de uma segunda língua;
• Dificuldade em decorar sentenças, meses do ano, alfabeto, tabuada;
• Bom desempenho em provas orais;
• Aprende mais facilmente fazendo experimentos, observações e usando recursos visuais;
•Boa memória a longo prazo para experiências, lugares e rostos, mas memória ruim para sequências e informações que não vivenciou;
•Parece ter dificuldades de visão, mas exames oftalmológicos não mostram o problema;
•Diz que vê ou sente um movimento inexistente quando lê, escreve ou faz cópia (parece que as letras andam);
•Lê repetidas vezes, sem entender o texto;
•Escrita em espelho;
•Ortografia inconstante;
• Múltiplos déficits:
– fonológico,
– memória de curta duração,
– fluência de leitura,
– habilidade visual-espacial, perceptiva,
– atenção seletiva/sustentada
• Expressividade do problema: modulada pelo ambiente
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS ASSOCIADAS
* Depressão;		 			* Ansiedade;
* Autoestima rebaixada; 			* Pouca motivação;
* Falta de atenção; 				* Hiperatividade;
* Problemas de comportamento; 		* Agressividade;
* Delinquência.
DIAGNÓSTICO
• Interdisciplinar: diferentes funções comprometidas.
• Profissionais envolvidos:
a) fonoaudiólogo: avaliar aspectos da linguagem oral e escrita e avaliação audiológica completa;
b) psicólogo/neuropsicólogo: avaliar as funções intelectuais e aspectos emocionais, familiares e psicossociais;
c) psicopedagogo: avaliar habilidades escolares
d) neurologista: exame neurológico evolutivo;
e) psiquiatra: quando há suspeitas de comorbidades psiquiátricas.
- Tratamento médico: comorbidades
* TDAH/TDA; * depressão;
* ansiedade; * TOC;
* enurese; * uso de drogas
- Fatores que excluem os transtornos de aprendizagem:
* Síndromes
* Lesões cerebrais
* Deficiência intelectual
- Papel do professor: trocas constantes com a equipe técnica.
• Geralmente, este diagnóstico é confirmado após dois anos do início da alfabetização, o que não descarta a importância de se levantar os sinais desde o Ensino Infantil.
• Dislexia: condição crônica - no entanto: com diagnóstico e intervenção precoces é possível que a criança adquira as habilidades escolares e aprenda a lidar adequadamente com suas dificuldades, além de prevenir o desenvolvimento de transtornos emocionais.
• Base neural do reconhecimento de palavras: é plástica, maleável e responsiva à remediação

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