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AULA 2 CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS

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CARACTERIZAÇÃO DOS 
RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS 
 
 
Prof. Eliane Hermes 
2015 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
SETOR PALOTINA 
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
O conhecimento das quantidades geradas e as 
principais características físicas e químicas dos 
resíduos é fundamental para a concepção e o 
dimensionamento dos sistemas de tratamento 
e/ou disposição desses na natureza, ou aplicação 
em processos biotecnológicos. 
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO 
RESÍDUO SÓLIDO 
teor de sólidos for superior a 15-20 dag L-1 
RESÍDUO SEMI-SÓLIDO 
(LIQUAME) 
teor de sólidos entre 8 e 15 dag L-1 
RESÍDUO LÍQUIDO 
 (ÁGUA RESIDUÁRIA) 
teor de sólidos for inferior a 8 dag L-1 
DEJETO ANIMAL 
RESÍDUOS DE CULTIVO 
AGRÍCOLA 
RESÍDUOS 
AGROINDUSTRIAIS 
Grande concentração de material 
orgânico, o seu lançamento em 
corpos hídricos pode proporcionar 
grande decréscimo na concentração 
de oxigênio dissolvido nesse meio, 
provocando a morte dos animais, 
exalação de odores fétidos e gases 
agressivos e dificultando o 
tratamento da água para 
abastecimento público. 
ESTERCO ANIMAL 
ESTERCO ANIMAL 
- Tipo e quantidade de ração fornecida 
 
- Estágio de desenvolvimento do animal 
 
- Condições climáticas 
 
- Manejo dos dejetos 
 
SUINOCULTURA 
Mesorregião Geográfica Plantel de suínos (mil cabeças) 
Oeste Paranaense 1.761 
Sudoeste Paranaense 664 
Centro Oriental Paranaense 593 
Centro-Sul Paranaense 400 
Norte Central Paranaense 382 
Sudeste Paranaense 344 
Metropolitana de Curitiba 205 
Norte Pioneiro Paranaense 145 
Centro Ocidental Paranaense 128 
Noroeste Paranaense 109 
Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal - IBGE (2008). 
Plantel de suínos em cada mesorregião do estado do Paraná em 2007. 
Um suíno na faixa de 25-
100 kg produz, diariamente, 
de 5-9% de sua massa 
como fezes + urina 
 
Os dejetos suínos são constituídos basicamente por 
fezes as quais apresentam-se normalmente na forma 
sólida ou pastosa, além da urina e restos de alimentos. 
2,30 kg de esterco/dia 
 
Fonte: OLIVEIRA (1993) 
 
Por ave: 0,20-0,23 L/d-1 
Criação sob camas de serragem, casca de arroz, casca de amendoim 
AUMENTO DO VOLUME DE RESÍDUOS 
AVICULTURA 
USO DA CAMA NA 
CRIAÇÃO ANIMAL 
O objetivo do uso da cama no 
aviário: 
Evitar o contato direto da ave 
com o piso, servir de 
substrato para a absorção da 
água, incorporação das fezes 
e penas e contribuir para a 
redução das oscilações de 
temperatura no galpão. 
 
 
CAMA 
= 
 substrato 
 urina 
 fezes 
escamações da pele 
 penas 
insetos 
 restos de ração 
 
RESÍDUOS GERADOS 
 Substituição da cama 
- número de animais: 1,2 m2/suíno 
- altura da cama: 25 a 30 cm 
- retirada ou adição de material sempre que houver necessidade 
- evitar revolvimento pois libera calor 
MANEJO DA CAMA NA SUINOCULTURA 
Serragem e maravalha: 
Foco de micobactérias 
 
Umidade, temperatura e substrato 
 
LINFADENITE TUBERCULOÍDE 
BOVINOCULTURA DE CORTE – quando criados em confinamento 
proporcionam a produção de grande quantidade de resíduos, na 
faixa de 25-30 kg cab-1 
 
 
 
 
Alterações nos sistemas de produção grande geração de dejetos 
 
 
 
PARÂMETROS IMPORTANTES: 
 QUANTIDADE 
 RELAÇÃO C/N 
 CONSISTÊNCIA 
 GRANULOMETRIA 
 COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
1 kg dejeto + 1L água = [ ] 8% 
 
 
BOVINOCULTURA DE LEITE – uma vaca leiteira (400 kg) produz 
diariamente cerca de 37-55 kg (fezes + urina) 
 
 
(20,62 milhões de vacas ordenhadas no Brasil). 
 
 
Características: 
 
- dejeto rico nutrientes 
- presença de restos concentrado 
 
 
 
 
 
Semi-confinamento – expectativa de resíduos muito pequena 
NOVILHO SUPERPRECOCE – para a engorda, os bezerros são 
alimentados com dietas concentradas, recebendo leite e subprodutos do 
processamento do leite 
 
 
 
 
- Produção díária de 7,5 L. cab-1 
 
Diferenças na caracterização: 
 
 alimentação 
 
 consistência 
 
 granulometria 
 
 
 
Dejeto mais líquido que o 
de outros animais 
OVINOCULTURA 
- Dejeto originalmente seco 
 
- AMORIM (2002) verificou que as quantidades excretadas podem 
variar de 130,9 a 379,0 g de massa seca de fezes ao dia, em animais da 
raça Saanen com idade de 2 a 12 meses. JARDIM (1977) estimou que 
uma cabra adulta produz 600 kg de dejetos ao ano, em média. 
 
- Ingestão da cama 
FARINHA 
Valores médios de produção de dejetos por dia 
Animal Quantidade 
dejeto (DIA) 
Animal Quantidade 
dejeto (DIA) 
Bovino Corte 24 kg Frangos Corte 0,20 a 0,23 kg 
Bovino Leite 40 kg Cavalo (450 kg) 7 a 8 kg 
Suíno (100 kg) 6,7 kg Caprino 2 kg 
Principais elementos presentes nos dejetos animais 
Esterco N P K C C:N 
Gado de leite 0,53 0,35 0,41 7,42 14:1 
Gado de corte 1,71 0,93 2,32 42,11 25:1 
Cavalo 1,41 0,53 1,75 25,55 18:1 
Frango 2,76 5,95 1,71 30,36 11:1 
Ovelha 1,73 0,45 1,14 38,23 25:1 
Suíno 1,86 0,72 0,45 29,50 16:1 
Fonte: KIEHL (2010) 
RESÍDUOS DO CULTIVO AGRÍCOLA 
A produção de resíduos agrícolas é extremamente variável, 
dependendo da espécie cultivada, do fim a que se destina, das 
condições de fertilidade do solo, condições climáticas, etc (MATOS, 
2005). 
 
Conteúdo de nutriente variável MATERIAL 
 FERTILIDADE DO SOLO 
 
Característica fundamental – Relação carbono/nitrogênio 
RESÍDUO Ntotal Ptotal Ktotal 
dag kg-1 (%) 
Palha de trigo 0,50 0,08 0,75 
Palha de milho 0,68 0,16 0,68 
Palha de aveia 0,54 0,08 0,98 
Composição química da matéria seca de alguns resíduos de vegetais 
Exemplos: 
Na cultura da soja produz-se cerca de 2700 t de biomassa 
para cada 1000 t de grãos colhidos. 
Na cultura do milho de toda biomassa produzida, cerca de 
50% são resíduos que irão permanecer no campo, 30% são 
resíduos de processamento e 20% consiste de grão de milho. 
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS 
Os resíduos agroindustriais são gerados no 
processamento de alimentos, fibras, couro, madeira, 
produção de açúcar e álcool, etc., sendo sua produção, 
geralmente, sazonal, condicionada pela maturidade da 
cultura ou oferta de matéria-prima (MATOS, 2005). 
 
Os resíduos sólidos são constituídos pelas sobras de 
processo, descartes e lixo proveniente de embalagens, 
lodo de sistemas de tratamento de águas residuárias, 
além de lixo gerado no refeitório, pátio e escritório da 
agroindústria (MATOS, 2005). 
O conhecimento das quantidades geradas e as principais 
características físicas e químicas dos resíduos 
agroindustriais é fundamental para a concepção e o 
dimensionamento dos sistemas de tratamento e, ou, 
disposição dessas águas na natureza. 
Classificação 
 
 
 
 
 % de SÓLIDOS TOTAIS 
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS 
RESÍDUOS SÓLIDOS AGROINDUSTRIAIS 
- Sazonal 
 
Exemplos: 
 Casca de arroz – 20 a 25% do peso do grão 
 Casca dos frutos do cafeeiro – 39% do fruto 
 Bagaço da cana-de-açúcar – MOAGEM (C/N: 37/1) 
 Torta de filtro – filtração do caldo de cana (C/N: 20/1) 
 
1000 t de cana proc. = 280 toneladas de bagaço 35 de torta de filtro 
 
 Papel e celulose – resíduos sólidos gerados nas etapas de 
preparação da polpa e branqueamento da celulose 
Borra-de-café 
2 a 3% de N 
(C/N: 22/1) 
Borra-de-erva-mate 
3% de N 
(C/N: 26/1) 
Torta de algodão 
5 a 6% de N 
(C/N: 9/1) 
Torta de amendoim 
8% de N 
(C/N: 7/1) 
MATADOUROS EFRIGORÍFICOS 
Peças condenadas: 
 quando atingem o chão são desclassificadas para consumo humano 
 peças ou cortes condenados por razões sanitárias 
 peças que não são utilizadas como produtos comestíveis 
 
 
 
 
 
A maioria dos resíduos sólidos se torna subprodutos industriais. 
MATÉRIA-PRIMA 
Produção de graxas (sebos) e farinhas 
Couros: 
 venda direta do couro fresco ou verde para curtumes 
 utilização do processo de salga e desidratação para 
constituição de estoque ou transporte de longo percurso 
 
 Ossos duros 
Subproduto de valor quando desengordurados e secos 
COZIMENTO 
Lavados e secos para serem vendidos 
 
 Cascos e chifres 
Recuperados por via úmida para facilitar a separação das 
partes. Submetidos a aquecimento em água fervente: 
Vendidos in natura ou convertidos em farinha. 
 
 Pêlos 
Recuperados manualmente 
- Produtos graxos e farinhas 
 
 Sangue: cozimento FARINHA 
Alto valor proteíco 
23 kg de barrigada 
18 kg de dejetos/animal 
CURTUMES 
MATERIAL APLICAÇÃO 
Aparas de courinhos e 
carnaças 
Extração de gorduras, sebo para sabão 
Transformação em produtos comestíveis (gelatinas, 
tripas artificiais para salsicharia) 
Gelatina hidrolisada, Ração protéica 
Cola industrial 
Pêlos Produção de tapete, feltros 
Despejo de caleação Após sedimentação e eliminação dos resíduos 
sulfídricos, o lodo pode ser misturado com outros 
resíduos sólidos do curtume e vendido como fertilizante 
Tida como uma das mais agressivas ao meio ambiente 
 
 
 MATERIAL TÓXICO 
Fonte: apud BRAILE (1993) 
ABATEDOURO DE AVES 
 Penas 
 Víceras cruas 
 Cabeças 
 Pés 
 Peles 
 Gorduras 
 Ossos 
 Resíduos de cama de aviário 
 Restos de carcaças 
Subprodutos por duas razões: 
- por não ter utilidade comercial 
- por terem passado por um 
processo de industrialização. 
30% MASSA 
 TOTAL DO ANIMAL 
CERVEJARIAS 
Resíduos Sólidos gerados: 
 grãos de cevada 
 lúpulo gasto 
 fermento em excesso 
 bolos de filtros 
 sólidos estabilizadores de cerveja 
 lodo caústico de lavagem de garrafas 
Recuperação vantajosa em grandes instalações, 
justificando equipamentos de secagem 
LATICÍNIOS 
 Matéria-prima na forma líquida 
 
 A constituição dos resíduos sólidos gerados nas indústrias de 
laticínios é pequena. 
Principais resíduos produzidos são: 
- cinzas de caldeira 
- aparas de queijo 
- pedaços de frutas 
- gorduras 
 
FECULARIAS 
 Cascas 
 
 Bagaço – etapa de extração composto por material fibroso e 
fécula que não foi extraída no processamento 
 
Problema – capacidade em reter água 
Fonte: MATOS (2005) 
Composição química da matéria seca de alguns resíduos 
sólidos agroindustriais

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